13 de dezembro de 2018

Pé de Palhaço

Foto: Ligiane Braga

Durante o mês de dezembro, o Sesc Belenzinho apresenta o infantil circense "Pé de Palhaço" com a Cia. Pelo Cano. A temporada tem sessões aos sábados e domingos, às 16h, até o dia 22/12. Já no dia 23/12, a apresentação ocorre às 12h. O espetáculo acontece na Área de Convivência da unidade, com entrada franca.

"Pé de Palhaço" reúne esquetes, números clássicos de circo, criações próprias e muita criatividade. Duas palhaças, Emily e Manela, contam histórias de princesas, organizam uma festa surpresa, adivinham o pensamento da plateia, se transformam em homens, tentam aprender origami, brincam com água e sabão e, claro, limpam tudinho depois.

Toda essa aventura é narrada com o auxílio de papel, caneta e muita paspalhice. Com recursos despojados, as palhaças se divertem com as crianças numa grande brincadeira, bem próximas do universo infantil onde a magia se instaura nas coisas simples e as coisas mais cotidianas podem ser grandes descobertas.

A Cia. Pelo Cano é formada por Paola Musatti e Vera Abbud, ambas trabalham com a linguagem do palhaço há mais de 20 anos. Começaram a praticar as disciplinas circenses e o teatro no início da década de 90. Profissionalmente, dividiram o palco nas apresentações da Cia. Cênica Nau de Ícaros, em 1992, dos Parlapatões, em 1996, são palhaças improvisadoras no Jogando no Quintal, desde 2002, e parceiras nos Doutores da Alegria, desde 1991.

12 de dezembro de 2018

Quino

Foto: Divulgação

Uma das maiores expressões do reggae mundial, Quino, vocalista da Big Mountain (EUA), está de volta ao Brasil. No dia 15 de dezembro às 21h30, o artista sobe ao palco da Comedoria do Sesc Belenzinho, acompanhado pela banda brasileira Afrodizia, comemorando 25 anos da música "Baby I Love Your Way" e interpretando os sucessos da Big Mountain.

"Baby I Love Your Way", versão da canção de Peter Frampton, foi trilha de novela global O Salvador da Pátria e esteve entre as mais executadas da Billboard, em 1994, e entre as 10 mais tocadas na Europa. A música faz parte da trilha do filme Caindo na Real e foi relançada para o longa Jumanji 2 (2017). 

Outro destaque do show "Quino: A Voz do Big Mountain" é o lançamento do single Back, gravado pela banda norte-americana junto com a Afrodizia. O setlist traz ainda a composição Caribean Blue, além de outros hits que eclodiram pelo mundo e também embalaram novelas da Rede Globo: Get Together (Explode Coração, 1995) e Let´s Stay Together (Anjo Mau, 1997).

No palco, Quino canta acompanhado pelos integrantes da Afrodizia: Tony Sheen (bateria), Priscilla Cantarelli (teclados), Gibi Rasta – (voz), Edward Sub (baixo) e Diogo Morgado (guitarra).

11 de dezembro de 2018

Renato Gama

Foto: Júnior Pacheco

O músico Renato Gama, acompanhado pela Orquestra Profunda de Delicadeza, apresenta no Sesc Belenzinho uma declamação musicada do artigo 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em comemoração aos 70 anos da Carta. O show é grátis e acontece no dia 12 de dezembro na Comedoria da unidade, às 20 horas.

O espetáculo integra as atividades do projeto Direitos Humanos e a Declaração Universal, que celebra o aniversário da Declaração Universal de Direitos Humanos, adotada no dia 10 de dezembro de 1948. Constituída por 30 artigos e formulada ao final da Segunda Guerra Mundial, pretendeu estabelecer orientações e chamar atenção para os direitos das pessoas como algo universal e inalienável.

O músico, cantor e compositor paulistano Renato Gama lançou seu primeiro trabalho solo, Olhos Negros Vivo, no início de 2017, que ganhou edição em vinil na Alemanha, em 2018, após ser descoberto por um olheiro da Tropical Diaspora Records em loja de discos de São Paulo. O artista se prepara para shows fora do Brasil. Gravado ao vivo no Centro Cultural Penha, o disco traz uma compilação da história de Gama, com 20 anos de luta pela cultura popular brasileira. O álbum mostra as diversas inspirações do artista, que passam pela MPB, samba, funk-soul, reggae, afrobeat e outras pérolas. Além disso, ganha destaque a poesia de combate ao racismo contida nas letras de Renato, que fala sobre as dificuldades do povo da periferia e, sobretudo, dos negros no País. Renato, de 43 anos, é também produtor, escritor e ator, morador da Vila Nhocuné, da zona leste paulistana, onde se destaca, há 20 anos, pela atuação como agitador cultural e militância por igualdade social. Nos anos 90, fundou a Nhocuné Soul em homenagem ao bairro que lançou CDs com misturas de ritmos e culturas, e já prepara o próximo trabalho.

A Orquestra Profunda de Delicadeza formou-se, em 2018, tendo como integrantes somente mulheres que executam instrumentos tradicionais. Nascida para cantar poemas e orquestrar sentimentos da profunda delicadeza humana, esse coletivo encanta com a musicalização de poemas de autores como Conceição Evaristo, Neide Almeida, Débora Garcia e outros. Apesar da utilização de instrumentos eruditos, a sonoridade da orquestra passa pela estética do samba, por canções regionais e, em alguns números, flerta até mesmo com rap.

10 de dezembro de 2018

Férias Musicais


Em dezembro e janeiro, o CCBB realiza o projeto Férias Musicais que pretende aproximar movimentos artísticos da periferia com o polo cultural referência na cidade de São Paulo e no Brasil. Entre os músicos estão Coral La Cappella Divina, Associação Vocal Lírico Coraleste. Artistas representantes do rap, como Fábio Brazza, Vulto e Negra Li. Entrada franca.

Em dezembro serão duas apresentações diárias às 13h e às 19h, nos dias 13, 14, 20 e 21, do Coral La Cappella Divina, sob regência de Sergio Assumpção apresenta-se com a participação especial da Associação Vocal Lírico Coraleste, com o maestro Marcello Mesquita. No repertório, além dos temas tradicionais de Natal, Spirituals e um encerramento embalado com bases de rap.

Em janeiro, acontecem 4 apresentações com Fábio Brazza, um dos grandes nomes da cena atual do rap. Dois shows serão no Teatro do CCBB, nos dias 24 e 26 de janeiro e dois dias, 23 e 25 de janeiro, , às 19h, com batalhas de rap moderadas pelo artista, na frente do CCBB São Paulo. Compõe os músicos da batalha de rap, participantes de campeonatos que ocorrem em alguns pontos da cidade. Haverá prêmios aos vencedores como fones de ouvido e caixas de som.

Os shows do Fabio Brazza vão acontecer no Teatro do CCBB e terão duas participações especiais, no dia 24, às 19h, Vulto e no dia 26, às 19h, Negra Li.

O Coral La Cappella Divina é formado por 6 sopranos, 6 contraltos, 4 tenores, 4 baixos e um tecladista acompanhador. Além de liderar o La Capella Divina, o maestro Sergio Assumpção é regente titular da Orquestra Filarmônica de São Caetano do Sul, do Coro do Colégio Visconde de Porto Seguro e professor de regência da FAAM. 

7 de dezembro de 2018

Michelle Abu e Eloy Casagrande

Fotos: Dede Moreira/ Gal Oppido

O projeto Baterias Brasileiras dSesc Belenzinho apresenta os bateristas Michelle Abu e Eloy Casagrande, na Série Metal, no dia 08/12. Cada artista mostra sua performance em show individual. O show inicia-se às 21h30.

Michelle Abu é baiana de nascimento. Seu jeito de tocar é conhecido pelo público e reconhecido pelos colegas músicos, bem como sua performance como band leader, cantora, compositora e guitarrista. No Sesc Belenzinho, a baterista mostra um espetáculo instrumental, cuja performance traz um set de percussão, bateria e samples, somados a baixo moog, guitarra, violões e bases eletrônicas. Michelle apresenta grooves pesados de rock, mesclando pitadas de ritmos brasileiros.

Eloy Casagrande é integrante da banda de metal Sepultura, criada em 1984, na qual ingressou com apenas 20 anos, mas, aos 13, ele já era vencedor do Batuka International Drummer Fest, promovido pela baterista Vera Figueiredo. Logo após, ele ganhou o concurso Modern Drummer's Undiscovered Drummer Contest 2005, em New Jersey. Com influências de bateristas como Aquiles Priester, Mike Terrana, Tommy Aldridge, Deen Castronovo, Dennis Chambers e Vinnie Colaiuta, Eloy Casagrande apresenta repertório autoral de temas instrumentais de metal pesado.

6 de dezembro de 2018

Família Formigueiro Casa Condomínio

Foto: Ana Tardivo

O Sesc Belenzinho apresenta o espetáculo infantil "Família Formigueiro Casa Condomínio" com o grupopOleirO dO bandO, até o dia 16 de dezembro, aos sábados e domingos, às 12 horas. A peça conta a história de três amigos que embarcam em uma jornada subterrânea, em um formigueiro, para entender as diferentes formações familiares.

Este é o primeiro trabalho da companhia direcionado às crianças. Com texto e direção de Mariana Vaz, o espetáculo foi concebido, em 2014, de forma colaborativa com os atores Monique Maritan, Pedro Stempniewski e Stella Garcia.

No enredo, os amigos - Bica, Dedé e Fê - que moram em um mesmo condomínio, são movidos pelo impulso da curiosidade que os conduz a uma jornada pelas ruas subterrâneas das formigas. Esta aventura os leva à descoberta da pluralidade de arranjos, combinações e formatos que cabem dentro da palavra ‘família’. Segundo a diretora Mariana Vaz, a peça nasceu da urgência em abordar este tema de forma plural, lúdica e porosa, mas sem intuito pedagógico, dogmático ou moralizante.

5 de dezembro de 2018

Alexandre Arez

Foto: João Roberto

O cantor e compositor Alexandre Arez apresenta no dia 7/12 às 21h, o show Bolero, com uma pegada romântica em uma noite de muita emoção no Paris 6 Burlesque Music Hall & Night Bistro .

No show, Arez irá interpretar um repertório que vai do bolero ao pop, com influencias nos arranjos do jazz a rumba, além das composições autorais como “Mi Bolero Favorito” e a encantadora “Sem Juízo”, que leva os ouvintes a viajar em um turbilhão de fantásticos sentimentos intensos. E não faltarão grandes sucessos da música brasileira, como “Negue”, cantada lindamente pelo nosso eterno Nelson Gonçalves e “Estranha Loucura” consagrada na voz de Alcione, e Ainda Bem de Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

Arez conta que algumas das músicas escolhidas entre os clássicos da música latina, estão no setlist; Sabor a Mi, Solamente uma Vez, El dia que me Quieras, Besame Mucho, Por uma Cabeza, Estamos Todos Solos,  entre outros clássicos contemporâneos.

Alexandre leva o publico ao êxtase, quando interpreta o grande sucesso “All I Ask You”, música de “O Fantasma da Ópera” e que o consagrou como um cantor versátil, que consegue atingir tons agudos e graves em uma mesma música, evidenciando o verdadeiro showmam nato que é.

4 de dezembro de 2018

Música nos Hospitais


Projeto Música nos Hospitais chega ao Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - INCOR com concerto marquise e apresentações nos corredores da unidade, no dia 5/12 às 12h30A iniciativa busca deixar a rotina hospitalar mais leve, levando a alegria e os benefícios da música aos pacientes, funcionários e frequentadores das unidades de saúde por onde passa. Além disso, visa proporcionar contato com a cultura por meio da realização de concertos de música erudita e instrumental.

A Orquestra do Limiar, fundada em 2002 pelo maestro e médico Samir Rahme, se apresenta  neste projeto. Desde a sua criação, e sob o  lema “Música para a Alma”, vem apresentando concertos de música instrumental e erudita em congressos, eventos e hospitais, permitindo a milhares de pessoas a oportunidade de entrar em contato com obras clássicas, elevando, dessa forma, seu estado de espírito com o poder curativo da música.

3 de dezembro de 2018

Gaivotas


Gaivotas é pura poesia. Trata-se da primeira obra de Elza Barros Schaly. Nela a autora transborda lampejos de vida a fim de se libertar. De tudo um pouco: infância, recordações marcantes, sonhos, esperanças e atitude. Cada palavra parece agasalhar histórias de toda uma vida. Zelosa com o linguajar, Elza recorda suas lembranças sentimentais com talento e mérito. Para quem gosta de boas rimas e versos, indico, além de leve escrita, acalenta a alma do leitor.

30 de novembro de 2018

A Circus Called Brazil

Foto: Divulgação

A banda andreense de thrash metal MX toca seu no novo álbum "A Circus Called Brazil", no dia 30 de novembro na Comedoria do Sesc Belenzinho, às 21h30, integrando o projeto Música Extrema da unidade.

A veterana MX é formada por Alexandre da Cunha (bateria e vocal), Alexandre ‘Dumbo’ Gonçalves (guitarra e backing vocal), Décio Jr. (guitarra) e Alexandre ‘Morto’ Favoretto (baixo e backing vocal).

"A Circus Called Brazil" (2018) marca o lançamento de músicas inéditas pela banda, fato que não ocorria desde 1998. Com esse trabalho a MX faz retrato sonoro da atual situação do Brasil. O disco tem ainda, como faixa bônus, um cover de Speedfreak (do Motörhead) na primeira prensagem do álbum.

Ancorado no mais puro thrash metal, o álbum traz músicas rápidas, cadenciadas, composições surpreendentes, linhas vocais pesadas e marcantes, além de técnicas superiores aos trabalhos anteriores. Os responsáveis pelas letras das músicas - Alexandre da Cunha e Alexandre ‘Dumbo’ Gonçalves – afirmam que neste álbum a MX aborda, liricamente, os problemas políticos e sociais, que são retratados de forma ácida e irônica, acenando como pesados protestos à atual situação do país.

29 de novembro de 2018

Transversando

Foto: Divulgação

No dia 29 de novembro, em consonância com o Mês da Consciência Negra, o projeto Transversando do Sesc Belenzinho recebe Candy Mel, cantora transgênera negra, para um bate-papo musical. O encontro, que acontece na Comedoria da unidade, às 20 horas, com entrada grátis, tem ainda participação da cantora angolana Jéssica Areias.

O Transversando convida personalidades do mundo LGBTQI para falar sobre suas trajetórias como ícones de resistência, inseridas na cultura contemporânea. Os depoimentos e as conversas, sempre abertos ao público, são alternados com música ao vivo de artistas que acompanham essas experiências.

Candy - ex-integrante da Banda Uó, na qual permaneceu de 2011 a 2018 - fala de sua trajetória artística, evidenciado sua condição de genro e raça. A intérprete fala também sobre a luta para conseguir retificar nome e gênero em sua certidão de nascimento e documentos oficiais, bem como a simbologia de ter sido a primeira mulher trans a estrelar a campanha Outubro Rosa, de conscientização sobre câncer de mama, em 2015.

Candy Mel divide seu tempo entre a carreira musical, uma coluna da revista Quem e o programa Estação Plural, que apresenta junto com Ellen Oléria e Fefito, desde março de 2016, na TV Brasil. Ao lado da Banda Uó, fez importantes parcerias, entre elas, MC Catra (Catraca), Preta Gil (Nêga Samurai), Luiz Caldas (Beija-flor e O Quê que Essa Nega Quer) e Karol Conka (Dá1Like).

28 de novembro de 2018

Conectando Vila Mariana


Dia 9 de dezembro das 10h às 19h, acontece o "Conectando Vila Mariana", 1º Circuito Cultural em espaços públicos e privados. Vários locais participam do evento: ateliês de arte, galerias, oficinas e espaços de cultura, grupos de performance e teatro, lojas e música. A curadoria é de Fernando Spaziani e Júlia Melluns. Todos os eventos são gratuitos!

A programação, totalmente colaborativa, contará com ateliês de arte, galerias e espaços de cultura do bairro abertos para a visitação e para oficinas de arte, grupos de performance e teatro voltados para toda a família, lojas descoladas para visitar, além de muita música, tudo em clima de alto astral!

Para facilitar o acesso do público, haverá a distribuição de um mapa com a localização dos espaços participantes e a programação oferecida, bem como a sinalização de bares e restaurantes participantes nos percursos, para que a população vivencie o bairro com conforto e comodidade.

Na foto, A Casa, fica na Rua Doutor Mário Cardim, 333. Lá terá 10h às 19h - Café, comidinhas, bebidas, música, artes e grafite do Filite, e, 16h - Oficina gratuita de Terrários com Riciane Pombo.



27 de novembro de 2018

Música na Biblioteca



Iniciado em 2016, o projeto Música na Biblioteca com a Curadoria da Maestrina Mônica Giardini, já recebeu diversos artistas de destaque no universo da música de câmara paulista. As apresentações na Biblioteca do Memorial da América Latina acontecem sempre às terças feiras, às 19:30, com ingressos a preços simbólicos de quatro e dois reais que devem ser retirados na própria Biblioteca, uma hora antes do início do espetáculo.

O Cones Duadolphe formado pelo saxofonista Douglas Braga e pelo eufonista Ricardo Camargo, músicos frequentemente convidados como solistas de grandes orquestras sinfônicas brasileiras e detentores de importantes prêmios na área musical, teve o nome escolhido pelos seus integrantes em homenagem ao músico e inventor belga Antoine Joseph Sax (1814 - 1894), mais conhecido por Adolphe Sax, criador dos instrumentos utilizados pelo duo. Embora pertencentes a famílias distintas esses dois instrumentos provém da mesma natureza. No Brasil, essa combinação não é muito recente. Em 1946, Francisco Braga reuniu o saxofone e o eufônio em uma singela seresta à qual deu o nome de "Diálogo Sonoro ao Luar", que não poderia ficar de fora do programa apresentado pelo Cones Duadolphe, que também inclui obras de Johann Sebastian Bach, Fernando Deddos e Pixinguinha, além de criações próprias.

A Biblioteca do Memorial da América Latina fica na Av. Auro Soares de Moura Andrade n° 664 – Barra Funda - SP. A apresentação acontece dia 04/12 às 19h30.

26 de novembro de 2018

Madame Bovary


O realismo social e psicológico de Gustave Flaubert, em Madame Bovary, delinea com perfeição o ambiente parisiense da época. A desintegração do caráter de uma mulher romântica é o foco central da narrativa. É bom lembrar que este livro trata-se de um clássico da literatura francesa. O trabalho literário é impecável. O leitor ora sente raivada protagonista, ora sente pena. Um trabalho lindo que retrata o comportamental de uma época. O enredo gira em torno de Emma Bovary, casada com o médico Charles. Emma vive imersa na leitura de romances românticos e, por viver um casamento enfadonho, procura no adultério a libertação de seus problemas. A trama possui um desfecho trágico e da criação de Flaubert, partem grandes linhas de força do romance moderno e sua repercussão no contexto literário francês e mundial é intensa e permanente.

23 de novembro de 2018

Transcistada

Foto: Bianca Ursini

Quantas identidades cabem em mim? Essa é a provocação e o impulso inicial para a criação da performance multimídia "Transcistada", que abarca a diversidade ao falar da intersecção entre várias formas opressão, que incluem gênero, raça, forma e classe social. O espetáculo tem duas apresentações gratuitas na Fábrica de Cultura do Capão Redondo, nos 7 e 8 de dezembro.
O coletivo une experiências individuais para levar para a cena discussões acerca dos corpos periféricos, corpos queers e aqueles que rompem as fronteiras de gênero e de padrões sociais, residentes geralmente em contextos de alto grau de violência e que trazem nas diferenças uma forma potente de (r)existência.
Durante a performance o público é convidado a entrar em uma grande caixa preta, imergindo no universo de Transcistada. A música inspirada nas práticas de meditação oriental conduz o espectador por diferentes ambientes habitados por corpos que narram através da dança e das projeções de vídeo um pouco de suas histórias. O objetivo é trazer a urgência de discussões sobre empatia, humanização do olhar e a inclusão para manter-se viva quando se é o alvo de investidas de extermínio no contexto urbano periférico.
O trabalho inicia com Manifesto Transcistada, no qual a performer Jup do Bairro (parceira da rapper Linn da Quebrada em shows pelo Brasil e pela Europa) se coloca como um corpo negro, gordo e travesti. Em outro momento, Carolina Santos, uma jovem mulher cis e negra, pinta uma grande tela em branco com seu cabelo afro, enquanto são projetados poemas e imagens de mulheres ícones históricos do feminismo negro, que foram silenciadas.
Kitty O’Reis, que se coloca como um corpo em transição, imprime marcas de seu corpo banhado por tinta em um grande tecido branco estendido no chão, deixando marcas em uma superfície antisséptica. E Alef Carvalho, homem cis, gordo e nordestino, usa da massa da tapioca para cozinhar e para criar a tinta que o banha ao mesmo tempo que o alimenta, assim como corpos fit urbanos.
O processo criativo contou com a colaboração e provocação cênica da atriz e diretora trans Renata Carvalho (O evangelho segundo Jesus – Rainha do céu). Os temas foram debatidos a partir de relatos pessoais e de estudos bibliográficos de personalidades importantes nas lutas de igualdade em direitos e deveres civis e sociais.
Fábrica de Cultura do Capão Redondo – Sala Multiuso – Rua Bacia de São Francisco, s/n - Conj. Hab. Jardim São Bento. Temporada: dias 7 e 8 de dezembro, às 19h; e dia 9, às 18h. Ingressos: grátis.

22 de novembro de 2018

Canções de Guerra e Poesia - As Estrelas Estarão Sempre Lá, Sr Brecht?

Foto: Cacá Bernardes e Bruna Lessa

O grupo de teatro Folias D´Arte convidou sete diretores para desenvolver, a partir da obra do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht, cenas e intervenções de curta duração. Elas ocorrerão dentro, fora ou entre o Galpão do Folias e as ruas da Santa Cecília. Canções e poemas de Bertolt Brecht e seus contos em “Histórias do Sr. Keuner”, serão ensaiadas e abertas ao público dentro, fora e entre o Galpão do Folias e a rua. Os diretores convidados são: Cida Moreira, Dagoberto Feliz, Eugênio Lima, Georgette Fadel, Humberto Vieira, Marco Antônio Rodrigues e Rogério Tarifa.

A quarta intervenção do projeto chama-se “Canções de Guerra e Poesia - As Estrelas Estarão Sempre Lá, Sr Brecht?” e tem direção de Cida Moreira. O elenco é formado por Alex Rocha, Clarissa Moser, Lui Seixas, Marcella Vicentini, Marcellus Beghelle, Nani de Oliveira, Suzana Aragão e Vivian Salva.

Galpão do Folias – Espaço Reinaldo Maia - Rua Ana Cintra, 213 - Santa Cecília (SP) - 25/11, 02/12, 15/12 e 16/12 às 20h. Ingressos: grátis.

21 de novembro de 2018

Refúgios Musicais

Foto: Divulgação

A banda Surprise, composta por 11 imigrantes haitianos que vivem em São Paulo, apresenta-se no Sesc Belezinho, no dia 22 de novembro na Comedoria da unidade, às 20 horas. O show integra o Refúgios Musicais, projeto que promove apresentações com artistas refugiados e imigrantes que se instalaram no Brasil e aqui desenvolvem seu trabalho e sua arte.

Os músicos da Surprise tocam seu set de compas, estilo tradicional e popular do Haiti, difundido nos anos de 1950 pelo compositor Nemours Jean-Baptiste. Junto ao compas aparecem elementos de zouk, rumba congolesa e reggae. Com uma contagiante percussão, o show é marcado por ritmos dançantes que convidam a plateia a se movimentar.

A banda, formada em 2014, toca no Sesc Belenzinho com a seguinte formação: Jeans Marc Regulas (teclado), Jovial Cherbin (guitarra 1), Luco Mustiva (guitarra 2), Jutho Antoine (baixo), Hoba Charles Bahome (bateria), Jemil Joseph (surdo), Tervilus Tigrimo (percussão), Alain Pierre (cantor 1), Chober Justinien (cantor 2) e Kifni Andre (cantor 3).

Os integrantes da Surprise se conheceram no Brasil por meio da Missão Paz (organização localizada no bairro Glicério, cuja ação é voltada para a inclusão de pessoas em situação de refúgio). Foi nesse local que surgiu a ideia de formar uma banda de compas. O grupo já se apresentou em eventos da cena cultural haitiana e em bares de São Paulo, reunindo sempre a população do Haiti que reside na capital. 

20 de novembro de 2018

XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista

Foto: Divulgação

Nos dias 23, 24 e 25 de novembro e 1º e 2 de dezembro, acontece na zona leste de São Paulo a XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista com apresentações na Praça Fortunato da Silveira (popularmente conhecida como Praça do Morumbizinho, na Vila Jacuí) e Praça Guanambi (Parque Cruzeiro do Sul), ambas localizadas bairro que dá nome à mostra.

A programação (grátis) é diversificada, compondo um painel do teatro de rua nacional ao reunir grupos do nordeste, sul e sudeste, incluindo companhias da capital, região metropolitana e interior paulista. A programação traz ainda participação de artistas populares da região - Andrio Cândido e Rafael Carnevalli - que, entre um espetáculo e outro, fazem intervenções poéticas, seja declamando ou lançando livros. O ator e palhaço J.E. Tico faz as mediações durante os eventos.

Na Praça Fortunato da Silveira, apresentam-se os grupos paulistanos Teatro de Rocokóz (Lovistore às Avessas), Arte Negus (Ambulante), Cia. Paulicéia & Cia. do Miolo (Relampião), Nativos Terra Rasgada (O Grande Pequeno Circo do Berinjela), Núcleo Teatral Opereta (Almas Peregrinas) e Cia. Novos Atores (Lisístrata-S). Completando a programação, Cia1Péde2 (Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda), de Campinas (SP); Arte e Riso (Meu Nome é Zé), de Umarizal (RN); e Grupo Teatro de Caretas (Final de Tarde) de Fortaleza (CE).

A Praça Guanambi recebe o segundo final de semana da programação com os grupos: Exercito Contra Nada (El General), Brava Companhia (Show do Pimpão) e Teatro Contadores de Mentira (Rito Anti-carnificina), de São Paulo, além do grupo gaúcho Ritornelo(Faixa de Graça), do capixaba Circo Teatro Capixaba (Palhaços: Patifes ou Herois?) e, fechando a Mostra, o pernambucano Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (Polo Marginal – Opereta de Rua).

19 de novembro de 2018

Poesia de Pai Para Filho - Encontro de Duas Gerações

Foto: Rodrigo Resende Coutinho

Os escritores e poetas, pai e filho, Carlos Nejar e Fabrício Carpinejar, apresentam "Poesia de Pai Para Filho - Encontro de Duas Gerações", espetáculo teatral com a leitura dos principais títulos de ambos, mostrando cumplicidade na criação dentro de casa, seja em dicas do método literário ou em histórias de aprendizado. Em São Paulo, acontece única apresentação no dia 23 de novembro no palco do Teatro Frei Caneca, às 21 horas, com ingressos grátis.

A peça é comemorativa de seis décadas de literatura de Carlos Nejar - 79 anos, membro da Academia Brasileira de Letras e indicado ao Nobel pela Academia Brasileira de Filosofia - e os 20 anos de carreira de Fabrício Carpinejar - 45 anos, premiado com o Jabuti e Associação Paulista dos Críticos de Arte.

O espetáculo, que tem roteiro e direção assinados por Carpinejar, estreou em setembro, em Brasilia, seguiu, em outubro, para Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, encerrando a turnê na capital paulista.

Em versos, a montagem é uma homenagem à importância da família. No palco, duas gerações diferentes de autores, apresentam os seus ideais de criação literária, os seus métodos de trabalho, as dificuldades e desafios que tiveram que superar para alcançar o reconhecimento. No texto, momentos das suas trajetórias líricas: Carlos Nejar faz leitura de seus poemas prediletos e Fabrício conta histórias da convivência entre eles. “É poesia e crônica se envolvendo. Falamos o quanto são duas dicções diferentes, dois temperamentos diferentes, duas gerações diferentes, mas que partilham o mesmo respeito em ouvir. Ouvir a tempestade, ouvir a respiração, ouvir o coração”, comenta Carpinejar. 

Em "Poesia de Pai Para Filho:  os poemas são trabalhadas a partir de objetos simbólicos e emocionais, como  relógio, escapulário, porão, retrato, revelando um universo marcado por rituais masculinos. Juntos, Carlos e Fabrício explicitam que o homem chora, emociona-se e está cada vez mais aberto a transparecer seus sentimentos de continuidade e afinidade. O espetáculo mostra que nada melhor que a relação entre pai e filho para promover confissões de medos e alegrias entre os homens. “No mundo de extremismo, de intolerância, a gente quer mostrar que a poesia cumpre essa carência de emoção. A poesia ensina a aceitar a solidão e aceitar as diferenças. Quem tem poesia em sua vida, é mais sensível e menos preconceituoso”, reflete Carpinejar.

16 de novembro de 2018

Pássaro Só

Foto: Rodrigo Braga

O cantor e compositor pernambucano Vertin mostra, no Sesc Belenzinho, as canções do seu segundo disco "Pássaro Só", lançado recentemente. O show acontece no dia 16 de novembro no palco do Teatro da unidade, às 21 horas.

Acompanhado por Alex Nícolas (guitarra, teclado, violão e vocal), Robson Melo (contrabaixo) e Felipe Weinberg (bateria), o artista apresenta um show teatral, que se constrói pelo diálogo entre música, atuação e iluminação. O desenho de som é conduzido por Ricardo Bolognini (Bolinho) e a iluminação assinada por João Guilherme de Paula.

O repertório de seu novo trabalho mescla canção brasileira, poesia popular e rock, e traz participação de Almério, Flaira Ferro e Juliano Holanda, entre outros. As composições são assinadas por Vertin, Helton Moura, Ricardo Cotrim, Juliano Holanda, Rafael Valadares, Hugo Schuler. São elas: Samba pra Resistir, Dança dos Passarinhos,Pássaro Só (ou Uma História de Amor e Fúria), Ouriço, Vaga-lume, Viva, Há Dois, Reverter, Qual É a Sua Cor, Vou Voltar, Domingos e Viveiros.

Em Pássaro Só, os conflitos expostos nas novas composições fazem parte de um sujeito específico, partindo das suas próprias experiências para o relacionamento com o externo. Vertin canta o seu processo de cura, a cura como meio sem perspectiva de fim, mas acreditando estar no caminho do bem. O título do álbum não pretende sugerir o trabalho solitário. A solidão exaltada faz parte da consciência do coletivo mergulhando na individualidade, onde habita o caminho para o aprendizado e o cultivo das relações mais amplas, transformação de um mundo.

15 de novembro de 2018

Cárceres da Consciência

Foto: Laysa Alencar

Dia 17 de novembro às 21h, estreia a peça "Cárceres da Consciência". São dois artistas no palco, Vince, o humano interpretado por Guttervil Guttervil e um Coronel Ciborgue por Fernanda Kawani Custodio. 

A peça é ambientada entre 1968 e 2068 e fala sobre o mundo pós-apocalíptico, distópico, onde prevalece a supremacia das inteligências artificiais, que estudam o ser humano como ratos de laboratório para sugar o que há de melhor neles.

Na trama, um humano está sendo testado e analisado por uma inteligência artificial, que provoca lembranças e estímulos de pensamentos na cobaia através do princípio ativo da música, mais precisamente o rock, mexendo no espaço e tempo. Vince, uma cobaia, não percebe que está sendo utilizado como transporte desse princípio ativo, o rock, se sentindo prisioneiro de sua própria consciência, ele não consegue manter uma estabilidade de comportamento emocional e distinguir delírio e realidade, ele sofre o tempo inteiro, como o público, as conseqüências de estímulos sensoriais.

14 de novembro de 2018

Tem Alguém Que Nos Odeia

Foto: Suellen Leal

A relação amorosa entre duas mulheres que sofrem ataques homofóbicos de um de seus vizinhos é o ponto de partida do suspense "Tem Alguém Que Nos Odeia", com texto e direção de Michelle Ferreira. O espetáculo da Cia. Teatro Enlatado estreia no Sesc Belenzinho, no dia 16 de novembro.
Depois de uma temporada vivendo no exterior, a brasileira Maria e a estrangeira Cate, protagonizadas pelas atrizes Mariana Mantovani e Maíra De Grandi mudam-se para um apartamento em São Paulo. Na nova cidade, as diferenças culturais geram uma crise na relação amorosa e elas passam a sofrer ataques de outro morador do prédio, que espalha mensagens de ódio e intolerância contra as duas, por meio de bilhetes, pichações e agressões. Sem poder contar com a síndica, nem com a polícia, Maria e Cate vivem o medo e uma permanente tensão.
Alguns questionamentos feitos pela encenação são: O que fazer diante de uma sociedade que quer vigiar os corpos? Como suportar um sistema heteronormativo que ignora direitos? Como apelar para o estado se este é falsamente laico, e, portanto, injusto? Como reagir a violência quando ela é permitida e banalizada?
Para criar o clima de terror e suspense psicológico, o grupo investigou o trabalho de Alfred Hitchcock, Michael Haneke e Bruno Dumont, que manipulam em suas obras o tempo por meio dos atores e o espaço por meio dos planos. “A encenação acontece toda a partir do corpo das atrizes e de um estado dilatado. É através dos corpos que geramos tensão e suspense, para que a peça aconteça para além dela mesma, para que ela se complete no público. Para isso, usamos todos os recursos da teatralidade para gerar eventos psíquicos nos espectadores", conta a diretora e dramaturga Michelle Ferreira.
Outra referência é o trabalho do artista inglês Francis Bacon (1561-1626), que empresta para a montagem a cor e a temperatura dos ambientes retratados em suas pinturas, capazes de provocar pesadelos. Esses elementos ficam evidentes na iluminação intimista de Cláudia de Bem e na cenografia de Fernando Salles.
O texto de Ferreira foi finalista do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia Antônio José da Silva (2011), organizado pelo Instituto Camões de Portugal. A peça ganhou montagens de José Roberto Jardim, em 2013, e do Teatro Nacional da Escócia, no projeto “A Play, a Pint and a Pie”, em 2016.

13 de novembro de 2018

É Tempo pra Viver

Foto: Divulgação

Compositor, cantor e acordeonista, o sergipano Mestrinho apresenta show do seu novo disco "É Tempo pra Viver" no dia 15 de novembro, no Sesc Belenzinho. O show integra o projeto Música de Raiz e acontece no Teatro da unidade, às 18 horas.

O novo trabalho é composto por canções autorais e alguns clássicos da música brasileira de compositores como Dominguinhos, Gilberto Gil e Gonzaguinha. O disco tem participação especial de Ivete Sangalo e Dominguinhos (em canção inédita que deixou gravada).  É Tempo pra Viver – segundo álbum solo de Mestrinho e o quarto da carreira - mostra a versatilidade do artista com a sanfona, rendendo-lhe duas indicações no 29º Prêmio da Música Brasileira, em 2018.

O disco é formado pelas seguintes músicas: Fazer Valer, Bom Danado, Forró em Vitória, Serei Pra Ti, É Tempo pra Viver, Complexo Prazer, Bom Dia, Grudadinha no Meu Tom, Talvez, Te Faço Um Cafuné (Zezum),Com Toda Calma (Elton Moraes), Festa (Gonzaguinha), O Inverno e Você (Dominguinhos e Climério) e Sete Meninas (Dominguinhos e Toinho Alves).

Mestrinho (sanfona e voz) sobe ao palco do Teatro do Sesc Belenzinho acompanhado por Alex Buck (bateria), Cainã Cavalcante (guitarra), Michael Pipoquinha (baixo), Léo Rodrigues (percussão), Elton Moraes (triângulo) e Vinicinho Magalhães (zabumba).

12 de novembro de 2018

Recital do duo Renato Mismetti e Maximiliano de Brito

Foto: Divulgação

No dia 17 de novembro, às 20h, é o encerramento da Temporada 2018 do Centro de Música Brasileira (CMB) com recital com o duo Renato Mismetti (canto) e Maximiliano de Brito (piano) no Centro Brasileiro Britânico em Pinheiros. Os dois músicos são brasileiros e vivem na Alemanha. O evento é gratuito.

“Foi uma bela temporada com 6 apresentações gratuitas no ano e vasto repertório erudito brasileiro, que é a proposta da instituição de valorizar e difundir a nossa música”, conta Eudóxia de Barros, presidente do CMB. Neste ano foram prestigiadas e interpretadas obras de 31 compositores eruditos brasileiros. Desde a sua existência, o CMB já integra 331 apresentações mais festivais de música.

O recital de novembro terá várias primeiras apresentações mundiais de composições de Kilza Setti, Achille Picchi e Antônio Ribeiro feitas sobre textos de Renata Pallottini especialmente para o concerto, além de obras importantes do repertório já convencional da canção de concerto, criadas por alguns dos mais significativos nomes da música erudita brasileira. A isto se junta uma espécie de diálogo poético entre colegas: Renata Pallottini e sua amiga Hilda Hilst, com textos outrora musicados por Almeida Prado e Kilza Setti, obras também dedicadas ao duo e por ele apresentadas em vários países da Europa.

9 de novembro de 2018

Cantos & Versos

Foto: Guilhermina Pinacolada

O cantor e compositor mineiro Zé Geraldo lança no Sesc Belenzinho o DVD Cantos & Versos, gravado em parceria com o violeiro Francis Rosa. Os shows acontecem nos dias 9 e 10 de novembro na Comedoria da unidade, às 21h30.

No show Zé Geraldo Apresenta Francis Rosa, que seguirá em turnê pelo Brasil, os dois estão juntos no palco para mostrar canções conhecidas da discografia de Zé Geraldo, com arranjos voltados para o universo da viola, e outras feitas por ele em parceria com Francis. A identificação artística entre os dois músicos é facilmente percebida na interpretação que um imprime à música do outro, e também nos emocionantes duetos.

O encontro de Zé Geraldo com o paulista Francis Rosa, de Joanópolis, aconteceu há cerca de quatro anos. A parceria frutificou rendendo-lhes composições, shows e projetos de trabalhos conjuntos. A primeira realização de ambos é o DVD Cantos & Versos que foi gravado no Teatro Municipal de Vinhedo, em 2016. Com esse trabalho, Zé Geraldo apresenta também o universo musical de Francis, cantor e compositor que tem em seu repertório canções que traduzem seu amor e respeito pela Serra da Mantiqueira. Com sete CDs gravados, seu trabalho traz uma atmosfera bucólica e acolhedora que remetem às rodas de viola comuns nos terreiros das fazendas e lugarejos da Serra.

Entre as composições do roteiro, destaque Cidadão, Galho Seco, Como Diria Dylan, Hey Zé (versão de Hey Joe, de Jimmy Hendrix) e o violeiro Francis Rosa interpreta a canção Lírios, entre outras. No palco, Zé Geraldo (voz, gaita e violão), Francis Rosa (voz e violas), Jean Trad (guitarra), Carlito Rodrigues (baixo), Carneiro Sândalo (bateria) e Juninho Serafranny (violão).

8 de novembro de 2018

Paulinho Pedra Azul

Foto: Ludimila Loureiro

Comemorando seus 35 anos de carreira, o mineiro Paulinho Pedra Azul apresenta-se no dia 9 de novembro no Teatro do Sesc Belenzinho, às 21 horas. Acompanhado por Serginho Silva na percussão e Clóvis Aguiar ao piano, o cantor e compositor faz uma viagem por toda a sua carreira e conta histórias que aconteceram durante sua trajetória.

Algumas músicas do programa estão nos CDs lançados em coletâneas comemorativas, 35 Anos de Carreirae 35 Anos de Carreira - Volume 2. São compilações de participações suas em discos de outros artistas ao logo de sua história. Entre as composições, destaque para Jardim da Fantasia, Ave Cantadeira, Cantar (de Godofredo Guedes), Jequitinhonha, Precisamos de Amores, Sonho de Menino e Valsa do Desencanto, entre outras.

Paulinho nasceu na cidade de Pedra Azul, cidade mineira do no Vale do Jequitinhonha. Iniciou a carreira, aos 13 anos, com as artes plásticas e logo enveredou pela música participando do conjunto The Giants interpretando canções dos Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Erasmo e Roberto Carlos, entre outros. A partir do final dos anos 60, participou de festivais regionais de música e de poesia, tendo realizado vários shows em cidades do interior de Minas Gerais. Nos anos 70, mudou-se para São Paulo, onde morou por 10 anos, trabalhando com o cantor, humorista e ator Saulo Laranjeira, seu conterrâneo. Retornou para Minas e se fixou em Belo Horizonte onde ainda reside.

No período em que viveu em São Paulo, gravou seus três primeiros discos. O LP de estreia, Jardim da Fantasia (1982), foi um grande sucesso e teve a música-título eternizada na memória da canção brasileira (popularmente apelidada de "Bem-te-vi"). Com um estilo que vai do romântico à clássica MPB, com claras influências do Clube da Esquina, além de ter composto alguns chorinhos, Paulinho Pedra Azul tem 26 discos gravados, sendo a maioria deles independentes, incluindo coletâneas. Vendeu mais de 500 mil exemplares de sua obra.  Seus trabalhos mais recentes são: Lavando A Alma (2008), 30 Anos (2011) e 35 Anos de Carreira (2016) e 35 Anos de Carreira – Volume 2  (2017).

Paulinho Pedra Azul é também autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 17 livros (poesias infantis, infantojuvenis e adultas, fotografias, desenhos), entre eles Delírio Habanero - Pequeno Diário em Cuba (2002), escrito durante visita à ilha de Fidel Castro. Uma pesquisa feita pela AMAR (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes) o destacou como o segundo cantor mais conhecido de Minas Gerais, perdendo apenas para Milton Nascimento.