29 de julho de 2011

The Insider

The Insider ou O Informante (1999) é um filme maduro e foge ao estigma dos clássicos filmes de entretenimento. Tem conflitos com profundidade baseado num belo contexto com dois ricos personagens. O filme também é acertivo com as situações e dilemas familiares. Isso dá ainda mais força a história. Esta, acontece em 1994, ex-executivo da indústria do tabaco deu entrevista bombástica ao programa jornalístico "60 Minutos", da rede americana CBS. Dizia que os manda-chuvas da empresa em que trabalhou não apenas sabiam da capacidade viciadora da nicotina como também aplicavam aditivos químicos ao cigarro, para acenturar esta característica. Na hora H, porém, a CBS recuou e não transmitiu a entrevista, alegando que as consequências jurídicas poderiam ser fatais. Baseando-se nesta história real, O Informante narra a trajetória do ex-vice-presidente da Brown & Williamson Jeffrey Wigand (Russell Crowe) e do produtor Lowell Bergman (Al Pacino), que o convenceu a falar em público. Sinceramente, eu não sei quem atua melhor, se Pacino ou Crowe. Se alguém chegar a uma conclusão, me escreva.

28 de julho de 2011

Festival Sesc Melhores Filmes 2011


Para quem gosta de cinema, o Sesc lançou o livro Festival Sesc Melhores Filmes 2011. Nele, além de encontrarmos artigos de especialistas na área podemos ler as sinopses dos melhores filmes nacionais e internacionais de 2011. Temos acesso a votação da crítica e os melhores filmes dos anos anteriores. Tudo isso a preços módicos, acredite.

27 de julho de 2011

Praça Saens Peña

Praça Saens Peña (2009) é uma película interessante. É redondo no que se refere ao escopo total da história, mas falha em algumas técnicas utilizadas no roteiro, como por exemplo, a mania de usar o voice over para contar histórias e dar explicações de personagens que não precisam desta técnica. É uma mania de brasileiro, pois configura a facilidade por não saber contar histórias através de ações. Filosofias à parte, o filme foi também a estréia de Vinícius Reis como diretor em ficção. Ganhou prêmios como Melhor Diretor, Melhor Ator para Chico Diaz, Melhor Atriz para Maria Padilha, Melhor Atriz Coadjuvante para Isabela Meireles e Prêmio Especial da Crítica no Cine PE - Festival do Audiovisual. Na trama, Paulo (Chico Diaz), professor de ensino médio, e Teresa (Maria Padilha), gerente de lanchonete, são casados. Eles têm uma filha de 15 anos, Bel (Isabela Meireles), e formam um típica família de classe média. O casal sonha em ter uma casa própria, mas o apertado orçamento impossibilita que ele seja realizado. A situação muda quando Paulo aceita a oferta de escrever um livro sobre a Tijuca, bairro em que moram. Só que a esperança por dias melhores logo se transforma em uma grande crise familiar, que coloca em risco o relacionamento existente entre eles.

26 de julho de 2011

L’illusionniste

Durante todo o mês de julho, os amantes de animações podem conferir na Cinemateca Brasileira em São Paulo o cíclo especial dedicado à História da Animação Francesa. Cada dia tem uma animação diferente, mas lá podemos ver obras de arte como o L’illusionniste ou O Mágico (2010). Trata-se da animação para adultos do diretor Sylvian Chomet baseada no roteiro do cineasta Jacques Tati. A película é simples, mas de uma profundeza inimaginável. Tem um forte fator emocional presente em cada segundo da mesma, tornando-o sensível. Sem muitos diálogos, as ações tornam-se os pontos principais da trama e é notório como são entendíveis para o grande público. Inteligentemente solucionado, diria. E, claro, com uma pitada de um humor pra lá de refinado. Na trama, a história de um mágico-ilusionista dos anos 50 que luta para manter sua carreira, pois nessa época começam a despontar os shows de rock e o mágico acaba perdendo seu público para os roqueiros. Ele lida com o amadurecimento e a perda da inocência, de forma dolorida e realista. Até que conhece Alice, uma garota simples, que mal conhece a energia elétrica, mas que se faz de mulher. Entre mentiras de ambos os lados, os dois vão se encontrar em Edimburgo, na Escócia, e passam a dividir a sopa e o apartamento. Ele se encanta pela jovialidade dela, e ela, pela sabedoria e truques de mágica dele. A película já ganhou alguns prêmios em 2010, participou da Seleção Oficial do Festival de Berlim e foi nomeado ao Globo de Ouro 2011. É simplesmente linda!

25 de julho de 2011

Assalto ao Banco Central

O filme Assalto ao Banco Central (2011) mostra que o cinema brasileiro não deve nada para mais ninguém e vem se solidificando aos poucos no segmento de aventura e ação. Com um roteiro sem uma narrativa linear, diálogos feitos na medida certa e cheio de humor, conflitos velados, explícitos e por toda a parte, a película traz um elenco perfeito e escolhido à dedo que conta a verdadeira história do milionário roubo ocorrido no ano de 2005, em Fortaleza. Na trama, Barão (Milhem Cortaz) teve a grande idéia de ganhar muito dinheiro em pouco tempo ao cometer o crime perfeito, sem violência. Para isso, basta arrumar as pessoas certas, dispostas a receber R$ 2 milhões, botar o plano em prática e executar a façanha. Após cerca de três meses de operação, R$ 164,7 milhões foram roubados do Banco Central, em Fortaleza, no Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando três toneladas de dinheiro. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo. Vale à pena conferir, veja o trailer.

22 de julho de 2011

O Fazedor de Montanhas



Quem estiver pela avenida paulista, vale à pena passar pelo Conjunto Nacional e checar a obra O Fazedor de Montanhas de Silvio Galvão. A réplica de um carroceiro (modelo real!) que levou 3 meses para ficar pronta, utilizou 700 kg de sucata, tem 3 metros de altura, é feito de isopor, espuma de poliuretano, papel e outros materiais reaproveitados e pesa quase 2 toneladas. A intenção? Provocar o questionamento sobre o problema do excesso de lixo gerado pelo homem. Só em São Paulo, são cerca de 15 mil toneladas diariamente. Segundo o cenógrafo, o carroceiro transmite tristeza ao olhar para o planeta. Em tempo, uma reflexão sobre o que refletimos como cidadãos do mundo...

21 de julho de 2011

Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2

Feito para fã, a película Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2 ou Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 (2011) é um filme sem grandes atrativos e cheios de fórmulas corriqueiras de aventura. Contudo, o sucesso da franquia não é para menos, um recorde na história do cinema. Mesmo não encantando aos que não são fãs, o filme tem pontos fortes, tais como o uso na medida certa do humor e um roteiro dinâmico que explora bastante o silêncio, criando tensão em momentos chave. Mas só isso, a questão crucial é: a mídia faz mais barulho do que se deveria. Na história, Harry Potter (Daniel Radcliffe) e seus amigos Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) seguem à procura das horcruxes. O objetivo do trio é encontrá-las e, em seguida, destruí-las, de forma a eliminar lorde Voldemort (Ralph Fiennes) de uma vez por todas. Com a ajuda do duende Grampo (Warwick Davis), eles entram no banco Gringotes de forma a invadir o cofre de Bellatrix Lestrange (Helena Bonham Carter). De lá retornam ao castelo de Hogwarts, onde precisam encontrar mais uma horcrux. Paralelamente, Voldemort prepara o ataque definitivo ao castelo.

20 de julho de 2011

Os Monstros

E, por fim, ainda sobre o 6º Festival Latino Americano, assisti ao péssimo filme brasileiro entitulado Os Monstros. O filme é monótono com cenas longas e desnecessárias, é lento e desinteressante, não tem história, os diálogos e a fotografia são péssimos e, sinceramente, não sei o que a organização do Festival viu nele para colocar esta tragédia para ser exibida. Tragédia no sentido literal da palavra, pois espectadores saindo no meio do filme foi a coisa mais comun de se ver no Cinesesc. Talvez um protesto! Os diretores, roteiristas, produtores e atores deviam sentir vergonha de apresentar para qualquer tipo de público um lixo como aquele. Aquilo não é cinema! Lamentável e pura perda de tempo. Na história (pelo menos é o que eles propõem), nenhum homem é um fracasso quando tem amigos. O longa cearense, de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti, se inspira na amizade de seus realizadores para falar de um grupo de amigos e suas frustrações. Pelo trailer você vai entender o que eu estou falando...



19 de julho de 2011

Mundo Grúa

Ainda sobre o Festival Latino Americano, a película argentina Mundo Grúa ou Mundo Grua (1999) de Pablo Tapero tem seu tema claro, mas é pouco envolvente e talvez por isso perca seu ritmo. Contudo, o mérito do diretor é exatamente romper com a velha narrativa argentina. Na história, Rulo (Luís Margani), um ex-baixista de uma banda de rock dos anos 70, depois de perder o emprego numa construção onde trabalhava operando uma grua se esforça para tentar fazer sua vida seguir normalmente. Neste meio tempo, ele se envolve com Adriana (Adriana Aizemberg) deixando vir à tona seu tempestuoso passado na banda. Com uma vida complicada, Rulo ainda tem a mãe (Graciana Chironi) para cuidar e o filho de 19 anos, que quer seguir seus passos e formar um grupo de rock. Ao perder seu emprego, ele consegue um emprego na Patagônia e vê-se obrigado a sair de Buenos Aires. Rulo descobre que fazer um novo começo em uma idade tardia prova ser mais difícil do que pensou primeiramente.

18 de julho de 2011

Martha

A película mexicana Martha (2010) do jovem Marcelino Islas Hernández esteve na 6º edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. O filme começou a chamar atenção quando participou da mostra da Semana Internacional da Crítica (SIC) no 67º Festival Internacional de Cinema de Veneza. No Brasil, sua apresentação não foi inédita, já tinha sido exibida em Porto Alegre. O filme é lento e com economia de diálogos, às vezes perde o ritmo, mas o que mais me impressionou foi a beleza como foi dirigida, os ângulos de câmera e fotografia. A história conta sobre a vida de Martha (Magda Vizcaíno), uma senhora de 75 anos que, após 30 anos como arquivista em uma empresa de seguros da Cidade do México, tem sua vida virada para baixo quando é demitida e substiuída por um computador. Insegura ao imaginar a vida sem trabalho, Martha decide se matar. Compelida pelas circunstâncias e com a ajuda de Eva, a jovem mulher contratada para transferir os arquivos para o computador, a sua emocionante viagem para a morte poderá surpreendentemente levá-la…a vida. O filme, apesar de um humor negro, tem poesia em sua concepção.

15 de julho de 2011

Anima Mundi 2011

Hoje começa o Anima Mundi 2011 - 19º Festival Internacional de Animação do Brasil no Rio de Janeiro (de 15 a 24 de Julho) e depois segue para São Paulo (de 27 a 31 de Julho). A programação é diversificadíssima e vale à pena conferir. O Festival se consolida a cada ano. Nas categorias de competição, temos: Curtas, Curtas Infantis, Curtas Brasileiros , Curtas de Estudante, Longas, Longas Infantis e Filmes de Encomenda. Além deles, e como teaser do que vai acontecer, veja o curta Fuga, uma animação sem preconceito e com dedo em uma de nossas feridas que está concorrendo ao prêmio do I Concurso Nacional de Animação para Internet - CCBB. Se você é um amante da animação, não perca tempo, confira a programação e dê uma sapiada por lá.

14 de julho de 2011

The Fisher King

A película The Fisher King ou O Pescador de Ilusões (1991) é surpreendente. O roteiro por vezes é previsível, mas a temática é bem desenvolvida. Os diálogos...ah! Os diálogos são sensíveis ao mesmo tempo maravilhosos. É bom rever também a interpretação eficaz de Robin Williams. Na história do filme temos Jack Lucas (Jeff Bridges), um locutor de rádio egocêntrico, que fala o quer em seu programa sem pensar nas possíveis consequências. Um dia um ouvinte conversa com ele ao vivo, dizendo que conheceu uma mulher por quem se apaixonou em um bar yuppie. Jack de imediato descarta que ela tenha se interessado por ele, dizendo que todos os yuppies deveriam morrer. O ouvinte não pensa duas vezes: pega o rifle, vai até o bar e mata seis pessoas, antes de se suicidar. A tragédia provoca forte impacto em Jack, que desaba no alcoolismo e larga a carreira. Três anos depois, Jack conhece Parry (Robin Williams), um mendigo que o salva de ser espancado. Logo Jack descobre que Parry enlouqueceu após sua esposa ser assassinada, no bar yuppie onde seu ouvinte provocou uma tragédia. Disposto a ajudá-lo para livrar-se do peso na consciência, Jack conta com o apoio de sua namorada Lydia (Amanda Plummer), que o sustenta. A cena abaixo traduz a grandeza do filme, mas para entendê-lo em suas entrelinhas, tem que ver e rever por diversas vezes. Magnífico!

13 de julho de 2011

Espantalho

No curta Espantalho, as lembranças de uma senhora se misturam com as descobertas de uma menina apaixonada por um espantalho. Apaixonante!



Prêmios

Melhor Filme Nacional - RJ no Anima Mundi 1998
Melhor Filme Nacional - SP no Anima Mundi 1998
Melhor Direção de Arte no Brazilian Film Festival of Miami 1999
Menção Honrosa pela Técnica de Animação no Festival de Cinema de Cuiabá 1998
Prêmio aquisição Canal Brasil no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 1998
Prêmio do Júri Popular no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 1998
Melhor Filme - Júri Popular no Mostra do Audiovisual Paulista 1999
Melhor Animação no Festival de Cinema do Recife 1998
Melhor Animação - Júri Popular no Festival de Cinema do Recife 1998

12 de julho de 2011

Quebrando o Tabu

O documentário Quebrando o Tabu (2011) do diretor Fernando Grostein Andrade foi lançado semana passada e em oitenta minutos foca no tema da descriminalização do uso de drogas. Se ele tinha intenção de dar o pontapé inicial para discussão do tema em questão, conseguiu. Contudo, se quis criar polêmica, deixou a desejar. O diretor acerta em fazer um filme que de longe faz apologia ao consumo de maconha. Mas, exatamente por não ter um contraponto de visões opostas sobre o assunto, perde-se o gancho forte para uma aprofundada discussão. As visões são unilaterais e isso incomoda, pois dado ao país em que vivemos, para educar e questionar, nós ainda precisamos de opostos para decidir de que lado nós iremos ficar. A intenção de tirar os espectadores da purificação é boa, mas a ambição de conseguir um debate nacional sobre o tema vai se desvaindo até mesmo pelo pouco público presente nas salas. Uma vergonha, por sinal! O documentário tem como apresentador o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas conta também com os depoimentos dos ex-presidentes dos EUA Bill Clinton e Jimmy Carter, do escritor Paulo Coelho, do ator mexicano Gael Garcia Bernal e do oncologista Drauzio Varella. Se me perguntarem, vale à pena assistir? Sem sombras de dúvidas, lógico que vale!

8 de julho de 2011

Män Som Hatar Kvinnor

O suspense Män Som Hatar Kvinnor ou Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2009) é uma produção da Dinamarca, Alemanha e Suécia e foi muito bem costurado. A estrutura é impecável. Os personagens não são óbvios. As tramas e subtramas são bem construídas e tenha certeza de que tem suspense do começo ao fim, impossível desgrudar os olhos. Apesar do assunto mórbido tratado, o final convence e é bem resolvido. É magnífico! É fascinante! Na história, Harriet Vanger (Ewa Fröling) desapareceu há 36 anos, sem deixar pistas, na ilha de Hedeby. O local é de propriedade quase exclusiva da família Vanger, que o torna inacessível para a grande maioria das pessoas. A polícia jamais conseguiu descobrir o que aconteceu com a jovem, que tinha 16 anos na época do sumiço. Mesmo após tanto tempo, seu tio ainda está à procura de Harriet. Ele resolve contratar Mikael Bomkvist (Michael Nyqvist), um jornalista investigativo que trabalha na revista Millennium. Mikael não está em um bom momento, pois enfrenta um processo por calúnia e difamação. Ele aceita o trabalho, recebendo a ajuda de Lisbeth Salander (Noomi Rapace), uma investigadora particular incontrolável e anti social.

7 de julho de 2011

As Melhores Coisas do Mundo

O filme brasileiro As Melhores Coisas do Mundo (2010) de Laís Bodanzky traz à tona a fase da adolescência de forma honesta, autentica e realista. Um luxo para poucos! O roteiro é orgânico e tem algumas sutilezas com a medida certa, mas tem também algumas obviedades, como o suicidio esperado, mas não é algo que incomoda. A tecnologia usada diariamente em demasia nesta fase tem consequências, mas provoca, faz parte do contexto. A cena dos ovos, talvez, em minha opinião, seja uma das cenas mais sensíveis e bonitas do filme, pois mostra a dor visível de uma mãe que não sabe o que fazer em confronto com o seu próprio erro. Uma cena onde uma enxurrada de sentimentos ronda-a, permeia-a. E não é piegas... O filme, com a excelente direção de Laís, empresta uma juventude que há muito não tenho visto no cinema, não só pela direção, mas pelo contexto produzido e pelas músicas. Na história, Mano (Francisco Miguez) é um adolescente de 15 anos. Ele está aprendendo a tocar guitarra com Marcelo (Paulo Vilhena), pois deseja chamar a atenção de uma garota. Seus pais, Camila (Denise Fraga) e Horácio (Zé Carlos Machado), estão se separando, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro (Fiuk). Sua melhor amiga e confidente é Carol (Gabriela Rocha), que está apaixonada pelo professor Artur (Caio Blat). Em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os colegas de escola em momentos de diversão e também sérios, típicos da adolescência nos dias atuais. Um filme imperdível do cinema nacional.

6 de julho de 2011

A Casa de Alice

É perfeitamente compreensível saber porquê o drama brasileiríssimo A Casa de Alice (2007) foi mais visto nos EUA do que no Brasil, o filme é simplesmente uma obra-prima. Considerando que americano não gosta de ver filmes estrangeiros, isso é uma vitória no mercado tão competitivo e industrial que é Hollywood. A película é sutil e acertiva na construção dos personagens que tem seu cotidiano muito bem retratado. O elenco foi bem preparado, afinal, foram oito meses para achar os atores, um trabalho minuncioso. A atriz Carla Ribas é uma revelação como protagonista, por isso foi tão premiada. Seu trabalho é impecável. Na história, a família de Alice vai se mostrando suas diversas facetas de forma simples, mas que com o tempo vão caindo em si. É uma verdadeira avalanche de sentimentos que se mostram em detalhes, uma silenciosa autenticidade. O roteiro foi trabalhado por três anos e neste meio tempo, muita gente imprimiu sua versão dos fatos, mas ficou bom. O final é reflexivo. O diretor, Chico Teixeira, que é economista de formação, revelou-se neste seu primeiro longa. Um trabalho impecável de corpo e alma. Um detalhe que não pude deixar de notar, o filme não tem música, mas ainda assim ficou sensível e verdadeiro. Na trama, Alice (Carla Ribas) é uma manicure que tem em torno de 40 anos e mora na periferia da cidade de São Paulo. Ao lado de sua família, Alice tenta levar a vida do melhor jeito possível ao enfrentar os problemas do dia-a-dia. Um filme imperdível!

5 de julho de 2011

Contos Tradicionais do Brasil para Jovens


O livro de Luís Câmara Cascudo Contos Tradicionais do Brasil para Jovens é o que podemos chamar de "a voz do povo". Explico: o autor ouviu contos tradicionais de várias partes do país e escreveu como ouviu. Esta é uma a parte interessante da obra, a outra parte incomun é que descobrimos através destes contos populares que nós também temos princesas, corcundas, espelho mágico, demônios e vários animais encantados. É uma riqueza de dar inveja a qualquer quilate de brilhante, basta apenas olhar pelo ponto de vista antológico e se divertir. Como a linguagem do povo não é rebuscada, não vá esperar uma obra prima de literatura, mas com certeza há muita riqueza nas entrelinhas de cada uma das histórias contadas. Boa leitura!

4 de julho de 2011

The Sorcerer's Apprentice

A película The Sorcerer's Apprentice ou O Aprendiz de Feiticeiro (2010) é muito bem construída e tem todos os elementos para uma diversão em família. Além do que, temos a maravilhosa interpretação de Nicolas Cage. O final é óbvio, mas tá valendo, mesmo porquê cumpri os objetivos de uma aventura. Uma salva de palmas para a produção, muito bem feita! Na história, Balthazar Blake (Nicolas Cage) é um feiticeiro que mora em Manhattan. Ele busca defender a cidade de seu arquinimigo, Maxim Horvarth (Alfred Molina), mas não é capaz de cumprir esta tarefa sozinho. Para tanto ele recruta Dave Stutler (Jay Baruchel), um rapaz comum mas com um potencial oculto, para ser seu aprendiz. Balthazar passa então a ministrar um rápido curso na arte e ciência da magia, de forma a torná-lo seu aliado na luta constante contra as forças de Horvarth.


1 de julho de 2011

David Burton

Quando me deparei com o trabalho de Mixed Media do pintor e escultor americano David Burton, pensei, como o ele pode ter uma visão tão simples e ao mesmo tempo tão plural de uma obra feita com materiais que estão à nossa mão mas são vistos sob outra ótica. Incrível! Ele une simplicidade e criatividade com muito bom gosto. E, adequa-se a qualquer ambiente. Os trabalhos de pintura e esculturas não são tão acertivos, mas tem seu valor. Tenho que confessar que me apaixonei pela vasta obra do Mixed Media. Você tem que ir no site dele e conferir as demais...