30 de maio de 2009

Mãe Menininha do Gantois



O nome de Mãe Menininha era Maria Escolástica da Conceição Nazareth. Ela nasceu e foi criada numa casa de candomblé na Bahia. Levou o nome desta religião à fama. O Brasil e o mundo iam consultar com ela. E era uma figura única na Bahia. Nesta biografia de Cida Nóbrega e Regina Echeverria (mesma que escreveu Furacão Elis), encontramos uma leitura esclarecedora, principalmente quando se fala para leigos, como eu, dos preceitos da religião do candomblé. Vale à pena ler!

28 de maio de 2009

A estória da figueira

Para me redimir do último curta postado aqui, de presente para vocês, a linda película de “A estória da figueira”. Trata-se da adaptação da cantiga luso-brasileira de mesmo nome. Um pai viúvo e sua filha pequena (Marina Schenkel que é um encanto nesta atuação) moram em um lugarejo perdido e tem como vizinhos uma mulher que prepara deliciosos bolos de mel e um jardineiro que cuida das plantas e dos bichos. A menina pede para o pai se casar com a vizinha, ao que ele se recusa, mas a filha insiste e a vida de todos começa a mudar depois do casamento. É um curta encantador e doce, vale à pena vê-lo com muita atenção.




Prêmios
"Destaque em Contribuição Artística" no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2006
"Destaque em Expressão Cultural" no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2006
2º Lugar - Júri Popular no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2006
Destaque "Cachaça Cinema Clube" no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2006
Prêmio do Público no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2006
Melhor Fotografia de Filme Estudantil no Semana ABC 2007

Festivais
Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2007
Festival Internacional de Escuelas de Cine - Argentina 2006
Kodak Film School Competition 2007
Mostra de Cinema de Tiradentes 2007
Mostra do Audiovisual Paulista 2006
ResFest 2006
Cachaça Cinema Clube 2006
Festival Internacional de Cinema da China - Beijing Film Academy Festival 2006
International VGIK Student Festival - Rússia 2006
Mar del Plata Film Festival 2007
Mostra do Filme Livre 2007
St. Kilda Film festival - Melbourne, Australia 2007

27 de maio de 2009

Squich!

Na tentativa de fazer um filme engraçado, o autor e diretor fizeram um filme neurótico e besta, assim como o personagem principal. O único ponto certo neste curta foi dizer que os publicitários, além de masoquistas, adoram deixar tudo para os últimos momentos. A película trata-se do delírio de um publicitário neurótico e insatisfeito com a vida que se transforma num pesadelo alucinante. Ruim é pouco para este curta!


26 de maio de 2009

Furacão Elis




Quem gosta de Elis Regina tem que ter passagem obrigatória nas entrelinhas deste livro de Regina Echeverria. Ele nos mostra uma Elis humana, com paradoxos ou não, com qualidades e defeitos, mas mulher, mãe e cantora, acima de tudo. Li este livro pela primeira vez em 1985. Reli agora, está atual. De quebra, você ainda pode ver Maria Rita ainda como bebê de colo.

25 de maio de 2009

Piaf - Um hino ao amor


A voz de Edith Piaf é como a alma de Paris: intensa e indestrutível. A história de vida dessa cantora simplesmente emociona. O filme conta com a atuação marcante da atriz francesa Marion Cotillard, filha de Jean-Claude Cotillard, um dramaturgo, ator e diretor. Não podemos deixar de falar também da reconstituição de época, o espectador se transporta pra lá e acaba se envolvendo sem ao menos perceber. É uma viagem no tempo. Você não precisa conhecer, nem ser fã de Edith Piaf para adentrar no universo desta vida frágil, mas com muita verdade e um destino incrível.

Marion ficou conhecida por sua interpretação neste filme e, por causa dele conquistou vários prêmios de cinema, tais como o César, o BAFTA, o Globo de Ouro e o Oscar de melhor atriz. Sua estréia foi numa das peças de seu pai. Mas ela não é só conhecida por Edith Piaf, participou também de “Big Fish” e “Mary”. É um filme que, de fato, vale à pena pegar numa locadora e ver, não foi à toa os comentários da época de seu lançamento...

24 de maio de 2009

O sumiço do amigo invisível

Este é um falso documentário sobre um elemento peculiar do imaginário infantil: amigos que só as crianças podem ver! A idéia é boa, mas os diálogos, as perguntas da atriz-apresentadora e as situações são, por vezes, forçadas demais. Mas nem tudo está perdido, os depoimentos das crianças, pais e das professoras são interessantes. Para se entender: o filme começa com a investigação de Vivi. Trata-se de uma menina que descobre que Rubens, seu amigo imaginário particular, sumiu. Através da sua busca conhecemos outras crianças e ouvimos depoimentos sobre seus companheiros imaginários.


23 de maio de 2009

Marco Vilane

"Pra me cobrir do relento, vou me vestindo de tempo"... Para escutar Marco Vilane é preciso duas coisas: ter bom gosto e sensibilidade para entender as letras de suas músicas. A melodia deste baiano pouco conhecido (o que realmente é uma pena!) é gostosa de se ouvir e boa de cantar. Dá-me a sensação de que ela fica cravada em nossos corações...

20 de maio de 2009

Capítulo 10

O lápis ia de um lado ao outro da mesa. O papel à frente ainda branco aguardava a boa vontade do menino José de circundá-lo ou ao menos lhe fazer algumas linhas retas. Mas José parecia mais prestar atenção às músicas que soavam ao seu ouvido pelo Ipod e que vez em quando se ouvia algumas intenções de canto aqui ou acolá totalmente desafinadas. Sofia estava atrasada. Levantou um pouco a cabeça e pode ver o vizinho da frente entrando na sua casa da vila. Não achava ele bonito e nem entendia o que Sofia via naquele homem que tinha a bunda do tamanho de um bonde. Mulheres?! Vai entendê-las. Deu risada consigo mesmo. Lembrava sempre das besteiras que Sofia dizia-lhe sobre o moço. Bebeu um gole de água e olhou para a porta. Sofia não chegava. Trocou de música para ver se o tempo passava. Não passou. Levantou-se, então, tirou o Ipod do ouvido, desligou-o. Desceu as escadas calmamente até avistar o cabelo de Laura. Desceu mais um pouco, mas ela continuava parada na mesma posição. Desceu alguns degraus mais uma vez calmamente para não assustá-la. Laura percebeu o vulto e assustou-se. O moleque deu risada. “Ela já está vindo”, disse Laura já quase em pé. José passou a mão pela barriga. “A fome chegou, né, José?!”. O moleque afirmou com a cabeça e um tanto quanto sem graça desceu o restante dos degraus. “Vamos fuçar na cozinha e ver se a gente acha algo de interessante pra beliscar”, disse Laura meio incerta do que poderia encontrar ou não na cozinha. A porta da rua foi aberta por Sofia que, ao avistar José, abriu os braços entusiasmados. Vem cá, me dá um abraço que eu tô morrendo de saudades de você seu moleque! Numa das mãos, Sofia carrega uma sacola de uma loja infanto-juvenil, e, na outra um saco de padaria.


O moleque abriu os braços e correu para Sofia com um sorriso largo. Sofia o beijou muito. Você está atrasada, Sofia. Você me deixou esperando aqui um tempão. Sofia, aos beijos declarava que estava comprando algo para todos comerem. Ela tinha ido a uma reunião e não teve tempo de almoçar. Ah! E de quebra passei numa loja para comprar uma lembrancinha para você, então pára de reclamar, hein. Sofia, você tá me comprando? Sofia entregou a sacola para José e, por um instante pensou que o moleque estava convivendo demais com ela, mas em tempo quando viu o sorriso dele abrir espontaneamente ao se deparar com um conjunto de short e camiseta, achou que era besteira o que acabara de pensar. Pô, bem louco este desenho da camiseta... É, achei a sua cara, moleque, vai lá, experimenta e vê se ficou bom. Sofia entregou o saco da padaria para Laura, passou a mão nos cabelos e sorriu para o menino. Mas, Sofia, porque eu tô ganhando isso, se nem meu aniversário não é? Eita moleque renitente este, hein, quer saber de tudo! Escuta só, não é necessário se fazer aniversário para se ganhar um presente. Principalmente se a outra pessoa que fizer isso contigo for espontânea. José entrou no banheiro balançando a cabeça e após ter trancado a porta soltou a piada da tarde: “sua espontaneidade me comove, Sofia”. E então fingiu que estava emocionado e chorando. Laura deu risada e fez gestos para Sofia como quem quer dizer que o moleque não estava valendo mais nada. Sofia olhou para ela concordando. Não demorou muito e ele saiu do banheiro perguntando as duas se ele estava gato com a roupa nova. Tá, tá gato, agora anda logo e vamos subir, pois você tem muito que aprender.

Na verdade, eles mais conversaram sobre como iam os estudos de José, bem como falaram sobre seu pai e mãe do que qualquer outra coisa. Até que José confessou que estava gostando de uma garota da escola. Mas ela não é baranga não, é? Ah! Sofia... Olhe pra minha cara e diga se eu sou moleque de mulher tribufu? José falou em um tom quase sério. Sofia gargalhou. Mas você está ficando ousado, hein... José riu meio sem jeito. Quando Sofia tentou conversar e se aprofundar sobre o suposto namorico dele, este disse que era pra ela ensinar mais detalhes do desenho que estavam fazendo. Algumas horas se passaram quando Sofia entretida tentava esboçar algum sapato com o menino. José apontou para a janela. Sofia olhou e viu que o vizinho saíra da toca. Ficou acompanhando cada passo dele até que este chegasse ao carro. José simulou com a boca um som de um peido. Sofia olhou pra o moleque desacreditando no que ele acabará de fazer. Moleque riu. Eu não acredito que você peidou, José?! Ele não parava de rir. José, isso é muito feio pra um menino de sua idade. José cinicamente disse que nem estava fedendo. Mesmo assim, isso é muito feio. Pela primeira vez, José sentiu que Sofia estava séria e brava com ele. Sofia, eu não peidei, apenas fiz o som com a boca. Lamentou quase que sem graça. Sofia riu e ficou caçoando o moleque. Você está vendo como pimenta no cú dos outros é refresco...

Diário de Sofia

Diariozinho,
Nossa quanto tempo... Ultimamente estou com muita preguiça, é verdade. Hoje passei uma tarde maravilhosa com José. Ele está cada dia mais esperto. Às vezes me sinto até mais responsável com ele do que realmente posso ser, mas ele me encanta, é algo mágico, realmente, o que sinto por aquele moleque.
Mudando de pau pra cacete, Mahya anda preocupada com alguma coisa... Falei com ela hoje à noite e achei-a tensa, mas ela não quis se abrir comigo. Bem, vou indo, morrendo de sono e já com saudades do moleque...
Sofia.

19 de maio de 2009

Luz Marina

Nunca tive oportunidade de escutar um jazz venezuelano. E não por preconceito ou algo similar, mas por puro desconhecimento deste universo tão próximo ao Brasil. Luz Marina, cantora e compositora, quebrou meus paradigmas. Bonita e de voz doce, mostra-nos que "Solo en tus Besos" é uma bela canção. Ouça e veja se concorda ou não comigo!

18 de maio de 2009

Anjos e Demônios


Vamos deixar claro uma coisa: eu não li este livro de Dan Brown!!!! Assim, aqui estou falando apenas do filme. E, a propósito, quando é que as pessoas vão deixar de comparar livro com filme, será que elas não entendem que até a narrativa de cada um é diferente??? Vamos combinar que não dá pra comparar, né gente?! Acho uma besteira quando alguém fala: “o livro é bem melhor que o filme”. Tolice de quem não sabe o que diz. Isso não existe, cada um é cada um. Um livro vai ser sempre mais profundo do que um filme e, o imaginário visual deste primeiro é simplesmente criado pelo leitor. O filme tem suas imagens pré-determinadas e o espectador praticamente não interfere, mas sente. Então, parem de ficar comparando, pois é a mesma coisa que você comparar a eficiência da mídia TV e da mídia rádio...são coisas distintas, mas dependendo do propósito que você precise/ queira, você escolhe um ou outro e assim é a vida. Assim, voltando a falar do filme, classificaria-o como bom. Não é lá isso tudo, mas tem a mesma batida visual que o Código da Vinci. O professor de simbologia Robert Langdon (Tom Hanks) e Victoria Vetra (Ayelet Zurer) se envolve com a sociedade secreta dos Illuminati, por conta do assassinato de um cientista. As pistas levam os dois ao Vaticano, onde uma conspiração envolvendo o assassinato de cardeais, às vésperas da eleição do novo Papa, coloca-a em perigo. Apesar de a estréia não ter levado muita gente ao cinema aqui nos EUA, Ron Howard fez uma boa direção, vamos ser justos.

16 de maio de 2009

A Testemunha

Você já ouviu falar na comunidade Amish? Muito provavelmente sim, mas talvez não esteja lembrado, caso contrário, está na hora de ver ou revisitar o filme “A testemunha” que fala desta comunidade não-violenta da Pensilvânia. Aliás, tal seita, diga-se de passagem, foi pesquisada por William Kelley por cerca de sete anos antes de ele roteirizar o filme. Como tema principal aborda exatamente a questão da força numa sociedade. Um contraste único entre duas culturas: uma acostumada à violência e a outra que a proíbe. Trata-se de uma narrativa sólida, aliás, não foi à toa que foi indicado para oito Oscar. Um destaque aqui é para os diálogos onde notamos claramente o linguajar antiquado dos Amish versus os inúmeros palavrões e gírias dos cidadãos das grandes cidades. É uma história muito mais de conflitos sociais do que de conflitos pessoais. Além disso, podemos ver Harrison Ford ainda jovem e gato. E para quem quer saber um pouco mais dos Amish, separei um curta-documentário (em inglês) que fala um pouco mais desta sociedade pacata e de vida simples.











Neste documentário, os Amish de Lancaster County, Pennsylvania, mostram-se profundos religiosos, tem uma vida simples e, geralmente, têm o cavalo como seu principal meio de transporte. O mundo ao redor deles resume-se às fazendas em que vivem, suas criações, plantações e, óbvio suas famílias. As crianças são ensinadas em escolas dentro de casa. A população Amish em Lancaster County triplicou desde a metade do século passado.

15 de maio de 2009

Balada das duas mocinhas de Botafogo

Balada das duas mocinhas de Botafogo não é um curta óbvio. Ele não fala explicitamente de como a falta de um pai pode trazer à tona a decadência de uma família, mas ele nos mostra que "os monstros da solidão uivam no seu vazio" e, nestas horas duas irmãs são capazes de tudo. Então, Botafogo não é só mais um time do Brasileirão. O poema de Vinicius de Moraes e o vozeirão de Edu Lobo podem lhe explicar este curta com uma leitura visual maravilhosa. Duas irmãs, Marília e Marina, buscam no sexo e na noite do Rio de Janeiro uma resposta para escapar ao vazio de suas vidas. Abandonadas pelo pai, que deixou a família e sumiu, abandonadas pela mãe, que vive com elas mas em nada compartilha sua vida com as filhas, Marília e Marina se apóiam uma na outra e buscam um caminho. Sem guia ou referência, em meio a noitadas sem memória e relações sem sentido, elas procuram uma saída - qualquer saída. Tem também a participação de Alexandre Borges e Guta Stresser.




Prêmios
Petrobras no Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2006
Prêmio Porta Curtas no Vitória Cine Vídeo 2006
Melhor Fotografia no Festival de Cinema Brasileiro de Miami 2007

Festivais
Festival de Brasília 2006
Festival do Rio 2006
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2006
Festival Mix Brasil 2006
Goiânia Mostra Curtas 2006
Festival de Cinema de Londrina 2006

14 de maio de 2009

A inclusão do medo




Se tiver um livro excelente, este é a “Inclusão do medo” de J.J.Randam, ou para os íntimos José Jorge Randam. Nele, Matias, personagem principal da obra, busca permanentemente uma resposta para dentro de si, ou seja, como se diz, a inquietante busca do homem pelo próprio homem. Mostra-nos a Bahia preparando-se para os temores da 2ª grande guerra. Trata-se de um livro da novíssima literatura baiana que Randam expõe as inúmeras interrogações protegidas por uma fina superfície aflorada. O legal é que a gente encontra padeiros, leiteiros, açougueiros seguindo o ritmo da época em questão. Há algo de diferente em “A inclusão do medo”. Randam é um dos poucos publicitários baianos que eu adoro pelo seu jeito simples, honesto e idôneo de ser, coisa rara hoje em dia.

12 de maio de 2009

10 centavos

Este curta premiadíssimo é um dos melhores que eu já pude assistir: ele tem uma docilidade incomun. Prestem atenção na música! Dizem que Os capitães de areia de Jorge Amado estão reencarnados nos guardadores de carro do Pelourinho. Se é uma verdade ou não, só assistindo para ver. Ah! minha Bahia, quanta saudade da minha terra amada.... Bem, sem mais chorumelas, então, deleitem-se com um dia na vida de um garoto que mora no subúrbio ferroviário de Salvador e trabalha como guardador de carros no centro histórico.


Agora, pra mostrar que esta película é boa que é arretada, vejam os prêmios e os festivais que ela passou, tá mais que justificado....

Prêmios
Melhor Ator no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2008
Melhor Ficção no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2008
Melhor Filme Nacional - Júri popular no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2008
Melhor Filme Nacional - Júri técnico no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2008
Troféu Jangada no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2008
Prêmio UNICEF no Festival Internacional de Cine Documental y Cortometraje de Bilbao 2008
Melhor Ator no Florianópolis Audiovisual Mercosul 2008
Menção Especial do Juri no Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual 2008
Melhor direção no Festival Guarnicê do Maranhão 2008

Festivais
Brazilian Film Festival of Toronto 2008
CineSul 2008
Festival internacional de cine de Alcalá de Henares - Alcine 38, Espanha 2008
Festival International du Court Métrage Clermont-Ferrand, França 2008
FICA 2008
Goiânia Mostra Curta 2008
Mostra Cinema Conquista 2008
Mostra de Curtas do Instituto Jubarte 2008
Mostra de Filmes do Fórum "Universidade, Juventude e Diversidade", Brasil 2008
Mostra Paulista de Cinema Nordestino 2008
Mostra Veja Cultura de Cinema 2008
Seoul International Youth Film Festival - Short Film Invited, Coréia 2008
Short Film Corner - Festival de Cannes 2008
Sua Nota É um Show - Cinema 2008

10 de maio de 2009

Toquinho & Friends

Cacau Brasil & Banda ofuscou a apresentação de Toquinho... Mas Toquinho é sempre maravilhoso, apesar da falha da produção...


Engraçado que quando saímos do Brasil temos boas oportunidade de conhecer cantores brasileiros que até então não se tinha ouvido falar. Ontem, fui inocentemente assistir o show de "Toquinho & Friends" no Parker Playhouse aqui em Miami. Obviamente que fui presenteada com o ingresso para assistir Toquinho e, não por acaso, tive oportunidade de escutar um som bem brasileiro e original: Cacau Brasil & Banda. No inicio pensei: "este cara tem sotaque, deve ser pernambucano", me enganei. Cacau, um estudioso da cultura popular brasileira, é mineiro de Viçosa, mas cursou arquitetura na Universidade Mackenzie em São Paulo. Suas canções lembram muito as canções genuinamente nordestinas. Ele abriu o show de Toquinho e de quebra celebrou a conquista do Press Award (uma premiação internacional para revelações da música brasileira aqui em Miami já em sua décima segunda edição). Influenciado pelos Luiz da Câmara Cascudo e Mário de Andrade, ele conseguiu fazer uma releitura da MPB bem gostosa, pra cima e original. Sua banda é composta por músicos de todo o Brasil e se você se interessou, saiba mais dessa moçada no http://www.cacaubrasil.net/.

Ah! e Toquinho (http://www.toquinho.com.br/), sempre genial!!! Sempre, mas desta vez a produção pecou. Uma pena que seu show foi curtíssimo. Mas ele ainda conseguiu contagiar um pouco a platéia com sua famosa composição (e também de Vinícius de Moraes) "Eu sei que vou te amar por toda a minha vida, eu vou te amar, a cada despedida, eu vou te amar. Desesperadamente. Eu sei que vou te amar...". Mas o show dele em si deixou a desejar, de fato esperava mais. Isso é que dá termos expectativas maiores para as sumidades da música brasileira. Ele simpatitíssimo, prometeu que vai viver até os 92 anos, uma vez que seus pais viveram entre 94 e 93 anos. E observou que "todo cantor brasileiro, deveria fazer referência a Dorival Caymmi (baiano, cantor, compositor, violinista falecido em 2008) nos seus shows". Foi uma noite gostosa, mas Toquinho poderia ter tocado bem mais, com certeza. Culpa da produção!




8 de maio de 2009

Noir Désir - Bouquet de nerfs

Noir Désir é uma banda de rock alternativo francesa. É, talvez, o grupo de rock mais popular na França nos últimos anos, não é pra menos, pra quem gosta desta batida, vai gostar deles também. O ba-fá-fá da história do grupo é que o vocalista e compositor, Bertrand Cantat, simplesmente espancou sua namorada, a atriz Marie Trintignant, e, obviamente, foi condenado a 8 anos de prisão por homicídio culposo. A música Bouquet de nerfs traduz exatamente o sentimento e ritmo do grupo. Para quem quiser saber mais sobre o grupo, o site oficial deles é http://www.noirdez.com/.


Adão & Eva

Muito ruim este curta sobre Adão & Eva. Falta criatividade e a história é pobre, mas eu gostaria de ver algo bom nesta batida de cinema mudo, pois, de fato, não é fácil ressucitá-lo.


5 de maio de 2009

Kings of Convenience

Desde 1999, essa banda norueguesa, Kings Of Convenience vem dando o ar da graça com algo do tipo "duo folk-pop indie". Ela é conhecida por suas melodias sutis e delicadas que composta por vozes calmas, fazem-se acompanhar por um belo violão. A banda é composta pelos Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe que cantam em todas as faixas. O disco de estréia The Kings of Convenience (2000) é minimalista e de lá pra cá foram lançados quatro CDs. Para quem gostar e tiver a fim de experimentar a discografia deles, então, é só anotar:
The Kings of Convenience (Kindercore, 2000)
Quiet Is the New Loud (Astralwerks, 2001)
Versus (Astralwerks, 2001)
Riot on an Empty Street (Astralwerks, 2004)
E, se ainda não se der por satisfeito, mas quiser conhecer melhor o trabalho da banda, é só entrar no site deles e dá uma espiadinha no que eles estão aprontando por aí:





4 de maio de 2009

A cidade do sol


Sinceramente Khaled Hosseini se superou neste livro. Vou ter que falar que li “O caçador de pipas”, mas não achei lá isso tudo. Apesar de falar de um universo que não estamos muito acostumados a ver, em “A cidade do sol” acredito que o envolvimento humano que o autor criou foi bem maior. Duas mulheres diferentes que se encontram no meio ao caos da intolerância: Mariam e Laila. É envolvente e trata-se de uma evocação à vida. Duas forças femininas, acima de tudo, com muita emoção humana. Cada linha, cada entrelinha, te surpreende.

1 de maio de 2009

Sinistro elevador

Gente, eu gosto de suspense, mas isso aqui é muito ruim. O suspense quando ele é bem feito, te dá arrepios, medo, pavor, enfim, mexe com sensações mais diversas possíveis. Sinistro elevador é daquelas películas que não te leva a lugar algum. Como uma pessoa pode perder oito minutos criando e produzindo uma coisa destas? Inacreditável... Mas como a proposta do blog é ver o que se é produzido de horrível também, então, divirtam-se. E, se alguém gostar, por favor, me mande um email explicando o que viu de bom neste curta, se os argumentos forem bons, eu prometo me redimir neste espaço.

Os franceses


Você sabe por que os franceses são avaliados no sistema escolar pela base vigesimal e não decimal como todo o mundo? Pois é, culpa dos gauleses. Você sabia que a palavra pique-nique resulta na junção do verbo piquer (pegar) e do substantivo nique (coisa sem importância), e, que os franceses simplesmente a-do-ram fazer pique-nique nos seus inúmeros jardins, parques e onde der independente da classe social? O culto à comida é quase uma idolatria nacional, eles usam toneladas de manteiga e além de não engordarem não têm altas taxas de colesterol. Este e outros inúmeros segredos sobre o modo de vida dos franceses é que Ricardo Corrêa Coelho, cientista social, nos desvenda com maestria. São vários aspectos reveladores do cotidiano deste povo pra lá de briguentos e sofisticados. “Os franceses” fazem parte de uma coleção da Editora Contexto onde se pode também encontrar obras que falam de “Os italianos” ou “Os espanhóis”. Essa leitura é uma boa pedida para quem vai viajar lá por aquelas bandas e não conhece a França.


Madeleine Peyroux

A primeira vez que eu vi Madeleine Peyroux foi assistindo ao Programa do Jô. Encantei-me, literalmente! Essa cantora americana aprendeu a tocar o ukelele com a sua mãe quando ainda era criança. E, óbvio, com isso não poderia dar em outra coisa: começou a cantar com quinze anos quando descobriu os artistas de rua do boêmio Quartier Latin em Paris. Nada mal, hein. Logo depois passou dois anos em turnê pela Europa interpretando canções do Jazz e em 1996 teve seu primeiro álbum lançado: "Dreamland". Mas a vida é tão surpreendente que Peyroux começou as gravações de um segundo disco e deu tudo errado: foi diagnosticada com problemas nas cordas vocais e teve problemas com a sua editora, pois começava as músicas, mas não acabava. Ela desistiu de lançar o álbum e voltou às suas raízes, dando concertos nas ruas de Paris e em cafés nos Estados Unidos. Mas como o mundo dá voltas: um dia estamos em cima e outros estamos em baixo. Em março deste ano, ela lançou um álbum composto por músicas bastante originais. O nome do Cd: Bare Bones.