28 de fevereiro de 2011

Oscar 2011


The 83rd Annual Academy Awards elegeu os melhores neste último domingo. O circo estava montado e por mais que alguns não acreditem (ou desconfiem) nos critérios adotados, o famoso Oscar estava lá para revelar os melhores do mercado americano e um pouco do mundo. Depois do Red Carpet, assistimos ao que podemos chamar de o óbvio do óbvio... e, claro, as principais estatuetas ficaram com “O discurso do rei”.

Melhor filme: “O discurso do rei”. Este é o rei de o óbvio do óbvio. Nenhuma surpresa nesta categoria, já era mais do que esperado. Mas, enfim... de verdade ainda tinha uma pequena e falsa esperança de que “Cisne Negro” pudésse ganhar. Por vários motivos: um belo roteiro, uma sublime e ousada direção, e, um protagonista muito mais difícil de se revelar nas entrelinhas. Melhor diretor: Tom Hooper – “O discurso do rei”. Sem comentários. Já está em tempo de a Academia começar a arrojar em suas escolhas para ampliar os horizontes cinematográficos. As categorias de melhores ator e atriz foram justíssimas. Como Melhor ator: Colin Firth – “O discurso do rei”. Premiação mais do que justa. Feliz por esta escolha. Alguém tinha alguma dúvida? E para Melhor atriz: Natalie Portman – “Cisne negro”. Ela era a favorita, com certeza, mas tenho que confessar que essa foi uma das poucas categorias que, de fato, poderia chamar de um páreo duro. Só tinha fera com interpretações pra lá de excelentes! E Natalie não foi diferente do grupo em questão. Minhas preferidas, tenho que revelar, eram Annette Bening – “Minhas mães e meu pai”, Natalie Portman – “Cisne negro” e Jennifer Lawrence - “Inverno da alma”, assim, qualquer uma que tivesse ganho, estava ótimo.

Melhor ator coadjuvante: Christian Bale – “O vencedor”. Outra surpresa! Se foi justo ou não, não posso dizer. Mas sinceramente, fiquei na dúvida que talvez a academia pudésse eleger Geoffrey Rush – “O discurso do rei”. E Melhor atriz coadjuvante: Melissa Leo – “O vencedor”, ela sempre foi a favorita e não houve surpresa.

Falando de roteiros, deixa eu respirar fundo, pois isso é outra história (e, por favor, sem trocadilhos)...para Melhor roteiro original: “O discurso do rei”. Injusto, uma história comum e previsivel no sentido estrutural. Como roteirista de vanguarda, acreditava que “Minhas mães e meu pai” seria uma ruptura nas triviais escolhas do Oscar por ser muito mais conflitante, até mesmo pela temática proposta: além de atual, corajosa. Uma pena tal escolha... Já na indicação para Melhor roteiro adaptado: “A rede social” era também esperado diante das opções que se tinha. Se foi justo ou não, lá é outra história. Mas, mais uma vez, a escolha foi óbvia, mas ainda assim, torcia no meu íntimo para "Inverno da alma", mesmo sabendo que a academia jamais o elegeria.

Melhor longa-metragem de animação: “Toy Story 3”. Vamos combinar que nenhum espanto por este prêmio. Mas em minha humilde opinião, eu ainda acho que "Como treinar o seu dragão" deveria ter levado a estatueta por mais duro que eu possa revelar isso para vocês.

Melhor direção de arte: "Alice no País das Maravilhas" e Melhor fotografia: "A origem". Foram prêmios bem merecidos, sem sombra de dúvida, dois trabalho detalhosos e impecáveis. Melhor figurino: "Alice no País das Maravilhas" merecido e nenhuma surpresa. De fato não teve páreo deste figurino, entenda-se com isso que não estou desmerecendo o trabalho dos demais. Melhor maquiagem: "O lobisomem", também merecido!

Melhor documentário (longa-metragem): "Inside job". Não foi desta vez que o nosso "Lixo extraordinário" ganhou, mas o Brasil está sempre presente de alguma forma e isso é ótimo, mostra que sabemos fazer e temos potencial para este negócio. Em Melhor documentário (curta-metragem): "Strangers no more".

Melhor filme de língua estrangeira: "In a better world" (Dinamarca). Surpresa total! Pelo menos para mim... Eu fiz uma aposta de que a academia elegeria "Biutiful"(México) por estar tão cotado no mundo cinematográfico ou, muito distantemente "Dogtooth" (Grécia) pela estranheza, mas perdi a aposta feio, deu zebra.

Melhor trilha sonora original: "A rede social" - Trent Reznor e Atticus Ross. Primeiro Oscar para eles por um trabalho bem feito. Teve bons concorrentes, mas eles conseguiram traduzir o mundo do filme muito bem, então: Oscar para eles! E, como Melhor canção original: "We belong together", de "Toy Story 3". Um música linda e pra cima. Dignos de possuir a estatueta!

Como Melhor curta-metragem: "God of love" e Melhor curta-metragem de animação: "The lost thing". Melhor mixagem de som e Melhor edição de som: "A origem" teve seus premios merecidos nestas duas categorias. Demonstra o trabalho integrado de equipe. E, para completar a alegria como Melhores efeitos visuais: "A origem". Não foi surpresa e, diria, muito bem premiado. Um trabalho perfeito. Melhor edição: "A rede social". Foi, diria, justo, mas também gostaria de salientar que tinha outros filmes tão bem editados quanto. Enfim, mais um Oscar se foi....e que venha os próximos filmes e o próximo ano. Mantenham-se alertas!

27 de fevereiro de 2011

Balanços e Milkshakes

E como hoje é dia de Oscar, eu pergunto: quem não gosta de milkshake? Em Balanços e Milkshakes temos poesia em forma de curta. Um amor vivido por duas crianças é lembrado por um narrador. Talvez o narrador conte sua própria história...Uma graça!



Festivais

Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2010
Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2010

26 de fevereiro de 2011

Coconut Grove Arts Festival - Parte 3

As esculturas super realistas de Marc Sijan lotaram o stand dele. Baseado em Milwaukee, o artista carrega a tradição de uma forma muito antiga, mas sua abordagem é pra lá de moderna. Moderna. Sem sombra de dúvida: em conceito, imagem e trabalho.


O realismo de Sijan lembra o trabalho dos escultores gregos, seja pela expressão, energia humana ou pela atitude. É como se ele capturasse uma força de vida em pleno andamento. Segundo o próprio artista, diz que "busca congelar o movimento ao invés de sugerir a vida".



Os poros da pele, as veias, os carecas, os defeitos e as formas individuais de cada um dos personagens, o tornam mais humanos. Humanos em imagem e semelhança. Repare no detalhe do suor do nadador abaixo...perfeito!


As esculturas são realistas, sensuais e graciosas. Parecem estar vivas.


De repente, pensei comigo quando vi de longe..."Pô, o cara colocou até segurança". Bobagem. Era mais uma escultura. Como a maioria, elas parecem passiva, mas com certeza há coisas acontecendo lá dentro. Eu adorei!







25 de fevereiro de 2011

Coconut Grove Arts Festival - Parte 2

Fredrick Prescott também deixou sua marca, literalmente, ao ar livre pelas ruas do Coconut Grove Arts Festival. O mundo natural é revelado com uma dinamicidade única nas esculturas do artista. Mas, mais do que isso, no mundo dele tem humor, cores vibrantes e é contemporâneo. Como curiosidade, Prescott começou a trabalhar com metal, aos seis anos de idade. Um talento! Do que estava exposto, encontramos Magical Seahorse Sculptures. É graficamente ousada e colorida.


E Giraffe Sculptures tem um quê de dicotomico. É cativante e multi-dimensional. Diria: pura arte popular.




E, para finalizar, também vi Bull Sculptures revelando uma verdadeira arte de corte, dobra e solda.




24 de fevereiro de 2011

Coconut Grove Arts Festival - Parte 1

Um pouco atrasada, mas sempre em tempo, fui visitar The 48th Coconut Grove Arts Festival Mix with Art e fiquei estarrecida de ver tanto talento de bom gosto numa feira pra lá de popular. Tinha de tudo um pouco: pintura, arte digital, vidros, fibras, jóias, fotografias, desenhos, escultura e o que mais se possa imaginar. A Florida respirou literalmente arte no final de semana passado. Arte de um país inteiro. Então, nos próximos dias, darei uma palhinha do que encontrei por aqui. Para começar, dois simpáticos artistas Moises Diaz e Kimberly Willcox.

Moises Diaz tem um trabalho autodidata, mas o que me impressionou nele foi o bom gosto que apresenta em sua coleção. Um trabalho composto por esculturas em baixo relevo feitos em alumínio reciclado, alumínio e aço inoxidável e, depois, enquadrados em um visual diferente, mas de muito refino. Uma coleção meticulosamente trabalhada à mão.


Já a especialidade (se é que podemos chamar assim) de Kimberly Willcox é o que poderia chamar de interesse na forma humana. Seja ela qual for: pintura ou escultura. Mas a fascinação é sempre por uma estética visual é baseada em 3 dimensões a partir de matérias transformadas. As esculturas são cinéticas e a pintura inesperada. "Minhas idéias derivam do mundo ao meu redor, uma mistura de imaginação consciente e subconsciente", me disse Willcox. À primeira vista percebemos um trabalho com muita espontaneidade e originalidade, uma integração perfeita entre o mundo e o espírito humano, como define a própria artista.


22 de fevereiro de 2011

Io sono l'amore


O drama italiano Io sono l'amore (2009) que no Brasil chama-se Eu sou o Amor concorre ao Oscar de Melhor Figurino. Apesar de um belo trabalho desenvolvido, acredito que não leve a estatueta. O diretor Luca Guadagnino faz um resgate do charme dos tempos áureos dos filmes italianos. As más linguas reafirmam que ele não foi bem sucedido. Mas não é bem assim, o filme tem pontos fortes e fracos. Talvez porque o filme além de causar uma certa estranheza, exige um pouco mais do espectador do que os filmes comerciais geralmente o fazem. O que, na minha ótica, é um ponto pra lá de positivo. Contudo, como o filme não é perfeito, de fato a história demora para acontecer, torna-se lento e desinteressante no inicio. E toda esta delicadeza e sutileza do começo é atropelada sem explicações no final. A idéia do filme é boa, mas 0s diálogos são superficiais. Não podemos deixar de notar a grande atuação de Tilda Swinton. Perfeita! A película foi nominada e inclusive ganhou alguns prêmios pelo mundo à fora. Na história, Emma (Tilda Swinton) é a matriarca de uma abastada família milanesa e vive num mundo extremamente ordenado onde cada um tem seu papel. Um encontro casual com o amigo de Edoardo Recchi Jr (Flavio Parenti), Antonio (Edoardo Gabbriellini), desperta paixões há muito reprimidas, transportando-a para uma viagem de amor, sexo e liberdade.

21 de fevereiro de 2011

A Ilha sob o Mar

O livro de Isabel Allende, A Ilha sob o Mar, nos transporta ao fim do século XVIII para Saint-Domingue (que hoje é o Haiti) com uma história que fala sobre colonização, amor, liberdade e escravidão. Perante o aspecto histórico, encontramos no romance muita semelhança com o Brasil, mais precisamente com a Bahia. Inclusive no aspecto religioso onde as diferentes crenças convive de forma pacífica. O texto é delicioso e, obviamente, encontramos um quê da história da própria autora disfarçado na narrativa e sentimento da personagem principal. Quem leu Paula entenderá perfeitamente isso nos últimos capitulos. No romance, temos a história de Toulouse Valmorain, um jovem francês de letras que por obra do destino acaba assumindo a administração dos canaviais das Antilhas. Após comprar Zarité, uma pequenina escrava de nove anos, para realizar trabalhos domésticos, Valmorain, que em virtude da riqueza e prosperidade se torna um autêntico senhor de escravos, conhecerá o outro lado da moeda da escravidão. A história, na verdade, é sob a ótica da rica personagem Zarité que apesar de não conhecer os sofrimentos das senzalas, torna-se um objeto de prazer do seu patrão. Mas, mais do que isso, Zarité ainda tem a oportunidade de conhecer o amor, ter filhos e neto, cuidar de sua dona com zelo e dedicação, ensinar a medicina dos negros aos brancos e aprender a praticar a caridade com um padre. Toda uma vida pautada em uma única aspiração: a liberdade.

20 de fevereiro de 2011

Carolina Lima

Na música de Carolina Lima encontramos algo meio que multifacetado, mas ao mesmo tempo doce e extremamente delicado. A paulista e filha de mineiros vai aos poucos colocando som e pé na estrada, então, é bom que de longe já conheça seu trabalho dela que ainda não é um sucesso, mas ao que tudo indica, só está começando. Talento ela tem de sobra.


19 de fevereiro de 2011

War

War é uma adaptação para animação de uma música do projeto "Música para Antropofórmicos". Uma parceria de livro e disco do desenhista Fábio Zimbres e do grupo Mechanics. A música incomoda com seu ruído pra lá de constrangedor, mas as imagens são óbvias e não mostra nada do que já sabemos. Nenhuma surpresa...

18 de fevereiro de 2011

Kynodontas

O filme grego Kynodontas (2009) - traduzido como Dogtooth nos Estados Unidos e ainda sem tradução para o Brasil, mas podemos traduzí-lo por Canino ou ainda Dente Canino - nos traz desconforto e incomoda com uma metáfora sobre a educação contemporânea. O diretor Yorgos Lanthimos, premiado na secção Un Certain Regard, em Cannes, foi consagrado no Estoril e está dando muito o que falar. O filme é bem estruturado, os personagens são interessantíssimos do ponto de vista conceitual e da sua própria construção. Através de um retrato de família, que vive isolada, o diretor capta o lado doentio das sociedades contemporâneas. Na história, três adolescentes que vivem numa casa isolada aos arredores de uma cidade estão prestes a entrar na fase adulta. A casa tem uma alta cerca que os filhos nunca puderam ultrapassar. Eles são educados, entretidos, entediados e exercitados da maneira que seus pais acham correto, sem nenhuma interferência do mundo externo. O único contato que mantém com o exterior é através de Christina, uma empregada contratada para favores sexuais ao filho e que trabalha como segurança no escritório do pai. Toda a família gosta dela, em especial a filha mais velha. Um dia, Christina dá a ela uma tiara que brilha no escuro e pede uma outra coisa em troca. É o suficiente para que o mundo deles seja, então, questionado. A película concorre aos Oscar 2011 como Melhor Filme em Lingua Estrangeira. Pelo olhar conservador da Acadêmia talvez não ganhe, mas podemos considerá-lo como um bom filme.


17 de fevereiro de 2011

Capítulo 27

Sofia viu cada centímetro da Estátua da Liberdade, cada centímetro de amizade e independência. Há mais de 100 anos, em reconhecimento à amizade estabelecida durante a Revolução Americana, os franceses deram aos americanos aquele monumento que hoje é um dos mais famoso e reconhecido do mundo. E eu acho que é isso mesmo, amizade tem a ver com liberdade: liberdade de escolha... filosofou Sofia. Lembrou dos amigos que tinha e deu risada como se tivesse vendo o lado especial de cada um deles. Antes de ir embora, Sofia deu mais uma última olhada na tão famosa estátua e comparou. O Cristo Redentor com toda certeza é maior do que a Liberdade... Atravessou o mar, desceu da barca e na praça, logo de cara viu alguns ônibus parados.

Eram ônibus de dois andares que levavam turistas para cima e para baixo para conhecer a cidade. Sofia subiu os degraus das escadas. Hello! Não viu ninguém, mas entrou assim mesmo. Não viu catraca para pagar. Civilização é foda, hein. Vai ver que é como um trem em que alguém vai recolhendo o dinheiro ou algo parecido... Então se sentou. Como marinheira de primeira viagem, subiu ao segundo andar do ônibus totalmente aberto para ver melhor a cidade. Por causa do tempo frio que fazia em Nova Iorque notou que as pessoas não iam para o andar de cima do ônibus, praticamente só ela e Deus. Apesar do frio, achou interessante o que ia vendo pela cidade. Conheceu algum dos principais pontos turisticos de Midtown e Downtown. Esse frio vai me matar... Não aguentou e resolveu descer do ônibus para conhecer o Empire State. Já estava ficando com fome.

Desceu e perguntou ao motorista qual o ponto mais próximo ao Empire State. “The next one”. Veio aquela resposta seca sem simpatia alguma, mas mesmo assim ela agradeceu. Olhou para os lados e viu uma caixinha transparente com algum dinheiro depositado. Estava escrito “tip” e, então, meio com medo de incomodar o motorista, arriscou e perguntou quanto ela colocava naquela caixinha? O motorista olhou para ela surpreso. Sofia achou que ele ia bater nela porque lhe tinha feito uma segunda pergunta, mas o motorista se limitou a dizer-lhe que ela pagasse o quanto ela quisésse. Sofia pensou mais uma vez “país civilizado é foda, coloca ônibus à disposição do turismo, pois sabem que se o turista é bem tratado, gasta o dinheiro dele no comércio e na cidade como um todo...”. Estava literalmente impressionada e, então, deixou na caixinha do “tip” cinco dólares. Pela primeira vez, ela viu o motorista abrir um sorriso em que todos os seus dentes brancos podiam ser vistos. Desceu sem entender a troca do humor do motorista, mas não se questionou muito.

No Empire State, maior prédio de Nova Iorque com cento e três andares, Sofia dirigiu-se ao observatório em que podia visualiza a cidade e seus pontos turisticos. Sofia acabou achando uma burrice ir lá naquele primeiro dia de turismo, mas resolveu voltar depois. O bom é você conhecer toda a cidade antes e, então, depois vir aqui e localizar cada ponto turistico de Nova Iorque. Ela olhava para baixo e os táxis viravam pequenas caixas de fósforo. Era impressionante àquela altura e àquela vista. Resolveu comer e pegar novamente àquele ônibus de turismo para terminar de conhecer os outros pontos da cidade que ainda não tinha visto. De graça, até injeção na testa...

Para a surpresa da moiçola, ao subir em outro ônibus de turismo a motorista lhe disse que ela precisava apresentar o ticket. Ticket?! Questionou surpresa. “Yes, ticket”. Então, a motorista ensinou Sofia onde comprava o ticket para o tal do ônibus de turismo. Sofia andou em torno de umas cinco quadras e achou o tal ponto que vendia os tickets. Trinta e sete dólares, anúnciou o moço. Trinta e sete?! Sofia agradeceu ao moço e saiu rindo sozinha. Trinta e sete.... No mundo civilizado nada era de graça, nem a amizade, pensou. E resolveu voltar de metrô para o apartamento alegando que em breve ficaria tarde e mais frio para passear pelas ruas e avenidas iluminadas de Nova Iorque.

16 de fevereiro de 2011

Diogo Nogueira

Diogo Nogueira é samba puro. E dos bons. Já gravou com Chico Buarque e aqui com Simoninha nos dar o ar da graça. Passou pelo Festival de Verão na Bahia e arrancou suspiros da mulherada, lançou o DVD "Sou Eu" em São Paulo esbanjando muito carisma e samba no pé e no próximo dia 19 de fevereiro estará na Feijoada do Minas Tênis Clube. Então, não perca, pois com esta batida: promete. Para quem gosta de samba é uma boa pedida, mesmo que para ficar em casa sozinha ouvindo, quando menos espera, você já está dançando.

15 de fevereiro de 2011

Stone

Stone (2010) é Homens em Fúria no Brasil e apesar de ter estrelas como Robert De Niro não significa sucesso da película. A história se perde em todos os momentos deixando o filme sem ritmo. O roteiro é péssimo, pois o autor não consegue deixar claro as insanidades psicológicas dos personagens e há um sentimento de perda de tempo do telespectador. Na história, Stone (Edward Norton) foi condenado à prisão por doze anos e já cumpriu oito. Ele deseja obter liberdade condicional e deixar o cativeiro, mas antes precisa passar por Jack (Robert De Niro), um policial prestes a se aposentar que tem por função avaliar se ele ainda é um perigo para a sociedade. Stone está disposto a tudo para conseguir a aprovação de Jack, até mesmo incentivar sua esposa Lucetta (Milla Jovovich) a seduzi-lo.

14 de fevereiro de 2011

Nuno Mindelis

Maravilha, maravilha, maravilha esse som de Nuno Mindelis. É moderno, bom de ouvir e curtir e, claro, de dançar. A guitarra do cantor parece que fala contigo quando está nas mãos dele. Um blues de primeira. Fiquem atentos a agenda de shows do artista, pois este é daqueles que vale à pena prestigiar.

13 de fevereiro de 2011

Under The Tuscan Sun


Há tempos uma amiga me diz que eu precisava assistir Under The Tuscan Sun (2003, no Brasil chama-se Sob o Sol da Toscana). Não sei se pelo fato dela ser apaixonada pela Itália ou pela história do filme em si. Mas, enfim, assisti. É bem verdade que as imagens do filme são belíssima e realmente dá vontade de você correr e comprar uma passagem para o continente velho afim de deleitar-se nos imensos atrativos naturais da região. Como filme, apesar de ser classificado como drama, temos um descomprometido romance com pitadas de comédia que entretem o espectador sem precisar de alguma análise mais profunda no seu conteúdo ou dos personagens. É filme pra passar o tempo sem compromisso algum com o que está assistindo. É também óbvio e despretensioso, mas entretêm. Na história, Frances Mayes (Diane Lane) é uma escritora que leva uma vida feliz em San Francisco, até que se divorcia de seu marido. Triste e deprimida, ela decide mudar radicalmente de vida e compra uma chácara na Toscana, para descansar e poder terminar em paz seu novo texto. Porém enquanto ela cuida da reforma de sua nova casa acaba conhecendo um novo homem, que reacende sua paixão.

12 de fevereiro de 2011

Obra Prima

O curta Obra Prima poderia ser menor, mas não tira de nenhuma forma a inteligência do roteiro e da história. Uma história de um encontro. Lipe se sente exatamente como parece estar escrito em seu exame médico: muito inexistente. Irma realiza uma busca de algo que nem ela sabe o que é. O final é perfeito como resolução e como conto visual...



Prêmios

Melhor Ator no Festival de Brasília 2009
Melhor Filme - Júri Popular no Mostra de Cinema de Tiradentes 2010
Melhor Ator no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá 2010
Melhor Montagem no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá 2010
10 Melhores Curtas Brasileiros do Público no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2010
Melhor Média-Metragem no Cine MuBE Vitrine 2010

Festivais

FEST- Festival de Cinema e Vídeo Jovem de Espinho 2010
Goiânia Mostra Curtas 2010

11 de fevereiro de 2011

The King's Speech

A película inglesa The King's Speech (2010, ou O Discurso do Rei) lidera o Oscar com 12 indicações: Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Apesar de tanta indicação, não se trata de um filme maginífico, contudo, as atuações de Colin Firth e Geoffrey Rush como Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante respectivamente foram impecáveis. Na história, desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para um integrante da realiza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce). Uma história verídica interessante.



10 de fevereiro de 2011

Céu Limpo

O curta Céu Limpo é baseado no conto homônimo do escritor cearense Eduardo Campos. Ele expõe de forma clara o drama de Leôncio e Chica que, inseridos numa realidade desoladora e cruel, fazem da esperança a sua principal aliada. A música ao mesmo tempo que é caracteristica, é forte. As interpretações são de se tirar o chapéu: convencem. E a fotografia é belíssima.


Prêmios

Melhor Atriz no Festival de Cinema de Maringá 2010
Melhor Curta do eixo Ceará, Piauí e Maranhão no Festival de Jericoacoara Cinema Digital 2010
2º Lugar na Categoria Ficção no Festival de Vídeo de Teresina 2009
Melhor Roteiro em Vídeo no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2010
Melhor Filme no CINEAMOR 2010
Melhor Ator no Curta Neblina - Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009
Melhor Atriz no Curta Neblina - Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009
Melhor Filme no Curta Neblina - Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009
Melhor Fotografia Digital no Curta Neblina - Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009

Festivais

CineSul 2010
Cinecipó - Festival de Cinema Sócio-Ambiental da Serra do Cipó 2010
CineFest Votorantim 2009
ENTRETODOS - Festival de Curtas-Metragem de Direitos Humanos 2010
Festival de Cinema na Floresta 2010
Iguacine - Festival de Cinema de Nova Iguaçu 2010
Mostra Miragem 2010
Mostra Produção Independente - Desconstrução 2010
Mostra SESC Cariri de Cultura 2010
Festival de Cinema Curta Amazônia 2010
Mostra Audiovisual Fazendo Gênero 2010
Mostra Cine Trabalho 2010
Mostra Nacional Curta Sertão 2010

9 de fevereiro de 2011

Matheus Von Kruger

O violonista, cantor e compositor Matheus Von Kruger tem um ritmo delicioso e uma voz pra lá de afinada. Analisando a maioria de seu trabalho, diria, sem sombra de dúvidas, que Kruger é inventivo e, exatamente por isso, dificil de rotulá-lo. Seu trabalho tem influências diversas. Um quê de jazz, forró e até passa pelo samba, salsa e pelo soul. Além disso o moiçolo tem carisma e conquista. O talento de Kruger só está despontando e pelo jeito, ele veio pra ficar.


8 de fevereiro de 2011

Black Swan

O suspense americano Black Swan (2010, no Brasil Cisne Negro) é uma obra-prima. O roteiro é feito sob a medida com uma história que fala de superação. Na verdade a história é bem simples, mas com o crescimento da trama, torna-se complexa. A construção da personagem principal é bem feita. Com tanta pressão, ela mostra que a perfeição de suas conquistas é a imperfeição do seu ser. Nina é uma jovem frágil e repleta de traumas que em busca de um lugar ao sol no estrelato do ballet vê seu mundo ir à baixo quano Thomas lhe diz que como cisne branco ela é perfeita, mas deixa a desejar como cisne negro. Na confrontação do seu principal obstáculo, ela deixa de ser uma menina para se tornar mulher. A direção é fabulosa, aliás do mesmo diretor de Requiem for a Dream. A trilha sonora é de perder o fôlego, aliás, genial. Mas mais do que isso, uma bela fotografia e maquilagem. E nem a interpretação das atrizes escaparam da obra. Um salva para Natalie Portman (que concorre ao Oscar) e Barbara Hershey! Na história, Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis). O filme é imperdível! Não é à toa que foi indicado para cinco Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Montagem e Melhor Fotografia.

7 de fevereiro de 2011

O Argumento Cinematográfico

No livro, O Argumento Cinematográfico, a autora e professora da Universidade de Paris X-Nanterre, Dominique Parent-Altier, nos dá uma visão mais européia do que é um roteiro, de como ele é formado e quais os principais pontos para se contar uma boa história cinematográfica. É uma leitura enriquecedora e produtiva onde mostra as facetas do texto escrito a ser filmado através de cinco grandes eixos: escrita, enredo, personagem, conflito e estrutura. É uma compreensão coerente e madura com uma peculiar natureza estética, técnica, informativa, mas acima de tudo lúdica. Para os amantes desta arte e da escrita cinematográfica, o livro amplia os horizontes de análises fílmicas, sobretudo do enxergar e da visão de um típico trabalho europeu.

6 de fevereiro de 2011

Manu Chao

O músico e cantor franco-espanhol Manu Chao é político, tá na cara, na letra e no visual, mas como todos nós, e sobretudo, ele é Clandestino. Conhecido pela postura anti-globalização, o artista já criticou a política mexicana e americana (especificamente Bush). Com um som quase impossível de rotular, Manu mistura reggae, música latina e até uma batida hardcore. Se você não conhecia e gostou do som, não perca, a tournê do grupo já está rolando desde o final de janeiro no Brasil. O grupo já deu uma passadinha em João Pessoa e Recife. Hoje eles estarão em Brasília e depois seguem para São Paulo (9 Fev) e Guaratuba (11 Fev). Fiquem ligados!

5 de fevereiro de 2011

Bonequinha do Papai

A animação Bonequinha do Papai é uma verdadeira ode às tecnologias ultrapassadas. A música tem um quê de música do sertão nordestino ao fundo. O refrão enjoa, mas faz parte do processo.


4 de fevereiro de 2011

Citizen Ruth

A comédia americana Citizen Ruth (1996) é uma verdadeira crítica, não tão velada, sobre a questão do aborto. No Brasil, ela leva o nome no Brasil de Ruth em Questão. Você não se acaba de rir, pois trata-se de uma comédia do tipo leve. Mas o enredo é interessante, principalmente pensando em comédia, no tema díspare para o genero que fora abordado e, no desfecho final. Não é um grande filme, mas se analisado pelas entrelinhas é bem interessante o ponto de vista do roteirista e diretor. É uma discussão e ambiente típicamente da cultura americana, mas vale à pena assistir. Ruth Stoops (Laura Dern) é uma jovem indigente viciada em cheirar produtos químicos e já foi presa dezesseis vezes, perdendo, inclusive a guarda dos seus quatro filhos. Ela descobre que está novamente grávida. Ao analisar seu caso, o Juiz Richter (David Graf) promete pedir promotoria uma redução da sentença se ela interromper sua gravidez. Contudo um grupo cristão anti-aborto paga a sua fiança e diz que dará a ela todo o apoio, para que possa largar seu vício e ter o filho. A jovem acaba sendo levada ardilosamente para um grupo favorável ao aborto, que se denomina "Pró Escolha". Seu caso ganha projeção nacional e os dois grupos passam a disputar a decisão de Ruth em ter ou não mais um filho. O final é interessantíssimo...

3 de fevereiro de 2011

Let Me In

A refilmagem feita pelos americanos e ingleses do terror suéco Let Me In (2010) que no Brasil leva o nome literal de Deixe-me Entrar fala de amor. Um amor ingênuo com pinceladas de um amor bandido. Nas cenas há uma certa ingenuidade de criança, mas a trilha sonora do premiado Michael Giacchino faz o seu papel de forma acertiva nos lembrando que trata-se de um terror, mesmo que este terror seja romanciado. O roteiro, levemente não linear, tem a exposição dos seus personagens bem feita e de uma maneira geral, posso arriscar a dizer que foi bem construído, mesmo que em alguns momentos ele perca o ritmo. Na história, Owen (Kodi Smit-McPhee) é um garoto solitário, que vive com a mãe e é sempre provocado pelos valentões da escola. Um dia ele conhece, perto de sua casa, Abby (Chloe Moretz). Sempre nas sombras, ela aos poucos se aproxima de Owen, tornando-se amigos. Só que Abby possui um segredo: ela é muito mais velha que sua aparência indica e necessita de sangue para sobreviver. Para consegui-lo, seu pai (Richard Jenkins) realiza assassinatos na surdina, de forma a retirar o sangue das vítimas e levá-lo para a adolescente. Sabemos que algumas refilmagens hollywoodianas acontecem por motivos comerciais e outras por uma total preguiça do povo americano de ler legendas em filmes estrangeiros, mas podemos dizer que a película não ficou a desejar do original e, para quem gosta do gênero, vale à pena assistir, mesmo que seja para criticar.

2 de fevereiro de 2011

Capítulo 26

Nova Iorque estava um gêlo só. A neve caia por tudo quanto era lado. No Central Park as crianças se divertiam escorregando entre os flocos de algodão. Algumas ruas não se dava nem para andar, os moradores reclamaram com a prefeitura do serviço de limpeza, mas ainda assim, a cidade continuava com seu charme irresistível. Sofia entrou no moderno estúdio e já sentia a diferença da temperatura do lado de fora para o lado de dentro.

O simpático gerente entregou-lhe as chaves e explicou para ela como funcionava os aparelhos de refrigeração, aquecimento, lava-louças, forno e microondas do local. Disse-lhe quais eram as regras do condominio e cobrou-lhe adiantado o pagamento dos meses que ela iria ficar. No começo ela arregalava os olhos como se fosse entender melhor o que ele falava rapidamente, mas depois pediu-lhe que falasse devagar para que ela fosse acostumando-se com o sotaque norte-americano. A pedido dela, ele o fez. Então aos poucos ela foi relaxando e percebeu que seu inglês ainda dava para o gasto.

Assim que o gerente saiu, Sofia ligou o computador, conectou-se ao skype e tentou ligar pra casa. O telefone incansávelmente chamava, chamava, mas ninguém atendia. Vou deixar para ligar mais tarde, vai ver que eles foram jantar ou algo parecido. Achou estranho, pois quase eles nunca saiam de casa, mas pensou que eles poderiam estar aproveitando que estavam sozinhos e resolveram fazer uma pequena lua-de-mel.

Apesar de muito bem mobiliado o estúdio, Sofia foi ao supermercado mais próximo, comprou produtos de limpeza e fez uma faxina grossa para tirar as energias do povo que tivera alugado aquele espaço antes dela. Já com cheiro de casa limpa, a design de sapatos desarrumou as malas, olhou no relógio e naquela brincadeira já tinha se passado, pelo menos umas cinco horas desde quando tinha chegado. Resolveu que não ia ligar para os pais, pois, depois de ter feito as contas, adicionando às horas locais a diferença de fuso horário, achou que já era muito tarde e podia acordá-los. Além do mais a fome já estava mais do que batendo no estômago, ela estava em estado de desespero ou quase em petição de miséria.

Sofia se agasalhou e foi andar pelas ruas de Manhattan procurando um restaurante que lhe saciasse a fome. Manhattan, como o próprio nome soava aos ouvidos, era um bairro sofisticado e caro. Mas cada centavo que ela tinha pago para estar ali, já estava valendo à pena. Entrou num restaurante e se posicionou no bar. Os americanos têm a mania de almoçar e jantar em cima do bar. É para onde os olhos dos frequentadores estão voltados. Você vê e é vista, pensou. Sofia sentou na cadeira e radiografou todo o ambiente. É desconfortável comer no bar, mas não deixa de ser interessante. Além do mais, ela podia observar melhor a decoração daquele bar e mais tarde quem sabe criar alguma coleção inspirada nele. Garrafinhas coloridas...pensou.

Pediu uma salada. Não era porque estava nos Estados Unidos que tinha que comer mal. Ao contrário da fama que o país levava, especialmente em Nova Iorque têm-se lugares bons para comer, o problema é que os marinheiros de primeira viagem se limitam ao famoso hamburguer e se dão por satisfeitos. Mas ela ia e queria aproveitar tudo de bom que a cidade tinha para lhe oferecer. Aquele zum-zum-zum da saída do escritórios faziam os happy-hours mais divertidos. Nem acredito, estou em “New York City”!!! O barman puxou conversa com ela e puderam falar de tudo que ela ainda tinha que conhecer antes de começar o curso. Seriam cinco dias de maravilhosa adaptação. Não queria admitir, mas estava deslumbrada.

Voltou pra casa e dormiu como um anjo, o vinho tinha lhe deixado sonolenta. Amanhã tenho que ligar pra Mahya...

No dia seguinte, Sofia tentou ligar praticamente o dia inteiro para os pais e como não tinha respostas, optou por passear pelas redondezas do estúdio, já estava ficando preocupada. Pensou em ligar para alguma vizinha a fim de saber deles, mas não tinha o telefone de ninguém. O escritório dela estava fechado, era final de semana... Mas quando conseguiu falar com Mahya foi logo derramando um sermão sem eira nem beira. Os ânimos foram acalmados quando a mãe disse-lhe que eles foram, a partir da sugestão dela, ajudar as vitimas do Rio de Janeiro, ao invés de ficarem reclamando da vida, e, por isso, passaram três dias entre ida, vinda e multirão. Sofia ficou sem palavras, foi pega de calças curtas, ou melhor, de mini-saia, suspirou fundo e disse que estava orgulhosa dos pais. “Amanhã vou conhecer a estátua da liberdade, Mahya, depois lhe conto como foi”...