29 de abril de 2019

2 do Rock Rural


No domingo, dia 05 de maio, às 11h30, Ricardo Vignini e Tuia sobem ao palco do Teatro J. Safra com o show "2 do Rock Rural".

O show traz dois amigos e parceiros de geração que estão na estrada há 20 anos fazendo sua música calcada nos violões e violas do rock rural. Tuia e Ricardo começaram suas carreiras nos anos 90 com as respectivas bandas Dotô Jéka e Matuto Moderno e desde então dividem o palco, tanto na época de suas bandas como depois em suas carreiras solo.

No show a dupla apresenta um repertório composto por faixas autorais, como “Flor” (Tuia) e “Capuxeta” (Ricardo Vignini) e clássicos como “Senhorita” (Zé Geraldo), “Espanhola” (Sá e Guarabyra), “Rua Ramalhente” (Tavito e Ney Azambuja) e muitas mais.

26 de abril de 2019

A Golondrina

Foto: João Caldas Filho

A peça teatral “A Golondrina”, escrito por Guillem Clua, tem um texto forte. O entretom dos personagens vai sendo desenhado com solidez e descobertos em camadas. O drama em suas entrelinhas nos faz refletir de forma plural. Aliás, um bom texto que, com as excelentes atuações de Tania Bondezan e Luciano Andrey, deixa o espetáculo ainda mais intenso. Na narrativa, o encontro transformador de uma professora de canto que perdeu seu filho em um ataque terrorista a um bar gay, e de um sobrevivente do atentado. A peça é inspirada no ataque terrorista homofóbico à boate Pulse, em Orlando, em 2016. O espetáculo vale à pena e está em cartaz no Teatro Nair Bello até o dia 9 de junho, às sextas e sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h.

25 de abril de 2019

Circulação - Residência

Foto: Douglas Campos

Em maio, a Circulação - Residência do grupo O Buraco d’Oráculo chega ao bairro Perus, zona norte paulistana, numa parceria com o Grupo Pandora de Teatro. Os espetáculos são gratuitos e acontecem entre os dias 4 e 12/5 (sábados e domingos), no Teatro e na Praça da Ocupação Artística Canhoba, local de atuação do Pandora.

A programação é formada por quatros espetáculos: O Buraco d’Oráculo apresenta O Encantamento da Rabeca (dia 4/5), O Cuscuz Fedegoso (dia 5/5) e Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! (dia 12/5); já o Grupo Pandora encena sua recente montagem Comum (dia 11/5).

A Circulação - Residência é parte do projeto Buraco 20 Anos: da (R)existência na Rua à Poesia em Cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. Teve início em outubro de 2018, no Parque São Rafael junto ao Grupo Rosas Periféricas; em fevereiro de 2019, aportou em Cidade Tiradentes com o Circo Teatro Palombar, ambos na zona leste. O objetivo do Buraco d’Oráculo com esta iniciativa é promover uma circulação de teatro de rua a partir do próprio repertório em territórios de companhias parceiras e, juntos, comandarem um período de programação local.

24 de abril de 2019

Di Repente

Foto: João Caldas Filho

A estreia do espetáculo "Di Repente" será no Teatro Alfredo Mesquita, no dia 3 de maio, com temporada até o dia 26 de maio, às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h. Complementando a primeira temporada, estão programadas apresentações em Casas de Cultura, Sindicatos e canteiros de obras. A proposta do projeto é atingir o trabalhador da construção civil e chegar também, aos locais de concentração de migrantes nordestinos.
O texto Di Repente e as composições musicais são de autoria de Theodora Ribeiro, atriz e integrante do Luz e Ribalta desde a sua primeira formação. Os jovens atores convidados para o elenco são Diego Rodda, Luiã Borges, Mario Matias e Myllena Oliver. Eles se integraram ao grupo em um processo colaborativo, que resultou em uma montagem alegre e ao mesmo tempo crítica do nosso tempo. A ação se passa em um canteiro de obras e a cenografia, figurinos e adereços são também, resultado deste processo, com a orientação do cenógrafo e figurinista Marcio Tadeu. O que se pretende com a montagem desse espetáculo é prestar uma homenagem poética e ao mesmo tempo reflexiva aos migrantes nordestinos.
Os atores, que são também músicos, cantores e instrumentistas, serão responsáveis junto à musicista Nathália Gonçalves, pela formação de um conjunto nordestino, com sanfona, triângulo e zabumba, que executará ao vivo, a trilha composta especialmente para o espetáculo. Essas músicas terão ainda, o acompanhamento de sons experimentais, tirados dos próprios instrumentos de trabalho, como desempenadeiras, conduítes, latas vazias, restos de ferro e canos de PVC. Tudo sob orientação musical de Rodrigo Mercadante, Dinho Lima Flôr e do maestro William Guedes.

23 de abril de 2019

Lado B: O disco de vinil na arte contemporânea brasileira

Foto: The Record, por Felipe Barbosa – (foto cortesia do artista)

A partir de 25 de abril de 2019, o Sesc Belenzinho recebe "Lado B: O disco de vinil na arte contemporânea brasileira".Com curadoria de Chico Dub e coordenação geral de Luiza Mello, a exposição coletiva reúne 61 obras de mais de 30 artistas visuais e sonoros do país, mostrando toda uma ampla gama de usos do disco de vinil enquanto material estético de intervenção sonora, física, conceitual, ritualística e poética - em muitos casos ressignificando as formas e funções originais dos long plays e objetos de seu universo. Com entrada gratuita, a mostra fica em cartaz até 30 de junho de 2019.
“Lado B realiza um importante papel na aproximação da música com as artes contemporâneas. As convergências são inúmeras (...). Convidar o visitante do museu para, além dos olhos, usar os ouvidos tem se tornado uma constante. O som, em si mesmo, devido a avanços na tecnologia e, também, pelo desejo de ultrapassar os limites da experimentação, passou a ser reconhecido e exibido como arte”, afirma Chico Dub.
O visitante encontra em todo o espaço expositivo do Sesc Belenzinho instalações sonoras e interativas, pinturas, esculturas, discos conceituais, vídeos, fotografias, manipulações sônicas e objetos-instrumentos que abordam todas essas questões. As obras de Thomas Jeferson e Xico Chaves, por exemplo, criticam a obsolescência dos bens de consumo duráveis. O trabalho de Chiara Banfi, que apresenta as séries Discos Vazios (2013-2014), Aquele Disco (2018) e Capas (2018), lança uma perspectiva crítica sobre os novos tempos digitais e aponta para a perda do ritual entre corpo (audição) e som.
A exposição também apresenta comentários políticos (presentes nos trabalhos de Fabio Morais, Pontogor, Romy Pocztaruk e Hugo Frasa), gambiarras tecnológicas (nas vitrolas preparadas pela dupla O Grivo e na foto de Cao Guimarães), reflexões sobre a morte (na instalação de Gustavo Torres), o orgulho da propriedade e o disco como retrato da individualidade (na obra de Felipe Barbosa).

22 de abril de 2019

As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão


"As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" é uma fábula inspirada nas mulheres que seguiam os bandos nordestinos, que atuavam contra a desigualdade social da região.  O musical, que fica em cartaz no Teatro do Sesi-SP de 25 de abril a 4 de agosto, conta a história de um grupo de mulheres que se rebelam contra mecanismos de opressão que se deparam dentro do próprio Cangaço, e encontram, umas nas outras, a força para seguir. Além de reflexões sobre o conceito de justiça social que o Cangaço representava, o espetáculo também reflete sobre as forças do feminino nesse espaço de libertação e sobre a ideia de cidadania e heroísmo.
As canções originais foram compostas por Fernanda Maia (música) e Newton Moreno (letras), inspirados em ritmos da cultura nordestina. “Nas canções usei várias referências da música nordestina e tive uma abordagem afetiva desse material, por ser filha de paraibano e por ter morado no Nordeste enquanto fazia faculdade de música. Nessa época, pude entrar mais em contato com a cultura do Nordeste, que é de uma riqueza ímpar, cheia de personalidade, identidade, poesia e, ao mesmo tempo, muito paradoxal. Esse trabalho foi a união das vozes de todos. Não há como receber um texto de Newton Moreno nas mãos e não se encantar com o universo que existe ali”, conta Fernanda Maia.
Os horários das apresentações são de quinta a sábado às 20h; domingo, às 19h. O Teatro do Sesi-SP fica na av. Paulista, 1313.

19 de abril de 2019

Ladeira das Crianças - TeatroFunk


Foto: Daniela Cordeiro

Estreia no dia 20 de abril o seu novo espetáculo, "Ladeira das Crianças - TeatroFunk". A montagem tem criação e direção coletiva do grupo com dramaturgia de Marcelo Romagnoli, a partir da adaptação dos livros "O Pote Mágico" e "Amanhecer Esmeralda", do paulistano Ferréz (autor renomado de literatura marginal periférica).

Encenada ao ar livre, a peça reflete sobre a identidade das crianças da periferia e sobre os bens culturais do território, acessados na fase infantojuvenil. Histórias de vida dos atores e expectativas das crianças da região permeiam as histórias, que são costuradas por elementos do funk - como a dança, mais especificamente o passinho, a música, o ritmo e as rimas. O trabalho é inédito também quanto à abordagem lúdica do funk em uma produção para crianças e jovens.

Todas as sessões são grátis e acontecem no período de 20 de abril e 18 de maio, com sessões na Praça Osvaldo Luiz da Silveira (Parque São Rafael), na Casa de Cultura Municipal São Rafael e no Parque Santo Dias (Capão Redondo). 

“Nossa ideia foi trabalhar o ‘teatro-funk’ com toda a expressividade que a cultura funk tem na vida e no lazer dos jovens e crianças da periferia”, comentam. A inspiração veio também de trabalhos bem sucedidos de outros grupos que unem o teatro com uma vertente musical, como é o caso do ‘teatro hip-hop’, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, e do ‘teatro-baile, da Cia. Teatro da Investigação. “Queremos explorar essa estética e acreditamos na aproximação entre o teatro e o funk. Teatro-funk parece brincadeira, mas é uma brincadeira necessária”, concluem os integrantes do Rosas Periféricas.

18 de abril de 2019

Mary Queen of Scots


O drama histórico "Mary Queen of Scots" ou "As duas rainhas" é assertivo, pois de certa forma consegue memorar a história de duas mulheres poderosas lutando para se estabelecer entre os homens. Seus diálogos são fortes, as interpretações falam por si só e tanto o figurino quanto a maquiagem são simplesmente respeitáveis. A transformação da personagem de Elizabeth I é incrível e conta através desses quesitos a história da rainha. Na narrativa, Mary (Saoirse Ronan), ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, e então foi levada para França. Mas logo Francis morre e Mary volta para a Escócia, na tentativa de derrubar sua prima Elizabeth I (Margot Robbie), a Rainha da Inglaterra. O filme é repleto de reviravoltas e para quem gosta deste tipo de narrativa, vale à pena assistir. Veja o trailer!

17 de abril de 2019

Loloucas

Foto: Douglas Jaco

O texto de Heloísa Périssé em "Loloucas" é bom, gostoso e diverte. Há no espetáculo excelentes interpretações com impecável construção de personagens tanto de Heloísa quanto de Maria Clara Gueiros. De caras e bocas aos trejeitos corporais, as atrizes compõem seus personagens com muita maestria. E, a direção de Otávio Muller não fica atrás do conjunto da obra, é assertiva. As gargalhadas são garantidas.

No espetáculo, as personagens, assíduas frequentadoras de teatro, chegam atrasadas a uma peça e, ao tentarem ir embora, de repente se veem em cima do palco e acabam ganhando a cena. E ali em cima falam, com muito humor, dos amigos, das realizações, das frustrações, dos sonhos realizados e não realizados, da inexorável passagem do tempo, enfim, da vida.

A peça está no Teatro Raul Cortez até o dia 26 de maio, às sextas, às 21h30; aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 18h. Vale à pena!

16 de abril de 2019

Garotos

Foto: César França

O espetáculo "Garotos" estreia no dia 20 de abril no Teatro Folha e segue em cartaz até 16 de junho. Inspirada em episódios da vida de Goulart, que assina a dramaturgia, a peça foi montada pela primeira vez em 2009. O elenco é composto por Lawrran Couto, Eike Duarte, Lucas Santos, Tony Nogueira e Caio Giovani.
Com marcações dinâmicas, cenas ágeis que transitam entre o humor e o drama, e, claro, muita música, o espetáculo é narrado em primeira pessoa, a montagem músico-teatral cria um retrato divertido e emocionante sobre a juventude a partir de experiências e histórias do próprio autor entre os 10 anos de idade e o início da vida adulta. O texto responde a muitas questões que os adolescentes não costumam aprender em casa ou na escola, como emoções que surgem inesperadamente nessa fase da vida e os consequentes dilemas de como lidar com elas.
Na trama, cinco jovens vivem o alter ego do autor numa série de aventuras e desventuras típicas da adolescência. O violão e outros instrumentos são amigos inseparáveis desses garotos, que tocam canções que também fazem outras gerações cantarem juntas, como “Sempre Assim”, do Jota Quest; “Todas as Noites”, do Capital Inicial; “Vou Deixar”, do Skank; “Olhar 43”, do RPM, “Vinte e Poucos Anos”, de Fábio Jr., e até uma versão “quebra-tudo” de “I Get Knocked Down”, da banda inglesa Chumbawamba.
A encenação cria uma reflexão sobre as relações humanas e sobre o quanto é bom viver a partir da discussão de temas como amor, amizade, saudade, morte, virgindade, masturbação, drogas, sexualidade, paixões, família, porres, gravidez, futuro, teatro, internet, música e futebol.

As apresentações acontecerão aos sábados e domingos, às 20h no Teatro Folha que fica no Shopping Pátio Higienópolis – SP.

15 de abril de 2019

A Golondrina

Foto: Jairo Goldflus

"A Golondrina", do premiado autor barcelonês Guillem Clua, ganha uma montagem brasileira com direção de Gabriel Fontes Paiva e elenco formado por Tania Bondezan (tradutora do texto) e Luciano Andrey. O espetáculo estreia no dia 19 de abril no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca.
A peça mostra o encontro entre Amélia, uma severa professora de canto, e o estudante Ramon, que a procura para melhorar sua técnica vocal com a intenção de cantar no memorial de sua mãe recentemente morta. A música escolhida tem um significado especial para ele e, aparentemente, também para ela. Apesar de sua relutância inicial, a mulher concorda em receber o jovem em sua própria casa e ajudá-lo e no decorrer da aula, os dois personagens vão revelando detalhes de seu passado que se entrelaçam como num quebra-cabeças.
A obra me encantou de tal maneira que, enquanto lia o texto pela primeira vez, parecia que aquelas palavras cabiam na minha boca, como se eu tivesse vivido tudo aquilo. Foi amor à primeira vista. Minha personagem Amélia, que, por coincidência, é o nome da minha mãe, é uma mulher severa e sofrida, sobrevivente de uma tragédia. A vida foi mais generosa comigo, mas somos ambas mães que amam e protegem suas crias, que tentam acertar e carregam culpa o tempo todo, o que nos aproxima. Representá-la é um exercício de mergulhar nas minhas emoções”, revela a atriz Tania Bondezan.
O texto é inspirado diretamente no ataque terrorista do Bar Pulse, que aconteceu em Orlando (EUA), em junho de 2016, mas nele também ecoam as tragédias do bar Bataclan, em Paris (França), do calçadão em Nice, Las Ramblas de Barcelona. É uma tentativa de compreender a insensatez do horror, as consequências do ódio e as estratégias que usamos para que eles não nos destruam a alma. Quando Amélia e Ramon se conhecem têm dois caminhos a seguir: podem optar pelo ódio ou caminhar juntos. Ambos têm razões para causarem ainda mais danos além do que sofreram ou se reconhecer na dor um do outro para não permitir que vença o instinto animal.
O texto já ganhou diversos prêmios pelo mundo, como o Prêmio MAX 2019, Off West End London Theater Award 2017, Queer Theater 2018 (Atenas, Grécia).

12 de abril de 2019

Macumba: Uma Gira Sobre Poder

Foto: Chico Nogueira

O espetáculo “Macumba: Uma Gira Sobre Poder”, da paranaense Cia. Transitória, será apresentado nos 12, 13 e 14 de abril, no Sesc Belenzinho. Sexta e sábado, às 21h30; e domingo, às 18h30.

Por meio de um espetáculo afrografado e afro centrado, a Companhia Transitória convida a todas e todos para uma reflexão e uma provocação: o que é poder?  Como se tem poder? É um espaço de afrografamento de poéticas cênicas e de discurso artístico, um espetáculo celebrativo e revelador. Peles escuramente acesas e memórias negras que precisam se ver e serem vistas na cena e fora dela.

A peça escrita e dirigida por Fernanda Júlia encerra a programação da mostra. A encenação é uma provocação sobre o que é o poder e como obtê-lo. É um espaço celebrativo e revelador de “afrografamento”. São peles escuramente acesas e memórias negras que precisam ser vistas na cena e fora dela.

A encenação é uma apresentação provocativa, celebrativa e reveladora sobre o empoderamento da mulher e do homem negro em prol da cultura afrobrasileira e sua pluralidade.  Empoderar-se significa, além de ter acesso a todos os direitos de cidadania, conhecer a sua história, ter consciência da sua cultura e identidade.

O elenco é formado apenas pelos atores Cleo Cavalcantty, Gide Ferreira, Tatiana Dias e Thiago Inácio.

11 de abril de 2019

Canções de Amor

Foto: Silvia Machado (Miguel) e Mitu (Juliana)

No dia 13 de abril, às 20h, o Centro de Música Brasileira homenageia o centenário de nascimento de Claudio Santoro com o recital "Canções de Amor" interpretado pelo Duo A. Brasileira de canto e piano, Juliana Starling e Miguel Laprano. Outro grupo a se apresentar é o Duo Palheta ao Piano com Jairo Wilkens ao clarinete e Clenice Ortigara ao piano. O evento é gratuito e acontece no Centro Brasileiro Britânico em Pinheiros. 

O espetáculo "Canções de Amor" traz 8 das 13 canções de amor de Claudio Santoro e Vinícius de Moraes; e duas peças para piano solo: Paulistanas nº 1 e 2, de Claudio Santoro. As canções de Claudio Santoro e Vinícius de Moraes estabeleceram um novo referencial na canção de câmara brasileira, para o qual contribuíram diversos elementos característicos das obras de ambos os autores. Compostas entre 1957 e 1960, as 13 canções foram publicadas em três séries, sendo a primeira e a segunda intituladas “canções de amor” e a terceira, “três canções populares”. Do ponto de vista estético e temático, a lírica amorosa dos textos poéticos, nestas canções, é veículo para uma “sofisticação coloquial”, quer pelo agrupamento das canções quanto ao seu desenvolvimento temático, quer pelas possibilidades de nuances interpretativas, incluindo-se a evocação da fala no canto, assim como uma alusão aos modelos de canto que surgem com a bossa nova.  

10 de abril de 2019

Gota d ´Água [a seco]

Foto: Annelize Tozetto

Em dezembro de 1975, Bibi Ferreira subia ao palco do Teatro Tereza Rachel (Rio de Janeiro) para estrear "Gota D’Água", transposição da tragédia grega Medeia, de Eurípedes, para a realidade de um conjunto habitacional do subúrbio carioca. Com um arrojado texto em versos de Chico Buarque e Paulo Pontes e canções como Basta um Dia, o espetáculo marcou época e se tornou um clássico moderno do Teatro Brasileiro.
Mais de quatro décadas depois, a história voltou à cena com uma adaptação absolutamente inédita do diretor Rafael Gomes. Batizada de "Gota D’Água [a seco]". O espetáculo chega a São Paulo no dia 17 de abril, no Teatro Porto Seguro. No palco, Laila Garin e Alejandro Claveaux são acompanhados por cinco músicos sob a direção musical de Pedro Luís.
Como ‘a seco’ do título já indica, a montagem busca chegar à essência da história, através dos embates entre os protagonistas, Joana e Jasão, ainda que outros personagens do original também apareçam na adaptação. Mesmo com parte da trama sociopolítica reduzida na versão, Rafael Gomes reitera que a sua leitura da peça é focada em sua natureza política, cruelmente atual.
“A Gota D’Água original possui uma trama política bastante latente em seu embate entre opressores e oprimidos. Ao concentrar a história em Joana e Jasão, em suas ideologias, ações e sentimentos, eu gostaria ainda assim de falar sobre essa política mais essencial da vida, do dia a dia, essa que a maioria das pessoas sublima, esquece ou finge que não é com elas, achando que ser político é somente saber apontar o dedo para o adversário e se manifestar eventualmente por aquilo que interessa, de forma um tanto o quanto individualista”, afirma o diretor, que manteve toda a estrutura formal da peça e inseriu novas canções e pequenas citações de letras de Chico Buarque em algumas passagens do texto.
A temporada vai até o dia 30/05, às quartas e quintas, às 21h.

9 de abril de 2019

Bagagem

Foto: Teresa Lopes da Silva

Sucesso de crítica, o espetáculo autobiográfico de improvisação "Bagagem", do ator Marcio Ballas, reestreia no dia 11 de abril, no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, onde segue em cartaz até 27 de junho. A peça foi indicada a duas categorias no Prêmio de Humor 2019, idealizado pelo humorista Fábio Porchat. A direção é assinada por Rhena de Faria.
Pesquisador das linguagens do palhaço e da improvisação teatral há 20 anos, Ballas conta no espetáculo alguns episódios que marcaram a sua infância. Nos anos de 1950, o militar Gamal Abdel Nasser tornou-se presidente do Egito e implantou várias medidas para limitar a presença de estrangeiros no país, o que gerou uma guerra responsável pela expulsão de milhares judeus da região. Os pais do ator foram obrigados a abandonar sua terra natal nessa circunstância e embarcaram em um navio com destino ao Brasil.
Segundo Ballas, a ideia de contar ao público as histórias de sua família surgiu em um jantar. "Em uma sexta feira, fui comer na casa da minha mãe. Na sobremesa, tinham vários doces incríveis e um pequeno cacho de bananas. Brinquei dizendo que ninguém escolheria a fruta. Ela disse: ‘Não fale assim. Um dia, isso foi o meu almoço’. Eu achei que ela estava brincando, mas ela contou que quando chegaram refugiados do Egito, não tinham dinheiro para comida. Então, por várias vezes, almoçaram bananas! Nesse dia, pensei: quero compartilhar as histórias da minha família em um espetáculo", explica Ballas.
O espetáculo acontece todas às quintas-feiras, às 21h.

8 de abril de 2019

Van Gogh por Gauguin

Foto: Divulgação

De outubro a dezembro de 1888, na pequena Arles, na França, dá-se um encontro explosivo entre aqueles que viriam a ser considerados, futuramente, como dois dos maiores artistas da história da humanidade: o holandês Vincent Van Gogh (1853-1890) e o francês Paul Gauguin (1848-1903).

Escrito por Thelma Guedes para o diretor Roberto Lage, o espetáculo "Van Gogh por Gauguin" é uma ficção na qual Gauguin, em um agonizante delírio, vive sob o peso de sua responsabilidade em relação ao final de vida trágico do amigo Vincent. A peça, que estreia no dia 15 de abril, às 20h, na Sala Paschoal Carlos Magno do Teatro Sérgio Cardoso, personifica de forma poética, simbólica e onírica os conflitos e a admiração incondicional entre os pintores.

Como não se trata de um espetáculo biográfico, mas de um encontro ficcional entre os artistas - vividos por Alex Morenno e Augusto Zacchi, respectivamente -, a direção priorizou o trabalho de interpretação para criar um universo cênico que remeta aos padrões cromáticos dos dois pintores, levando o espectador a refletir sobre o que levou essa grande amizade a um trágico fim. Tendo como apoio a pesquisa biográfica que traz à luz, sobretudo, os pensamentos artísticos divergentes de ambos, a peça privilegia questões humanas com a força de seu alcance na vida dos criadores.

Em um febril período de apenas dois meses, em que eles dividem a pequena Casa Amarela, em Arles, na isolada região rural francesa, vivendo e pintando juntos, as profundas diferenças de temperamento e de visão artística provocam embates, muitas vezes violentos, culminando no famoso e terrível desfecho no qual, após uma forte discussão, Paul decide partir de volta a Paris e Vincent reage, intempestivamente, decepando a própria orelha.

Em 1890, o atormentado Van Gogh tenta suicídio com um tiro na barriga, que o levaria à morte no dia seguinte. Gauguin, por sua vez, em 1891, depois de uma bem sucedida exposição, realiza o sonho de ir morar no Taiti. Lá, produz vigorosamente até que, abatido por uma sífilis não diagnosticada, vai sendo excluído da sociedade e abandonado pelos seus. É sobre esse episódio mal sucedido que se pauta o espetáculo "Van Gogh por Gauguin". “A intenção é trazer para cena um Van Gogh espectral, fruto do inconsciente delirante de Gauguin que, sofrendo com as consequências da sífilis, acredita estar morrendo”, comenta o diretor Roberto Lage.

5 de abril de 2019

Se Fosse Fácil, Não Teria Graça

Foto: João Caldas Filho

O solo "Se Fosse Fácil, Não Teria Graça", do autor e intérprete Nando Bolognesi, desembarca no Tucarena entre os dias 13 de abril a 26 de maio, para mais uma temporada.
Considerado a primeira “sitdowntragedy” (o contrário de stand-up comedy), o monólogo autobiográfico é inspirado no livro “Um Palhaço na Boca do Vulcão”, no qual o artista conta como precisou aprender a conviver com uma doença degenerativa, progressiva, incurável e incapacitante.
Nando descobriu que tinha esclerose múltipla com apenas 21 anos e, entre os tratamentos com células-tronco e quimioterapia, descobriu-se apaixonado por teatro e palhaços. Com bom humor, ele apresenta um relato comovente sobre como transformar dificuldades, limitações e crises em alegrias, realizações e desafios.
O intérprete compartilha com o público suas reflexões sobre a vida, a morte, o nosso lugar no universo e a nossa relação com a alteridade. Sem pieguices, a tragicomédia convida a todos a repensar seu modo de estar no mundo e sua visão sobre a vida.
Tucarena fica na Rua Monte Alegre, 1024 - SP e o espetáculo acontecerá todas às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h.

4 de abril de 2019

Tchekhov é um Cogumelo

Foto: Jennifer Glass 

O tecnológico "Tchekhov é um Cogumelo", do Estúdio Lusco-Fusco, ganha uma nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso, entre 12 de abril a 5 de maio. Com direção de André Guerreiro Lopes, o espetáculo mistura teatro, dança, neurociência e música ao vivo para montar de forma original trechos do clássico ‘As Três Irmãs’, do autor russo Anton Tchekhov (1860-1904). O espetáculo foi selecionado para o 42º FITEI e segue em maio para Portugal, se apresentando no Porto, no tradicional Teatro Nacional São João.
A encenação retrata a vida de três mulheres presas nas memórias de um tempo passado e acuadas por um mundo em transformação. Atrizes de diferentes gerações, Djin Sganzerla, Helena Ignez e Michele Matalon, criam um jogo cênico que embaralha os diversos tempos. Seriam elas as três irmãs ou a mesma mulher em três momentos da vida?

A partir das contradições do presente, a peça cria uma reflexão sobre os temas da apatia, do caos, do medo e do desejo de mudança. O elenco tem, ainda, participação dos dançarinos Samuel Kavalerski e Fernando Rocha, do cantor e ator Cleber D’Nuncio e do grupo musical Embatucadores.

Durante a apresentação, o diretor André Guerreiro Lopes veste um capacete de eletrodos que capta sua atividade cerebral e emoções, ativando uma instalação sonora e visual desenvolvida pelo músico Gregory Slivar. Dessa forma, as ondas mentais produzidas pelo encenador controlam frequências que tocam sinos e fazem vibrar poças d’água nesse aparato tecnológico instalado no palco.

O espetáculo, que estreou em 2017, foi indicado aos prêmios APCA (na categoria de melhor espetáculo) e Shell (de melhor música), além de ter sido eleito um dos três melhores daquele ano pelos críticos do jornal Folha de S.Paulo. A montagem original marcou os 10 anos de trajetória do Estúdio Lusco-Fusco.

3 de abril de 2019

Mulheres de Shakespeare

Foto: Ary Brandi

A premiada autora Thelma Guedes estreia a peça "Mulheres de Shakespeare", com direção do encenador inglês Luke Dixon, no Teatro Novo. A peça é estrelada pelas atrizes Ana Guasque e Suzy Rêgo. O espetáculo fica em cartaz entre 12 de abril e 5 de maio, com apresentações às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.
Na trama, duas atrizes se encontram em um teatro para uma reunião de elenco, quando são surpreendidas por um temporal. Enquanto esperam pelo diretor e o restante da equipe, deparam-se com as mulheres de Shakespeare, memórias femininas que perpassam os séculos. E esse encontro faz com que se voltem para si mesmas, revendo e questionando os próprios conflitos.
A peça reúne as personagens femininas de Shakespeare em um mosaico multifacetado e leve, alternando momentos dramáticos com humor, com textos que transitam entre a transgressão, a submissão, a ambição e o amor. Mulheres decididas e autoconfiantes, mulheres submissas, castas, doces, apaixonadas, ousadas, enigmáticas, loucas, santas, trágicas, cômicas, únicas compõem esse painel colorido e cuidadosamente selecionado.
A montagem é baseada em uma extensa pesquisa realizada pela atriz e bailarina Ana Guasque sobre as figuras femininas na obra de William Shakespeare (1564-1616). A encenação surgiu da necessidade de dar voz a essas personagens criadas há cinco séculos, uma época em que as mulheres não possuíam espaço na sociedade e sequer podiam subir ao palco – elas eram interpretadas por homens mais jovens que possuíam a voz mais aguda.
O projeto também conta com um workshop gratuito da técnica criada pelo diretor Luke Dixon - “Play-Acting Shakespeare" - para profissionais que irá ocorrer no Teatro Novo, um workshop para estudantes e atividade de formação de plateias, ministradas por Kyra Piscitelli, que também assina a assistência de direção.
Teatro Novo fica na Rua Domingos de Moraes, 348, Vila Mariana - SP.

2 de abril de 2019

Três Mudanças

 
Foto: Julieta Benoit

O espetáculo “Três Mudanças”, do renomado dramaturgo norte-americano Nicky Silver, com direção de Mário Bortolotto, reestreia no Teatro Itália entre 11 de abril e 2 de maio, com sessões às quartas e quintas, às 21h.
Em um clima semelhante ao encontrado nos filmes do Woody Allen, a obra conta a história de Nathan e Laurel, um casal bem-sucedido que vive aparentemente feliz em um bairro de classe média alta em Nova Iorque. Entretanto, a chegada de Hal, o irmão mais velho de Nathan e autor bem-sucedido de seriados de TV, muda completamente o cotidiano da família, expondo a fragilidade da relação e alterando drasticamente o estado das coisas. A tradução é de Clara Carvalho.
A peça é uma crônica de costumes tragicômica que questiona as estruturas familiares contemporâneas ao evidenciar a busca incessante do ser humano por estabelecer vínculos e compartilhar laços frente à solidão das relações.
Com idealização e atuação de Carolina Mânica, o espetáculo também tem Nilton Bicudo, Bruno Guida, Lucas Romano e Renata Becker no elenco. “Trazer a peça ‘Três Mudanças’ para o Brasil é um desafio e uma responsabilidade muito prazerosa, pois o roteiro original recebeu excelentes críticas nos EUA. Tem tudo para ser um sucesso, pois dialoga de forma universal com as inquietações humanas”, conta Carolina.

1 de abril de 2019

IV SPHarpFestival - Festival Internacional de Harpas

Foto: Carol Reis

De 10 a 12 de abril, acontecerá o IV SPHarpFestival – Festival Internacional de Harpas com duas apresentações diárias, às 13h e às 18h, tendo músicos interpretando em harpas clássica, koto (japonesa) e céltica. Os eventos acontecem no teatro com entrada franca.

Destaque para a argentina Soledad Yaya que se apresenta com a soprano Juliana Starling Soledad viajou em turnê pela OSESP pela Europa, Estados Unidos e países sul-americanos. O espetáculo "Recordas" traz canções brasileiras e argentinas e surgiu da ideia de realizar um duo de harpa e voz em alusão às cordas dos dois instrumentos. 

O Grupo Seiha  Brasil de Koto tem como objetivo difundir a música do Japão. Vários músicos interpretam obras na harpa japonesa koto: Tamie Kitahara, Marcia Abe, Daisuke Takai, Alejandro Barrios, Alvaro Nishikawa e Alexander Iwami Petzhold, no shakuhachi, instrumento tradicional do Japão em cordas. 

O Vento Celta se uniu em 2012 e vai interpretar músicas celtas, medievais e irlandesas. O argentino Dario Andino toca na harpa clássica com Dennis Crepaldi na flauta, Fabio Britto e Débora Ruba ao violino, Fabricio Rinaldi ao violão, Natalia Bueno, violoncelo e Eduarda Rimkievickz, na percussão. Já o Duo Floratta (foto) vai interpretar trilhas sonoras de filmes de desenhos com a harpa clássica de Tatiana Henna e a flauta de Letícia Castro.

Nando Araújo fará um "Concerto Meditativo" por meio da harpa céltica promovendo uma vivência estética e terapêutica em um encontro entre as propriedades da harpa e da meditação. Vários estudos científicos indicam os benéficos efeitos psicossomáticos da meditação, principalmente decorrentes do estresse e da ansiedade. E Jonathan Faganello tocará rock. Já se apresentou na Itália e Argentina. Faganello atuou com a Orquestra Filarmônica e Sinfônica de Piracicaba, Sinfônica de Rio Claro e Banda Sinfônica de Limeira. 

 A entrada do IV SPHarpFestival – Festival Internacional de Harpas é gratuita, com retirada de senha a partir de 1 hora antes do início das apresentações. As apresentações acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo que fica na Rua Álvares Penteado, 112 – SP.