28 de setembro de 2018

Mortos-Vivos - Uma Ex-Conferência

Foto: Francisco Costa

Hoje às 21h30, estreia o espetáculo "Mortos-Vivos - Uma Ex-Conferência". O texto de Alex Cassal, dirigido por Renato Linhares, parte da premissa fantástica da que o apocalipse zumbi é fato, neste momento. A nova montagem do grupo carioca Foguetes Maravilha, que está completando 10 anos, é a uma metáfora sobre as mazelas do mundo contemporâneo, e uma conferência é realizada para descobrir as armas necessárias para enfrentar esses ‘zumbis’.

No enredo, o apocalipse zumbi já aconteceu, e neste exato momento cadáveres animados e famintos andam pelas ruas da cidade. A montagem é uma espécie de conferência à beira do abismo, onde quatro especialistas analisam a crise que tomou o mundo e instruem os espectadores sobre estratégias de sobrevivência. Enquanto o caos se espalha, discutem assuntos como alteridade, xenofobia, fascismo, preconceito, tortura, banalidade do mal, fascínio pela violência, sistema digestivo dos zumbis e razões evolutivas para que os seres humanos tenham um medo inato de serpentes.

Segundo o autor Alex Cassal, “do filme A Noite dos Mortos-Vivos a Walking Dead, o zumbi foi se tornando o monstro por excelência do nosso tempo. A sua imagem, simultaneamente, patética e assustadora conquistou o cinema, a literatura e a cultura pop. Tornou-se uma metáfora explorada por políticos e filósofos, cantores e cientistas”. O espetáculo reflete sobre esse zumbi que é sempre o outro, aquele que é semelhante, porém alienígena; aquele que nos ameaça com sua presença. E para enfrenta-lo todas as armas são permitidas: o isolamento, a agressão, até a destruição completa. Os zumbis estão nas ruas, nas redes sociais, na televisão, no congresso brasileiro.

A temporada do espetáculo segue até o dia 27 de outubro, sexta e sábado, às 21h30; domingo, às 18h30, no Sesc Belenzinho que fica na Rua Padre Adelino, 1000.

27 de setembro de 2018

Sesc Belenzinho

Foto: Lucas Liviero

O Sesc Belenzinho apresenta o lançamento sexto álbum do paranaense Bernardo Pellegrini, Outros Planos, no dia 28 de setembro, às 21 horas. O show tem participação especial dos cantores e compositores Alzira E. e Edvaldo Santana e acontece no Teatro da unidade.

O cantor e compositor interpreta o repertório completo do novo CD e algumas canções marcantes de sua trajetória junto com O Bando do Cão Sem Dono – grupo de poetas, instrumentistas e compositores reunidos em torno da gravação do CD Dinamite Pura, seu primeiro disco, lançado em Londrina (1994) e que fez carreira em São Paulo até o final dos anos 1990.

Foto: Aghate Max

Já o duo londrino de indie instrumental Tomaga – formado pelos multi-instrumentistas Valentina Magaletti (bateria, percussão e vibrafone) e Tom Relleen (baixo, vibrafone, percussão e eletrônicos) – toca pela primeira vez no Brasil no dia 29 de setembro, às 21 horas.

A sonoridade do Tomaga incorpora livremente estéticas do jazz, da música eletrônica, da industrial, improvisos e da psicodelia. Em atividade desde 2014, Valentina e Tom têm oito discos lançados, entre EPs, LPs e splits. O trabalho mais recente, Memory In Vivo Exposure, figura na lista de melhores álbuns do ano de 2017 pela revista Uncut.

No setlist, composições do novo disco como Memory in Vivo Exposure, Pt. 1 & 2, The Inexorable Sadness of Pencils, Fist to Fist e Il fiume di Ferro, além de músicas de trabalhos anteriores, entre elas: Tuscan Metalwork, A Perspective With No End, Days Like They Were Before, Greetings From The Bitter End, Liberating Mania e Futura Grotesk.

Foto: Karla Pessoa

E para fechar o final de semana com chave de outo, no dia 30 de setembro, às 18h, o carioca Thiago Amud faz show de lançamento de seu terceiro CD, O Cinema que o Sol Não Apaga. A apresentação tem participação da cantora e compositora paulistana Simone Guimarães e do violonista mineiro Nelson Ângelo.

O artista sobe ao palco em formato solo (violão e voz) para apresentar baiões, toadas, frevos e outros gêneros, revelando-se um compositor vanguardista que sempre valorizou a tradição musical popular brasileira. O repertório é calcado no novo disco, mas traz ainda algumas músicas dos discos anteriores e da convidada Simone Guimarães.

Após cinco anos sem lançar disco solo, Thiago Amud chega com O Cinema que o Sol Não Apaga(gravadora Rocinante), no qual assina arranjos e direção musical das 16 faixas autorais, sendo duas em parceria: Catirina Desejosa (com Edu Kneip) eBrasileia (com Guinga). As demais composições são: A Mais Bela Cena, Calunga e Sebastião, Do Político, Plano de Carreira, Autorretrete,Desmanhecido, O Teu Coração: Superfície de Marte, Tênias e Falenas, 2022, O Mundo Imaginal, Quando a Esquina Bifurca, Cinema Russo, Cantilena Alada e Nascença.

O Sesc Belenzinho fica na Rua Padre Adelino, 1000 - SP.

26 de setembro de 2018

Hamlet

Foto: João Gabriel Monteiro

Acostumada a processos que resultam na criação de uma dramaturgia própria, a Armazém Companhia de Teatro se volta agora para um outro tipo de processo, onde o que mais interessa é o seu posicionamento sobre a narrativa. Partindo da obra fundamental de Shakespeare, a ideia geral da companhia é encontrar um Hamlet do nosso tempo. Um Hamlet cheio de som e fúria. Não numa atualidade forçada, mas ressaltando aspectos da obra que dialogam com esse coquetel de conflitos contemporâneos que vemos todos os dias jorrando nas grandes cidades do mundo.

Na história, Hamlet é o príncipe da Dinamarca. Apenas um mês separa a morte repentina e inexplicável de seu pai  e o novo casamento de sua mãe. O príncipe tem visões de seu pai, que afirma que foi envenenado pelo irmão, e exige que Hamlet se vingue e mate o novo Rei (seu tio e padrasto). Hamlet se finge de louco para esconder seus planos, e vai perdendo o controle sobre sua própria realidade no meio deste processo. Ou seja, a invenção teatral do século XVI de um príncipe que fingia loucura e o espírito inflamado do nosso século entraram inevitavelmente em colisão. Já não há mais fingimento. A loucura de Hamlet tornou-se a loucura do mundo.

A história de Hamlet é a história da destruição de uma ordem estabelecida. Shakespeare representa a corte real dinamarquesa mergulhada em corrupção. Assassinato, traição, manipulação e sexualidade são as armas usadas na guerra para preservar o poder. No centro dessa história está Hamlet, um homem desesperadamente preocupado com a natureza da verdade, um homem notável que quer ser mais verdadeiro do que, provavelmente, é possível ser. E que exige do resto do mundo que sejam todos verdadeiros com ele. Mas é possível conhecer a si mesmo integralmente? É possível conhecer integralmente as pessoas a seu redor? Hamlet se fragmenta, nossa época o faz assim, um sujeito destrutivo, atormentado e letal.

“É importante tratar Shakespeare como se ele fosse um genial dramaturgo recém-descoberto com algumas coisas urgentes a dizer sobre a guerra, sobre a loucura do mundo e sobre nossos líderes políticos modernos”, comenta Paulo de Moraes que escreveu o roteiro das cenas antes de Maurício Arruda Mendonça fazer a tradução. “Maurício conseguiu uma poesia sem pompa, que comunica sem perder a beleza. E é grande mérito dos atores que essa poesia chegue rasgando, ela é língua, ela é corpo, ela é carne”, conclui o diretor.


A temporada inicia-se em 28/09 no Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho - que fica na Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso, SP. As apresentações acontecem às sextas e sábados, às 21h, domingos, às 20h.


25 de setembro de 2018

Bester Quartet

Foto: Divulgação

Bester Quartet o quarteto de jazz formado por Jarek Bester no acordeão, Dawid Lubowicz no violino, Oleg Dyyak clarineta/percussão e Maciej Adamczakno contrabaixo é considerado um expoente grupo Klezmer – tradicional gênero musical judaico de raizes ”profanas”.
Os quatro instrumentistas fortalecem a marca registrada do quarteto, que é a execução musical de uma vasta amplitude estilística. Nela se assimila alguns elementos emprestados da música clássica, jazz e música de vanguarda, incluindo traços da música de câmara contemporânea, em que a improvisação constitui o fundamento para a construção de algumas linguagens instrumentais únicas.
O Bester Quartet realizou inúmeras gravações para televisão e rádio, e colaborou com diversos músicos de jazz, música klezmer e de vanguarda, como John Zorn, Tomasz Stanko, Grazyna Auguscik, John McLean, Don Byron, Frank London, Jorgos Skolias, Aaron Alexander, Ireneusz Socha, Tomasz Zietek e outros. O quarteto se apresentou em muitas casas prestigiosas ao redor do mundo, incluindo Polônia, Estados Unidos, Israel, Reino Unido, Taiwan, Rússia, República Tcheca, Eslováquia, Finlândia, Sérvia, Itália, Estônia, Espanha, França, Ucrânia, Belarus, Moldávia, Romênia, Hungria, Bulgária, Suécia, Suíça, Áustria, Bélgica, Holanda, Alemanha e Canadá.
O grupo mantém uma longa parceria com a Tzadik, selo de John Zorn baseado em Nova Iorque, que resultou no lançamento de 8 CDs até o momento: ‘De Profundis’, ‘The Warriors’, ‘Bereshit’, ‘Sanatorium under the Sign of the Hourglass’, Balan’, ‘Remembrance’, ‘Metamorphoses’, ‘The Golden Land’e ‘Krakoff’.
O concerto será no dia 26/09, às 21h no Sesc Consolação – Teatro Anchieta - que fica na Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, SP.

24 de setembro de 2018

Miz Tli Tlan


A proposta do livro "Miz Tli Tlan: Um mundo que desperta", de Trigueirinho, parece algo como ficção científica. Mas não é. Se hoje em dia, o conteúdo pode fugir à compreensão daqueles que ainda não despertaram, no final da década de 80, quando lançada a primeira edição da obra, poderia soar algo como surreal. "O que parece irracional e incrível neste mundo das três dimensões é realidade normal nos planos superiores de consciência." Miz Tli Tlan é algo que você nem imagina. Para saber você deve libertar sua mente do que é superficial e aprofundar dentro de si mesmo para chegar a essa divindade especial. É o tipo de livro para ler e reler inúmeras vezes, mesmo aos mais familiarizados quando o assunto é Universo, extraterrestres, população intraterrena, lei cósmica, lei evolutiva, ono-zone, tecnologia avançada, energia, hierarquias espirituais, purificação e o futuro do planeta Terra. Entre os principais temas tratados, está a grande transformação por que passam o ser humano terrestre e este planeta, bem como o significado e o propósito de tal mudança. O autor que faleceu na semana passada, José Hipólito Trigueirinho Netto foi roteirista, diretor e produtor cinematográfico, e desde o início dos anos 80 atuou como líder espiritual e filósofo espiritualista. Tem mais de 70 livros publicados, com mais de dois milhões de exemplares publicados em vários idiomas. Um livro que recomendo muito!

21 de setembro de 2018

Duo Lucatelle-Bartoloni e Alda de Mattos ao piano

Foto: Divulgação

No dia 22 de setembro às 20h, o Centro de Música Brasileira (CMB) apresenta do Duo Lucatelle-Bartoloni e Alda de Mattos ao piano. O recital é gratuito.

O Duo Lucatelle-Bartoloni é formato por Fábio Bartoloni ao violão e Daniela Lucatelle ao piano. Eles vão interpretar obras de Camargo Guarnieri, Carmo Bartoloni, Osvaldo Lacerda, Sá Pereira e Villa-Lobos.

Alda de Mattos (foto) é natural de Goiás e vive em Brasília. No repertório, interpretará Camargo Guarnieri, Fernando Cupertino, Mignone, Nepomuceno, Osvaldo Lacerda e Villa-Lobos.

O CMB (Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britânico) fica na Rua Ferreira de Araújo, 741 Pinheiros - SP.

20 de setembro de 2018

Matuto Moderno convida André Abujamra

Foto: Ulisses Matandos

A tradição musical do sudeste brasileiro, ao som da viola caipira, parecia não ter nada em comum com o rock, até que cinco músicos se uniram para formar a banda Matuto Moderno no final dos anos 90 e derrubaram a crença de que música de raiz atrai apenas o público "mais velho". Para comemorar seus 20 anos, a banda realiza o show "Matuto Moderno convida André Abujamra" de 20 a 23 de setembro na CAIXA Cultural São Paulo, com uma seleção de faixas dos 5 CDs gravados. A maioria delas músicas é de autoria própria, incluindo "Topada", do CD "Matuto Moderno 5", feita por Ricardo Vignini em parceria com André Abujamra. Do cantor e compositor do Karnak e Os Mulheres Negras, o público também poderá recordar de "Juvenar" e "Milho".  A apresentação vai contar com mais um percussionista, Carlinhos Ferreira, que participou do último CD do grupo.

Do repertório, entrarão ainda "Manacá" (Ricardo Vignini e Zé Helder), "Curva de Rio" (Ricardo Vignini) e "Ecologia Brasileira" (Índio Cachoeira e Cuitelinho), gravada pelo violeiro Índio Cachoeira, da dupla sertaneja de raiz Cacique e Pajé, que morreu em abril último. Ele será homenageado, assim como Inezita Barroso e Pena Branca, pelo esforço e persistência em valorizar e divulgar a música de viola.

O Show acontece às 19h15  no CAIXA Cultural São Paulo que fica na Praça da Sé, 111 - Centro.

19 de setembro de 2018

Vanessa da Mata

Foto: Marcos Hermes

Após três anos com as turnês de "Segue o Som" e do projeto intimista "Delicadeza", a cantora Vanessa da Mata apresenta seu novo CD/DVD "Caixinha de Música", gravado ao vivo, em São Paulo. O show acontece no Sesc Belenzinho, nos dias 20, 21 e 22 de setembro, na Comedoria da unidade, às 21h30.

O espetáculo, que tem direção musical do guitarrista Maurício Pacheco, apresenta três novas canções da cantora e compositora mato-grossense: Caixinha de Música, que dá nome ao novo trabalho, Orgulho e Nada Mais e Gente Feliz (esta também registrada em faixa-bônus com grupo BaianaSystem).

Canções do repertório do show Delicadeza, em que Vanessa se apresentava acompanhada de piano, violão e guitarra, foram registradas nesse novo trabalho e também fazem parte da nova turnê. É o caso de Love Will Tear us Apart, clássico do grupo inglês Joy Division, Mágoas de Caboclo e Vá Pro Inferno com Seu Amor; as duas últimas foram gravadas por Orlando Silva e pela dupla Milionário e José Rico, respectivamente.

Os hits da carreira de Vanessa da Mata, que fizeram dela uma das mais expressivas artistas do mercado fonográfico brasileiro, também estão no roteiro de Caixinha de Música. Entre elas, Ai, Ai, Ai, Amado, Boa Sorte/Good Luck, Não Me Deixe Só e Ainda Bem.

O Sesc Belenzinho fica na Rua Padre Adelino, 1000 - Belenzinho – SP.

18 de setembro de 2018

Transversando

Foto: André Diaz

No dia 19 de setembro, o projeto "Transversando" recebe o performer de carreira internacional Ikaro Kadoshi. O encontro, que tem ainda participação da cantora e compositora Karin Martins, acontece na Comedoria da unidade, às 20 horas, com entrada grátis.

O bate-papo musical convida personalidades do mundo LGBTQI que falam sobre suas trajetórias como ícones de resistência, inseridxs na cultura contemporânea, alternando os depoimentos e conversas com músicas de artistas que acompanham estas experiências, tocadas ao vivo.

Ricardo Gamba é responsável pela curadoria e mediação do bate-papo, cuja ficha técnica tem ainda Vinícius Requena na iluminação, Rico Malta produção e Bruno Lemos nos registros de foto e no vídeo. A idealização é da RG Produções Artísticas.

Esta segunda edição do "Transversando" continua nos meses de outubro, com participação de Renata Carvalho e Rodrigo Fernando, e novembro, com Candy Mel e Jéssica Areias.

O Bate-papo acontece no Sesc Belenzinho que fica na Rua Padre Adelino, 1000 - Belenzinho – SP.

17 de setembro de 2018

Teatro Uma Pátria Habitável

Foto: Divulgação

O Projeto "Teatro Uma Pátria Habitável" traz a japonesa mestra da arte Butoh Yumiko Yoshioka e espanhol Miguel Camarero (foto) irão ministrar oficinas, preparar espetáculos e interpretar em eventos que vão de 18 a 29 de setembro, na Refinaria Teatral, que fica na Zona Norte de São Paulo. Ao todo serão duas oficinas e quatro apresentações. O projeto foi contemplado pela 32ª Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo. A maioria dos eventos são gratuitos exceto os dos dias 28 e 29 de setembro.

Apresentações:

Monólogo Antes do amanhecer com Yumiko Yoshioka
“Before Dawn – Antes do amanhecer”, uma dança/teatro de metamorfose, onde a escuridão se transforma em brilho. Através de sua própria transformação, Yumiko ilumina segredos em nossos corpos. Criaturas escondidas em nossas memórias esquecidas começam alegremente a reviver. Algo grotesco, embora estranhamente belo, atrai nossa atenção. Nós não podemos deixar de ser cativados por esta força estranha, uma fonte de escuridão e luz.
  
Monólogo Con-sequência de Miguel Camarero 
Uma sequência de acontecimentos da vida que acabam gerando consequências. Ações que parecem estar separadas uma das outras, mas são reflexos de acontecimentos que se conectam. Miguel mostra neste monólogo a força de seu dança-teatro, o “BodyKronos”.

Peregrinação - demonstração de trabalho (Work in progress) da Refinaria Teatral 
"Peregrinação" é o nome dado a abertura pública de uma parte do processo da construção da nova obra do grupo Refinaria Teatral, a peça "O Ritual". A exposição e abertura do trabalho em modelo de apresentação, demonstra em ação algumas etapas do processo do grupo de seu “Teatro Marcial”. Passa por exercícios para construção da estética, a criação do personagem com a proposta estética partindo de técnicas especificas, improvisações até chegar na exposição de cenas sequenciais do novo trabalho, a obra “O Ritual”.

Para maiores informações da programação do Projeto Teatro Uma Pátria Habitável, a Sede do Grupo Refinaria Teatral fica na R. João de Laet, 1507 - Vila Aurora – SP e o Tel: (11) 3624-9301.

14 de setembro de 2018

Carmen, a Grande Pequena Notável

Foto: Leekyung Kim

Há exatos 90 anos Carmen Miranda (1909-1955) cantava pela primeira vez na rádio carioca Roquete Pinto. Portuguesa radicada no Brasil, a cantora estava prestes a se tornar um dos maiores símbolos da cultura brasileira para todo o mundo. Em comemoração a essa data, "Carmen, a Grande Pequena Notável", com direção de Kleber Montanheiro, estreia no dia 15 de setembro no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP). O espetáculo fica em cartaz até 26 de janeiro de 2019, com apresentações aos sábados, às 11h.
O musical é inspirado no livro homônimo de Heloísa Seixas e Julia Romeu, que venceu o Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não Ficção em 2015. Quem dá vida à diva é a atriz Amanda Acosta, que divide o palco com Daniela Cury, Luciana Ramanzini, Maria Bia, Samuel de Assis e Fabiano Augusto. Os músicos Maurício Maas, Betinho Sodré, Monique Salustiano e Marco França também estão em cena.
Para contar essa história, o espetáculo adota a estrutura, a estética e as convenções do Teatro de Revista Brasileiro, no qual Carmen Miranda também se destacou. “Utilizamos a divisão em quadros, o reconhecimento imediato de tipos brasileiros e a musicalidade presente, colaborando diretamente com o texto falado, não como um apêndice musical, mas sim como dramaturgia cantada”, explica o diretor Kleber Montanheiro.
O Centro Cultural Banco do Brasil SP fica na Rua Álvares Penteado, 112, Centro - SP.

13 de setembro de 2018

Casa de Bonecas – Parte 2

Foto: Miro

O espetáculo Casa de Bonecas – Parte 2, com dramaturgia do jovem norte-americano Lucas Hnath e direção de Regina Galdino, reestreia no dia 14 de setembro no TUCARENA. A peça fica em cartaz até 2 de dezembro, com sessões às sextas-feiras, às 21h; aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 18h. A tradução é de Marcos Daud, e o elenco é formado por Marília Gabriela, Luciano Chirolli, Eliana Guttman e Clarissa Kiste.

Publicado em 1879, o clássico “Casa de Bonecas”, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906) causou polêmica ao questionar as convenções sociais e o casamento como uma instituição. A peça até hoje é considerada feminista.

Na sinopse, Nora, a emblemática personagem criada por Ibsen no século XIX, volta à casa dos Helmer – 15 anos depois de ter abandonado o marido e seus filhos – em busca do divórcio. Em meio ao julgamento da criada, do marido e de sua filha mais nova revela seus ideais revolucionários sobre o amor livre e contra o casamento.

A diretora Regina Galdino diz que o espetáculo chama a atenção pela qualidade dos diálogos. “O jovem autor, Lucas Hnath, desenha os diálogos como se fossem poemas modernos, gráficos, indicando ritmos, sonoridades, pausas, repetições e intenções que dispensam as tradicionais rubricas. O texto ganha uma musicalidade muito particular, e, num misto de comédia e drama, as relações das personagens surgem límpidas e cortantes, sem maniqueísmos. Futuro e passado, utopia e tradição, luminosidade e trevas, opção e necessidade, maturidade e juventude, coragem e medo, casamento e amor livre, são algumas das contradições que o público irá acompanhar nessa trajetória da personagem Nora em busca de sua identidade, negando a sociedade forjada em mentiras”, diz.

TUCARENA fica na Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes - SP.

12 de setembro de 2018

Catharina

Foto: Divulgação

Paraibano, residente em Salvador, Val Macambira lança seu novo álbum autoral "Catharina", no dia 14 de setembro, às 20h, no Itaú Cultural.

Ainda na capital paulista, os shows acontecem também no dia 20/9 (no Brazileria, às 21h) e no dia 21/9 (no Tendal da Lapa, às 19h). Depois, segue para o Mimo Festival, em Paraty/RJ (dia 28/9). A turnê, que teve início em Salvador (BA), deve passar também pelas cidades Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e João Pessoa (PA).

Val Macambira revela que foi ‘parto’ dolorido a produção do álbum, gravado em homenagem à sua filha Catharina, que faleceu de dengue hemorrágica, aos 17 anos. “Entre flagelos, sofrimentos e muita saudade renasci das músicas e senti que estava pronto para registrar esse trabalho musical”, confessa.

O show Catharina constrói um curioso contraste ao transpor o sertão e seu universo peculiar, rural, árido e silencioso, para um espaço urbano. São 10 músicas, compostas exclusivamente para o álbum, cujos arranjos trazem traços do lírico e do barroco compondo com as raízes do rock rural, sem perder o foco no sertão. A cultura popular e o erudito se entrelaçam em harmonia nesse trabalho fazendo uma união ímpar do violino e violoncelo com a estética musical de gêneros como maracatu, repente, embolada, xote, xaxado e baião, que resulta em um ritmo cheio de originalidade. As letras e melodias do disco traduzem o cotidiano do povo brasileiro e dos personagens da cultura popular, onde o folclore se torna lúdico e vivo.

Shows / São Paulo: Val Macambira & Banda

14 de setembro. Sexta, às 20h no Itaú Cultural (Sala Itaú Cultural)
Av. Paulista, 149 - Bela Vista. SP/SP 

20 de setembro. Quinta, às 21h no Brazileria
R. Clélia, 285 – Perdizes. SP/SP. 

21 de setembro. Sexta, às 19h no Tendal da Lapa
Rua Guaicurus, 1100 – Lapa. SP/SP. 

11 de setembro de 2018

Blues

Foto: William Mazzar

Dias 15 e 16 de setembro estreia o espetáculo "Blues – Concerto para Piano" no Capital 35 em Perdizes. A criação, coreografia e direção é de Dinah Perry. Os intérpretes são: Átila Freire, Ana Carolina Barreto, Bruno Bossio e Josefina Padilla. O roteiro musical será de Rodolfo Schwenger que estará ao vivo ao piano. 

O "Blues – Concerto para Piano" é espetáculo com conceito em artes cênicas, linguagem corporal e no gênero musical blues. O roteiro é ilustrado por baladas narrativas que complementam a dramaturgia do trabalho.

São personagens vividos por bailarinos-atores que traçam a narrativa do corpo em movimento alinhados ao estilo musical que frequentemente apontam para questões internas do indivíduo como solidão, relacionamentos, caminhos cruzados e histórias de vida.

O Capital 35 fica na Rua Capital Federal 35, Perdizes - São Paulo e o espetáculo acontece sábado às 21h e domingo, às 19h.

10 de setembro de 2018

IRA!

Foto: Iasmin Daher

O projeto Álbum do Sesc Belenzinho apresenta a banda paulistana IRA! em show do disco Psicoacústica (1988), que completou 30 anos em 2018. São duas apresentações, dias 14 e 15 de setembro na Comedoria da unidade, às 21h30.

Com a mesma formação desde a volta do grupo, em 2014, IRA! é Nasi (vocal), Edgard Scandurra (guitarra e vocais), Evaristo Pádua (bateria), Johnny Boy (teclados e violão) e Daniel Rocha (baixo).

Os dois primeiros álbuns da banda, Mudança de Comportamento (1985) e Vivendo e Não Aprendendo (1986), trazem riffs de guitarras e influência de sons da década de 60; estão mais ligados ao universo hard e pop. Psicoacústica apresenta um som mais experimental e lisérgico com músicas sem refrão, solos longos, momentos instrumentais e uma atmosfera meio sombria. Com oito faixas e pouco mais de 30 minutos de duração, o disco entrou para a história do rock brasileiro, reconhecido como um dos mais ousados da época.  Atualmente, figura na lista dos 100 maiores discos da música brasileira pela revista Rolling Stone, em 81º lugar.

As faixas de Psicoacústica são: Rubro Zorro (E. Scandurra, André Jung, R. Gaspa e Nasi), Manhãs de Domingo (E. Scandurra), Poder, Sorriso, Fama (E. Scandurra), Receita Para se Fazer um Herói (E. Scandurra, Nasi, André Jung, R. Gaspa, e Reinaldo E. Ferreira), Pegue Essa Arma (E. Scandurra), Farto do Rock 'n' Roll (E. Scandurra, R. Gaspa), Advogado do Diabo (Nasi e André Jung), Mesmo Distante (Edgard Scandurra) e a faixa-bônus (versão K7) Não Pague Pra Ver (Edgard Scandurra).

Além das músicas do álbum, a banda também toca clássicos como Flores em Você, Dias de Luta, Núcleo Base, Envelheço na Cidade, Eu Quero Sempre Mais, Tarde Vazia e Girassol.

O Sesc Belenzinho fica na Rua Padre Adelino, 1000 - São Paulo.

7 de setembro de 2018

O Canto Preso

Foto: Alex Merino

Entre os dias 13 e 16 de setembro acontece o projeto “Dança como Instrumento Reflexivo e Político”, da Cia. Carne Agonizante, composto por três espetáculos com direção de Sandro Borelli e duas oficinas. A ideia é apresentar ao público parte do repertório do grupo e debater sua concepção sobre a dança contemporânea.
O espetáculo “O Canto Preso” inaugura a programação com uma apresentação única no dia 13, às 19h15. Trata-se de uma adaptação coreográfica para a peça de teatro “Bent”, de Martin Sherman, sobre um homem preso em um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial por ser homossexual. Para amenizar seus horrores, ele se fez passar por judeu, pois sabia que os homens que detinham o triângulo rosa em suas vestes estavam sendo massacrados pelos guardas da SS e humilhados pelos próprios companheiros de sela.
Em “Estado Independente”, com sessão no dia 14, às 19h15, a companhia se apoia na poética e na política revolucionária de Ernesto Che Guevara entre os anos de 1950 e 1960, sobretudo na sua figura lendária de guerrilheiro cidadão do mundo, como ele próprio se definia, e na sua permanência no imaginário coletivo como um personagem de espírito incorruptível, indomável e disposto a lutar contra a injustiça social.
“Colônia Penal”, inspirado na obra homônima de Franz Kafka (1883 -1924) e na ditadura militar brasileira (1964-1985), tem duas apresentações nos dias 15 e 16, às 19h15. A dança explora a visão ampla e original do escritor tcheco para o indivíduo e sua relação ao meio em que está inserido e leva à cena temas como opressão, o aprisionamento e a desesperança.
A CAIXA Cultural São Paulo fica na Praça da Sé, 111 - Centro - São Paulo.

6 de setembro de 2018

O Espírito do Tempo

Foto: João Caldas Filho

Com carreira nos musicais e em bandas de rock, o músico e performer Perí Carpigiani estreia o solo "O Espírito do Tempo", seu primeiro espetáculo de teatro tradicional, no Espaço Cia. da Revista, no dia 12 de setembro.
A peça é livremente inspirada na série de documentários “Zeitgeist”, do norte-americano Peter Joseph, que aborda temas como política, ciência e religião. Em cena, Carpigiani interpreta situações que questionam os efeitos do passar do tempo na sociedade atual.
“O tema foi extraído da parte em que o documentário fala sobre separar o que é genético do que é comportamental”, conta o intérprete.
A narrativa é costurada por músicas autorais e clássicos do Teatro Musical, entre cenas trágicas, cômicas e outras que discutem o papel da ciência no mundo. Todos esses elementos dialogam com o desenho de som e  luz, também criado por Perí.
A encenação é pautada por uma mistura entre as linguagens do Teatro Musical e do Teatro Essencial (desenvolvido por Denise Stoklos), duas fortes influências na carreira de Perí.
O Espaço Cia. da Revista - Alameda Nothmann, 1135 - Santa Cecilia. A temporada vai até o dia 24 de outubro. Quartas-feiras, às 21h.

5 de setembro de 2018

Instrumental Sesc Brasil

Foto:Bruno Morgado

O Instrumental Sesc Brasil oferece shows gratuitos em setembro, sempre às segundas-feiras, às 19h, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação. Os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada apresentação.
Da música inspirada em filmes de bang bang italianos à guitarrada portuguesa, a programação do projeto traz apresentações de Fil and the Guitar Gun, com seu estilo instrumental western; do Duo Finlandia, que mistura ritmos latinos pouco conhecidos e de Luísa Mitre, que toca MPB ao piano.
Confira abaixo a programação:
FIL AND THE GUITAR GUN
10/9. Segunda-feira, às 19h. Grátis (ingressos 1 hora antes). Livre
Fil and the Guitar Gun é o projeto solo autoral do multi-instrumentista Filinto Fil, inspirado nos filmes italianos de bang bang das décadas de 1960 e 1970. As canções instrumentais Western/Faroeste surgem de diferentes elementos desse gênero cinematográfico – a paisagem, os atores, os diretores, os personagens e a trilha sonora.  Com dois discos lançados, “Living in the Old West” (2013) e “Fort Bravo” (2015), a banda é formada por Filinto Fil (guitarra), Caio Siqueira (bateria), Flavio Guarnieri (contrabaixo), Ricardo Brilhante (violão) e Fernando Manin (flauta).
DUO FINLANDIA
17/9. Segunda-feira, às 19h. Grátis (ingressos 1 hora antes). Livre

Formado pelo argentino Mauricio Elias Candussi (acordeão e samples) e pelo brasileiro Raphael Evangelista de Lima e Silva (violoncelo), o Duo Finlandia apresenta uma mistura de ritmos latino-americanos como huayano, saya, baião, candomblé, cumbia, danza de tijeras, tango, milonga e frevo. Criada em 2010, a dupla tem cinco álbuns em sua carreira: “Mundo Rural” (2015), “Dale” (2013), “Carnavales” (2011), “Extensión” (2010) e “Nandhara” (2010).
LUÍSA MITRE
24/9. Segunda-feira, às 19h. Grátis (ingressos 1 hora antes). Livre

A pianista Luísa Mitre, que se dedica ao estudo da linguagem da MPB no piano, apresenta no show as canções do disco “Oferenda” (2018), como as autorais “Chegada”, “Partida”, “Intuitivo”, “Rodeando” e “Valsa da Espera”. O repertório ainda traz “Corrupião”, de Edu Lobo; e “Espirro” e “Forró da Olívia”, do sanfoneiro Marcelo Caldi, que fará uma participação especial na apresentação. Ela será acompanhada por Camila Rocha (baixo), Marcela Nunes (flauta), Natália Mitre (vibrafone) e Paulo Fróis (bateria).
Vencedora do Prêmio BDMG Instrumental, Luísa é graduada em piano e música popular e mestre em performance musical pela UFMG. A mineira também integra o grupo Toca de Tatu, que já fez turnês pela Europa e venceu os concursos Instrumental Estúdio 66 e Festival de Choro Jorge Assad. Ela também foi premiada no 1º concurso da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e participou do Savassi Festival.
O SESC CONSOLAÇÃO fica na Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo.