30 de outubro de 2009

Ondas do destino

Ondas do destino (Breaking the waves, 1996) é um drama/ romance pra lá de intrigante. Mas já vou logo avisando que se você não tem estômago para assistir um bom drama, não perca seu precioso tempo, pois este é daqueles filmes que se faz questionar a mais sórdida natureza humana. No norte da Escócia uma jovem mulher, Bess (Emily Watson), se apaixona e se casa com um dinamarquês, Jan (Stellan Skarsgard), que trabalha em uma plataforma de petróleo. Ele sofre um acidente que, tudo indica, provavelmente o deixará incapacitado para o resto da vida. Nesta condição, incapazes de desfrutarem de um relacionamento sexual, ele pressiona Bess para que ela procure amantes e lhe conte detalhes de suas relações. E ela o faz. Ingenuidade? Amor? Não importa, Bess, a esta altura do campeonato, torna-se mais desviantes em seu comportamento sexual, e assim, mais ela passa a acreditar que suas ações são guiadas por Deus e estão ajudando Jan a se recuperar. Loucura? Talvez... Então, você tem que pagar pra ver e assistir a este filme.

29 de outubro de 2009

Passo

Eu não vou mentir para vocês, mas eu tive que assistir a este curta duas vezes para ver se realmente gostava ou não dele. É um curta pra lá de psicológico, então, possivelmente as pessoas num primeiro momento não simpatizem muito com esta película. A sonorização pertuba um pouco, mas sabemos que se faz necessária e é proposital. A idéia não é tão simples assim: um pássaro e sua gaiola. Ela é complexa, pois nos mostra a prisão que o homem cria para ele mesmo, mas em tempo, este mesmo homem é capaz de descobrir a liberdade. É um retrato do homem em suas repressões. Interessante!



Prêmios
Menção Honrosa no Animacór- Festival Internacional de animação de Córdoba 2007
Melhor Curta no Festival de Cinema de Ribeirão Preto 2007
Melhor Curta - Júri Popular no Festival de Cinema de Ribeirão Preto 2007
Menção Especial do Juri no Imagem em 5 minutos 2007
Menção Honrosa no Imagem em 5 minutos 2007
Prêmio do Público no Imagem em 5 minutos 2007


Festivais
Brazilian Film Festival 2007Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2007
Festival de Gramado 2007
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2007
Goiânia Mostra Curta 2007
ResFest 2007
Amazonas Film Festival 2007
Anima Mundi 2007
Festival de Cinema de Maringá 2007
Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira 2007

28 de outubro de 2009

Romance .38

Um curta com cara de filme, acho que poderia definir assim Romance. 38. Jorge é um escritor tentando terminar seu primeiro romance com a ajuda de sua namorada. O que ela não sabe é quanto desta ficção do livro de seu namorado pode ser real. Este é o ponto e a partir dele a história se desenrola numa narração não linear e que, diria, ficou muito boa. O filme começa numa locação perfeita: um banheiro imundo... Isso já diz tudo do que iremos ver dali para frente. Uma história que se confunde com a vida real ou a vida real que alimenta a história? O contraste entre o amigo que não quer saber nada sobre a obra do escritor e da sua namorada que se torna uma critica implacável. A frase que diz algo como "ninguém ia cair num mictório sem escorregar" é uma perfeita técnica de pista e recompensa. Vale à pena ver!




Prêmios
Hors Concours no Festival do Juri Popular 2009
Destaque pelo Voto do Público no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2008
Melhor Ficção no Mostra Miau 2009


Festivais
Cameramundo Independent Film Festival 2009
CineSul 2009
FEST- Festival de Cinema e Vídeo Jovem de Espinho 2009
Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo 2009
IN THE PALACE International Short Film Festival 2009
Festival de Cinema de Varginha 2008
Mosca - Mostra audiovisual de Cambuquira 2009
Perro Loco 2009

26 de outubro de 2009

Gal Costa e Oscar Castro-Neves


Quem deu as caras aqui por Los Angeles num show pra lá de intimista foi a baiana Gal Costa acompanhada pelo músico carioca Oscar Castro-Neves. Apenas uma noite, nas dependências da UCLA foi o suficiente para recordar deliciosas músicas da bossa nova na doce voz de Gal acompanhada apenas de um violão e, às vezes, de um piano. Dentre elas, podemos ouvir "Garota de Ipanema", um clássico para os gringos... O público que lotava o teatro da Universidade foi ao delirio, pois estava tudo perfeito. Aqui vou deixar de presente para vocês uma relíquia... A apresentação de Gal Costa & Elis Regina, para um especial da Globo, que cantam uma das canções mais belas que pudemos escutar até hoje: Estrada do Sol. Só pra matar a saudade e relembrar dos bons tempos da música brasileira.


Beleza Americana


Sabe aqueles filmes que quando você assiste, você fica pensando o porquê de não tê-lo feito antes? Pois é, com American Beauty (em inglês) foi mais ou menos assim... Se arrependimento matasse, com certeza, estaria morta. O filme é profundo e traduz a real sensação de uma sociedade doente. Uma família com todos os defeitos e traumas que lhe são possíveis, tentam se reencontrar (e se reencontram!) a partir do relato de uma morte pré-anunciada em voiceover. Trata-se da história de um pai de família norte-americano (Kevin Spacey), em seu puro estado semi-delirante que atinge o ápice quando é atraído pela desbocada amiga adolescente da sua filha. E quem já não ouviu falar destes tais "Tio Sukita"? Aqui o enredo poderia ser o mesmo do que qualquer outro filme, se a história não fosse orgânica: ele entra em crise de meia-idade, pede demissão do emprego, mas recebe uma boa indenização ao ameaçar contar "segredos" do seu chefe aos superiores. Com o dinheiro, passa a realizar os seus desejos de adolescência, entre eles a compra de um carro desportivo anos 60. Beleza Americana, de 1999, tem uma beleza plástica maravilhosa e em tempo cativa com seus ricos personagens. O filme explora temas das nossas sociedades modernas em que a aparência e o status econômico é que nos impulsiona para algum tipo de mudança. Com isso as relações interpessoais são reduzidas, o que podem gerar, muitas vezes, um escape em nossas próprias vidas. Em termos de roteiro, é opulento e, ao contrário do que pensei que poderia encontrar, o filme não é enfadonho. Eu adorei e recomendo!

25 de outubro de 2009

Procurando Nemo


Eu costumo dizer que a grande maioria dos filmes infantis são feitos para adultos, mas Nemo não. Ele foi feito, de fato, para crianças. E, exatamente por isso, parece-me inocente e de uma candura nata. Contudo, jamais tira a beleza de um grande clássico. Ele tem conflitos claros e vemos as mudanças comportamentais de seus personagens de forma evidente. É um show de roteiro! O Nemo de antes, bem como seu pai, não é o Nemo do final do filme. É um desenho pra lá de animado. A cena do dentista com a filha má no consultório é algo inteligente e delicado que o roteirista nos presenteou. Enquanto os pacientes esperam ser atendidos, ouvem gritos horrorosos de dentro da sala. Sem saber o que realmente se passa, temem a sua vez. É aquela história de quem nunca teve medo do “motorzinho” do dentista. Uma cena construída com um humor refinado. Mas Nemo tem outras conquistas e fala do amor e da superproteção de maneira bem delicada. É maravilhoso de se ver...mesmo que você não seja um fã voraz de desenhos animados.

23 de outubro de 2009

Capítulo 20

Antes de subir para o apartamento de Morrice, Sofia repassou todas as instruções com Kai. O amigo não se sentia confortável com a situação, mas entendia Sofia e, de alguma forma, queria lhe ajudar. Então, não questionou. Sofia entrou no elevador e os minutos de subida pareciam-lhe intermináveis horas naquele cubículo que outrora assemelhava-se a um palácio. Estava ansiosa, nunca tinha feito nada parecido, mas nada como a vida para solicitar tal necessidade.

Tocou a sineta como era de costume, nem um toque a mais, nem um toque a menos. Simplesmente tocou fria e calculista. Seu sangue rodopiava entre suas veias que pareciam querer escapolir do seu corpo. Mas ela se conteve, respirou fundo e esperou que Morrice lhe abrisse a porta. Ele também abriu a porta como era de costume. Beijaram-se. O beijo estava gélido, tanto dela quanto dele. Sofia sabia que era tudo apenas pró-forma de ambas partes. Fez questão de trancar a porta. Quer algo para beber, Sofia? Ela discretamente tirou a chave da porta e enfiou no bolso. Sim. Enquanto você prepara, vou usar o banheiro... respondeu sem alterar o tom de voz.

Entrou no banheiro e tirou da bolsa a corda e o porta-prendedor de roupa. Amarrou a corda nas laterais do objeto, tirou a chave do bolso sem causar muito barulho, acomodou o chaveiro no porta-prendedor como se fosse um nenê no seu berço. Tirou os sapatos e subiu em cima da privada até que alcançasse a janela basculante e sentiu um certo alívio ao ver Kai olhando para ela lá de baixo. Posicionou a traquitana horizontalmente, segurou cada uma das pontas das cordas com cada uma de suas mãos e foi soltando a corda devagarinho até ter a certeza de que Kai pegara o objeto. Ouviu o assobio de Kai e em tempo percebeu um leve puxão nas cordas. Era sinal de que estava tudo dando certo. Sofia puxou o objeto novamente para si e meio apressada, na tentativa de que Morrice não questionasse o tempo que estava no banheiro, enfiou o porta-prendedor com corda e tudo dentro da sua bolsa.

Abriu a porta do banheiro e deu de cara com Morrice segurando dois copos de suco de laranja na mão. Ele não estava sorrindo. Naquele momento o coração de Sofia disparou, sabia que o que estava prestes a ouvir e a fazer não tinha mais volta. Andou de encontro a Morrice, pegou um dos copos da mão dele e caminhou até o sofá. Ela sentou e começou a beber o suco, sabia que iria ter que engolir muito sapo naquela conversa, então, achou por bem começar a deglutir o suco. Morrice também sentou, mas na poltrona. Ele não bebeu, colocou o suco na mesa de centro e ficou olhando. Silêncio. Apenas o som de cada gole que Sofia dava, pairava no ar da sala. Sofia bebia o suco na tentativa de deixar que Morrice se pronunciasse. Ele olhava fixamente para ela. Ela fingia não ver. Sofia, eu preciso ser honesto com você. Sofia terminou o suco e colocou o copo vazio do lado do copo dele e disse: Acabou! Morrice meio desconcertado disse: “É, Sofia, acabou”. Mas ela não queria facilitar a vida do francês, precisava ganhar tempo, então não deixou nem ele respirar e foi logo perguntando: “posso beber o seu?”. Aquela pergunta deixou Morrice meio atordoado e fez-lhe pensar alguns segundos até entender que Sofia estava falando do suco e não do relacionamento. Meio desconcertado ele respondeu que positivamente com a cabeça: “Sim, você pode beber o meu suco”. Sofia olhava para ele e ficava pensando, como era fácil pegá-lo na curva...por tão pouco já me entregou todo o final do papo. Ridiculo!

O celular de Sofia tocou. Era Kai. Sofia atendeu, fingiu conversar por alguns minutos com o amigo e desligou. Pegou a bolsa e avisou a Morrice que ia novamente no banheiro, pois tinha bebido muito suco. Ele acreditou. Ela tirou a traquitana da bolsa, percorreu novamente todo o caminho e quando subiu com o porta-prendedor sentiu-se aliviada ao ver a chave da porta de Morrice. Colocou no bolso e foi para a sala para ouvir o veredito do final do namoro. Morrice, desta vez, foi objetivo e sem rodeios com referência ao término do namoro. Mas fez questão de dizer para Sofia que ela não só tinha sido uma pessoa importante para ele, como iria marcar sua vida de uma forma muito singela. Quando Sofia ouviu aquelas palavras, deu uma leve risada. Pensou: e você ainda não viu nada o quanto, de fato, vou marcar a sua vida... Ela manteve o controle, quando queria bater nele. Ela deu um abraço em Morrice, quando, na verdade, queria lhe chutar. E finalmente lhe deu um beijo no rosto, quando queria cuspí-lo. Não falou nada, apenas ouviu. O término do namoro teria que parecer civilizado, e foi até aquele momento. Morrice fez intenção de acompanhá-la até a porta, mas Sofia pediu que ele continuasse sentado. Vai ser pior se despedirmos na porta! Morrice aceitou os argumentos de Sofia e manteve-se intacto sentado na poltrona. Sofia tirou discretamente a chave do bolso, enfiou na fechadura da porta e abriu. Não olhou para trás, simplesmente fechou a porta e se foi.

21 de outubro de 2009

Galinha ao molho pardo

Para se fazer uma galinha ao molho pardo além dos tomates, cebola, pimentão e cebolinha, é necessário a galinha e o seu próprio sangue. Para quem já pode ver de perto uma galinha sendo morta, de fato é algo inesquecível. Lembro-me que na minha infância fiquei uma semana tendo pesadelos, além de fazer xixi na cama... E este curta é delicioso, pois ele traduz com perfeição o sentimento que a perda de uma galinha pode provocar numa criança. Na película, o menino Fernando vive aventuras ao tentar salvar a vida de uma galinha que seria preparada ao Molho Pardo pela cozinheira Alzira, para o almoço de domingo. O filme é baseado em conto do livro "O menino no Espelho" de Fernando Sabino. Daí, a delicadeza e a poesia no roteiro. É encantador, toca o coração e o final é maravilhoso.



Prêmios
Melhor Curta - Júri Popular no Brazilian Film Festival of Miami 2007
Melhor Direção de Arte no Brazilian Film Festival of Miami 2007
Melhor Roteiro Adaptado no Brazilian Film Festival of Miami 2007


Festivais
Cine Ceará 2007
Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2007
Curta-se - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe 2007
Festival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino 2007
Curta Canoa 2007
Festival de Cinema e Vídeo de Muriaé 2007

19 de outubro de 2009

Moyseis Marques - Nomes de Favela

Moyseis Marques é uma revelação do samba. Tem muito tempo que não ouço um bom samba, encontrei. A Lapa e o Rio de Janeiro devem estar felizes com seu trabalho encantador. Vale à pena escutá-lo e resgatar algo de bom que tem em nossa cultura... E Nomes de Favela é daqueles som que fica na mente, porque simplesmente tem ritmo e alma na música.

18 de outubro de 2009

As faces da inocência

Mesmo se dermos um desconto na interpretação dos atores deste curta metragem dos alunos da Faculdade Maurício de Nassau, pois de fato é péssima, ainda assim não teríamos salvação para tal película. O curta que foi baseado numa releitura do livro O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, tem um roteiro fraco e um texto forçado, apesar de uma idéia razoável considerada a extensão da obra de Wilde. Quer arriscar?


17 de outubro de 2009

Heat


Se o filme tem Al Pacino e Robert De Niro, podemos apostar que coisa boa tem dentro dele. Heat (Fogo contra fogo, no Brasil) é um drama que fala sobre crimes americanos. De um lado um ladrão profissional com o nome Neil McCauley (De Niro): calmo, solitário e um metódico introvertido. Do outro lado o Vincent Hanna (Pacino): um detetive veterano da polícia de Los Angeles, cuja devoção a seu trabalho leva o seu casamento a desmoronar. O conflito central do filme foi baseado nas experiências do ex-oficial da polícia de Chicago Chuck Adamson e sua perseguição de um criminoso chamado McCauley na década de 1960. Só o fato de ser baseado em algo real já me agrada muito. Além disso, este é o primeiro filme que Pacino e De Niro apareceram juntos na tela, embora ambos atores já terem atuado em O Poderoso Chefão II (1974), sem ter aparecido em nenhuma cena juntos. O filme é um remake do LA Takedown, um 1989 feito para a televisão. O roteiro foi tão bem feito que chega uma hora em que nós, meros telespectadores, nos vemos torcendo pelo bandido. O final do filme é surpreendente: dois homens e um um momento reflexivo final juntos antes de McCauley morrer. Maravilhoso!

16 de outubro de 2009

A sauna

Um pai de família não resiste a tentação e trai sua mulher. O problema é que ele não esperava que aquela noite de dor e prazer pudesse mudar todo o rumo de sua vida. Este curta é maravilhoso. Fiquei apaixonada pelos diálogos e locações escolhidas.

14 de outubro de 2009

Les Misérables


Jean Valjean, um francês preso por roubar pão, precisa fugir de um policial chamado Javert. Tão simples quanto a fome, esta película traduz a situação política e social francesa no período da Insurreição Democrática ou Revolução de 1830. Trata-se de uma das principais obras escritas pelo escritor francês Victor Hugo, em 1862 da qual o cinema impecavelmente produziu.

Jean Valjean, orfão de pai e mãe, foi criado pela irmã mais velha. Quando o cunhado morre, assume o papel de homem da casa, cuidando da irmã e dos sete sobrinhos pequenos. Um dia, quando não há trabalho, dinheiro ou comida, Jean Valjean rouba um pão em uma padaria, mas é preso. No tribunal ele é condenado a passar cinco anos na prisão por roubar um pão, pena agravada pelo fato de ele possuir uma arma de fogo em casa. A pena vai aumentando devido às suas repetidas tentativas de fuga, de forma que Jean Valjean acaba por passar dezenove anos na prisão. Após cumprir a pena é posto em liberdade condicional, caso não se apresente regularmente, ficará preso por toda a vida. Por isso, Valjean sente-se marginalizado por todos que encontra, e só é ajudado pelo bispo Benvindo. Ao invés de mostrar-se grato, rouba-lhe todas as pratas. Após alguns anos, Valjean torna-se um próspero empresário, mas é então que seus conflitos e obstáculos transparecem nesta caminhada... Ao contrário do que seria didático fazer, contei um pouquinho apenas deste filme para que o gosto de assistir o resto da película esteja intríseco na mente do espectador, mas, especificamente nesta obra, vou me dar o luxo de parar por aqui, pois ela vale muito à pena ser vista com outros olhares que não direcionados ao meu. Então a descoberta de um ótimo roteiro e uma produção impecável, fará parte da mais critica experiência de assistir a um dos clássicos do cinema que vira e mexe também anda pelos teatros da vida. Divirtam-se!

13 de outubro de 2009

Historietas Assombradas

Esta curta é doce, encantador. A voz da vovózinha lembra algo escondido na nossa infância e as histórias contadas traduzem o nosso folclore. A do corpo seco, tenho que confidenciar, nem conhecia, mas depois fiquei sabendo que é famosa. A fusão de estilos fascina. O roteiro é bem criativo. Em Historietas Assombradas (para crianças mal criadas) são três histórias que sua avó não contou, senão você ia fazer xixi na cama.



Prêmios
Prêmio Canal Brasil no Festival de Tiradentes 2006
Melhor Curta - Júri Popular no Festival do Rio 2005
Menção Honrosa ABD&C no Festival do Rio 2005
Prêmio CTAV no Festival do Rio 2005
Prêmio Porta Curtas Festival do Rio no Festival do Rio 2005
Os 10 Mais - Escolha do Público no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2005
Prêmio TV Cultura no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2005
Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema 2005
Melhor Animação no Vitória Cine Vídeo 2005
Melhor Curta no Goiânia Mostra Curtas 2005
Melhor Curta Infantil no Goiânia Mostra Curtas 2005


Festivais
Cine PE 2006
Anima Mundi 2005

9 de outubro de 2009

Hustle& Flow


Do ano de 2005, o filme Hustle&Flow (no Brasil chama-se “Ritmo de um sonho”) nos traz o cafetão e traficante malandro, DJay (Terrence Howard) em busca de um sonho de ser rapper. O filme é orgânico, tem um fluxo natural e as personagens tem vida própria. Além do cafetão, temos as três prostitutas Shug (Taraji Henson) que está grávida e não trabalha, Lexus (Paula Jai Parker) que trabalha em um clube de strip-tease, e Nola (Taryn Manning) que trabalha nas ruas com Djay em um beco. Aqui a vida não tem poesia, a vida é árdua e realista, daí a magia do roteiro. Diria que este, mais do que acertado. O conflito é claro e assim como na vida que rege o universo de prostituição, seus personagens não retratam modelos ideais. A empresa de serviços públicos está prestes a desligar as utilidades desta trupe, se eles não pagarem a conta. DJay sente que ele está no fundo do poço, e ele precisa de uma mudança em sua vida. Um vagabundo na rua lhe vende um teclado e então o sonho de ser rapper é alimentado. Os personagens, diria, eles têm ambiguidades moral e ética. Um cafetão que quer ser um rapper e as mulheres com seus sonhos intimos. É uma boa pedida para quem gosta de conhecer o outro lado da vida... Tá afim de encarar?

8 de outubro de 2009

MOCA- Museum of Contemporary Art (Parte 2)

Sem título, 1991 de John Miller
Sei muito pouco sobre este artista, mas achei interessante este amontoado de materiais que mais lembram que eles estão sujos de barro. Miller nasceu em Cleveland, Ohio e atualmente vive entre Nova York e Berlim. É tudo que sei....

Sem título, de Barbara Kruger
Kruger arrasou nesta fotografia em preto e branco. Geralmente ela trabalha com instalações dinâmicas feitas de papel e vinil, placas de metal gravadas, áudio, vídeo, escultura, sinal pintado textos e cartazes.


“610 Function of 15” de Mario Merz
O artista é italiano e sua instalação datada de 1971/89 é feita inteligentemente de jornais, vidros e neon. Eu achei interessante é que apesar de ser italiano, ele usou nesta intalação jornais velhos do “Los Angeles Time”.

“Blue Denim” de Alexis Smith
Alexis Smith tem um talento incrível para combinar o objeto certo com a citação perfeita. O resultado disso? Colagens que tocam a tal da “nostalgia de uma América”. Na sua obra, nota-se tem humor, carinho e um toque de leveza.




“Office Baroque” de Gordon Matta-Clark
E quem disse que obra de arte não pode ser originária de um prédio? Então aqui está a prova disso: em maio de 1972, Matta-Clark instalou um contentor de resíduos industriais entre as ruas 98 e 112 Greene Street, no distrito de Nova York. Depois coletou portas descartados e pedaços de madeira e dividiu o interior em três aberturas. Matta-Clark fez um corte em um prédio de cinco andares comercial localizado em frente ao Steen, um ponto turístico em Antuérpia, e deu nisso. Pena que o edifício foi demolido...

“Nu Debout (Standing Nude)” de Nicolas de Staël
Neste quadro aqui vi uma combinação perfeita de cores sobre um nú maravilhoso. Ele chama atenção de longe quando se entra na sala. De bom gosto, diria.


“Vestigial Appendage” de James Rosenquist
O artista ressalta o fato de que somos constantemente bombardeados pela publicidade e por várias vezes comentou sobre o impacto entorpecimento do meio-ambiente saturado e sua aplicação à sua arte. Em Vestigial Appendage (1962), uma parte de uma Pepsi-Cola é ladeado por fragmentos do corpo processado em um foco suave. Bem interessante esta viagem...



“White Gym Shoes” de Claes Oldenburg
Pra mim, este é um dos melhores trabalhos visuais da exposição. O artista sueco-americano explora os aspectos irônico e bem-humorado de objetos comuns por grosseiramente distorcê-las em escala, forma e material. Ele é conhecido por esculturas moles de pano recheadas, bem como objetos gigantes. Eu amei este trabalho, é uma pena que a foto não representa muito do que vemos pessoalmente, mas de qualquer forma, está valendo!








7 de outubro de 2009

MOCA- Museum of Contemporary Art (Parte 1)

E eu não resolvi visitar o MOCA estes dias? Mas o duro pra mim foi escolher, dentre tantas das artes intrigantes e com visuais maravilhosos, o que realmente eu tinha gostado para selecionar para vocês. A missão foi árdua e como têm muita coisa decidi dividir os comentários das obras em duas partes. É bom que saibam que ele é o único museu em Los Angeles dedicado exclusivamente à arte contemporânea. Atualmente tem mais de 5.000 obras e está alojado em três instalações únicas: MOCA Grand Avenue, The Geffen Contemporary at MOCA, e MOCA Pacific Design Center. Já de cara nos deparamos com uma enorme escultura chamada “MOCA Apprentices” que faz parte do projeto educacional deles, mas vamos entrar para conhecer um pouco mais...

“Sociopathic Real Estate” de Eduardo Abaroa
Este artista mexicano tem um trabalho irônico e com um senso de humor que o distingue. Achei hilário, aliás, o título deste trabalho, especificamente sugere uma lógica racional mas estranhamente prudente...


“Brown Bear” de Marnier Weber
Parece-me que os ursos são personagens recorrentes na obra de Weber. É como se ela estivesse perto do selvagem e da natureza primitiva do homem. Ao mesmo tempo achei divertido achá-lo dentro do museu.


“War Never Ends” de Matthew Monahan
Monahan usa simbolismo em sua arte para expressar seus significados. Ele usa uma variedade de materiais diferentes em sua produção criativa. Neste trabalho, especificamente, podemos encontrar madeira, cera, gesso, carvão, papel vidro e espuma. O artista criou este trabalho em 2005, provavelmente relacionadas com a guerra no Iraque.





Matthew Barney
Matthew Barney nasceu em San Francisco em 1967 e foi criado em Boise, Idaho. Ele explorou a transcendência das limitações físicas em uma prática de arte multimídia, que inclui longas-metragens, vídeo-instalações, escultura, fotografia e desenho.


“Cheyney and Eileen Disturb a Historian at Pompeii” de Lucy McKenzie
Artista escocês Lucy McKenzie é muito influenciada pelo trabalho do artista belga Hergé, criador de Tintin (o jovem detetive com as calças curtas e nunca muda o penteado). Isto é bastante claro em algumas de suas peças mais recentes. Esta obra daqui, eu adorei!

“A Decorated Chronology of Insistence & Resignation” de Lari Pittman
Este painel é simplesmente divertidíssimo. Sugere tantos caminhos, tantas interpretações, um show de resignação... A combinação das cores também é um caso à parte. Bem, amanhã voltaremos com a segunda parte desta visita...aguarde!









6 de outubro de 2009

Aniversário de casamento


O casal celebridade Joe e Sally Therrian estão passando por mais uma etapa em seu sexto ano de casamento. Mas a decisão de ter um filho e a reconciliação depois de um ano de afastamento também fazem parte desta comemoração. Diante deste cenário, o casal convida os amigos mais próximos, os ex-namorados e, para evitar um processo judicial, os vizinhos que detestam. Na paralela, o conflito está latente: enquanto os romances de Joe (Alan Cumming) são verdadeiros best-sellers, a carreira de atriz de Sally (Jennifer Jason Leigh) vai caindo no esquecimento. Mas isso só não é o suficiente para gerar um dos tantos conflitos que o casal têm. Joe tem o direito de lançar e dirigir o roteiro de seu último livro, mas ao invés de ressuscitar a carreira de Sally, lançando-a no papel principal, ele simplesmente convida a sua rival, Skye Davidson. Aliás, não só convida a jovem atriz para o papel principal do filme como também a convida para sua festança de aniversário. Um presente inesperado dá início a uma série de confissões dolorosas, transformando a festa numa situação totalmente fora de controle e fazendo com que a comemoração transforme-se em uma discussão sobre os aspectos do casamento. Sob o efeito de ecstasy, as revelações são divulgadas e deterioram as relações entre o grupo. Um arraso de filme. O roteiro é de uma extrema sutileza e os diálogos muito são criativos.

5 de outubro de 2009

Amigão Zão

Esta película é pra relaxar um pouco. Em apenas um minuto, sem usar de violência, esta animação transmite de maneira singela o conceito de amizade e companheirismo. Literalmente o "MAIOR" amigo do mundo. Os traços e as delicadezas dos detalhes no desenho são um show à parte. Confiram!




Prêmios
Melhor Curta de Animação no Festival Internacional de Cine para Niños y Jovenes - Divercine 2006


Festivais
Mostra Infantil de Florianópolis 2006
Vitória Cine Vídeo 2006
Anima Mundi 2006

3 de outubro de 2009

Capítulo 19

No meio do caminho Sofia ligou para Kai. Nem ela mesmo sabia que sentimento tinha naquele momento do que acabara de ver: raiva, mágoa, desprezo ou se apenas estava puta da vida... Kai, preciso de um favor seu – pontuou. Kai já estava acostumado com as solicitações de “favores” de Sofia, com certeza não deveria ser algo muito simples. E não era. Preciso que você vá comigo até a casa de Morrice e me espere lá embaixo, vou te mostrar o local onde você deve me esperar, jogarei uma chave e você precisa fazer uma cópia dela pra mim. Do outro lado da linha, Kai era apenas silêncio. Não adiantava interrompê-la quando ela estava nervosa. E Sofia não estava “só nervosa”, então, Kai deixou ela falar. Quando você fizer a cópia da chave, você liga no meu telefone e eu puxo ela de volta pela mesma corda que entregarei a você. Kai começou a ficar preocupado. Porque Sofia queria o raio da chave da casa de Morrice? O que teria acontecido entre eles? Que merda Morrice fez?...

Você pode fazer isso por mim? Perguntou Sofia num tom como se já tivesse desabafado tudo. Posso, Sofia. Mas o que aconteceu? Sofia deu um suspiro e limitou-se a responder ao amigo que contaria-lhe tudo pessoalmente. Kai, mas eu preciso que ninguém fique sabendo disso, somente eu e você... Kai fez a promessa de que tudo bem e ficou esperando durante todo a manhã pela ligação de Sofia. Sofia passou numa loja de materiais de construção, deixou Brasileiro esperando do lado de fora da loja, comprou uma corda e um porta-prendedor de roupa. O cão quando a viu balançou o rabo como quem sentisse que algo estava no ar. Cheirou sua dona. Vamos, Brasileiro, agora podemos ir pra casa e esperar! Não dizem que vingança é um prato que se come frio?! Pois então, este eu irei comer congelado...

Sofia chegou em casa perguntando se Mahya queria ajuda para preparar o almoço. Não, Sofia, já está tudo pronto, acho até que podemos comer. Sofia perguntou para a mãe se era possível ela tomar banho antes e foi para o banheiro. Sofia tomou um banho especial, como se tivesse lavando a alma daquilo que ainda estava por vir. Sentou-se a mesa e Mahya, como toda mãe, perguntou se ela estava bem. Ainda não, mas vai ficar. Pedro olhou a filha intrigado com sua resposta e disse que se a filha quisesse conversar com eles, que eles estavam ali para o que ela precisasse. Sofia pediu que mudassem de assunto garantindo-lhes que tudo iria ficar bem. Então Pedro disse que tinha ficado feliz porque o Rio de Janeiro iria sediar os Jogos Olimpicos de 2016. Os três falaram empolgados sobre o assunto. O celular de Sofia tocou. Era Morrice. Ela atendeu-o com o mesmo carinho de sempre, como se nada tivesse acontecido. Mas por dentro se remoía toda. Morrice convidou-a para almoçar. Oh! Morrice, me desculpe, mas acabei de almoçar com os meus pais, não te convido, pois já terminamos. Pedro e Mahya olharam-se intrigados com a mentira da filha para o namorado, então, desconfiaram que talvez o problema de Sofia pudesse estar bem mais próximo do que eles imaginavam. Sofia, então, combinou de encontrar-se na casa dele logo após o almoço. Você não prefere ir em algum lugar? Talvez um shopping ou um barzinho... Perguntou o francês. Não, Morrice, acho que precisamos de um tempo para nós dois nesta conversa, sem que ninguém possa nos interromper. Morrice concordou e disse para ela que a esperaria em sua casa. Desligaram.

Pedro perguntou a filha se estava tudo bem. Direta e com um seco “sim”, Sofia respondeu ao pai. Mahya e Pedro decidiram não tocar mais naquele assunto com a filha e voltaram a falar das Olimpíadas. Ela ajudou a mãe a arrumar a cozinha, ligou para Kai e depois foi para o quarto. Pedro e Mahya estavam sentados na sala quando a filha apareceu num curto vestido colorido, um sapato alto impecável e o mesmo perfume de sempre. Ela estava linda! Perguntou a Pedro se ela poderia usar o carro novamente. Não vou me demorar...avisou. Sofia beijou-os na testa, fez carinho em Brasileiro que estava sentado ao lado dos pais e saiu. Saiu sem se quer dar uma palavra...

2 de outubro de 2009

Casa de Máquinas

Muito engenhoso este curta, uma união perfeita da técnica com a criatividade. Uma chave inicia o funcionamento de uma complexa estrutura mecânica onde planejadas reações em cadeia e acaso se misturam em cooperação. Daí você fica pensando onde vai dar isso. O movimento é mostrado em seu princípio enquanto energia e o caminho em que percorre, seja esse rumo à sincronia, caos ou algo entre os dois. Uma sutilidade, diria. A música é perfeita.



Prêmios
Melhor Curta de Minas Gerais no Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte 2008
Prêmio Porta Curtas no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2008


Festivais
Circuito Off Venice International Short Film Festival 2008
Edinburgh Intl.Fest. 2008
Festival Cinematográfico Int. del Uruguay 2008
Festival Nacional de Video 2007
Ottawa International Animation Festival 2008
RIOFAN 2008
Anima Mundi 2008
Curta Santos 2008
Goiânia Mostra Curtas 2008
Granimado Festival Brasileiro de Animação 2008