30 de abril de 2010

To Kill a Mockingbird


É até um pecado eu falar isso, mas, para mim, em geral os filmes clássicos tem cheiro de naftalina e, na sua grande maioria, um porre de assistí-los. Okay, okay, a tendência é piorar com a vinda massiva do IMAX e filmes 3D, mas deixando um pouco a tecnologia-avatar de lado, O Sol é para todos (To Kill a Mockingbird, 1962) é um clássico que não é chato. Ao contrário, é sensível e tem uma história boa. Tem cenas encantadoras e de uma delicadeza ímpar. Sem falar na atuação de Mary Badham: única. Em 1932, Jean Louise Finch (Mary Badham)tinha apenas seis anos quando Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro, foi acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. O pai dela, Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado extremamente íntegro, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu. A cena acima para mim é a melhor, traduz a essência do filme e do tema em questão, uma cena impecável e um belo roteiro!

29 de abril de 2010

Le Silence De Lorna


O Silêncio de Lorna (Le Silence De Lorna, BEL/FRA/ITA/ALE, 2008 ) tem uma estrutura de história interessante e um final bem surpreendente. Muitos serão capazes de achá-lo um pouco lento, mas não é. Lorna, a protagonista, é complexa e ao mesmo tempo rica. A história trata-se de uma imigrante albanesa que casada com o Claudy. Abre-se parênteses: o típico drogado. Na verdade, um casamento de aparência que poderia trazer para Lorna a cidadania belga e Claudy algum dinheiro para sustentar o vício. Mas os dois acabam se envolvendo emocionalmente e, para completar o furdunço da história, o "agenciador" do casamento quer mais é que Claudy morra de overdose para que Lorna se case novamente com um russo. O filme, apesar do ano de 2008, é bem atual com a questão recorrente na Europa sobre a imigração. É um filme reflexivo, a história de Lorna, sem sombra de dúvidas é real e faz com que você fique matutando aquilo por um longo tempo, simplesmente porque, toca no coração. Aliás, diga-se mais do que de passagem, a atriz albanesa Arta Dobroshi dá um show de interpretação com a passiva personagem. É um daqueles filmes imperdíveis, então, vá sem medo!

22 de abril de 2010

Brasil por Reginaldo Pereira


Reginaldo Pereira está há 6 mêses em Lisboa para divulgar e expor o seu trabalho na Europa. Com certeza, ele leva o Brasil em cores e formas. E, no próximo 2 de maio ele vai expor no evento Miss Brasil Lisboa no Casino Estoril. O tema? Amazônia. Quando está pintando, para Reginaldo, o sabor e significado são todos especiais e então, ele se rende e confessa: “eu ví que eu tenho algo que eu posso também gritar em favor da Amazônia”. Tá explicado! O trabalho de Reginaldo tem harmonia e é delicado como as cores que ele usa. Unindo os assuntos Homen e Floresta, ele entende que é a forma como ele encontra para falar para as pessoas, de sua essência e da paz que tem dentro de si. Uma visão interessante da vida! É como se as telas dele descançassem a mente. Pelo menos é o que afirmam os seus clientes. E não é só isso, como todo brasileiro que vive fora, e ainda mais no caso dele que decidiu pintar a Amazônia, uma coisa é certa: ele se sente mais feliz por ser brasileiro.

Planos para o futuro? Reginaldo exporá na casa do Alentejo entre os dias 30 de julho à 13 agosto. Se tiver pela Europa neste período, é uma boa dica. Uma hora destas veremos o moiçolo expondo em Paris... Tá dúvidando? Podemos apostar, quer?

21 de abril de 2010

Pajerama

Pajerama em tupí significa "futuro pajé". Um índio é pego numa torrente de experiências estranhas, revelando mistérios de tempo e espaço. O curta é irônico, mas bem consistente. E nos apresenta, sem ser piegas, a verdadeira selva em que vivemos. Pajerama nos faz refletir sobre os rumos do planeta. Para onde vamos? O que restará da natureza? Um precioso exemplar para pensarmos a natureza a partir do olhar singelo e preocupado de seus maiores defensores, os índios. Esta animação é deliciosa de assistir!



Festivais
Anima Mundi 2008
Animadrid 2008
Cine PE 2008
Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2008
Curta-se - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe 2008
Festival de Cinema do Pará 2008
Festival de Curtas de São Paulo 2008
Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2008
Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte 2008
Festival Internacional de Curtas-Metragens de Oberhausen 2008
Goiânia Mostra Curtas 2008
Amazonas Film Festival 2008
Cine Esquema Novo - Porto Alegre 2008
Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá 2008
Festival Internacional de Cinema Infantil 2008
FICA 2008
Florianópolis Audiovisual Mercosul 2008
Granimado Festival Brasileiro de Animação 2008
Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis 2008
Mostra Londrina de Cinema 2008
Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual 2008

20 de abril de 2010

Ordinary People


Ordinary People (no Brasil chama-se "Gente como a gente", 1980) é um drama que de tão sútil em seus diálogos, o torna grande em direção e atuações. Um drama que comove e emociona, porque é feito de histórias de pessoas normais e com problemas do cotidiano. A maneira como foi mostrada é explendorosa. Com a morte prematura do primogênito em um acidente, uma família de classe média alta acaba ficando fragilizada e afetando a todos, principalmente o irmão da vítima. Ele se considera responsável ou culpado pelo ocorrido. Mas nada que um tratamento psiquiátrico não revele o que há no fundo da mente e coração de todos. No entanto a mãe faz questão de manter as aparências, dando a entender que a unidade familiar não foi quebrada. Uma mentira. Um grande filme!

19 de abril de 2010

The African Queen

Vou contar um segredo, quando eu digo para qualquer americano que não gostei de The African Queen (Uma aventura na África, 1951), eles me olham estupefatos como se eu tivesse chingando-os. “Como assim, não gostou deste filme?”. E, então, eu com a cara de pau que Deus me deu, eu respondo: Não ofendendo ninguém, mas The African Queen pode até ser um clássico, mas ele é muito chato e entediante. E então, na sequencia eles concordam comigo. Em 1914, uma velha solteirona e um bêbado sobem o rio Congo. Isso é o início da Primeira Guerra Mundial e durante a viagem eles contestam os alemães e ainda um ao outro. Vale lembrar que a produção é britânica-norte-americana.

17 de abril de 2010

Depois das Nove

Depois das nove é um curta que retrata, com fidedignidade, o individualismo de um jovem rapaz que vive com sua avó em um apartamento em Copacabana. Mas, como a vida não são flores e por mais duro que possa ser, após alguns incidentes, ele percebe de forma diferente o mundo a sua volta. Bingo! Então temos um belo curta.



Prêmios
Prêmio Especial do Júri no Festival de Brasília 2008
Prêmio do Júri Jovem no Festival Internacional de Cortometrajes de Punta del Este 2009
Prêmio Moviemobz no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2008
Melhor Curta no Festival de Varginha 2008
Prêmio Gato da Vez no Mostra Miau 2009

Festivais
Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2008
Festival de Cinema de Maringá 2007
Festival de Havana 2009
Festival do Rio 2008
Goiânia Mostra Curta 2008
Mostra de Cinema de Tiradentes 2009
Vitória Cine Vídeo 2008
Cine Itatiaia 2008
FAM - Florianópolis 2009
Festival Internacional de Cinema de Paraty 2008

16 de abril de 2010

Ícarus

Ícarus é curta-metragem de animação em 3D, cujo visual é baseado em contos infantis. Fala sobre Ícarus, um garoto de 4 anos que vive numa grande cidade e se sente só, pois seus pais trabalham muito. Mas o curta é de uma leveza tamanha que consegue nos encantar e com Ícarus voamos um pouquinho na nossa imaginação. O subtexto do curta é maravilhoso!





Prêmios
Melhor Direção de Arte no Festival Audiovisual Mercosul 2007
Melhor Direção de Arte no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2007
Melhor Direção de Arte no Granimado Festival Brasileiro de Animação 2008

Festivais
Anima Mundi 2008
Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2007
Festival de Cinema Iberoamericano de Huelva 2008
Festival do Rio 2007
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2007
Festival Internacional de Cinema Infantil 2008

13 de abril de 2010

My Old Man


My Old Man (1979) é um filme chato. Sem tradução para o Brasil, o filme tem um roteiro e história fracos. Vê se logo que deve ter sido escrito para televisão. Nada contra, mas filmes de televisão são sempre óbvios e neste, além da obviedade da história, encontramos um drama e todos os seus conflitos perdidos . Um horror! Um pai que aprende a viver com a filha, após a morte da mãe. O problema é que eles são diferentes e nunca tiveram o menor convívio. A idéia é boa, mas os diálogos e estrutura do filme são um fiasco. Sem falar na péssima interpretação dos atores principais.

12 de abril de 2010

Dois Velhos Mais Rabugentos

Dois Velhos Mais Rabugentos (Grupier Old Men, 1995) é o ó-do-borogodó! Geralmente os filmes que têm os seus personagens principais como aquelas pessoas resmungonas por natureza são, em geral, de grandes potênciais até mesmo porque este tipo de personagens são de certa forma adorados pelo público, mas, em Grupier Old Men não perca seu tempo assistindo tal película a não ser que ela seja objeto de profunda análise de algum tipo de trabalho. Dois velhos amigos brigam por vários anos. Um deles (Jack Lemmon) casou-se recentemente, mas parece que nada mais mudou na relação deles. Então, uma bela italiana (Sophia Loren) decide transformar a loja de iscas em um "ristorante". As coisas começam a se complicar, principalmente quando ela passa a se interessar pelo solteirão (Walter Matthau) da dupla. O filme é um fiasco, tô pra ver...

11 de abril de 2010

Palíndromo

Um curta louco, mas com fundamento. Um homem perde tudo que tem. Uma história simples contada de forma inusitada. São Paulo já tinha sido filmado de trás pra frente e de frente pra trás muito antes de Amnésia e Irreversível! Com esse curta ao avesso, abocanhou os principais prêmios no Festival de Gramado. E não é para menos, o curta além de original e ter um contexto interessante, mostra que diálogos, de fato funcionam da forma que foi apresentada aqui...dependendo do que você quer contar. O começo é o fim ou o fim é o começo? Bem interessante!



Prêmios
Melhor Diretor no Festival de Gramado 2002
Melhor Filme no Festival de Gramado 2002
Melhor Montagem no Festival de Gramado 2002
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 2002
Melhor Diretor no Festival de Recife 2002
Melhor Som no Festival de Recife 2002
Prêmio ABD e C no Festival do Rio 2002
Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá 2002

Festivais
Festival de Berlim 2002
Festival de Havana 2002

2 de abril de 2010

A Vida de David Gale


Pode assistir A Vida de David Gale (The life of David Gale, 2003) de olhos fechados. O filme é bom e pronto. Tem suspense, luta pelos ideais e intriga, bons ingredientes num acertivo filme. Dr. David Gale (Kevin Spacey) é um professor da Universidade do Texas que está no corredor da morte, condenado por estupro seguido de assassinato. Aliás, diria que a atuação de Kevin Spacey está extraordinária. David narra as circunstâncias que o levaram a tal situação em uma entrevista à jornalista Bitsey Bloom (Kate Winslet). Ela resolve investigar o caso e, obviamente tem esperanças de anular a sentença. É um dos poucos filmes que discute a pena de morte de forma limpa, mas que nos intriga a proposta de como tudo isso vem à tona. Muito interessante!

1 de abril de 2010

Shakespeare in Love


Para entender porquê Shakespeare in Love é um grande filme, tem que ler o roteiro do filme antes. Para quem gosta de romance, Shakespeare in Love é o que poderíamos chamar de um clássico. Uma idéia original, longe de todos os Shakespeare que já vimos, diferente e com um visual, diria (ou arriscaria) moderno para a época. O jovem astro do teatro londrino William Shakespeare (Joseph Fiennes) sofre de bloqueio criativo e não consegue escrever sua peça. Um dia, ele conhece Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow), uma jovem que sonha em atuar. Isso tudo poderia ser fácil se no final do século XVI, mulheres não pudéssem atuar em peças. Para burlar o preconceito e ter sua chance, Viola se disfarça de homem e começa a ensaiar o texto de Will. O texto então flui naturalmente, mas por outro lado um amor entre os dois "homens" começa a aparecer. O que eles não contavam era com o casamento arranjado pela família entre Viola e Lorde Wessex (Colin Firth) fosse mais uma pedra no caminho dos dois. Isso tudo sem contar os famosos textos de Shakespeare que na película são recitados.