28 de abril de 2017

Senhor das Moscas

Foto: Giovana Cirne

O espetáculo "Senhor das Moscas" estreia no Teatro do SESI para temporada gratuita de 4 de maio a 3 de dezembro. O elenco é composto por Arthur Berges, Bruno Fagundes, Davi Tápias, Felipe Hintze, Felipe Ramos, Gabriel Newman, Ghilherme Lobo, Lucas Romano, Paulo Ocanha Jr., Pier Marchi, Rodrigo Caetano, Rodrigo Velozo e Thalles Cabral. Na narrativa, crianças inglesas de um colégio interno ficam presas em uma ilha deserta, sem a supervisão de adultos, após a queda do avião que as transportava para longe da guerra. Os meninos se vêm sob duas lideranças naturais: Jack está sempre preocupado em caçar, matar os porcos selvagens que existem na ilha, organizando sua equipe de caçadores; enquanto Ralph ocupa-se em deixar uma fogueira sempre acesa, para que possam ser, um dia, salvos. Ralph deseja voltar para o mundo moderno, para a civilização, enquanto Jack cada vez mais rompe seus laços com ela. A situação se torna mais complexa quando aparece um “bicho” para aterrorizá-los. Então as crianças escolhem um símbolo sobrenatural: uma cabeça de porco espetada numa estaca, que eles batizaram como Senhor das Moscas e para quem pedem proteção contra os perigos da ilha. O Teatro do SESI fica na Avenida Paulista, 1313 e o espetáculo acontece de Quinta a sábado às 15h, e, Domingos às 14h30.

27 de abril de 2017

Kazuki e a Misteriosa Naomi

Foto: Roberto Ramos

"Kazuki e a Misteriosa Naomi" estreia dia 29 de abril no Teatro Sérgio Cardoso. Inspirada livremente na lenda japonesa “O Pássaro do Poente” e desenvolvida em colaboração com a equipe, a dramaturgia de Marcus Cardeliquio tem direção geral de Heitor Goldflus, idealização e pesquisa de Deborah Corrêa e Niveo Diegues e os atores Camila Cohen, Fernando Nitsch e Vitor Vieira no elenco. A peça conta a história de um jovem conhecido pelo nome de Kazuki, o Peixeiro, que vivia numa pobre e solitária cabana no alto de um grande penhasco. De lá, o rapaz tinha uma visão muito bela de todo o horizonte, recortado por imensas montanhas nevadas, assim como da pequena Aldeia de Minekata, onde o rapaz vendia seus peixes e sonhava um dia morar. Sem amigos com quem pudesse conversar, Kazuki conversava com os animais da região, dos quais acabava sendo uma espécie de guardião. Foi assim que ele salvou a vida de uma garça ferida e acabou adotando um gato selvagem, que se tornou um verdadeiro amigo. A Temporada vai de 29 de abril a 11 de junho, aos Sábados e Domingos, às 16h. O Teatro Sérgio Cardoso fica na Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista.



26 de abril de 2017

Visceral

Foto: Beto Mendonça

Cantora e compositora, Érica Pinna é uma das novas promessas da música brasileira. A artista de timbre marcante e estética pop estreia o show Visceral no dia 12 de maio no Teatro da Unibes Cultural, às 20h30. O espetáculo é uma homenagem às mães, no mês dedicado a elas, cujo repertório reverencia as grandes intérpretes da música brasileira. "Visceral" tem direção artística assinada por Alexandre Ingrevallo, além de participação especial de Giana Viscardi. Érica canta acompanhada por uma banda inteiramente feminina: Anete Ruiz (piano), Luciana Romanholi (guitarra), Fernanda Horvath (baixo), Roberta Kelly (percussão) e Nicole Paes (bateria). Segundo a cantora, a essência de sua música vem do sentimento visceral feminino. É com essa força que ela vem demonstrando seu talento como compositora e se destacando como intérprete no meio musical. No show, Érica mostra esses dois lados: o roteiro é formado por músicas imortalizadas nas vozes de Elis Regina, Maria Bethânia, Rita Lee, Gal Costa, Maysa, Cássia Eller, Dolores Duran, entre outras, além de composições próprias, já conhecidas pelo seu público, como “Bem Longe” e “Anestesia”. O Unibes Cultural fica na Rua Oscar Freire, 2.500 - Sumaré/SP.

25 de abril de 2017

Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva

Foto: Alessandra Fratus

Intérprete cearense radicado em São Paulo, Zé Guilherme apresenta-se no 29 de abril, às 21h, o repertório de seu terceiro CD Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva, no Bistrô Esmeralda. O show tem participação especial da cantora Ana Luiza. O trabalho é uma bela homenagem a um dos mais significativos intérpretes da música popular brasileira, que completaria 100 anos na época do lançamento do disco. O trabalho é norteado por uma releitura delicada e pessoal de 18 canções do repertório do Cantor das Multidões, selecionadas em um longo processo de pesquisa sobre sua trajetória. Entre as músicas do show, destaque para “A Jardineira”, “A Primeira Vez”, “Abre a Janela”, “Aos Pés da Cruz”, “Curare”, “Faixa de Cetim”, “Lábios Que Beijei”, “Lealdade”, “Malmequer”, “O Homem Sem Mulher Não Vale Nada”, “Pela Primeira Vez”, “Preconceito” e “Alegria”, entre outras. O roteiro traz ainda as inéditas “Franqueza” e “Espelho”, ambas de Luis Felipe Gama, sendo a segunda uma parceria com o próprio Zé Guilherme. Na apresentação, Zé Guilherme também tece alguns comentários, entre uma e outra canção, a respeito da vida e obra de Orlando Silva, bem como sobre o contexto social da época e as razões que nortearam sua escolha do repertório. O intérprete se apresenta acompanhado por Cezinha Oliveira (direção musical e violão), Adriano Busko (percussão) e Pratinha Saraiva (flautas e bandolim). O Bistrô Esmeralda fica na Rua Esmeralda, 29 - Aclimação/SP.

24 de abril de 2017

Diário de Pilar na Amazônia


O livro "Diário de Pilar na Amazônia", de Flávia Lins e Silva é instigante. Ele traz um olhar de aventura em terras brasileiras com muita informação interessante sob o ponto de vista da curiosidade. A história é orgânica e ao mesmo tempo nos traz certa fantasia, quase mágica. Traz também a questão comportamental de adolescentes que não conheceram seus pais, bem como seus dilemas em busca de sua origem. As informações são precisas, preciosas e curiosas em torno da vida e habitat do Amazonas. Contudo, em termos literários, não surpreende. Na narrativa, dessa vez, a rede mágica leva Pilar, Breno e o gatinho Samba para a Amazônia, onde eles entram em contato com os costumes, o folclore, os alimentos, a fauna e a flora locais. Alguns desses itens são descritos em boxes, tornando o livro atraente como leitura suplementar em sala de aula. O tema da necessidade de preservação da natureza percorre toda a história, que é graciosa e comovente: Pilar procura o pai, que não chegou a conhecer e de quem só tem uma foto antiga. Em sua busca, acaba enfrentando novos desafios, como o primeiro beijo e a descoberta do primeiro amor. Afinal, de seu último livro para cá, a personagem amadureceu, e também seu público.

21 de abril de 2017

Nando Cordel


Até o dia 23 de abril às 19h15, a Caixa Cultural São Paulo apresenta Nando Cordel – Grandes Sucessos comemorando os 30 anos de carreira desse grande músico e compositor pernambucano. Nando Cordel estará na voz e violão e vai se apresentar com a sua família: Tatuana Cordel (Baixo),Tauã Cordel (Bateria), Leo Lima (Sanfona) e Caiã Cordel (Percussão). O cantor e compositor pernambucano, Nando Cordel completa 30 anos de carreira e tornou-se ao longo dos anos um dos grandes nomes da música popular brasileira. Já lançou 25 CDs, inúmeras composições e sucessos como "De Volta Pro Aconchego", "Isso aqui tá bom demais" e "Gostoso demais". O show tem entrada franca. A Caixa Cultural São Paulo fica na Praça da Sé, 111 – São Paulo/SP.

20 de abril de 2017

Quaternaglia

Foto: Gal Oppido

Dia 28 de abril, às 21h, o Quaternaglia comemora 25 anos em show no Auditório Ibirapuera. No repertório obras de Bernstein, Egberto Gismonti, Paulo Bellinati, Ronaldo Miranda, Sergio Molina, Marco Pereira e Christian Dozza. O Quaternaglia é formado pelos violonistas Chrystian Dozza, Fabio Ramazzina, Thiago Abdalla e Sidney Molina. O grupo utiliza três violões de seis cordas e um violão de sete cordas especialmente construídos pelo luthier brasileiro Sérgio Abreu. Além de inúmeras apresentações por todo o país, eles estiveram várias vezes nos Estados Unidos, Austrália, Portugal, Espanha, Uruguai, Argentina e em uma viagem histórica em Cuba com Leo Brower de anfitrião. Entre os prêmios: “Ensemble Prize” no “Concurso Internacional de Violão de Havana” e "Prêmio Carlos Gomes" como "melhor grupo de câmara do ano" com o CD Antique, contendo transcrições de obras renascentistas e barrocas. O Auditório Ibirapuera - Oscar Niemeyer fica na Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 2, parque Ibirapuera, São Paulo, SP.

19 de abril de 2017

Os que Voltaram para Contar


Radicado nos Estados Unidos, o paulista Admir Serrano lança no dia 25 de abril o livro "Os que Voltaram para Contar" na Livraria Saraiva do Shopping Center Norte, às 19h30. Pesquisador e divulgador do espiritismo, o autor aborda um tema misterioso e de interesse de pessoas espíritas e de outras religiões, a EQM (Experiência Quase-Morte), por meio de histórias reais de pessoas que tiveram a experiência. Com embasamento científico, Serrano discute questões como a vida após a morte, a imortalidade da alma e a possibilidade de deixar o próprio corpo, entre outras. Admir Serrano, natural de Bocaina (SP), é palestrante e atinge um público de mais de 20 mil espíritas por ano no Brasil. É o principal divulgador do espiritismo nos EUA, sendo colaborador do Centro Espírita Bezerra de Menezes, em Miami. Seus livros lançados são: "Morrer Não É o Fim", "Sua Mala Está Pronta?", "Nos Portais do Além" e "Os que Voltaram para Contar". "Os que Voltaram para Contar" traz histórias reais de pessoas que literalmente voltaram para contar visões e encontros que tiveram em outros planos, estudadas e vivenciadas pelo autor. Admir Serrano busca esclarecer, na medida do possível, o misterioso fenômeno conhecido como EQM (Experiência Quase-morte). Entre os relatos, histórias de pessoas que deixaram seu corpo, viram vidas futuras, encontraram Jesus; de crianças que viram a própria morte, de deficientes visuais que foram capazes de vivenciar uma EQM a partir de seus sentidos saudáveis e outras impressionantes histórias. O livro ajuda a compreender melhor como o fenômeno ocorre, quais as suas fases, qual o papel da consciência no momento dessas experiências, o que a ciência sabe sobre isso e quais seus questionamentos, entre outras curiosidades. Perguntas ainda sem respostas continuam permeando a surpreendente discussão sobre outras vidas, EQMs e suas infinitas possibilidades. 

18 de abril de 2017

Recital do Centro de Música Brasileira


No dia 22 de abril às 20h, o Centro de Música Brasileira (CMB) apresenta o uruguaio Oscar Bohorquez ao violino solo e o duo Adriana Holtz ao violoncelo e Karin Fernandes (foto) ao piano. No repertório obras de Ernani Aguiar, Flausino Vale, Francisco Mignone, Henrique Oswald, Osvaldo Lacerda e Villa-Lobos.  O violinista Oscar Bohorquez é radicado na França. Estudou nos Estados Unidos e Áustria e estreou na Orquestra Filarmônica de LondresA violoncelista Adriana Holtz é integrante da OSESP desde 1997. É bacharel em licenciatura em música pela USP e mestra pela Universidade Federal da Bahia. A pianista Karin Fernandes foi premiada em 21 concursos. Como primeira colocada em 1999 do “X Prêmio Eldorado de Música”. Já se apresentou em todas as regiões brasileiras e também na Argentina, Paraguai, Portugal, Inglaterra e França. Possui 11 CDs gravados. Na temporada serão realizados 8 concertos durante o ano com um vasto repertório de compositores eruditos brasileiros interpretados por grandes músicos de vários de instrumentos: clarineta, cravo, fagote, flauta, piano, trompa, viola, violino e violoncelo, ainda canto, coral e orquestra. O concerto acontece no Centro Britânico Brasileiro. Grátis!

17 de abril de 2017

Por que você não me aceita assim?


O livro "Por que você não me aceita assim?", de Helme Heine é lindo. A história é questionadora e faz a criança pensar nas diferenças, divergências e o por quê não aceitá-las com naturalidade? Uma escrita simples e orgânica, mas que as ilustrações já traduzem a sua essência. Na proposta narrativa, o leitor vai saber que existem ovelhas brancas e negras. Precisamos uns dos outros, senão a vida seria uma chatice. Super-indico!

14 de abril de 2017

Jumper


A ficção científica "Jumper" (2008) tem muita ação. O personagem principal é bem construído e talvez por isso o inicio do filme seja bastante envolvente. A historia além de ser original, é bem estruturada. A película ainda conta com uma excelente direção e efeitos especiais assertivos. Na narrativa, David Rice (Hayden Christensen) é um "jumper", alguém capaz de se teleportar para qualquer lugar do planeta que queira. Ele usa seus poderes para se divertir, até que um dia descobre que está sendo perseguido por uma organização secreta, que pretende matar todos os Jumpers. A partir de então David se une a outro jumper e passa a enfrentar uma guerra que já existe há milhares de anos. Uma curiosidade: Os produtores conseguiram permissão para rodar no interior do Coliseu durante 3 dias. A única condição era de que nenhum equipamento fosse apoiado no chão. As filmagens ocorreram em plena madrugada para que não atrapalhassem os turistas. Assista o trailer!

13 de abril de 2017

Refluxo


Em cartaz no Mezanino do Centro Cultural Fiesp o suspense comico-dramático o espetáculo "Refluxo". O texto inédito de Angela Ribeiro foi desenvolvido durante a 7ª turma do Núcleo de Dramaturgia do SESI – British Council (vencedor do 28º Prêmio Shell de Teatro na categoria Inovação). Eric Lenate é o diretor-cenógrafo. "Refluxo" exibe um olhar incomodado sobre a sociedade contemporânea. Na história, Dário (Maurício de Barros) é um ascensorista que trabalha em um prédio de classe média decadente onde todos acham que suas próprias inquietudes são sempre as mais insuportáveis. Naquele dia, em especial, dois incidentes atravessam seu trajeto até o trabalho: uma obstrução monstruosa nas linhas do metrô e uma árvore que cai em frente ao prédio. De um ninho da árvore, ele recolhe um pássaro, uma espécie de esperança que tenta preservar neste dia estranho, permeado por moradores que transitam entre o extremo da violência e a conveniente generosidade. Algo muito terrível está acontecendo. Ninguém sairá imune, impune. O espetáculo fica em cartaz no Centro Cultural Fiesp até 2 de julho, de quarta a sábado, às 20h30e domingo, às 19h30. A entrada é gratuita.

12 de abril de 2017

Cantos de Refúgio

Foto: Daniel Lopes

Em meio à crise de refugiados pela guerra na Síria, o Coletivo de Galochas se inspira para a criação de "Cantos de Refúgio", que fica em cartaz na Ocupação Aqualtune até dia 30 de abril. A direção é de Rafael Presto e dramaturgia de Antonio Herci, Mariana Queiroz e Jéssica Paes. No elenco, os atores Daniel Lopes, Diego Henrique, Kleber Palmeira, Mariana Queiroz, Roanne Aragão e Wendy Villalobos. Na história, depois de ser expulsa de sua terra, uma família palestina busca se estabelecer em um campo de refugiados na Síria. Os gêmeos Leila e Jamal vivem sua infância entre os escombros da guerra e a esperança de estabelecer uma nova casa. Por conta das dificuldades, a família envia um dos irmãos para tentar a vida em outro país: o Brasil. Então chega a guerra, obrigando Leila a realizar uma jornada atrás de seu irmão. O universo onde a história se desenrola, embora atravessado pela destruição, é um ambiente mágico e alegórico, recheado de música, dança e criaturas fantásticas, inspirados na rica tradição e cultura palestinas. Para contar a história, o grupo utiliza recursos de teatro de sombra, projeções e teatro de animação. A Temporada é aos Sábados e Domingos, 16h. A Ocupação Aqualtune fica na Rua Butantã, 233, Pinheiros, São Paulo - SP.

11 de abril de 2017

Quarto 19

Foto: Cris Lyra

O Sesc Pinheiros recebe "Quarto 19", espetáculo com direção de Leonardo Moreira. Com estreia no dia 9 de março, o monólogo, concebido e encenado por Amanda Lyra, segue em temporada, de quinta a domingo, às 20h30. A montagem é baseada no conto "No Quarto Dezenove" (To Room Nineteen),da escritora britânica Doris Lessing (1919-2013), Nobel de Literatura em 2007. Publicado originalmente em 1978, o conto apresenta Susan Rawlings, uma mulher em um caminho de auto-percepção e apreensão de seu “eu” autêntico. Os efeitos provocados pelo casamento burguês com Matthew, a fragmentação da identidade feminina daí resultante, a extenuante procura pelo significado da vida e a tensão entre o “eu social” e o “eu marginal” são tópicos evidenciados no dilema da personagem. O enredo trata da independência feminina no mundo contemporâneo e sua identificação com os papeis sociais de mãe, esposa e organizadora do lar, representados aqui por uma personagem que, mesmo tendo conquistado o que poderia ser o ideal maternal, não encontra satisfação pessoal, buscando refúgio no silêncio, no “quarto nº 19”. Além da narrativa de Lessing, a montagem é concebida com forte influência das artes visuais. Na pesquisa para construção do espetáculo, foram referências diretas no processo a escultora francesa Louise Bourgeois (1911-2010), com a série de pinturas e esculturas que refletem sua vida como mãe e esposa, Femme Maison; e o estadunidense Edward Hopper (1882-1967), através de suas pinturas. O Sesc Pinheiros fica na Rua Paes Leme, 195, São Paulo.


10 de abril de 2017

O Xangô de Baker Street


O humor de Jô Soares em "O Xangô de Baker Street" é assertivo, inteligente e inconfundível. A história é bem estruturada e os diálogos bem pensados. A leitura é fácil e prazerosa. Na história, um violino Stradivarius desaparecido, algumas orelhas cortadas e seus respectivos cadáveres trazem o famoso Sherlock Holmes ao Brasil, por recomendação de sua não menos famosa amiga Sarah Bernhardt. Porém aquilo que parecia um pequeno e discreto caso imperial transforma-se numa saga cheia de perigos, tais como feijoadas, vatapás, mulatas, intelectuais de botequim, pais de santo e cannabis sativa. Uma delícia, vale à pena ler!

7 de abril de 2017

Catira - Palmeado, Sapateado e Viola e Samba de Umbigada


O Teatro do Incêndio realiza até o dia 18 de abril os próximos encontros das Rodas de Conversa - A Gente Submersa que contempla, respectivamente, os temas Catira - Palmeado, Sapateado e Viola e Samba de Umbigada. Os grupos convidados são: Os Favoritos da Catira (de Guarulhos) e o Batuque de Umbigada de Capivari com sua matriarca Dona Anicide Toledo. Com entrada franca, os eventos reúnem mestres da cultura popular e comunidades tradicionais do estado de São Paulo em bate-papos seguidos por vivências (breves apresentações das manifestações). A catira, também chamada de cateretê, é uma dança folclórica, cujo ritmo é marcado pela batida dos pés e das mãos dos dançarinos, acompanhados pela dupla de violeiros que cantam as modas. Com influências indígenas, africanas e europeias, a catira é uma manifestação cultural típica do interior do Brasil, arraigada na cultura sertaneja de várias regiões, principalmente São Paulo. A Umbigada é uma dança afro-brasileira criada nos quilombos. Os escravos com suas roupas curtas e apertadas dançavam sempre com umbigo de fora, daí o nome. Atualmente, no estado de São Paulo é tida como um tributo de terreiro, praticada pelos remanescentes das senzalas. Organizados em duas fileiras, frente a frente, os dançadores de ambos os sexos evoluem até um ligeiro contato físico dos quadris ou ventre. Os eventos são gratuitos e acontecem até o dia 18 de abril, todas as Terças-feiras, às 19 horas no Teatro do Incêndio que fica na Rua Treze de Maio, 48 – Bela Vista/SP. 

6 de abril de 2017

Concerto para Pixinguinha

Foto: Vinícius Campos

Vânia Bastos retorna a São Paulo com “Concerto para Pixinguinha”, no Sesc Campo Limpo, 08/04, em show gratuito. Uma das cantoras mais importantes da MPB, Vânia Bastos, apresenta seu novo e consagrado show, “Concerto para Pixinguinha”, baseado no disco homônimo, considerado um dos melhores de 2016. Ao lado do quarteto liderado pelo baixista Marcos Paiva, diretor musical do projeto, a cantora apresentará alguns dos clássicos do compositor carioca, como a valsa “Rosa”, o samba “Urubu Malandro” e o clássico “Carinhoso”, que completa 100 anos neste ano de 2017. No roteiro também constam canções menos conhecidas, como “Mundo Melhor”, “Isso é que é Viver” e “Fala Baixinho”. Vânia, que prepara o primeiro videoclipe de sua carreira, já rodou o Brasil com o show, e volta agora a São Paulo quase oito meses após a estreia da turnê de lançamento do disco. As apresentações acontecerão no SESC Campo Limpo (R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 - Vila Prel) às 20h.

5 de abril de 2017

Eu Elas

Foto: Cris Lyra

Juliana Moraes estreia o solo "Eu Elas" a partir do dia 7 de abril. Parte de gestos e posturas socialmente aceitos como femininos no ocidente, especialmente a partir dos anos 50, para desconstruir e questionar esses comportamentos aprendidos. Movendo-se intensamente, porém mantendo-se sentada durante 30 minutos, a artista elabora uma dramaturgia alicerçada na acumulação de gestos em diferentes partes do corpo, criando apuradas combinações. O solo desdobra-se majoritariamente no silêncio, tendo o corpo como marcador de pulso repetitivo e mecânico, quebrado por variações enérgicas nas quais ações se embaralham em extrema aceleração. Na segunda metade do solo, o silêncio é quebrado por uma única música, de cinco minutos, composta especialmente por Laércio Resende, cuja entrada e saída se dão inesperadamente. No final, Juliana retira um saco plástico do bolso, usa-o para conter a respiração e a fala, e, a seguir, enfia-o inteiro na boca, numa clara crítica à quietude ainda imposta ao feminino. O espetáculo acontece no SESC Belenzinho (Rua Padre Avelino, 1000 – Belenzinho, São Paulo) nos dias 7, 8 e 9 de abril, sextas e sábados às 20h30 e domingos às 17h30.

4 de abril de 2017

Uma vida boa

Foto: Renato Mangolin

Sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, "Uma vida boa" estreia em São Paulo realizando temporada a partir do dia 6 de abril no Teatro Eva Herz. Com direção de Diogo Liberano e texto de Rafael Primot, o espetáculo traz Amanda Mirásci como protagonista e idealizadora do projeto ao lado de Pablo Sanábio. Daniel Chagas e Julianne Trevisol completam o elenco da peça, o mesmo desde 2014 quando estreou. Baseado em uma história real ocorrida nos Estados Unidos em dezembro de 1993, a narrativa apresenta a história de B., um homem nascido num corpo de mulher, que enfrenta as consequências de sua decisão e acaba sendo assassinado por isso. O fato que deu origem ao espetáculo inspirou também o documentário "The Brandon Teen a Story" (1998) e o filme "Meninos não choram" (1999). "Uma vida boa" propõe uma discussão ampla que vai além da questão da sexualidade e da transexualidade. É peça sobre amor e também sobre a intolerância humana. “Estava em busca de um trabalho que pudesse ter um forte impacto sobre o público e, quando cheguei a esse acontecimento real, eu mesma fiquei impactada com a beleza e a violência dele. Interpretar um transexual me exigiu uma composição muito delicada e um estudo muito longo e aprofundado”, lembra Amanda. O espetáculo acontece todas as quintas e sextas. às 21h no Teatro Eva Hertz (Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073 - São Paulo, SP).

3 de abril de 2017

Quando éramos órfãos


Kazuo Ishiguro, em sua obra "Quando éramos órfãos", tem uma abordagem bem pessoal em toda a sua estética literária. A interpelação da temática da busca de pais desaparecidos, contudo, é sutil. A história em si não envolve tanto inicialmente, mas há ritmo na leitura e o final é bem capcioso. Os personagens são bem construídos e instigam a curiosidade do leitor. Neste romance sutil e envolvente, o detetive Christopher Banks retorna a Xangai, sua terra natal, onde seus pais desapareceram misteriosamente há vinte anos. A cidade agora é palco da guerra entre China e Japão, e a busca de Banks por seus pais passa a confundir-se com a busca pela ordem num mundo órfão, vitimado pela sombra. Leitura interessante, diria!