Foto: Letícia Gullo
A cantora e atriz Rita Gullo
sobe ao palco ao lado de seu pai, o premiado escritor Ignácio de Loyola Brandão,
ocupante da cadeira nº11 na Academia Brasileira de Letras, para apresentar "Solidão
no Fundo da Agulha", no qual eles relembram canções que ficaram gravadas
na trajetória do autor. Em circulação há mais de seis anos, o espetáculo ganha
uma nova temporada no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional,
entre 13 de julho e 31 de agosto, com apresentações aos sábados, às 17h.
A Fundação Carlos Chagas
decidiu em 2013 reunir literatura, música e fotografia e convidou o escritor
Ignácio de Loyola Brandão para escrever um livro de crônicas e contos
inspirados em músicas que remetessem a momentos marcantes de sua vida.
O repertório escolhido
ganhou novas versões gravadas pela cantora Rita Gullo e gerou um CD que foi
encartado com o livro, além das fotos que Paulo Melo Jr. fez especialmente para
esses textos. O lançamento do livro “Solidão no fundo da agulha” em março de
2013 gerou o desejo de levar para o palco essas histórias.
O espetáculo leva o escritor
aos palcos para contar histórias marcantes da sua vida, momentos que remetem a
canções interpretadas pela filha cantora. No repertório estão músicas como Amado
Mio (Doris Fisher/ Allan Roberts), presente na trilha sonora do filme
“Gilda”, que era proibido para crianças, que estimulou a criatividade do menino
Ignácio, então com 12 anos de idade, e que se fez presente muito anos mais
tarde para ajudar o jovem jornalista a não voltar para a terra natal
fracassado. Outros temas marcantes, como Valsinha (Chico Buarque e
Vinicius de Moraes) e Que reste-t-il de nos amours? (Charles Trenet),
ganham novo contexto ao vivo e permeados por lembranças.