11 de julho de 2019

Solidão no Fundo da Agulha

Foto: Letícia Gullo

A cantora e atriz Rita Gullo sobe ao palco ao lado de seu pai, o premiado escritor Ignácio de Loyola Brandão, ocupante da cadeira nº11 na Academia Brasileira de Letras, para apresentar "Solidão no Fundo da Agulha", no qual eles relembram canções que ficaram gravadas na trajetória do autor. Em circulação há mais de seis anos, o espetáculo ganha uma nova temporada no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, entre 13 de julho e 31 de agosto, com apresentações aos sábados, às 17h.

A Fundação Carlos Chagas decidiu em 2013 reunir literatura, música e fotografia e convidou o escritor Ignácio de Loyola Brandão para escrever um livro de crônicas e contos inspirados em músicas que remetessem a momentos marcantes de sua vida.

O repertório escolhido ganhou novas versões gravadas pela cantora Rita Gullo e gerou um CD que foi encartado com o livro, além das fotos que Paulo Melo Jr. fez especialmente para esses textos. O lançamento do livro “Solidão no fundo da agulha” em março de 2013 gerou o desejo de levar para o palco essas histórias.

O espetáculo leva o escritor aos palcos para contar histórias marcantes da sua vida, momentos que remetem a canções interpretadas pela filha cantora. No repertório estão músicas como Amado Mio (Doris Fisher/ Allan Roberts), presente na trilha sonora do filme “Gilda”, que era proibido para crianças, que estimulou a criatividade do menino Ignácio, então com 12 anos de idade, e que se fez presente muito anos mais tarde para ajudar o jovem jornalista a não voltar para a terra natal fracassado. Outros temas marcantes, como Valsinha (Chico Buarque e Vinicius de Moraes) e Que reste-t-il de nos amours? (Charles Trenet), ganham novo contexto ao vivo e permeados por lembranças.