Certa feita, um professor do curso de jornalismo disse que a linguagem narrativa de quem escreve para um jornal é diferente de quem escreve para uma revista. De fato é. O jornal, a meu ver, tem uma linguagem mais dura enquanto que a revista mais suave, guardada suas devidas proporções. Então, o exercício era ler “Paula” de Isabel Allende para saber como envolver um leitor e deixá-lo interessado no assunto de forma prazeroza. Isso ocorreu há quase 10 anos e até hoje nunca me esqueci deste livro. Ter tido oportunidade de ler “Paula”, foi no mínimo uma evocação a vida. Paula é o nome da filha da escritora que em dezembro de 1991 ficou gravemente enferma e internada em um hospital na Espanha. O livro é humano e a gente tem oportunidade de ler história de ancestrais bizarros ao tempo que conhece um pouco mais da juventude da autora. O Chile e o golpe militar de 1973, seguidos do exílio da família de Isabel são alguns dos pontos fortes do livro. Aliás, foi o único livro que li até hoje e me fez chorar. Ele é bárbaro!