A história trata-se da biografia de Harvey Milk (Sean Penn), primeiro candidato gay oficialmente eleito no estado da Califórnia. Nos anos de 1970, Milk e, o prefeito de São Francisco, George Moscone foram assassinados pelo supervisor da prefeitura Dan White. O filme mistura a linguagem de documentário com cinema, o que, na minha modéstia opinião, dá um toque especial quando, por exemplo, não existe nenhuma atriz que faça a personagem de Anita Bryant, cantora americana, ela aprece apenas em reportagens e cenas documentais. Essa leitura ficou maravilhosa.
É um filme sensível pela causa que trata em questão e nos traz bons elementos visuais, tais como o personagem Scott nadando nu na piscina ou mesmo numa das cenas finais quando a multidão vem andando pelas ruas com velas na mão, em homenagem a Milk. Traz-nos também uma boa recordação da moda para quem viveu os anos 70 com aquelas calças boca de sino, os bigodinhos meio cafajeste, as famosas músicas gays que hoje ainda fazem sucesso nas danceterias ou baladas, ou ainda o jeito meio hippie de ser. Sean Penn está único, delicado e humano. A sua atuação foi enorme e, por isso merecido o seu Oscar de melhor ator.