24 de setembro de 2021

Chatô - O Rei do Brasil

 


Com uma narrativa caricata, sombria e sem nenhum atrativo, a película brasileira "Chatô - O Rei do Brasil" (2015) é um filme cansativo. A atuação forçada de Marco Ricca deixa o filme desinteressante e sem graça no contar da narrativa. A produção é bem feita. A direção é dinâmica e inventiva dentro de todo o contexto possível.

No drama, o magnata das comunicações Assis Chateaubriand (Marco Ricca) é a estrela principal de um programa de TV chamado "O Julgamento do Século", realizado bem no dia de sua morte. É nele que Chatô relembra fatos marcantes de sua vida, como os casamentos com Maria Eudóxia (Letícia Sabatella) e Lola (Leandra Leal), a paixão não-correspondida por Vivi Sampaio (Andréa Beltrão), como manipulava as notícias nos veículos de comunicação que comandava e a estreita e conturbada ligação com Getúlio Vargas (Paulo Betti), que teve início ainda antes dele se tornar presidente.

Duas curiosidades: Guilherme Fontes adquiriu os direitos para cinema e TV do livro de Fernando Morais sobre Assis Chateaubriand. Produziu, entre 1995 e 1999, 25 documentários e 12 debates sobre personagens e fatos que marcaram a história do Brasil e que são, indiretamente, personagens do filme - em co-produção com a Gloosat. O filme teve suas filmagens interrompidas por falta de verbas. Como Fontes havia captado mais de R$ 10 milhões pela Lei do Audiovisual, iniciou-se uma discussão sobre má utilização do dinheiro público. Pouco depois, o Ministério da Cultura e a Ancine deram inícios a processos contra o diretor e sua produtora, Guilherme Fontes Filmes, que teria sido aberta utilizando-se verbas públicas captadas para o longa. Confira o trailer!