Foto: Victor Iemini
O texto de "Chet Baker, apenas um sopro" é envolvente e repleto de nuances onde os personagens se despem com um silêncio, um carinho ou simplesmente um olhar. Os diálogos fluem livremente. Uma delícia! A dinâmica de espaço cênica é dinâmica: por vezes divertida, por vezes tensa.
Livremente inspirada na vida do
lendário trompetista norte-americano Chet Henry Baker Jr. (1929-1988), o
espetáculo protagonizado pelo músico e ator
Paulo Miklos viajará em turnê pelo nordeste. Com direção de José Roberto Jardim e dramaturgia de Sérgio
Roveri, a peça ainda traz no elenco Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero
Damiani e Ladislau Kardos.
O ponto de partida para a trama é um episódio real ocorrido na
vida do músico. No fim da década de 60, ele foi violentamente espancado em uma
rua de São Francisco. A agressão, que teria sido motivada por dívidas com
traficantes, produziu no trompetista um efeito devastador: ele teve os lábios
rachados e perdeu alguns dentes superiores, sendo obrigado a interromper a
carreira até se recuperar dos ferimentos.
A peça sobre Chet Baker mostra a primeira sessão de gravação do
músico após o acidente. Ele está inseguro e arredio – e seus quatro
companheiros de estúdio (um contrabaixista, um baterista, um pianista e uma
cantora) parecem estar ainda mais. Todos foram reunidos por um produtor que,
por ser amigo e admirador de Chet, acredita que ele está pronto para voltar à
ativa.