13 de setembro de 2019

Chet Baker, Apenas Um Sopro

Foto: Victor Iemini

O texto de "Chet Baker, apenas um sopro" é envolvente e repleto de nuances onde os personagens se despem com um silêncio, um carinho ou simplesmente um olhar. Os diálogos fluem livremente. Uma delícia! A dinâmica de espaço cênica é dinâmica: por vezes divertida, por vezes tensa. 

Livremente inspirada na vida do lendário trompetista norte-americano Chet Henry Baker Jr. (1929-1988), o espetáculo protagonizado pelo músico e ator Paulo Miklos viajará em turnê pelo nordeste. Com direção de José Roberto Jardim e dramaturgia de Sérgio Roveri, a peça ainda traz no elenco Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos. 
O ponto de partida para a trama é um episódio real ocorrido na vida do músico. No fim da década de 60, ele foi violentamente espancado em uma rua de São Francisco. A agressão, que teria sido motivada por dívidas com traficantes, produziu no trompetista um efeito devastador: ele teve os lábios rachados e perdeu alguns dentes superiores, sendo obrigado a interromper a carreira até se recuperar dos ferimentos. 
A peça sobre Chet Baker mostra a primeira sessão de gravação do músico após o acidente. Ele está inseguro e arredio – e seus quatro companheiros de estúdio (um contrabaixista, um baterista, um pianista e uma cantora) parecem estar ainda mais. Todos foram reunidos por um produtor que, por ser amigo e admirador de Chet, acredita que ele está pronto para voltar à ativa.