8 de setembro de 2020

A Peste

 

Foto: Renato Mangolin

A apresentação da peça "A Peste" será transmitida diretamente da casa do artista aos sábados, às 20h. Sem público presencial, após as sessões, será oferecida uma conversa interativa digital entre ator e público. A plataforma utilizada para a transmissão será o Zoom, com acesso pela plataforma Sympla. Os ingressos podem ser obtidos através do link: https://www.sympla.com.br/.

 

“Retomar a temporada de A Peste, de Camus, desta vez da minha casa, neste contexto de pandemia em apresentações digitais e ao vivo é inovador para todos nós e sabemos que mesmo sem o público presencial podemos usar a tecnologia a favor do teatro mantendo o frescor e o efêmero que ele nos proporciona”, diz Pedro Osório.

 

Considerado o principal romance do escritor franco-argelino Albert Camus, A Peste, escrito em 1947, dez anos antes de ganhar o Nobel de literatura, ganhou adaptação teatral e retorna a São Paulo. Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia dirigem Pedro Osório num monólogo, que concentra a dramaturgia na figura e na perspectiva do personagem-narrador do romance, o médico Bernard Rieux. O trabalho começou há três anos, quando Osório convidou Leme para dirigi-lo em uma obra de Camus. O diretor havia atuado em 2009 numa versão para “O estrangeiro” dirigida por Vera.


“O texto é como uma vacina, que nos ajuda a enxergar através de uma tragédia ficcional a tragédia na nossa sociedade hoje. Assim podemos impedir e não sucumbir”, diz Osório. “A Peste reflete sobre a empatia, a prioridade do coletivo e a existência colocada como prioridade em contraponto ao indivíduo egoísta, em um estado febril dentro de uma sociedade doente. O personagem não é um herói, mas um homem que acha a saída através do trabalho cotidiano e honesto”, conclui o ator.