24 de janeiro de 2019

Argumento Contra a Existência de Vida Inteligente no Cone Sul

Foto: Roberto Setton

Jovem expoente da dramaturgia uruguaia atual, Santiago Sanguinetti propõe uma reflexão sobre o tenso cenário político na América Latina em "Argumento Contra a Existência de Vida Inteligente no Cone Sul", a primeira parte da Trilogia da Revolução. O espetáculo ganha uma montagem do brasileiro Coletivo Labirinto, com direção de Marina Vieira, que estreia no Centro Cultural São Paulo (CCSP), no Espaço Cênico Ademar Guerra, no dia 25 de janeiro. O elenco conta com Abel Xavier, Carol Vidotti, Emilene Gutierrez e Wallyson Mota
O espetáculo apresenta de maneira tragicômica uma geração criada após a queda do Muro de Berlim e do fim da União Soviética, que é bombardeada cotidianamente pela publicidade e pelo imaginário capitalista, não conseguindo mais pensar em outras formas de relação ou existência que não sejam pela eliminação absoluta do outro e pela destruição.
Na trama, quatro amigos tentam organizar um atentado contra a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP). Os desencontros e a falta de sentido dessa e de tantas outras ações revelam a idiotização de nossos tempos e a necessidade de buscarmos e discutirmos algum imaginário possível sobre os ideais de revolução que permearam a América Latina nos anos de 1960 e 1970. O texto uruguaio foi adaptado pelo grupo para o contexto brasileiro em conjunto com o dramaturgo Santiago Sanguitetti.