7 de setembro de 2018

O Canto Preso

Foto: Alex Merino

Entre os dias 13 e 16 de setembro acontece o projeto “Dança como Instrumento Reflexivo e Político”, da Cia. Carne Agonizante, composto por três espetáculos com direção de Sandro Borelli e duas oficinas. A ideia é apresentar ao público parte do repertório do grupo e debater sua concepção sobre a dança contemporânea.
O espetáculo “O Canto Preso” inaugura a programação com uma apresentação única no dia 13, às 19h15. Trata-se de uma adaptação coreográfica para a peça de teatro “Bent”, de Martin Sherman, sobre um homem preso em um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial por ser homossexual. Para amenizar seus horrores, ele se fez passar por judeu, pois sabia que os homens que detinham o triângulo rosa em suas vestes estavam sendo massacrados pelos guardas da SS e humilhados pelos próprios companheiros de sela.
Em “Estado Independente”, com sessão no dia 14, às 19h15, a companhia se apoia na poética e na política revolucionária de Ernesto Che Guevara entre os anos de 1950 e 1960, sobretudo na sua figura lendária de guerrilheiro cidadão do mundo, como ele próprio se definia, e na sua permanência no imaginário coletivo como um personagem de espírito incorruptível, indomável e disposto a lutar contra a injustiça social.
“Colônia Penal”, inspirado na obra homônima de Franz Kafka (1883 -1924) e na ditadura militar brasileira (1964-1985), tem duas apresentações nos dias 15 e 16, às 19h15. A dança explora a visão ampla e original do escritor tcheco para o indivíduo e sua relação ao meio em que está inserido e leva à cena temas como opressão, o aprisionamento e a desesperança.
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