1 de maio de 2018

Fedra

Foto: Edson Kumasaka

A versão clássica do autor francês Jean Racine (1639-1699) para a tragédia grega "Fedra", escrita originalmente por Eurípides, ganha uma nova encenação com direção de Roberto Alvim. O espetáculo estreia em 4 de maio no teatro do Sesc Pompéia.
A tragédia é o mito da insurreição feminina contra o poder e as regras sociais. Na trama, Fedra (interpretada por Juliana Galdino, vencedora do Prêmio Shell de melhor atriz por “Medéia”) é casada com o rei Teseu. Ela se apaixona por Hipólito, filho de seu marido. Quando Teseu é declarado morto na guerra, Fedra cria coragem e declara seu amor por seu enteado. Mas Teseu retorna e, ao descobrir a paixão incestuosa de sua esposa por seu filho, precipita uma série de eventos que conduzem o reino à catástrofe.
Obra suprema do espírito humano, "Fedra" é a tragédia que brota de nosso medo mais terrível: o de nos apaixonarmos por aquilo que a sociedade, com sua leis e regras, não nos permite. A peça propõe uma discussão sobre a sexualidade feminina e sua dissonância em relação aos papéis sociais de mãe, esposa, cidadã, etc.
O texto de Racine, escrito na França em 1677, imortalizou-se na História do Teatro, tendo sido encenado por alguns dos maiores diretores contemporâneos. A grande montagem brasileira foi realizada por Augusto Boal e protagonizada por Fernanda Montenegro em 1986.
Sesc Pompéia fica na Rua Clélia, 93 - SP. A temporada acontece de 4 a 27 de maio, de quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 18h.