A refilmagem feita pelos americanos e ingleses do terror suéco Let Me In (2010) que no Brasil leva o nome literal de Deixe-me Entrar fala de amor. Um amor ingênuo com pinceladas de um amor bandido. Nas cenas há uma certa ingenuidade de criança, mas a trilha sonora do premiado Michael Giacchino faz o seu papel de forma acertiva nos lembrando que trata-se de um terror, mesmo que este terror seja romanciado. O roteiro, levemente não linear, tem a exposição dos seus personagens bem feita e de uma maneira geral, posso arriscar a dizer que foi bem construído, mesmo que em alguns momentos ele perca o ritmo. Na história, Owen (Kodi Smit-McPhee) é um garoto solitário, que vive com a mãe e é sempre provocado pelos valentões da escola. Um dia ele conhece, perto de sua casa, Abby (Chloe Moretz). Sempre nas sombras, ela aos poucos se aproxima de Owen, tornando-se amigos. Só que Abby possui um segredo: ela é muito mais velha que sua aparência indica e necessita de sangue para sobreviver. Para consegui-lo, seu pai (Richard Jenkins) realiza assassinatos na surdina, de forma a retirar o sangue das vítimas e levá-lo para a adolescente. Sabemos que algumas refilmagens hollywoodianas acontecem por motivos comerciais e outras por uma total preguiça do povo americano de ler legendas em filmes estrangeiros, mas podemos dizer que a película não ficou a desejar do original e, para quem gosta do gênero, vale à pena assistir, mesmo que seja para criticar.