29 de abril de 2021

Scroll Roll

 

Foto: Divulgação

"Scroll Roll" é um aplicativo inventado para o encontro virtual dos personagens-intérpretes do espetáculo, que tem suas apresentações nos próximos dias 29/04 - 20h e 30/04 - 21h pelo Link: www.YouTube.com/EspetáculoScrollRoll, com texto de Antônio Rogério Toscano.

Em português significa “pergaminho” e também se refere ao ato de “rolar para baixo”, com intuito de atualizar o conteúdo do aplicativo no qual o usuário navega virtualmente. Contudo, nem sempre esse "rolar para baixo" tem um fim ou propósito definido, proporcionando uma sensação de falta ao sujeito.  

Esta falta ou ausência, é o disparador do espetáculo, no qual quatro artistas - a atriz Raquel Parras e os atores Danilo Martim, Luiz Felipe Bianchini e Walmick de Holanda – unem-se no desejo de pesquisar as possíveis razões pelas quais comportamentos compulsivos e autodestrutivos se estabelecem como hábitos nos seres humanos e em suas relações virtuais e reais. 

A dramaturgia é construída em formato de um aplicativo de encontro fictício e no avançar de etapas que o aplicativo propõe, que faz com que os usuários se exponham, revelando-se a si e, assim, o app revela a continuidade e descontinuidade entre os distúrbios para que seus usuários recolham as pistas – as migalhas deixadas – e sigam rolando o pergaminho da timeline para baixo, atualizando o conteúdo e passando de fase. O conceito da encenação virtual é realizado coletivamente, porém, a direção de cada intérprete foi feita por outro artista, de modo que cada ator/atriz do trabalho dirige outro ator/atriz.

Na sinopse: Não porque querem, mas porque sentem que necessitam, quatro desconhecidos entram em um aplicativo chamado Scroll Roll. Esse é o gatilho que precisavam para continuar sobrevivendo ao isolamento social. No jogo, pistas e desafios aparecem para que eles avancem de fase. Eles falam sobre si, seus comportamentos, seus segredos, suas compulsões e tudo aquilo que não se deseja que se descubra que alguém procura na busca do Google. 

Para a criação do espetáculo, o dramaturgo Antônio Rogério Toscano tem como referência norteadora a obra do coreano Byung-Chul Han.