13 de abril de 2021

Ireti

 

Foto: Duda Viana

Estreia a videoarte online “Ireti”, inspirada no espetáculo de mesmo nome. A obra é uma crítica à necropolítica brasileira e às violências sofridas pelas mulheres negras no Brasil. O texto ficou em 4º lugar no edital de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos, realizado pelo CCSP – Centro Cultural São Paulo em 2019.

As cenas foram gravadas sem plateia e o resultado será transmitido entre os dias 15 e 18 de abril, 13 a 16 de maio, 19 a 22 de junho e 17 a 19 de julho, sempre às 20h, pelo canal da Cia. Mungunzá de Teatro no YouTube.

A montagem, que tem dramaturgia de Ingrid Alecrim e direção de Thaís Dias, é inspirada na mitologia Iorubá, sobretudo na figura de Nanã Buruku, orixá que cedeu a lama do seu domínio para a criação dos corpos humanos. Ela também é responsável pela desencarnação, uma vez que exige de volta a matéria criadora da vida.

“O texto surgiu da ideia persistente de que o Brasil (conforme nominado após a colonização) foi parido e aleitado por mulheres indígenas, africanas e afrodescendentes. “Nosso ‘mundo’ é moldado através das mãos dessas mulheres e, muitas vezes, contra suas vontades. Na colonização, tudo o que é frutífero ficará arrasado: a terra e suas preciosidades, o corpo feminino e sua capacidade de gerar os povos miscigenados, que já nascem sob dominação”, revela a dramaturga Ingrid Alecrim.