9 de abril de 2021

Alteridade

 

Foto: Divulgação

Em "Alteridade", a voz de uma mulher estuprada e sua trajetória de restabelecimento são o ponto de partida para a discussão sobre a ética que nos rege. O espetáculo é o jogo cênico entre as artistas. O teatro on-line e o texto homônimo de Maria Giulia Pinheiro.

Durante sete unidades dramáticas denominadas “círculos”, ela narra a violência a que foi submetida, a tentativa de se restabelecer, a notícia da gravidez, a opção do aborto, a culpa, a ilegalidade de escolher, a dissociação entre lei e corpo e o rompimento com a velha mitologia patriarcal. A voz dessa mulher perpassa as diversas camadas da Sociedade do Estupro e vai, pelo arquétipo de Alteridade, encontrando aberturas para a reconstrução de si.

 

Ela (Elas, Nós?) tenta se restabelecer, encontrar um jeito de se sentir bem no mundo, um espaço seu. Ela vive a dor do trauma, colocando pra fora a violência que viveu, e nessa experiência, acaba rompendo com a velha lógica patriarcal na qual vivia. Um assunto essencial, em um país que tem 50 mil casos de estupro por ano.


Estreia dia 16/04 com apresentações nos dias 16,17, 18, 23,24 e 25 de abril. Sextas e sábados às 20h e domingos às 18h. Na plataforma Sympla.