13 de março de 2019

Carmen, a Grande Pequena Notável

Foto: Leekyung Kim

O musical "Carmen, a Grande Pequena Notável", com direção de Kleber Montanheiro, reestreia no Teatro Itália, no dia 23 de março. O espetáculo é inspirado no livro homônimo de Heloísa Seixas e Julia Romeu, vencedor do Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não Ficção (2015), e apresenta o universo artístico da diva Carmen Miranda (1909-1955) para o público de todas as idades.
O espetáculo está indicado ao Prêmio São Paulo para crianças e jovens de melhor figurino (Kleber Montanheiro), melhor texto adaptado (Heloisa Seixas e Julia Romeu), melhor direção musical (Ricardo Severo) e melhor atriz (Amanda Acosta).
Em 2019, Carmen completaria 110 anos. Portuguesa radicada no Brasil, ela se tornou um dos maiores símbolos da cultura brasileira para todo o mundo. Quem dá vida à diva é a atriz Amanda Acosta, que divide o palco com Daniela Cury, Luciana Ramanzini, Maria Bia, Samuel de Assis e Fabiano Augusto. Os músicos Maurício Maas, Betinho Sodré, Monique Salustiano e Marco França também estão em cena.
Para contar essa história, o espetáculo adota a estrutura, a estética e as convenções do Teatro de Revista Brasileiro, grande destaque na época, no qual Carmen Miranda também se destacou. “Utilizamos a divisão em quadros, o reconhecimento imediato de tipos brasileiros e a musicalidade presente, colaborando diretamente com o texto falado, não como um apêndice musical, mas sim como dramaturgia cantada”, explica o diretor Kleber Montanheiro.
A encenação tem a proposta de preservar a memória sobre a pequena notável, como a cantora era conhecida, e a época em que ela fez sucesso tanto no Brasil como nos Estados Unidos, entre os anos de 1930 e 1950. Por isso, os figurinos da protagonista são inspirados nos desenhos originais das roupas usadas por Carmen Miranda; já as vestes dos demais personagens são baseadas na moda dessas décadas.
“As interpretações dos atores obedecerão a prosódia de uma época, influenciada diretamente pelo modo de falar ‘aportuguesado’, o maneirismo de cantar proveniente do rádio, onde as emissões vocais traduzem um período e uma identidade específica”, revela Montanheiro.