29 de novembro de 2010

The Miracle Worker


O clássico de 1962 The Miracle Worker que no Brasil chama-se O Milagre de Anne Sullivan é delicado, sensível e tem uma história que fala de persistência e superação com um roteiro impecável. Aqui, eu não posso deixar de destacar as atuações das atrizes Anne Bancroft e Patty Duke, principalmente esta última que dá um show de interpretação até mesmo pela própria idade que tinha e o personagem que tivera que desenvolver. Não é por menos que ambas ganharam os Oscar de Melhor Atriz e de Melhor Atriz Coadjuvante respectivamente. A curiosidade é que Anne Bancroft, já falecida, só tinha feito papéis como coadjuvante até que se revelou nesta película como atriz principal. E Patty Duke, em 1979, atuou como Annie Sullivan em uma produção para TV com o mesmo nome do filme. Curiosidades à parte, na história temos a incansável tarefa de Anne Sullivan, uma professora que com seus dramas particulares e métodos nada ortodoxos tenta ensinar a garota cega, surda e muda Helen Keller a se adaptar e entender um pouco a vida que a cerca. Lógico que o trabalho não poderia ser tão fácil, a garota além de mimada pelos pais, sempre foi tratada como um animal. Para realizá-lo, ela entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança. Aliás, diria também que os personagens dos pais foram bem construídos e são orgânicos. Um belo drama que, por irônia ou não, me faz lembrar e filosofar sobre os diversos sons da vida.