18 de agosto de 2020

Beira de folha

 

Foto: Divulgação

Consuelo de Paula e João Arruda - cantores, compositores e instrumentistas - lançam "Beira de Folha", trabalho musical cujas canções nasceram de uma troca entre imagens e poemas. Consuelo criou letras a partir de imagens propostas por João, que finalizou as obras compondo as melodias, de forma sincrônica e orgânica. O show de lançamento acontece no dia 21 de agosto, sexta-feira, no Youtube/c/beiradefolha, às 20 horas.

 

O projeto inclui um livro, organizado por Alik Wunder, com fotografias e imagens da Série Fitografias da artista visual Marli Wunder, que é também encarte do disco. Foi criado o site Beira de Folha (beiradefolha.com) que traz vários conteúdos extras: quatro áudio-poemas, música inédita (“Árvore-seriema”), vídeos dos artistas tocando e cantando, com imagens captadas da natureza que inspirou toda a obra, e o show de lançamento, que foi gravado na sala do estúdio de João Arruda, em Campinas, com cenário assinado por Marli e Alik.

 

A maioria das imagens que inspiraram as músicas de Beira de Folha são fotografias de João e Alik tiradas no sítio Arvoredo, antes mesmo de existir nele uma moradia. O Arvoredo fica em Pocinhos do Rio Verde, no Vale da Pedra Branca, em Caldas, Minas Gerais. “Esse lugar nos brinda com uma natureza mágica que permeia todo esse nosso trabalho”, afirma o compositor.

 

A gravação de Beira de Folha ocorreu em 15 dias, durante a quarentena. João Arruda comenta que o disco chega em um momento particular, como um respiro durante pandemia do coronavírus. “Uma obra musical ligada à vida, com esse cheiro de mato, parece um alento diante do confinamento”, comenta. “Nosso canto é uma louvação à natureza desse lugar onde eu vivo. Enquanto a floresta no Vale da Pedra Branca teima em verdejar e suas águas teimam em correr, percebemos o contraste vindo das pedreiras, o impacto e a ameaça das mineradoras. Nosso canto é a nossa voz que procura pelo olhar amoroso das pessoas, em busca de preservar a natureza deste e de outros lugares”, finaliza João Arruda.