20 de outubro de 2010

Carlota Joaquina, Princesa do Brasil


O filme de Carla Camurati Carlota Joaquina, princesa do Brasil (1995) marca a retomada do cinema brasileiro em vários aspectos, mas principalmente no que se refere a produção. Uma grande produção para a época, diria. Os detalhes históricos e seus aspectos habituais e rotineiros não foram esquecidos, um charme a parte no roteiro que, apesar de ter vários elementos que compõem um bom filme, deixou a desejar, principalmente na obviedade de como a história foi contada. O figurino é impecável. A atuação de Marieta Severo é brilhante e única. A morte do rei de Portugal D. José I em 1777 e a declaração de insanidade de D. Maria I em 1972, levam seu filho D. João (Marco Nanini) e sua mulher, a espanhola Carlota Joaquina (Marieta Severo), ao trono português. Então, em 1807, para escapara das tropas napoleônicas, o casal se transfere às pressas para o Rio de Janeiro, onde a família real vive seu exílio de 13 anos. Carlota, contudo, após a decepção de conhecer o seu futuro o marido, sempre mostrou disposição para seus amantes e pelo poder. Além disso, sentia-se contrariada quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de alívio quando foi embora. Uma comédia com um leve toque de história brasileira.