Pense num texto perfeito. Aliado a ele, cogite uma música que incomoda, mas de tão presente que se faz, cumpre a sua função. Agora medite na questão abordada: a dos sem-terra. Pronto, este é o resultado final deste documentário de Mauro Giuntini com texto de Saramago. As imagens não têm dois lados, apenas um. Mas a ironia delas é falar de “justiça” com a visão unilateral dos sem terras. Ás vezes parece-me, causar algo mais próximo do “too much” do que do equilíbrio. A dúvida é, tenho que admitir, às vezes é tão dramático demais sem trazer à tona uma voz, um calor humano, ou ainda diria, um mero depoimento que fosse que, não sei se gosto ou não. O texto de Saramago pesa e seduz. O conjunto da obra deixa a desejar, apesar de tantos prêmios que recebeu. Mas é interessante, se pensarmos que o curta é do ano de 1998.
Prêmios
Melhor Curta em 16mm no Festival de Brasília 1998
Prêmio Kodak no Festival de Brasília 1999
Prêmio pela representação da realidade brasileira no Festival de Brasília 1999
Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado 1999
Prêmio da Imprensa no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental - GO 1999
Melhor Documentário no Festival Cinema Vídeo e Dcine de Curitiba 1999
Melhor Filme no Festival Cinema Vídeo e Dcine de Curitiba 1999
Melhor Montagem no Festival Cinema Vídeo e Dcine de Curitiba 1999
Festivais
Festival de Clermont-Ferrand 2000
Festival de Curtas de São Paulo 1999
Festival de Recife 1999
Festival de Tiradentes 2000
Festival Del Cinema Latino Americano de Trieste 1999
Grande Premio Cinema Brasil 2000
Mostra Brasil Plural 1999
Dias de Cinema Latino-Americano 1999
Festival Internacional de Cine e Vídeo Ambiental/Portugal 1999
Festival Internacional de Cinema da Amazônia 1999
Festival Internacional de Documentários de Munique 1999
Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira 1999
Jornada da Bahia 1999
Mostra Cine Latino, Stutgart e Tubingen 1999
Mostra Internacional do Filme Etnográfico/RJ 1999
Vitória Cine Vídeo 1999