Volver (2006), de Pedro Almodóvar, tem uma bela construção de personagens e mundo, fortes conflitos com
uma sutileza nas pistas e recompensas deixadas no roteiro. A trama é bem feita/ construída e se revela com certa maestria ao espectador. O filme é bem
dirigido e tem uma excelente atuação de Penélope Cruz. Na história, Raimunda
(Penélope Cruz) é uma jovem mãe, trabalhadora e atraente, que tem um marido
desempregado e uma filha adolescente. Como a família enfrenta problemas
financeiros, Raimunda acumula vários empregos. Sole (Lola Dueñas), sua irmã
mais velha, possui um salão de beleza ilegal e vive sozinha desde que o marido
a abandonou para fugir com uma de suas clientes. Um dia Sole liga para Raimunda
para lhe contar que Paula (Yohana Cobo), tia delas, havia falecido. Raimunda
adorava a tia, mas não pode comparecer ao enterro, pois pouco antes do
telefonema da irmã encontrou o marido morto na cozinha, com uma faca enterrada
no peito. A filha de Raimunda confessa que matou o pai, que estava bêbado e
queria abusar dela sexualmente. A partir de então Raimunda busca meios de
salvar a filha, enquanto que Sole viaja sozinha até uma aldeia para o funeral
da tia. Como curiosidade, o filme foi escolhido como representante da Espanha
para o Oscar de melhor filme estrangeiro e Penélope Cruz foi a primeira
espanhola a ser indicada na história do Oscar. Ganhou os prêmios de Melhor diretor,
atriz (Penélope), roteiro, fotografia e trilha sonora no European Film Awards;
Melhor filme, diretor, atriz (Penélope), atriz coadjuvante (Carmem Maura) e
trilha sonora no Goya; Melhor roteiro e atriz (Penélope Cruz, Carman Maura,
Lola Dueñas, Blanca Portillo, Yohana Cobo e Chus Lampreave) no Festival de
Cannes; e Prêmio FIPRESCI no Festival de San Sebastián.