25 de junho de 2013

Ágora

A película Ágora ou Alexandria (2009) tem uma bela trama sob o ponto de vista histórico. O roteiro tem muitas reviravoltas e conflitos crescentes. A bela atuação de Rachel Weisz é notável. Um final surpreendente. Na história, a história de Hipátia, uma filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana. Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser correspondido, e Sinésio, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama, secretamente. Hipátia não deseja casar-se, mas se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol. Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus se debate entre a fé cristã e a paixão.