Mother and Child (no Brasil chama-se Destinos Ligados, 2009) tem uma estrutura brilhante com muitos conflitos precisos e diretos. É um filme sensível e humanista do roteirista e diretor Rodrigo García. Com o tema adoção, García usa o universo feminino para falar sobre a maternidade problematizada pela questão da escolha e das substituições. Karen (Annete Bening) é uma mulher amargurada e solitária que cuida da mãe doente (Eileen Ryan). Entre elas, a relação é marcada pelo silêncio, mas principalmente pela culpa. Karen, quando adolescente, engravidou e foi forçada a dar o seu bebê para a adoção. Décadas depois, ela decide pôr fim a este desconforto em torno desta filha que ela não conhece e tenta reencontrá-la. Elizabeth (Naomi Watts) é uma advogada de sucesso com um comportamento implacável e sem apego às suas relações afetivas. Ela tem um caso com o viúvo Paul (Samuel L. Jackson), seu chefe na película. Além das duas, Lucy (Kerry Washington) não pode ter filhos, então, decide tentar a adoção. O roteiro constrói lentamente as possibilidades de encontro entre estas três mulheres e, daí está a beleza da estrutura do filme. A trama é construída com a cumplicidade do telespectador. Muito bem feito!
16 de agosto de 2010
Mother and Child
Mother and Child (no Brasil chama-se Destinos Ligados, 2009) tem uma estrutura brilhante com muitos conflitos precisos e diretos. É um filme sensível e humanista do roteirista e diretor Rodrigo García. Com o tema adoção, García usa o universo feminino para falar sobre a maternidade problematizada pela questão da escolha e das substituições. Karen (Annete Bening) é uma mulher amargurada e solitária que cuida da mãe doente (Eileen Ryan). Entre elas, a relação é marcada pelo silêncio, mas principalmente pela culpa. Karen, quando adolescente, engravidou e foi forçada a dar o seu bebê para a adoção. Décadas depois, ela decide pôr fim a este desconforto em torno desta filha que ela não conhece e tenta reencontrá-la. Elizabeth (Naomi Watts) é uma advogada de sucesso com um comportamento implacável e sem apego às suas relações afetivas. Ela tem um caso com o viúvo Paul (Samuel L. Jackson), seu chefe na película. Além das duas, Lucy (Kerry Washington) não pode ter filhos, então, decide tentar a adoção. O roteiro constrói lentamente as possibilidades de encontro entre estas três mulheres e, daí está a beleza da estrutura do filme. A trama é construída com a cumplicidade do telespectador. Muito bem feito!