1 de novembro de 2012

Durval Discos

O filme de Anna Muylaert Durval Discos (2002) é muito bem feito, tanto em termos de direção quanto em roteiro. Não é à toa que ganhou sete Kikitos de ouro no Festival de Gramado de 2002, bem como recebeu premiações de melhor roteiro, melhor atriz (Etty Fraser) e melhor direção de arte no Cine PE - Festival do Audiovisual, novo nome dado ao antigo Festival de Recife, 2003. Na trama, Durval (Ary França) e sua mãe Carmita (Etty Fraser) vivem há muitos anos na mesma casa onde funciona a loja Durval Discos, que já foi muito conhecida no passado mas hoje vive uma fase de decadência devido à decisão de Durval em não vender CDs e se manter fiel aos discos de vinil. Para ajudar sua mãe no trabalho de casa Durval decide contratar uma empregada. O baixo salário acaba atraindo Célia (Letícia Sabatella), uma estranha candidata que chega junto com Kiki (Isabela Guasco), uma pequena garota. Após alguns dias de trabalho Célia simplesmente desaparece, deixando Kiki e um bilhete avisando que voltaria para buscá-la dentro de 3 dias. Durval e Carmita ficam surpresos com tal atitude, mas acabam cuidando da garota. Até que, ao assistir o telejornal, mãe e filho ficam cientes da realidade em torno de Célia e Kiki. Além da bela atuação de Etty Fraser, a atuação de Ary França está ótima. Ambas convencem em seus papéis. E, óbvio, a película vale muito à pena assistí-la.