26 de julho de 2011

L’illusionniste

Durante todo o mês de julho, os amantes de animações podem conferir na Cinemateca Brasileira em São Paulo o cíclo especial dedicado à História da Animação Francesa. Cada dia tem uma animação diferente, mas lá podemos ver obras de arte como o L’illusionniste ou O Mágico (2010). Trata-se da animação para adultos do diretor Sylvian Chomet baseada no roteiro do cineasta Jacques Tati. A película é simples, mas de uma profundeza inimaginável. Tem um forte fator emocional presente em cada segundo da mesma, tornando-o sensível. Sem muitos diálogos, as ações tornam-se os pontos principais da trama e é notório como são entendíveis para o grande público. Inteligentemente solucionado, diria. E, claro, com uma pitada de um humor pra lá de refinado. Na trama, a história de um mágico-ilusionista dos anos 50 que luta para manter sua carreira, pois nessa época começam a despontar os shows de rock e o mágico acaba perdendo seu público para os roqueiros. Ele lida com o amadurecimento e a perda da inocência, de forma dolorida e realista. Até que conhece Alice, uma garota simples, que mal conhece a energia elétrica, mas que se faz de mulher. Entre mentiras de ambos os lados, os dois vão se encontrar em Edimburgo, na Escócia, e passam a dividir a sopa e o apartamento. Ele se encanta pela jovialidade dela, e ela, pela sabedoria e truques de mágica dele. A película já ganhou alguns prêmios em 2010, participou da Seleção Oficial do Festival de Berlim e foi nomeado ao Globo de Ouro 2011. É simplesmente linda!