2 de maio de 2011

Não Se Pode Viver Sem Amor

Esta semana estreiará nos cinemas o brasileiríssimo Não Se Pode Viver Sem Amor (2010) de Jorge Durán. O filme é uma poesia, não tenho dúvidas a respeito disso. São cinco destinos que se cruzam com delicadeza, mas não tem a pretensão de trazer respostas para as perguntas. O que é uma maravilha! O roteiro consegue manter a curiosidade sem ser óbvio, surpreende, mas falha nas cenas iniciais, pois demora de envolver a história ao espectador. O que não tira o brilho da obra. A direção de Durán é sensível e acertiva. O garoto Victor Navega Motta é uma revelação. Na história, Gabriel, de 10 anos, e Roseli, de 30, chegam ao Rio de Janeiro para encontrar o pai do menino que os abandonou. Sem conhecer a cidade, eles perambulam pelas ruas sem ter ideia para onde ir. Assim encontram João, um jovem advogado desempregado que busca desesperadamente um meio de melhorar de vida; Pedro, um pesquisador universitário que precisa se decidir entre a mulher e a profissão; e Gilda, uma dançarina de boate que deseja ir embora mas está presa ao passado. Todos vivem situações limite em suas vidas, que se tornam ainda mais fortes devido à proximidade do Natal. Só que, a partir destes encontros inesperados, surge uma nova esperança. Então, fique atento, pois este é um filme que vale muito à pena ver.