É um filme realista, jamais romantiza o assunto que trata. De tão realista é capaz de deixar algumas pessoas depressivas (uma amiga minha pode me jurar isso), mas ele mostra a dura realidade da prostituição sem capas ou maquilagens. Tanto é que usa verdadeiras prostitutas na película. Muito interessante! E você não precisa ser muito “advinha” ou expert em prostituição para saber quem é atriz e quem é puta, está na cara. Fiona é um personagem forte e muito bem interpretado por Anna Thomson. A linguagem visual é um pouco suja, mas faz parte da proposta do filme. A história de Fiona e sua mãe é dividida em oito capítulos. Fiona é abandonada aos seis meses de idade, criados em lares adotivos ela é abusada. Nossa heroina tem uma queda de amor por outras mulheres e ao se envolver com um assassinato de policiais, é obrigada a se esconder em uma casa de crack, e, então, decide deixar a cidade. Nós vemos a mãe, uma prostituta e também usuária de drogas, ocasionalmente falar sobre sua filha perdida. Mas um dia a vida proporciona este reencontro.