A música lembrava a época de Rocky Balboa. As luzes do palco se ascenderam numa cor incandescente vermelha e às vezes quase roxa. Purpurinas caiam do teto. O cheiro do ambiente lembrava algumas das casas noturnas de São Paulo que mais pareciam verdadeiros “inferninhos”. O personagem Rambo entrara no palco com uma metralhadora, pra lá de falsificada, em punho. A calça dele era tão arrochada que parecia que os testículos do moço estavam estrangulados. A mulherada gritava em êxtase, quase enlouquecida pelos gomos da barriga do rapaz. Sofia aos berros anunciou o ensejo às amigas: E viva a putaria, rebanho de sacanas!!!!. E todas gritavam contagiadas por aquele ambiente escuro, quase, diria, sujo. Manuela comemorava com as amigas, primas, tias, cunhada, mãe e sogra sua despedida de solteira no Clube das Mulheres. Depois de seis meses morando com Heitor, decidiram, então, oficializar o casamento. O acordo feito entre Manuela e Heitor para que ele cedesse àquela despedida de solteiro foi morosa, uma negociação árdua que levou cerca de um mês.
Sofia e a sogra de Manuela eram as mais animadas da turma. Depois do personagem Rambo vieram o bombeiro, o marinheiro, o médico, o policial e tantos outros personagens que fomentavam e enriqueciam a imaginação feminina. Depois do desfile do grupo, passavam-se às apresentações individuais. Cada um vinha com um apetrecho diferente, mas característico do seu personagem: um chicotinho com as pontas reluzentes, uma corda dependurada na parte inferior do uniforme ou ainda uma âncora de barco nas mãos. Enfim, os rapazes faziam verdadeiros contorcionismos para agradar a mulherada e colocar os seus músculos, bíceps e tríceps às amostras. A gritaria histérica das espectadoras lembrava uma sirene contínua. Mal se podiam ouvir umas às outras. O marinheiro e o médico convidaram algumas das noivas para irem até o palco. As noivas eram identificadas com uma espécie de mini-véu e grinalda, cada uma com uma cor. Duas mais espevitadas subiram sem vergonha alguma e ficavam se esfregando aos homens. Manuela ficou receosa, mas a pressão das amigas e a quantidade de bebida que tinha consumido fez com que ela não relutasse tanto. Subiu, então. Manu, pega na bunda deles! Sofia gritava aquilo como se tivesse pedindo um isqueiro emprestado a um fumante. No palco, convidados e atores montavam um verdadeiro trem da alegria. Intercalados entre personagens e noivas, eles iam andando enquanto se esfregavam uns nos outros. Não tinha uma noiva sequer que não se aproveitasse da situação.
Assim que Manuela desceu do palco, Sofia fez sinal e o garçom trouxe-lhe a encomenda. Foi avisando as amigas, uma a uma, para o grande momento da noite. O garçom trouxe um bolo inusitado, mas apropriadamente temático para a ocasião. O bolo tinha uma boneca de doce que ficava situada em cima do que parecia ser um mini-palco. A boneca lembrava Manu e estava rodeada por vários outros bonecos nus com os pintos devidamente simulando ereções. A vela estava embutida num destes bonecos que tinha o instrumento fálico mais avantajado. Segundo Sofia, era o lugar mais coerente para enfiar algo que iria realçar o que ele tinha de melhor. Quando a mulherada começava a achar sacanagem naquelas palavras de Sofia, ela simplesmente, com a cara mais desavergonhada possível, pedia para que as amigas mordessem os pênis dos bonecos. Depois de toda a bagunça causada pelo “morde” e “não morde”, a sogra de Manuela meteu a boca e, sem dó nem piedade, mordeu. Descobriu-se, então, que os bonecos eram recheados de leite condensado juntamente com uma espécie de licor de amendoim. A partir de então, o grupo começou a cobiçar os tais homenzinhos do bolo numa algazarra incomum que mais pareciam crianças enlouquecidas lambuzando umas às outras.
No palco, os atores convidaram algumas mulheres para subir e dançarem com o homem cobra. A sogra de Manuela subiu voluntariamente, enquanto que o grupo gritava, incentivando-a. A brincadeira consistia na convidada ficar numa ponta do palco e o homem cobra na outra. Quando o apresentador desse o sinal, a convidada correria para os braços do homem cobra e iniciava a dança, então. Dado o sinal, a sogra de Manuela não só correu de encontro ao ator, como simplesmente pulou em seus braços fazendo de suas pernas um alicate na cintura do moço. O problema é que ela era gorda demais e o cara, por mais músculo e preparado que tivesse para tal situação, ficou meio cambaleando de um lado para o outro do palco sem ao menos conseguir sustentar o peso dela. Os dois caíram, então, no chão. A platéia veio abaixo de tanto rir.
Para finalizar a apresentação, os atores, desciam do palco e misturavam-se entre as mulheres dançando individualmente ou com pequenos grupos. O bombeiro aproximou-se das amigas e puxou Manuela para dançar. Sofia posicionou-se atrás do rapaz e brincou de sanduíche com o ator. Ela foi passando suas mãos vagarosamente nas costas dele e ao chegar ao glúteo, sem cerimônia, apertou fortemente com as duas mãos cheias. Ela não teve compaixão. O rapaz pulou, deu um salto. Um bando de mulher se juntou querendo fazer com ele o mesmo. Enquanto Sofia gargalhava, o bombeiro fugia do grupo. Manu, simplesmente foi ma-ra-vi-lho-sa sua despedida de solteira, o melhor foi o bombeiro fugindo da gente, diria que isso foi impagável!!! Foi gargalhando e comentando desta imagem que Sofia despediu-se do grupo na porta do famoso, mas decadente, Clube das Mulheres, quando percebeu que um rapaz a chamava fazendo sinais com as mãos. Sem reconhecê-lo, Sofia tentou ignorá-lo. O rapaz foi atrás dela e pediu perdão por importuná-la, mas disse-lhe que gostaria muito de ficar com ela aquela noite. “Se você quiser, é claro”, insistia ele. Sofia compenetrada continuou não entendendo nada daquela proposta indecorosa, mas quando olhou para Manuela percebeu que a amiga fazia gestos atrás do rapaz tentando dizer que ele era o tal do homem cobra do Clube das Mulheres. Mas, e quanto vai custar esta noite comigo? O rapaz deu o preço dele. Sofia ficou encarando-o por um momento e disse: não, obrigada, por este preço, prefiro continuar comendo minha comida caseira mesmo. O rapaz pegou no braço dela e insistiu mais uma vez. Sofia já estava perdendo a paciência. Amigo, olha só, a minha cozinha apesar de caseira, é francesa, você nunca ouviu falar da culinária francesa? É uma das melhores do mundo, se liga. E saiu sem ao menos olhar para trás, pois o medo dela era justamente de cair na tentação.
Sofia e a sogra de Manuela eram as mais animadas da turma. Depois do personagem Rambo vieram o bombeiro, o marinheiro, o médico, o policial e tantos outros personagens que fomentavam e enriqueciam a imaginação feminina. Depois do desfile do grupo, passavam-se às apresentações individuais. Cada um vinha com um apetrecho diferente, mas característico do seu personagem: um chicotinho com as pontas reluzentes, uma corda dependurada na parte inferior do uniforme ou ainda uma âncora de barco nas mãos. Enfim, os rapazes faziam verdadeiros contorcionismos para agradar a mulherada e colocar os seus músculos, bíceps e tríceps às amostras. A gritaria histérica das espectadoras lembrava uma sirene contínua. Mal se podiam ouvir umas às outras. O marinheiro e o médico convidaram algumas das noivas para irem até o palco. As noivas eram identificadas com uma espécie de mini-véu e grinalda, cada uma com uma cor. Duas mais espevitadas subiram sem vergonha alguma e ficavam se esfregando aos homens. Manuela ficou receosa, mas a pressão das amigas e a quantidade de bebida que tinha consumido fez com que ela não relutasse tanto. Subiu, então. Manu, pega na bunda deles! Sofia gritava aquilo como se tivesse pedindo um isqueiro emprestado a um fumante. No palco, convidados e atores montavam um verdadeiro trem da alegria. Intercalados entre personagens e noivas, eles iam andando enquanto se esfregavam uns nos outros. Não tinha uma noiva sequer que não se aproveitasse da situação.
Assim que Manuela desceu do palco, Sofia fez sinal e o garçom trouxe-lhe a encomenda. Foi avisando as amigas, uma a uma, para o grande momento da noite. O garçom trouxe um bolo inusitado, mas apropriadamente temático para a ocasião. O bolo tinha uma boneca de doce que ficava situada em cima do que parecia ser um mini-palco. A boneca lembrava Manu e estava rodeada por vários outros bonecos nus com os pintos devidamente simulando ereções. A vela estava embutida num destes bonecos que tinha o instrumento fálico mais avantajado. Segundo Sofia, era o lugar mais coerente para enfiar algo que iria realçar o que ele tinha de melhor. Quando a mulherada começava a achar sacanagem naquelas palavras de Sofia, ela simplesmente, com a cara mais desavergonhada possível, pedia para que as amigas mordessem os pênis dos bonecos. Depois de toda a bagunça causada pelo “morde” e “não morde”, a sogra de Manuela meteu a boca e, sem dó nem piedade, mordeu. Descobriu-se, então, que os bonecos eram recheados de leite condensado juntamente com uma espécie de licor de amendoim. A partir de então, o grupo começou a cobiçar os tais homenzinhos do bolo numa algazarra incomum que mais pareciam crianças enlouquecidas lambuzando umas às outras.
No palco, os atores convidaram algumas mulheres para subir e dançarem com o homem cobra. A sogra de Manuela subiu voluntariamente, enquanto que o grupo gritava, incentivando-a. A brincadeira consistia na convidada ficar numa ponta do palco e o homem cobra na outra. Quando o apresentador desse o sinal, a convidada correria para os braços do homem cobra e iniciava a dança, então. Dado o sinal, a sogra de Manuela não só correu de encontro ao ator, como simplesmente pulou em seus braços fazendo de suas pernas um alicate na cintura do moço. O problema é que ela era gorda demais e o cara, por mais músculo e preparado que tivesse para tal situação, ficou meio cambaleando de um lado para o outro do palco sem ao menos conseguir sustentar o peso dela. Os dois caíram, então, no chão. A platéia veio abaixo de tanto rir.
Para finalizar a apresentação, os atores, desciam do palco e misturavam-se entre as mulheres dançando individualmente ou com pequenos grupos. O bombeiro aproximou-se das amigas e puxou Manuela para dançar. Sofia posicionou-se atrás do rapaz e brincou de sanduíche com o ator. Ela foi passando suas mãos vagarosamente nas costas dele e ao chegar ao glúteo, sem cerimônia, apertou fortemente com as duas mãos cheias. Ela não teve compaixão. O rapaz pulou, deu um salto. Um bando de mulher se juntou querendo fazer com ele o mesmo. Enquanto Sofia gargalhava, o bombeiro fugia do grupo. Manu, simplesmente foi ma-ra-vi-lho-sa sua despedida de solteira, o melhor foi o bombeiro fugindo da gente, diria que isso foi impagável!!! Foi gargalhando e comentando desta imagem que Sofia despediu-se do grupo na porta do famoso, mas decadente, Clube das Mulheres, quando percebeu que um rapaz a chamava fazendo sinais com as mãos. Sem reconhecê-lo, Sofia tentou ignorá-lo. O rapaz foi atrás dela e pediu perdão por importuná-la, mas disse-lhe que gostaria muito de ficar com ela aquela noite. “Se você quiser, é claro”, insistia ele. Sofia compenetrada continuou não entendendo nada daquela proposta indecorosa, mas quando olhou para Manuela percebeu que a amiga fazia gestos atrás do rapaz tentando dizer que ele era o tal do homem cobra do Clube das Mulheres. Mas, e quanto vai custar esta noite comigo? O rapaz deu o preço dele. Sofia ficou encarando-o por um momento e disse: não, obrigada, por este preço, prefiro continuar comendo minha comida caseira mesmo. O rapaz pegou no braço dela e insistiu mais uma vez. Sofia já estava perdendo a paciência. Amigo, olha só, a minha cozinha apesar de caseira, é francesa, você nunca ouviu falar da culinária francesa? É uma das melhores do mundo, se liga. E saiu sem ao menos olhar para trás, pois o medo dela era justamente de cair na tentação.