11 de janeiro de 2016

Boa sorte


O brasileiríssimo Boa sorte (2014) é uma excelente pedida para começar o ano com obras cinematográficas de boa referência. O filme tem um roteiro brilhante e é bem dirigido. Aliás, uma direção bem criativa. Os diálogos são inteligentes. A temática e o mundo dos personagens são tratados equilibradamente entre o drama e o riso que nos vem naturalmente. O resultado disso? Cenas lindíssimas. O contraste da alegria irreverente com a locação decadente é instigante. A interpretação de Deborah Secco é única e porque não dizer singular. Uma amadurecimento e tanto para a atriz. A trilha sonora é assertiva. Na narrativa, o adolescente João (João Pedro Zappa) tem uma série de problemas comportamentais: ele é ignorado pelos pais e se torna agressivo com os amigos de escola. Quando é diagnosticado com depressão, seus familiares decidem interná-lo em uma clínica psiquiátrica. No local, ele conhece Judite (Deborah Secco), paciente HIV positivo e dependente química, em fase terminal. Apesar do ambiente hostil, os dois se apaixonam e iniciam um romance. Mas Judite tem medo que a sua morte abale a saúde de João. O filme é uma adaptação do conto "Frontal com Fanta", de Jorge Furtado. Que, a proposito, também escreveu o roteiro. A película foi exibida no Paulínia Film Festival e Festival do Rio 2014. Confira o trailer!