29 de novembro de 2019

Notícias Dum Brasil

Foto: Eliane Verbena

O Notícias Dum Brasil – grupo criado por Eduardo Gudin para acompanhá-lo em discos e apresentações – apresenta-se no dia 1º de dezembro no Bar do Alemão, às 19h30. Atualmente, o grupo é formado por Cezinha Oliveira (voz e violão), Karine Telles (voz), Mauricio Sant'Anna (voz e violão), Léla Simões (voz) e Jorginho Cebion (percussão).

O show, homônimo, traz no repertório, entre outras, músicas do CD Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 4, lançado em 2015. Entre elas “Olhos Sentimentais” (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), “Tempo de Espera” (E. Gudin e P. C. Pinheiro), “Meu Delírio” (E. Gudin e Carlinhos Vergueiro) e “De Todo Meu Violão” (E. Gudin e Maurício Sant'Anna). Outras canções de Gudin completam o roteiro: “Ainda Mais”, “Paulista” (parceria com Costa Netto) e “Mordaça” (com Paulo César Pinheiro).

Criado, em 1995, pelo músico e compositor paulistano para acompanhá-lo em seus shows, o grupo Notícias Dum Brasil, que está em sua quarta formação, sempre contou com intérpretes de inquestionável talento como Renato Braz, Mônica Salmaso, Fabiana Cozza e outros.

28 de novembro de 2019

Predestination


A ficção científica e suspense australiano "Predestination" ou "O predestinado" (2014) tem um roteiro que prende a atenção da audiência do inicio ao fim. Com bons diálogos e boas cenas, ele é bem dirigido e produzido. É instigante e tem-se uma história plausível.


Na sinopse, um agente temporal (Ethan Hawke) encara sua última missão após anos de viagens no tempo caçando criminosos e executando a lei. O desafio final será finalmente capturar seu inimigo mais desafiador, o homem que há muito o intriga e ludibria. Assista ao trailer!


27 de novembro de 2019

A Última Estrofe

Foto: Sérgio Sampaio

"A Última Estrofe" faz curta temporada no espaço Pessoal do Faroeste, em São Paulo, somente aos domingos, a partir do dia 1° de dezembro, às 19h30. A direção é de Rodrigo Ferraz, o elenco é formado por Wood Moura, Daniel Alexs, Whintney Polato, Carola Valente, Rafael Sabinos e Evelyn Simões.
De autoria do jovem ator e dramaturgo Wood Moura, em parceria com Whintney Polato, "A Última Estrofe" fala de paixão, ódio e possessão. É o primeiro texto teatral assinado pela dupla de artistas. Reúne suspense, drama, audiovisual, interatividade e muita música.
Na sinopse, Dado é um cantor no auge do sucesso, que está passando por um momento de dúvidas na sua vida e conhece um policial que o salva de um precipício. De caráter duvidoso, Dado não vai medir esforços para conquistá-lo; mal sabe ele que a partir desse dia começa uma nova jornada na sua trajetória.

26 de novembro de 2019

Más Allá de la Luz


A película mexicana "Más Allá de la Luz" ou "Além da luz" (2010) é baseado em fatos reais e trata do potencial infinito que possui o ser humano, dos milagres sob a ótica da ciência, da cura, dos anjos e do poder do amor. Ou seja, se refere a todas as capacidades adormecidas que o ser humano pode desenvolver de modo a transformar radicalmente nossa sociedade e o mundo. A vida e à obra do humanista francês René Mey é retratada na película com bastante síntese

O roteiro tem pista e recompensa, cenas bem construídas, mas estruturalmente, parece que falta algo a ser concluído, apesar de a história ser rica e suntuosa. A direção e produção são boas. 


A história gira em torno de Nathan, um jovem cientista mexicano que trabalha num laboratório restrito de Biologia Celular, e que está secretamente apaixonado por sua colega. Ele se dedica a cuidar de sua mãe inválida, mas sua vida muda radicalmente quando conhece um personagem dotado de capacidades sobrenaturais. A partir de então, este jovem de mentalidade científica e materialista, descobre um mundo de curas milagrosas, levadas a cabo desde um campo que se encontra mais além dos sentidos físicos, e começa então a desenvolver uma nova ciência. Confira o trailer!

25 de novembro de 2019

Interditos

Foto: Giorgio D'Onofrio

“Interditos - as falas e as não falas das rubricas de Nelson Rodrigues” e “O Fazedor de Anjos” são montagens inéditas a partir de oficinas norteadas por Nelson Baskerville, dois encontros com 30  artistas e a obra de Nelson Rodrigues. Com a necessidade de investigar as rubricas do autor através do olhar plástico de William Kentridge e Roberto Rodrigues, nasce “O Fazedor de Anjos”: um espetáculo que propõe um ângulo onírico sobre o universo Rodriguiano e que se apoia em suas peças como ponto de partida para pôr em prática a linguagem desenvolvida pelo coletivo. Fica em cartaz de 28 de novembro a 13 de dezembro, às quintas e sextas-feiras.

Em “Interditos - as falas e as não falas das rubricas de Nelson Rodrigues” dezoito atores-criadores provocados também pelo diretor Nelson Baskerville apresentam o espetáculo que tem dramaturgia construída a partir do que não está dito nas peças, mas apenas sugerido. Os atores-criadores se apropriam dessas rubricas e colocam seus corpos em jogo, dentro do universo trágico e denso das obras do autor. Em cartaz de 25 de novembro a 11 de dezembro, às segundas, terças e quartas-feiras, às 20h.

22 de novembro de 2019

Audiência

Foto: Luis Felipe Labaki

Pouco encenado no Brasil, o poeta, dramaturgo, ativista e ex-presidente tcheco Václav Havel (1936-2011) foi um dos líderes da Revolução de Veludo, movimento pacífico responsável pelo fim do regime autoritário comunista na antiga Tchecoslováquia. Para marcar os 30 anos desse levante político e criar uma reflexão sobre o valor da democracia, o Coletivo Cardume estreia o espetáculo “Audiência”, com direção de Juliana Valente e tradução de Luis Felipe Labaki, na SP Escola de Teatro – Sala Hilda Hilst, no dia 29 de novembro.
Crítico ao autoritarismo, Havel foi impedido de ter suas peças encenadas durante a época que ficou conhecida no país como “Normalização” (1968-1989), período de recrudescimento do regime comunista que deu fim ao processo de liberalização ocorrido na Primavera de Praga (1968). Em 1974, com dificuldades financeiras, o dramaturgo foi obrigado a trabalhar por alguns meses em uma cervejaria na cidade de Trutnov.
Essa experiência serviu-lhe de inspiração para escrever a peça “Audiência” (1975), que narra a visita do ex-dramaturgo Vaněk (na montagem do Coletivo Cardume, interpretado por Marô Zamaro), uma espécie de duplo do autor, ao escritório de seu chefe, o Mestre Cervejeiro (Pedro Massuela). Entornando várias garrafas de cerveja, o patrão pergunta ao subordinado sobre sua vida anterior à função maçante de rolar os barris da cervejaria e sobre as atrizes e personalidades com quem convivia no teatro.
Na conversa, o Mestre Cervejeiro se lembra dos próprios velhos tempos, extravasa sobre suas desilusões e propõe a Vaněk um novo trabalho em troca de um favor. O poeta e dramaturgo dissidente deveria ajudar a escrever os relatórios solicitados pelo serviço secreto sobre suas atividades “subversivas”.
“A peça nos apresenta um embate entre duas visões de mundo. Vaněk e o Mestre cervejeiro possuem experiências de vida e perspectivas muito diversas entre si. E esse atrito é o primeiro aspecto que nos chama a atenção. Eu poderia dizer que esse aspecto estrutural da peça dialoga profundamente com a séria polarização política que vivemos no Brasil”, conta a diretora Juliana Valente.

21 de novembro de 2019

O poder do agora


Não é à toa que "O poder do agora", de Eckhart Tolle, vendeu mais de 8 milhões de livros vendidos. Trata-se de um fenômeno da literatura espiritual quando nos traz a consciência de vivermos o agora, em nossa presença ilimitada. Com a leitura clara e edificante, o livro aborda a importância de nos libertarmos do desapego ao passado e da ansiedade sobre o futuro. Nos mostra que viver o "Agora" é o melhor caminho para a felicidade e iluminação. Certamente é um guia que provoca a nossa descoberta através do autoconhecimento e, mais do que isso, do nosso potencial interior. Traz a consciência de nossos pensamentos e emoções limitantes que nos impede de experienciarmos a alegria e a paz dentro de nós mesmos. Um livro para se ter para a vida toda. Recomendo!

20 de novembro de 2019

Cenas Negras em Encruzilhadas – Áfricas + Américas

Foto: Tony M. Bingham

Entre 22 e 24 de novembro, o Itaú Cultural recebe três espetáculos que fazem parte do evento “Cenas Negras em Encruzilhadas – Áfricas + Américas”. Todos com entrada gratuita.

Entre os dias 22 e 24/11, acontece o evento “Cenas Negras em Encruzilhadas – Áfricas + Américas”, que durante quase um mês estabeleceu programação focada na discussão sobre a cena teatral negra contemporânea com base em processos artísticos nos estados de São Paulo, Minas Gerais e no Alabama (Estados Unidos). Três espetáculos fecharão as atividades do evento: “Episódio I: Uenda – Congembo (Morrer)”, “Episódio III: Banzo e os Filhos dos Antigos” e “A Grande Encruzilhada: Brasil + EUA (de antigos cantos novos poemas)”. 

No dia 22/11, às 21h, a peça ‘Episódio I: Uenda-congembo (Morrer)’ aborda um cenário inspirado na prática da mineração e do garimpo, atividades largamente realizadas por populações negras escravizadas no Brasil de fins do século XVII ao final do XX, sobretudo no interior de Minas Gerais. O espetáculo trata das tensões étnicas e de busca de identidade cultural na contemporaneidade. Os materiais cênicos que guiam a dramaturgia são fundamentados nos vissungos – antigos cantos de origem centro-africana entoados em coro com sistema responsorial – presentes nas lavras de ouro e diamante, nos rituais fúnebres e em diversos outros momentos da vida cotidiana.

Em “Episódio III: Banzo e os Filhos dos Antigos”, que será apresentada no dia 23/11, também às 21h, histórias de travessia da Kalunga Grande se entrecruzam, com personagens que buscam um sentido na diáspora, seja nas origens dos seus ancestrais, ou mesmo nos porquês do distanciamento de suas terras, para que possam seguir em suas reinvenções de si, resistindo aos discursos fáceis da democracia racial. Estas figuras caminham, cada qual em sua estrada, como filhas apartadas de uma mátria que lhes deu, dá e dará sentido de existir.

No encerramento da programação do evento “A Grande Encruzilhada: Brasil + EUA (de antigos cantos novos poemas)” mostrará uma mistura de performance e palestra, no dia 24/11, às 20h. Serão apresentadas reflexões artísticas e sociopolíticas por meio de cantos de tradição, cenas, textos e imagens geradas a partir do encontro com mestres e mestras das tradições sulistas dos EUA e com artistas urbanos da cidade de Birmingham durante residência do grupo no estado do Alabama em julho de 2019, em parceria com Lloyd Bricken (ex-performer do Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards).

19 de novembro de 2019

O que mantém um homem vivo?

Foto: Luísa Bonin

A peça "O que mantém um homem vivo?" fica em cartaz no Teatro Anchieta até o dia 15 de dezembro, quinta a sábado, às 21h; domingo às 18h. Ela traz para o público as contundentes reflexões de Brecht sobre a natureza do homem e suas contradições sociais.

Quase cinco décadas depois de sua estreia, a peça ganha uma nova versão pelo Teatro Promíscuo, também dirigida por Borghi, que agora divide a cena com Elcio Nogueira Seixas e Georgette Fadel. "O que mantém um homem vivo?" se impõe, uma vez mais, como voz crítica e ato de resistência lúcida e criativa diante de um quadro preocupante de ataques aos valores democráticos, ameaça de retrocessos no campo dos direitos humanos e das liberdades civis. 

Na sinopse da nova montagem, o roteiro foi elaborado por Renato Borghi e Esther Góes a partir de textos de Bertolt Brecht, com canções de Kurt Weill, Hanns Eisler, Paul Dessau e Jards Macalé. Lançada em 1973 pelo Teatro Vivo, a peça se tornou referência por sua postura crítica em relação ao autoritarismo e seus efeitos deletérios sobre o indivíduo e a sociedade. Bondade, Ciência, Justiça, Amor e outros valores caros à humanidade são dissecados com lucidez sob o olhar dialético e humor cáustico de Bertolt Brecht. Afinal, o que mantém um homem vivo? Brecht pergunta, mas também responde: “Um homem é um homem e ele é muito difícil de destruir”.

18 de novembro de 2019

Espelho

Foto: Divulgação

Dia 22 de novembro às 20h reestreia a peça "Espelho" do grupo Refinaria Teatral, em comemoração aos dez anos de atividade ininterrupta. A direção e texto são de Daniel Alves Brasil. No elenco estão Ana Szcypula, Karyn Camoski e Daniel Santana. A temporada será de sexta à domingo, até dia 15 de dezembro, toda a sexta e sábado, às 20h, domingo, às 18h. Os ingressos são no sistema pague quanto puder.

Para o grupo, revisitar essa obra é uma maneira de beneficia-la com o acumulo geral da pesquisa em torno do trabalho da(o) atriz (ator) que estimulou desde então. Na sinopse, um indivíduo enclausurado em si mesmo entra em contato com sua consciência sem perceber. A tensão cresce entre as duas partes e os conflitos revelam que sua vida está entrelaçada a sistemas que as manipulam. O personagem tenta desesperadamente se desvencilhar de algo que ele nem sabe o que é.

15 de novembro de 2019

A um passo da Aurora

Foto: Cláudio Gimenez

Com 19 anos de trajetória, a Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança mergulha na poética do músico, maestro e múltiplo artista Guilherme Vaz (1948-2018) com "A Um Passo da Aurora", das intérpretes-criadoras Mariana Muniz e Regina Vaz.
O espetáculo de dança contemporânea tem novas apresentações no Centro de Referência da Dança - CRD, dias 20, 21, 22 e 23 de novembro; e no Espaço Cia da Revista, dias 28, 29 e 30 de novembro e 01 e 02 de dezembro.
Ao longo de sua trajetória, a companhia vem desenvolvendo trabalhos voltados para a pesquisa das relações entre palavra e movimento, poesia/arte e dança. O grupo realizou trabalhos solos de teatro-dança, nos quais a poesia de artistas como Florbela Espanca – Dantea, Ferreira Gullar – Túfuns, Arnaldo Antunes – Rimas no Corpo, Fernando Pessoa - Fados e outros Afins, dentre outros, serviram de referência para o exercício de múltiplas qualidades de trânsito entre a palavra e o movimento e, cuja excelência, atesta os muitos prêmios recebidos. 
Depois de uma bem-sucedida imersão no universo dos Fados, com “Fados e outros Afins”, último trabalho da companhia, a Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança dá continuidade ao processo de investigação das relações entre pensamento, corpo e gestos, em dança-teatro. O espetáculo foi contemplado pelo 25º Edital de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo.

Mariana Muniz, que assina a direção do trabalho, e Regina Vaz - irmã do artista Guilherme Vaz, e responsável pela dramaturgia de “A Um Passo da Aurora”-, se reencontram, em cena, depois de terem trabalhado juntas, no Grupo Coringa (1977-1985), durante dez anos, sob a direção da coreógrafa uruguaia, Graciela Figueroa. 

“Com esse trabalho damos continuidade às nossas pesquisas e criações em dança contemporânea, e prestamos uma justa homenagem ao múltiplo artista Guilherme Vaz”, afirma Mariana Muniz. 

As apresentações no Centro de Referência da Dança - CRD acontecem nos dias 20, 21, 22 e 23/11 | quarta a sábado as 19h. Já no Espaço Cia da Revista, dias 28, 29, 30/11, 01 e 02/12 - quinta, sexta, sábado e segunda - 20h, domingo, 19h. Todos os ingressos são gratuitos.

14 de novembro de 2019

Izaias e seus Chorões, Eudóxia de Barros e Festival Nilcéia Baroncelli

Foto: Divulgação

No dia 16 de novembro, às 20h, o Centro de Música Brasileira promove o encerramento da Temporada 2019 no Centro Brasileiro Britânico. Primeiro um trio se apresenta no Festival Nilcéia Baroncelli, Lucas Raulino (violino), Fernanda Pavan (viola) e Nilcéia Baroncelli (piano). Em seguida, Eudóxia de Barros (piano) toca com o Izaias e seus Chorões. 

Izaias e seus Chorões vão tocar obras de Ernesto Nazareth, Otávio Dutra, Amador Pinho, Waldyr Azevedo e Israel Almeida. O grupo é formado por Izaias Bueno de Almeida (bandolim), Israel Bueno de Almeida (violão de 7 cordas), Marco Bailão (violão), Getúlio Ribeiro (cavaquinho) e Allan Gaia Pio (pandeiro). Eudóxia de Barros toca uma obra de Osvaldo Lacerda e depois, com os Chorões, interpretam obras de Nazareth, Zequinha de Abreu e Waldyr Azevedo.
Há mais de 40 anos, Izaias e seus Chorões levam o choro aos palcos da cidade. Liderado pelo bandolinista Izaias Bueno de Almeida, o grupo segue com o objetivo de preservar o choro e conservar suas raízes.
Eudóxia de Barros toca anualmente em todo o país. Algumas cidades que a pianista esteve em recitais em 2019 foram Porto Alegre, Canoas, Curitiba, Rio de Janeiro, Goiânia, Miguel Pereira, São Pedro, Campinas e Campos do Jordão. Em 2017 lançou a Obra Integral para Piano de Osvaldo Lacerda pela Paulinas.
No Festival Nilcéia Baroncelli várias obras da compositora serão tocadas em 1ª Audição. Nilcéia já compôs mais de 50 obras para grupos de câmara, orquestra e canções. Dedica-se desde 1976 a pesquisar obras de mulheres compositoras.

13 de novembro de 2019

Caos

Foto: Guga Melgar

Impasses e surpresas que todos estão sujeitos a vivenciar no dia a dia da cidade do Rio de Janeiro estão reunidos no espetáculo "Caos", de Rita Fischer, que é apresentado no dia 15 de novembro durante as Satyrianas e estreia na sexta-feira seguinte, dia 22, no Espaço Parlapatões. A peça estreou em 2018 no Teatro Serrador, no Rio de Janeiro, teve uma turnê de três meses em Portugal (em Lisboa e Porto) e agora vai para a sua sexta temporada, que marca a sua estreia em São Paulo
Com direção de Thiago Bomilcar Braga, a montagem é uma reunião de contos que a atriz e idealizadora do projeto escreveu ao longo dos últimos anos. Interferências, desconfortos, possíveis perdas, maus tratos, indiferenças, acidentes e desvios da cidade caos foram todos vividos e experienciados por ela.
A peça convida o espectador a fazer parte do universo autobiográfico de Rita e suas observações sobre os choques urbanos e seus desdobramentos éticos. Em cena, a atriz e idealizadora do projeto divide o palco com a atriz Maria Carol, que empresta sua visão de mundo para movimentar o tráfego e acentuar ainda mais o caos da autora. Ao todo são quinze contos encenados, abordando desde as mazelas sociais ao vício de postar fotos nas redes sociais, passando por sentimentos pessoais de Fischer.
“Achamos de suma importância realizar este espetáculo porque não sou somente eu que vivencio o caos no dia a dia. Estamos literalmente largados numa cidade que já foi maravilhosa e agora é habitada e governada pelo descaso e negligência em quase todas as esferas. E tomando como ponto de partida que o teatro pode ser um grande ‘agente transformador’ para pensarmos e criarmos um mundo melhor, nada mais atual e pertinente do que falar sobre o Rio de Janeiro de uma forma bem-humorada, reflexiva, crítica e atual”, propõe a dramaturga.
A temporada vai de 22 de novembro a 13 de dezembro, todas às sextas-feiras, às 21h.

12 de novembro de 2019

Experimentos Ancestrais

Foto: Divulgação

Artista versátil e ávido por novos desafios, Lumumba assume o perfil inquieto em suas obras. Multifacetada e divida em três fases, sua produção abrange escultura, máscaras, pintura com pigmentos naturais e parte dela está exposta na Casa da Cultura Chico Science na mostra ‘Experimentos Ancestrais’, que segue aberta ao público até 15/12, de domingo e segunda, das 9h às 20h, e de terça a sábado, das 9h às 21h.

A exposição toma por base as obras das primeira e segunda fases do artista, com trabalhos reunidos de seu acervo pessoal. O artista expõe o caminho que trilhou após suas duas viagens ao Parque Indígena do Xingu, onde teve contato com as etnias Kalapalo e, posteriormente, com a Kamaiurá. Foram períodos de completa imersão, durante a qual foi submetido a rituais sagrados.

As obras também são fruto da sua busca por sua genealogia congolesa e puri-guarani, processo que contribuiu na reconstrução do DNA afro-indígena. Em sua trajetória também é possível notar influências da vida e obra de Jean-Michel Basquiat.

11 de novembro de 2019

Meta-Arquivo

Foto: Divulgação

O Sesc São Paulo apresenta, até o dia 24 de novembro, na unidade Belenzinho, a exposição "Meta-Arquivo: 1964-1985 - Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura". Com curadoria e pesquisa de Ana Pato e em parceria com o Memorial da Resistência, a mostra reúne nove obras inéditas, elaboradas por Ana Vaz, Grupo Contrafilé, O grupo inteiro, Giselle Beiguelman, Ícaro Lira, Mabe Bethônico, Paulo Nazareth, Rafael Pagatini e Traplev.

Com caráter pedagógico, a exposição surge como um espaço expandido de aprendizado, cujo objetivo primordial é despertar a reflexão acerca da documentação pública arquivada pelo Estado Brasileiro: como ler esses arquivos? Como construir memória a partir deles? Como aprender coletivamente sobre a história do país e de seu povo, a partir de sua análise? Como preservar esses acervos e, como consequência, a memória dos processos civilizatórios que alicerçam a sociedade atual?

Tais ponderações nortearam a gênese da exposição, a partir do programa de ação curatorial Arquivo e Ficção, desenvolvido por Ana Pato desde 2014, que busca valorizar os processos de construção da história brasileira. Sua metodologia de trabalho consiste na articulação de pesquisas artísticas e na formação de grupos de trabalho em torno de arquivos e acervos, diante da invisibilidade, do abandono e do risco de desaparecimento que os acervos documentais e artísticos vivenciam.

Um desses grupos de trabalho se consolidou em julho de 2018, tendo como foco de pesquisa o período da Ditadura Civil Militar Brasileira (1964-1985), formado pela curadoria, os artistas e a equipe do Memorial da Resistência. Os artistas passaram a desenvolver uma ação artística junto a esses arquivos, que culminou nas obras que serão apresentadas na exposição. Criadas a partir desses documentos históricos, tais obras visam trazer à discussão os processos que levam ao apagamento da memória - e a importância de se manter relevantes e presentes os acervos documentais da história.

Visitação de terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 19h30.

8 de novembro de 2019

Os Inquilinos

Foto: Valerio Trabanco

Em diálogo com a luta do Movimento Antimanicomial, o  espetáculo “Os Inquilinos”, de Fábio Takeo,  conta a história de almas abandonadas e solitárias que travam uma batalha intensa para viver e existir, apesar de sua aparente invisibilidade. Por meio de estudos sobre a literatura de Anton Tchekhov e uma pesquisa a respeito da vida nos manicômios judiciais e hospitais psiquiátricos brasileiros, o grupo criou os personagens encontrados na narrativa. As apresentações acontecem no Ágora Teatro até 15 de dezembro, com sessões aos sábados e domingos, às 17h
Em um manicômio prestes a ser fechado, um homem luta para manter vivas suas memórias. Ao registrar suas lembranças, ele relembra das pessoas que fizeram parte da sua vida, dos sonhos deixados para trás e das perspectivas em relação ao futuro. Ao longo da peça, o público vê se materializar no palco uma série de pessoas complexas, profundas e contraditórias que lutam para não serem esquecidas. 
“A principal inspiração para a peça foi o conto ‘Enfermaria N. 6’, de Anton Tchekhov. No entanto, outras histórias do autor auxiliaram na criação da essência dos personagens, como  ‘Sonhos’, ‘Vanka’, ‘Volodia’, ‘Um Homem conhecido’ e a ‘A Dama do Cachorrinho’. Além disso, serviram como material de estudo para o grupo o livro ‘Holocausto Brasileiro’ (Daniela Arbex) e os documentários ‘Juqueri’ (Goulart de Andrade), ‘Stultifera Navis’, ‘Em Nome da Razão’ (ambos de Helvecio Ratton), ‘Imagens do Inconsciente – Nise da Silveira’ (Leon Hirszman) e ‘Estamira’ (Marcos Prado)”, conta Takeo.

7 de novembro de 2019

(In)justiça

Foto: Rick Barneschi

No dia 15 de novembro, reestreia o espetáculo (In)justiça, no Sesc Belenzinho, às 17 horas. A encenação é dirigida por Miguel Rocha, fundador e diretor do grupo. Evill Rebouças assina o texto que foi criado em processo colaborativo com o grupo.

(In)justiça é um ensaio cênico, norteado pela indagação ‘o que os veredictos não revelam?’, para refletir sobre aspectos do sistema jurídico brasileiro. Para tanto, conta a história do jovem Cerol que, involuntariamente, pratica um crime. A partir daí, surgem diversas concepções sobre o significado da justiça, seja a praticada pelo judiciário ou sentenciada pela sociedade.

O espetáculo, que estreou em janeiro de 2019, está indicado aos prêmios ao SHELL, na categoria de Melhor Música, e Aplauso Brasil, como Melhor Espetáculo de Grupo. No 4º FESTKAOS - Festival Nacional Teatro do Kaos, em Cubatão, SP -, conquistou os prêmios de Melhor Atriz (Dalma Régia), Melhor Ator (David Guimarães), Ator Coadjuvante (Danyel Freitas) e Melhor Figurino (Samara Costa), além das indicações à Melhor Trilha Sonora e Melhor Iluminação. Também participou do 34º Festivale - Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraíba e da 12ª Mostra Cooperifa. Participa, em novembro, do 41º FESTE - Festival Nacional de Teatro Pindamonhangaba e 14º FENTEPIRA - Festival Nacional de Teatro de Piracicaba.

6 de novembro de 2019

Ser José Leonilson

Foto: Leekyung Kim

Idealizado por Laerte Késsimos, dirigido por Aura Cunha, com dramaturgia de Leonardo Moreira, o espetáculo teatral “Ser José Leonilson” é uma costura poética entre a vida e obra do artista plástico José Leonilson (1957-1993) e a biografia de Laerte Késsimos. Elaborado a partir dos depoimentos (biográficos e artísticos) do artista plástico brasileiro e registros sonoros feitos pelo próprio Laerte durante o processo de criação e pesquisa, o tecido que é alinhavado diante do público une as inquietações dos dois artistas: a feitura artística como um autorretrato, a casa de infância como um ambiente de domesticação, a sexualidade como campo de batalha, as pontes amorosas como uma travessia e a doença como uma reconciliação com nossa finitude. 

Aproximando-se de forma direta da obra de Leonilson, o próprio processo de investigação de Laerte, os vestígios da criação, os áudios que dão dimensão histórica ao cotidiano criativo são, eles próprios, a obra. Um bordado em que frente e verso são compartilhados publicamente – suas amarras, cortes, sobras de linha, correções, imperfeições, pontos e nós. 

O espetáculo estreia dia 14 de novembro e fica até o dia 15 de dezembro, de quinta a sábado às 20h e domingo às 18h no TUSP – Centro Universitário Maria Antônia.

5 de novembro de 2019

Quebra-Cabeça

Foto: Estevan dos Anjos

Um imenso puzzle cheio de buracos e de peças que não se encaixam. Esta é a forma do monólogo autobiográfico e documental "Quebra-Cabeça", da atriz e autora Camila dos Anjos, que estreia dia 8 de novembro no Itaú Cultural e, na sequência, segue para a Oficina Cultural Oswald de Andrade, onde fica em cartaz entre 13 de novembro e 19 de dezembro. Os ingressos no Itaú Cultural são gratuitos e as reservas online podem ser feitas 10 dias antes de cada apresentação.
Em cena, Camila abre os porões de sua própria vida, cercada de documentos que comprovam sua trajetória e reflexões sobre suas experiências mais profundas. Memórias, personagens e referências se cruzam e se confundem à procura de pistas. Cartas, vídeos, cadernos, roteiros, fotos e matérias compõem um arquivo que serviu como base para a criação dramatúrgica. Os textos escritos através das memórias tornam-se blocos, peças desse quebra-cabeça. Os registros são acompanhados de um esgotamento, de uma ausência e de uma sensação estranha de ser só atriz e mais nada. 
O espaço onde a peça acontece é uma espécie de instalação cênica sob a forma de um porão de lembranças, de um lugar que remete ao passado. Nesse ambiente inacabado, documentos e memórias são fixados em um grande painel de cortiça, em uma tentativa de investigar e compreender a trajetória da artista.
No Itaú Cultural  a peça tem apresentações nos dias 8, 9 e 10 de novembro, na sexta e no sábado, às 20h, e, no domingo, às 19h. E, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, a temporada acontece de 13 de novembro a 19 de dezembro (exceto no dia 20/11), de quarta a sexta-feira, às 20h; e aos sábados, às 18h.

4 de novembro de 2019

O Eterno Retorno

Foto: Divulgação

Já está à venda nas livrarias o livro “O Eterno Retorno”, texto da peça teatral de Samir Yazbek, publicado pela É Realizações. A obra, indicada ao Prêmio Aplauso Brasil 2018, na categoria Dramaturgia, traz ao público a versão final do texto dirigido por Sérgio Ferrara, em 2018, no Sesc 24 de Maio, integrando o projeto Samir Yazbek – Textos Inéditos. A edição ainda apresenta trechos de críticas e comentários de nomes como Aimar Labaki, Fábio de Souza Andrade, Marcos Damaceno, Maria Silvia Betti e Ugo Giorgetti, entre outros.

Sinopse: Por meio de um ator, de seu produtor e de sua namorada, além de figuras do imaginário desse ator, como sua mãe e seu primeiro diretor, “O Eterno Retorno” radiografa como a indústria cultural, com suas estratégias de valorização da imagem, formata o modo de vida da sociedade contemporânea. A peça mostra como oscilamos entre aderir a essas estratégias e recusá-las, concentrando na perspectiva do ator a angústia que tem sido a de muitos de nós. Nos interstícios dessa radiografia, “O Eterno Retorno” investiga em que medida ainda há espaço para os sonhos e os afetos dos indivíduos.

1 de novembro de 2019

Elza volta em cartaz

Foto: Gustavo Holanda

A trajetória de Elza Soares é sinônimo de resistência e reinvenção. As múltiplas facetas apresentadas ao longo de sua majestosa carreira foram o ponto de partida para o musical “Elza”, que fará nova temporada na capital paulista, no Teatro Porto Seguro
De 08 de novembro a 15 de dezembro, Larissa Luz, convidada para a montagem, e outras seis atrizes selecionadas em uma bateria de testes (Janamô, Julia Tizumba, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacorte e Verônica Bonfim) sobem ao palco para celebrar o trabalho, as 09 indicações ao Prêmio Bibi Ferreira, o recém-conquistado Prêmio Shell de Melhor Música, os dois prêmios CESGRANRIO (Melhor Direção – Duda Maia e Categoria Especial pelo Elenco), quatro troféus do Prêmio Reverência (Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Autor e Categoria Especial) e o Prêmio da APCA de Melhor Dramaturgia.
Em cena, as atrizes se dividem ao viver Elza Soares em suas mais diversas fases e interpretam outros personagens, como os familiares e amigos da cantora, além de personalidades marcantes, como Ary Barroso (1903-1964), apresentador do programa onde se apresentou pela primeira vez, e Garrincha (1933-1983), que protagonizou com ela um notório relacionamento.
Com sessões às sextas e sábados às 20h, e, domingos às 19h, o Teatro Porto Seguro fica na Alameda Barão de Piracicaba, 740 – SP.