31 de março de 2020

Alumia

Foto: Iago Alencar

A canção Alumia, que dá nome ao quarto CD do cantor e compositor Zé Guilherme, ganhou versão eletrônica. Produzido por Waldo Squash (Uaná System), o remix traz uma nova cara para a faixa com o sotaque paraense do carimbó eletrônico, e estará disponível em todas as plataformas digitais, prometendo balançar as pistas.

Com letra e música de Zé Guilherme, fazendo referência à sua origem nordestina, Alumia é ritmada e contagiante. No arranjo original, de Cezinha Oliveira, a faixa já registra referências de carimbó, junto a nuances de coco, ritmo característico do Nordeste.

O disco Alumia foi lançado em 2018, comemorando 20 anos de carreira de Zé Guilherme. Após gravar, em 2015, Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva, releituras pessoais e delicadas do “cantor das multidões”, o artista entrou em cena com um álbum autoral, no qual assina a maioria das composições, incluindo parcerias com Luis Felipe Gama, Cris Aflalo, Marcelo Quintanilha e Cezinha Oliveira.

30 de março de 2020


Escrito por Donaldo Buchweitz, "Tulu - Em busca de um lugar para viver" (Ciranda Cultural, 32 pp, R$ 29,90 – Ilustração: Ina Carolina) reflete, pela óptica do jovem indígena Tulu, sobre a relação que estabelecemos com o lugar em que vivemos e as consequências dos desequilíbrios causados por atitudes que priorizam apenas interesses próprios.

Tulu pertence à tribo Macuxi e vive entre a floresta e o lavrado, é amigo dos animais e desde cedo aprendeu a amar a natureza, as plantas, as aves, os insetos e todo o ecossistema a que está inserido. Compõe músicas para os pássaros, brinca e é feliz por viver na floresta, até que um dia se vê ameaçado pelas queimadas e pela possibilidade real de deixar a floresta. Foge com sua tribo em busca de um lugar onde o amor e a vida pudessem estar preservados. Para isso, leva consigo uma muda da planta Tambatajá, na esperança de semear o bem em seu novo lugar e com a certeza de que a natureza estará sempre a seu favor.

27 de março de 2020

Caos

Foto: Andréa Rocha e Guga Melgar

Impasses e surpresas que todos estão sujeitos a vivenciar no dia a dia na cidade do Rio de janeiro estão reunidos no espetáculo “Caos”, de Rita Fischer, que chega à sua sétima temporada, com reestreia marcada para dia 07 de abril, no Teatro Viga. A montagem, que estreou em março de 2018 e já acumula uma turnê de três meses pela Europa, estará em cartaz todas as terças de abril e maio, às 21h.

A montagem é uma reunião de contos e crônicas, que a atriz e idealizadora do projeto escreveu ao longo dos últimos anos. Interferências, desconfortos, possíveis perdas, maus tratos, indiferenças, acidentes e desvios da cidade caos. Foram todos vividos e experenciados por ela. 

Com direção de Thiago Bomilcar Braga, a peça cumpriu recentemente temporada no Espaço Parlapatões e passou, em 2019, por Portugal, com apresentações nas cidades de Lisboa, Porto e Braga. "Caos" convida o espectador a fazer parte do universo autobiográfico de Rita e suas observações sobre os choques urbanos e seus desdobramentos éticos. Também no elenco, Rita Fischer divide o palco com a atriz Maria Carol, que empresta sua visão de mundo para movimentar o tráfego e acentuar ainda mais o caos da autora. Ao todo são quinze contos encenados, abordando desde as mazelas sociais ao vício de postar fotos nas redes sociais, passando por sentimentos pessoais da própria autora. 

“Achamos de suma importância realizar este espetáculo porque não sou somente eu que vivencio o caos no dia a dia. Estamos literalmente largados numa cidade que já foi maravilhosa e agora é habitada e governada pelo descaso e negligência em quase todas as esferas. E tomando como ponto de partida que o teatro pode ser um grande “agente transformador” para pensarmos e criarmos um mundo melhor, nada mais atual e pertinente do que falar sobre o Rio de janeiro de uma forma bem humorada, reflexiva, crítica, e atual” propõe Rita Fischer. 

26 de março de 2020

Tecendo diálogos

Foto: Divulgação

Acontece no dia 28 de março às 20h a estreia de "Tecendo diálogos", com o coletivo As Caracutás, no ateliê Favela Galeria, em São Mateus (ZL), com entrada franca. O espetáculo de teatro-dança tem criação e direção coletiva das intérpretes Ester Lopes e Monica Soares com preparação corporal e Mika Rodrigues.

"Tecendo diálogos" é resultado de um trabalho de pesquisa em movimento com foco nas lutas e os saberes das mulheres residentes no Parque São Rafael e imediações. O universo dos valores femininos norteia o espetáculo como uma procura pela força da resistência e do cuidado, pela paixão e inocência - dualidade peculiar ao feminino.

A linguagem cênica é híbrida; reúne artifícios teatrais (incluindo o teatro narrativo) junto às danças populares brasileiras e ao canto, dialogando com a estética contemporânea. As cenas foram alinhavadas por esses elementos para tecer o caminho da dramaturgia. A força e, ao mesmo tempo, a leveza da dança e do trabalho de corpo são fundamentais para as histórias dessas 12 mulheres que se apresentam: histórias que invertem os valores machistas, traçando paralelos e unindo mulheres em suas diversidades. “O corpo feminino carrega muitos traços tanto do cerceamento quanto da expressividade; ele pode ser fechado ou aberto para o que está a sua volta”, comenta Ester Lopes.

Monica e Ester recriam e rememoram as vivências dessas mulheres criando diálogos cênicos a partir das lembranças da infância e da juventude e também da sabedoria trazida pelo tempo. O espetáculo mergulha no estado do corpo em cada expressão de vida, seja ela alegre, agitada, tímida, cuidadosa ou acanhada. “São personagens reais e corajosas que carregam a simplicidade como beleza, que espelham um mundo futuro de igualdades, desejos comuns à maioria de nós”, reflete Monica Soares. As expressões do corpo são o principal artifício usado pelas atrizes/dançarinas para mostrar o lugar que cada uma dessas mulheres habita no mundo, mas também que mundo habita suas almas. O enredo passa pelos lugares do trabalho, da relação com o próprio corpo, da violência sexual, da fé, da espiritualidade e da maternidade.

Em "Tecendo diálogos" cada personalidade é também traduzida por um ritmo da tradição popular brasileira (jongo, frevo, carimbó, samba, coco, maracatu rural, batuque de umbigada, ijexá, caboclinho, capoeira). “Para contar as histórias dessas mulheres, vamos além do corpo, usando nossos corpos como instrumento em cada cena”, explicam as atrizes, que se conheceram quando faziam curso de formação no Instituto Brincante. “Foi realmente um encontro: os caminhos de duas atrizes da periferia se cruzando na Vila Madalena, no Brincante, era um sinal de que algo bom viria dali”, brincam elas e dividem a emoção do encontro.

25 de março de 2020

A pane

Foto: Ronaldo Gutierrez

Ao chamar de “A pane” seu conto (depois transformado em teatro), Dürrenmat não estava só pensando na falha mecânica de um Jaguar, que leva o protagonista a uma situação inesperada. A peça também diz respeito a este nosso mundo, repleto de imperfeições e catástrofes, de falhas da Justiça, de culpas e desculpas. Dürrenmat é daqueles autores que divertem e dão o que pensar.
A situação é inusitada. Um jogo em que velhos e octogenários juristas aposentados encenam suas antigas ocupações e, como diz o juiz anfitrião, agora não mais presos “a formas, protocolos, leis e todo o entulho inútil dos tribunais”. Neste jogo eles enredam um próspero representante comercial. Qual o seu crime? Não importa: “crime é algo que sempre se pode encontrar”.
Ao brincar de tribunal, os personagens nos fazem questionar o conceito de justiça, o sistema de Justiça, e este nosso mundo “de inocentes com culpa e culpados sem culpa”. A encenação reúne atores de várias gerações, para falar, não de uma história antiga, mas de “uma história ainda possível”, como o autor a qualifica.
A temporada acontece no Sesc Santana, de 27 de março a 3 de maio, às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 18h.

24 de março de 2020

Não conte a ninguém

Foto: Stephane Sousa

Segredos de pessoas comuns coletados durante uma intervenção urbana são o ponto de partida para a dramaturgia de “Não conte a ninguém”, do Coletivo Pulsante. A peça, terá direção de Stephane Sousa e texto de Luan Carvalho.
O espetáculo surgiu de um processo colaborativo, no qual os atores, provocados pela diretora, se depararam com os próprios segredos junto aos segredos de anônimos e perceberam que estes podem revelar sintomas de uma sociedade imersa num mal-estar social que parece não ter saída, mas sim presa à uma caminhada inevitável para o fim. 
A dramaturgia foi surgindo da intervenção já mencionada, de improvisações na sala de ensaio e de questões como: “Qual a função social desses segredos?” e “Como essas verdades escondidas podem interferir na relação do indivíduo com o mundo?”.
As verdades secretas partilhadas pelas pessoas anônimas trouxeram disparadores sobre as angústias do ser pessoal/social e fizeram com que o grupo seguisse por uma linha existencialista, dando voz aos reais anseios de uma sociedade que oprime e aliena o indivíduo. 
Na trama, cinco atores esperam pela chegada de uma figura primordial para o começo do espetáculo. Eles decidem, então, quebrar essa longa espera e começam a passar as cenas. “Enquanto aguardam essa figura opressora, eles passam as cenas, quebram para conversas de camarim e voltam para o ensaio. Esse jogo de on/off segue até o fim do ensaio, quando eles partem efetivamente para a estreia. É como se codificássemos que ali começa a dramaturgia”, revela a diretora Stephane Sousa.

Atenção: Diante do coronavírus (COVID-19), o Coletivo Pulsante optou por cancelar suas temporada teatral, prevista para o dia 27 de março na SP Escola de Teatro, foi adiada, ainda sem previsão de datas para a temporada.  

23 de março de 2020

Moscou para principiantes

Foto: Magon

A atriz, dramaturga e diretora Aline Filócomo apresenta duas leituras cênicas de seu novo texto, "Moscou para principiantes", na Oficina Cultural Oswald de Andrade, nos dias 23 e 24 de março, às 20h. A peça tem elenco formado por Fernanda Stefanski, Natacha Dias e Rita Grillo e é produzida por Aura Cunha.
O texto, que transita entre a ficção e a não-ficção, surgiu da transcrição poética de conversas estabelecidas entre as artistas a partir de temas presentes em “As Três Irmãs”, de Anton Tchekhov e, do registro de encontros entre a dramaturga e um grupo de mulheres da melhor idade. A ideia é criar uma reflexão sobre os sentidos atuais do trabalho pela ótica da mulher, relacionando esse tema com questões como o “desejo e a capacidade de criação” e “o impulso de concretização de outras realidades possíveis”.
A peça tangencia discussões importantes do atual momento político brasileiro, quando é colocado em pauta o fim das seguranças trabalhistas e previdenciárias. Desse modo, cada vez mais a existência é estritamente associada à capacidade humana de produzir: o tempo é transformado em matéria consumível, e o ataque generalizado à arte e à cultura anulam o direito à criação e contemplação. 

20 de março de 2020

Entre

Foto: Bob Sousa

No dia 04 de abril, em curta temporada, estreia no Barracão Cultural o espetáculo "Entre". Na sequência, nos dias 25 e 26 de abril, a Cia retoma o processo de On Love, em homenagem a Francisco Medeiros, diretor do espetáculo.

Durante o mês acontecerão encontros, rodas de conversa a partir de filmes que abordam a temática da violência contra a mulher e uma oficina com o diretor Carlos Gradim.

Entre é um espetáculo que pretende gerar uma reflexão sobre os processos que alimentam a sociedade patriarcal. A dramaturgia de Eloisa Elena parte da diferença de papéis e representatividade de gênero na sociedade e como esta questão está presente, muitas vezes de forma extremamente sutil e adaptada ao cotidiano, para abordar a nossa cumplicidade e passividade diante dos mais diversos desdobramentos e consequências do histórico patriarcal que estrutura nossa formação.

Na sinopse, dois irmãos e a irmã se encontram para organizar a festa de bodas dos seus pais. Este encontro, aparentemente banal, vai sendo afetado por acontecimentos no apartamento vizinho.

19 de março de 2020

Homenagem ao compositor Osvaldo Lacerda

Foto: Divulgação

No dia 21 de março às 17h, o Centro de Música Brasileira abre a Temporada 2020 em novo endereço, no Auditório Eva Herz da Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, próxima a ponte Cidade Universitária. O recital fará uma homenagem aos 93 anos do compositor Osvaldo Lacerda que foi o fundador do CMB. Serão dois duos: o Duo Wendy Rolfe - Maria José Carrasqueira, de flauta e piano e Juliana Mesa, fagote e Eudóxia de Barros, piano. Grátis!

Osvaldo Lacerda foi um grande compositor brasileiro com um refinado nacionalismo, fruto de extenso conhecimento das características da música brasileira, aliado a sólido domínio das técnicas modernas de composição. Dividiu experiências com Camargo Guarnieri de quem foi aluno por dez anos. Em 1963, estudou nos Estados Unidos com Vittorio Giannini e Aaron Copland. Foi membro efetivo da Academia Brasileira de Música, onde ocupava a Cadeira nº 9, cujo patrono é Tomaz Cantuaria.

Maria José Carraqueira, é brasileira e pianista. Desenvolve intensa carreira como solista, recitalista, camerista, professora convidada e conferencista, atuando nos Estados Unidos, Europa, Nova Zelândia, Armênia e América Latina. Wendy Rolfe é americana e flautista. Apaixonada pelo Brasil e pela música brasileira, gravou o CD “Images of Brasil” com a pianista Maria José Carrasqueira, pelo selo americano Odyssey Discs.

Eudóxia de Barros é brasileira e pianista. Toca anualmente em todo o país. Em 2017 lançou a Obra Integral para Piano de Osvaldo Lacerda pela Paulinas. Juliana Mesa (foto) é colombiana, recitalista, pedagoga e coordenadora de membros da WYSO Music Makers en Madison, WI nos Estados Unidos. Em 2019 lançou o CD A Música de Osvaldo Lacerda para Fagote, que inclui uma seleção de obras originais para fagote em diferentes conjuntos de câmara e solo. 

18 de março de 2020

O Incrível Caso do Menino de Vestido

Foto: Rodrigo Palmieri

No dia 21 de março às 16h, estreia o espetáculo infantil “O Incrível Caso do Menino de Vestido” no Teatro Cacilda Becker. A peça integra a Mostra Sonhos em Tempos de Guerra, da República Ativa de Teatro, contemplada pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. A temporada vai até o dia 19 de abril, sempre aos sábados e domingos às 16h. Grátis!

A história de Dennis revela a inocência e a ingenuidade da criança diante dos preconceitos dos adultos. Na sinopse, Dennis era um menino comum: ia à escola, jogava futebol, tinha amigos... Mas ele se sentia diferente. Achava que sua vida era chata. Algo de extraordinário simplesmente tinha que acontecer! Com recortes e fragmentos de um inesperado acontecimento, esta trama vai mostrar que nem tudo é o que parece ser.

A Mostra Sonhos em Tempos de Guerra contempla seis espetáculos teatrais, com linguagens distintas e com a participação de diversos outros artistas. O projeto promoverá ainda debates públicos sobre o Teatro e a Criança na Embaixada Cultural – sede da República Ativa -, que fica na Vila Dom Pedro II – Zona Norte da cidade. 

17 de março de 2020

Música nos Hospitais

Foto: Divulgação

O projeto "Música nos Hospitais" chega à 14ª temporada com uma agenda de apresentações de uma orquestra de câmara em dez unidades hospitalares da rede pública do  município de São Paulo. O projeto leva, gratuitamente, música instrumental e erudita a pacientes, médicos e enfermeiros em concertos de 50 minutos de duração sob a regência do médico e maestro Samir Rahme, da Orquestra do Limiar. 

De acordo com Rahme, “a música é um medicamento e, dependendo da forma como você a conduz, pode trazer alívio para as pessoas e contribui para que aquele dia ou aquela semana seja melhor para os pacientes”. O concerto de abertura da 14ª temporada ocorrerá em 18 de março, às 12h, no Hospital das Clínicas (no hall do prédio da Administração).

16 de março de 2020

Causa & Efeito


O drama brasileiro Causa & Efeito (2014) tem um roteiro óbvio e previsível. Alguns personagens não soam, dentro de sua composição de construção, orgânica. Exemplo disso é o tentar colocar três amigos de distintas religiões em uma harmonia quase celestial. Muito forçado! A produção é modesta e algumas interpretações deixam a desejar. Contudo, para quem gosta de se aprofundar mais no assunto sobre as conexões espirituais, de vidas passadas e as causas e efeitos das ações do presente, pode se tornar um bom entretenimento. Mas não vá exigir muito.

Na trama, O policial Paulo (Matheus Prestes) enfrenta um grande trauma, após perder a esposa e o filho em um acidente de carro. Ele não consegue aceitar o fato de que o responsável pelo crime não tenha sido punido, e acaba decidindo fazer justiça com as próprias mãos. Paulo passa a matar outras pessoas, mas não consegue assassinar Madalena, quando descobre a sua triste história de vida. Os dois se apaixonam e fogem juntos, usando as palavras de um padre, um pastor e um espírita para reconstruir as suas vidas. Assista o trailer!

13 de março de 2020

Listening


O drama Listening ou Ladrões de Mentes (2014) tem personagens interessantíssimos e com dilemas bem encaixados. Sua história está dentro de um contexto atual ao qual desconhecemos cem por cento: o poder da mente humana. A sutileza da construção da história prende a audiência do inicio ao fim da trama, claro, vai ter os mais mal humorados, desprevenidos ou insciente que não irão gostar até mesmo pelo desconhecimento do tema. Os diálogos e imagens são bem escolhidos e o filme, em si, é bem estruturado.

Na sinopse, um grupo de jovens estudantes descobre uma tecnologia revolucionária, capaz de ler a mente das pessoas, ou proporcionar a comunicação entre duas pessoas pelo pensamento. Logo, grupos poderosos disputam a invenção, que coloca em risco a vida de seus criadores. Assista o trailer!

12 de março de 2020

Alexandre Arez

Foto: João Robero

O cantor e compositor, Alexandre Arez leva no dia 13 de março, às 21h, toda força musical e sentimental do Bolero ao Paris 6 Burlesque Music Hall, em São Paulo. No show, Arez irá interpretar um repertório que vai do bolero ao pop, com influencias nos arranjos do jazz a rumba, além das composições autorais como “Mi Bolero Favorito” e a encantadora “Sem Juízo”, que leva os ouvintes a viajar em um turbilhão de fantásticos sentimentos intensos.

Arez conta que algumas das músicas escolhidas entre os clássicos da música latina, estão no setlist; Sabor a Mi, Solamente uma Vez, El dia que me Quieras, Besame Mucho, Por uma Cabeza, Estamos Todos Solos,  entre outros clássicos contemporâneos. Além dessas, ele irá nos brindar com grandes sucessos da música brasileira, como “Negue”, cantada lindamente pelo nosso eterno Nelson Gonçalves e “Estranha Loucura” consagrada na voz de Alcione, e Ainda Bem de Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Alexandre leva o publico ao êxtase, quando interpreta num falsete de cristal, “All I Ask You”, música de “O Fantasma da Ópera” e que o consagrou como um cantor versátil, que consegue atingir tons agudos e graves em uma mesma música, evidenciando o verdadeiro showman nato que é!

No show Bolero, Arez será acompanhado da sua banda composta por Erick Pontes (violão e guitarra), Marcelo Góis (baixo), Lucas Serra (teclado) e Lukas Felli (bateria).

11 de março de 2020

Fóssil

Foto: Ronaldo Gutierrez

Idealizado pela atriz Natalia Gonsales, espetáculo "Fóssil" ganha nova temporada no Teatro Aliança Francesa a partir de 13 de março, às 20h30. O drama, que trata sobre a guerra curda em meio ao processo de libertação da mulher no Oriente Médio, tem direção de Sandra Corveloni e dramaturgia de Marina Corazza. Em cena, Natália divido o palco com Nelson Baskerville.

A montagem foi criada a partir de uma pesquisa de três anos da atriz Natalia Gonsales e da dramaturga Marina Corazza a respeito do povo curdo e da revolução de Rojava, na Síria. A peça se passa dentro da sala do empresário Luiz Henrique (Nelson Baskeville), diretor da maior empresa de gás liquefeito de petróleo. Anna (Natalia Gonsales), uma jovem cineasta, vai ao seu encontro em busca de recursos para a realização de um filme sobre a Revolução de Rojava, no norte da Síria. A cineasta narra o roteiro de seu filme e a importância político-social deste, cruzando histórias de mulheres curdas torturadas da Síria com memórias de mulheres na ditadura brasileira de 64. 

“Ao olhar para nós à luz dessa revolução, vemos as mulheres que nos geraram, e antes delas, as que geraram nossas mães, e antes delas, as outras, e as outras, e as outras e todas nós. Ao olhar para nós à luz da Revolução de Rojava, sabemos que queremos e que podemos acreditar em utopias por meio de um trabalho diário que deixe nascer outras formas mais justas e libertárias de se pensar e viver”, complementa a dramaturga Marina Corazza.  

A tensão entre os dois personagens vai crescendo durante o espetáculo. Luiz, que viu Anna crescer, tem um olhar paternal para com ela e conforme a cineasta conta sobre o seu projeto e a importância da luta curda, relações dúbias de opressão e falta de escuta são estabelecidas. Em um plano que atravessa o presente, a jovem cineasta fala de sua mãe, presa política na ditadura de 64. O papel contraditório de financiamento das artes por grandes empresas também perpassa toda a peça. Abre-se com isso mais uma camada crítica na peça a respeito da política cultural e as contradições que incluem valores éticos e morais para a realização de um produto altamente desvalorizado no mercado atual. 

10 de março de 2020

Silvio Santos Vem Aí!

Foto: Divulgação

Com texto de Marília Toledo e Emílio Boechat, direção de Fernanda Chamma (que também assina a coreografia) e Marília Toledo, além de direção musical de Marco França, a comédia musical "Silvio Santos Vem Aí!" estreia dia 13 de março (sexta-feira), no 033 Rooftop (Teatro Santander), no complexo JK Iguatemi, em São Paulo. 
O espetáculo faz um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel (vivido pelo ator Velson D’Souza) desde sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, a peça promete agradar todas as gerações.

Para Marília Toledo, fazer um musical 100% nacional é um dos principais desafios deste trabalho e também o seu maior orgulho. “Falar de uma figura tão emblemática da nossa cultura popular, usando a música como fio condutor da história, nos permite uma boa liberdade estética. Isso se dá porque conhecemos bem os personagens ligados ao Silvio Santos, além dos ritmos e canções que acompanharam a trajetória do apresentador e empresário desde sua ascensão profissional até a década de 90, que é a linha cronológica da dramaturgia, escrita por mim e pelo Emilio Boechat”. Comenta Marília.
Emilio Boechat conta que a peça foi escrita ao longo de um ano e meio. “Investimos um bom tempo levantando uma timeline de eventos importantes na vida do Silvio. Depois jogamos esses eventos dentro da estrutura clássica de um musical. Foi quando decidimos contar a história do Sílvio por meio de um devaneio, como em ‘All That Jazz’. A partir daí, escrevemos poucas cenas juntos. Como era difícil coincidir nossas agendas de trabalho, eu escrevia algumas cenas quando podia e ela idem. Pouco antes do início dos ensaios escrevemos juntos as cenas que faltavam. Mas sabíamos que com a entrada do Marco França muitas cenas com diálogos seriam transformadas em música. Era um desejo dos dois que o espetáculo fosse conduzido pelas canções", comenta.

Temporada segue até o dia 17 de maio, sextas-feiras 20h30, sábados 15h30 e 20h30, domingos 15h e 20h.

9 de março de 2020

O Náufrago

Foto: Leopoldo De Léo Jr.

O espetáculo "O Náufrago" estreou no Sesc Bom Retiro. Lançado no Brasil pela Companhia das Letras em 1996, foi um enorme sucesso de vendas, e mesmo com uma segunda edição em 2006, encontra-se esgotado nos catálogos das livrarias, transformando-se na obra mais conhecida e vendida do autor. O romance foi adaptado para teatro por William Pereira, para um elenco de dois atores, Luciano Chirolli e Dagoberto Feliz.

William queria muito trabalhar com Dagoberto e Chirolli nesta montagem, o talento e experiência destes dois atores foram essenciais na decisão do diretor. Luciano Chirolli e William Pereira fizeram USP na década de 80. William na ECA e Chirolli na EAD. “Eu dirigi muitas obras em que ele atuava, enquanto estávamos na faculdade, e sempre quis voltar a trabalhar com este excelente ator, Náufrago é a oportunidade perfeita. Dagoberto Feliz, além do grande ator, músico e diretor que é, tem muita intimidade com o piano, o que contribuirá bastante para a encenação” comenta William.
Em uma prosa convulsiva e exasperada, a história de três exímios estudantes de piano, um dos quais teve sua vida aniquilada a partir do momento em que ouviu Glenn Gould, um dos outros três, tocar as Variações Goldberg, de Bach.
O grande desafio na transposição de uma obra literária para a cena é criar teatralidade para que o espetáculo não se transforme somente em um ator narrando fatos, uma leitura dramática. No espetáculo “O Náufrago” essa narrativa que no romance é feita por um único personagem, é realizada por dois atores. O protagonista/Narrador (Luciano Chirolli) e Wertheimer (Dagoberto Feliz), o personagem que é citado durante toda a obra e é um alter-ego, uma sombra daquele que conta a história e está sempre em um segundo plano, atrás de uma tela transparente, sobre os destroços de um piano de cauda, que surge e desaparece como em um grande corte cinematográfico.
A peça fica em cartaz até o dia 12 de abril no Sesc Bom Retiro, todas as sextas e sábados às 21h e domingos às 18h.

6 de março de 2020

Gracias a La Vida ou Os Últimos Dias de Solidão de Robinson Crusoé

Foto: Rombilli Torres

Livremente inspirado na obra de Jérôme Savary, na cultura latina e na célebre Violeta Parra, o espetáculo "Gracias a La Vida ou Os Últimos Dias de Solidão de Robinson Crusoé" estreia no dia 6 de março no Teatro Nair Bello, às 21 horas. A temporada vai até o dia 15 de março com sessões às sextas-feiras e aos sábados, às 21 horas, e aos domingos, às 19 horas.

A peça é uma epifania lítero-carnavalizada circense, que conta a história de um homem que, após um naufrágio, consegue chegar a uma ilha deserta próxima, onde vive em profunda solidão. A lenda diz que esse homem existiu e a ilha se localiza no Chile. Ela foi primeiramente nomeada Santa Cecilia pelo seu descobridor, o capitão espanhol que ali chegou, oficialmente, em 22 de novembro de 1574. Numa época desconhecida, foi também chamada pelo nome do seu descobridor e, mais recentemente, por Más a Tierra (ou “Mais Próxima de Terra”).

O marinheiro escocês Alexander Selkirk permaneceu ali solitário por mais de quatro anos. Os relatos do navegante teriam dado vida a Robinson Crusoé, famoso personagem do livro homônimo de Daniel Defoe. A ilha tornou-se famosa por causa dessa história e, em 1966, o governo chileno deu-lhe o nome da personagem. O romance foi, originalmente, publicado em 1719, no Reino Unido, em forma de folhetim no The Daily Post, sendo o primeiro romance-folhetim da história. A obra é uma autobiografia fictícia da personagem-título, que passou 28 anos em uma remota ilha tropical próxima a Trinidad, refletindo sobre ética e moral, enfrentando canibais, cativos e revoltosos, antes de ser resgatado.

5 de março de 2020

The Man Who Knew Infinity


A película biográfica britânica "The Man Who Knew Infinity" ou "O homem que viu o infinito" (2015) tem um roteiro bem estruturado e segura o espectador do inicio ao fim. A história é sensível e autêntica sobre um gênio incompreendido da matemática. O conflito é bem estabelecido: um homem que se diz iluminado por deuses, recebendo toda a sua instrução de forças invisíveis, e um acadêmico tradicional, ateu, incapaz de aceitar as fórmulas de Ramanujan sem a comprovação de sua origem. Diria: instigante!

Na narrativa, uma verdadeira história de amizade que mudou a matemática para sempre. Em 1913, Ramanujan, um gênio da matemática autodidata da Índia viaja para a o Colégio Trinity, na Universidade de Cambridge, onde ele se aproxima do seu mentor, o excêntrico professor GH Hardy, e luta para mostrar ao mundo a brilhantia de sua mente. Vamos ao trailer?

4 de março de 2020

O Pequeno Príncipe

Foto: Will Siqueira

"O Pequeno Príncipe", adaptado e dirigido por Ian Soffredini, está de volta ao Teatro Folha. A peça reestreia no dia 14 de março e permanece em cartaz até 31 de maio, sempre aos sábados e domingos, às 16 horas. A encenação integra o trabalho de ator com manipulação de bonecos e técnicas de teatro com luz negra.

"O Pequeno Príncipe" mora no asteroide B-612 com uma rosa, baobás e três vulcões. Um dia ele pega carona numa revoada de pássaros e vai conhecer novos mundos e pessoas. Depois de passar por diversos planetas e conhecer inusitados personagens - como o Rei, o Homem de Negócios e o Vaidoso - acaba caindo no planeta Terra, em pleno deserto do Saara. Na Terra conhece o narrador, que coincidentemente sofreu uma queda de avião no mesmo local.

O diretor Ian Soffredini conta que, ao adaptar a obra literária, preservou ao máximo as imagens poéticas sugeridas pelo autor e concentrou o foco em criar uma ação dramática fortalecendo, assim, a narrativa da peça. “O livro começa contando a história do aviador e depois conta a história do Pequeno Príncipe. Eu fui direto à história do Pequeno Príncipe, destacando a ação e o que acontece com ele. O primeiro ato mostra a viagem do personagem pelos planetas e o segundo, as experiências dele na Terra”, explica o diretor.

A equipe encena o texto destacando a sensibilidade e a visão poética sobre a vida e as relações, que é um dos pontos fortes da obra de Saint-Exupéry. A montagem leva o conteúdo da obra para um mundo de sonho e fantasia por meio de uma estética visual rica, colorida, capaz de despertar a imaginação das crianças e emocionar aos adultos. Assim como a obra literária, a peça se comunica com o público de todas as idades.

3 de março de 2020

FarOFFa

Foto: Divulgação

FarOFFa surge como uma proposição que busca ampliar o acesso do público às produções artísticas da capital, em suas diversidades de linguagens, temas e discursos, aproveitando a efervescência da cidade causada pela 7ª MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. O circuito paralelo acontece entre os dias 10 e 15 de março

A Oficina Cultural Oswald de Andrade será a sede da FarOFFa e abrirá suas portas ao longo de uma semana com uma programação extensa – são mais de 40 espetáculos que acontecem, também, em horários alternativos. Se unem ao circuito o ateliê do estilista Fause Haten, o Teatro Pequeno Ato, A Casa do Povo, Espaço 28, Galpão do Folias e Galeria Olido.

Em vários festivais pelo mundo, é comum a existência de circuitos alternativos e independentes, que amplificam as possibilidades de fruição das artes cênicas no período em que se realizam, a exemplo dos Festivais de Edimburgo e Avignon

O intuito é trazer visibilidade aos inúmeros coletivos que produzem incansavelmente uma cena cultural vibrante e provocadora. E ainda criar novos modos de produção que fortaleçam a resistência da arte no Brasil. FarOFFa busca se constituir como modelo de gestão e um espaço coletivo de possibilidades para a divulgação e circulação de criações, ideias e encontros artísticos.

O detalhamento da programação estará disponível a partir de 10 de fevereiro no site www.faroffa.com.br. Na foto, o espetáculo "A babá quer passear", com Ana Flávia Cavalcante.

2 de março de 2020

Crianceiras

Foto: Everton Tavares

Concebido para aproximar as crianças do universo artístico e literário do poeta Manoel de Barros (1916-2014), o musical "Crianceiras" tem quatro novas apresentações no Teatro-D, entre os dias 7 e 28 de março, aos sábados, sempre às 16h. O espetáculo, concebido pelo músico Márcio de Camillo, transforma poemas desse grande autor brasileiro em canções, que são apresentadas ao público infantil junto com ilustrações, animações, projeções de vídeo e várias outras linguagens artísticas.
A adaptação teatral do espetáculo é assinada por Luiz André Cherubini (do Grupo Sobrevento); as ilustrações por Martha Barros (filha do poeta), as animações por Josué Júnior e Andréa Senise; e a cenografia e figurinos por Telumi Hellen. Em cena, ainda estão os atores João Bresser e Driely Palácio; os músicos Márcio De Camillo, Nath Calan e Tiago Sormani; e o VJ Paulo Higa.
O projeto utiliza metalinguagens que despertam a curiosidade e o amor pelo mundo das artes. “Ao mergulhar em sua obra, percebi o quão lúdico é aquele universo de encantamento e descobertas, vividas pelo poeta em sua infância pantaneira. Assim, musiquei sua obra para as crianças, de forma que seus versos pudessem ser entoados como o canto dos passarinhos, e levados com o vento, sem direção”, conta o idealizador e realizador do projeto, o cantor e compositor sul-mato-grossense Márcio de Camillo.