31 de janeiro de 2020

Elizabeth Costello

Foto: João Maria

"Elisabeth Costello" é um projeto teatral idealizado pela atriz Lavínia Pannunzio, que resultou no espetáculo com dramaturgia e direção do ator Leonardo Ventura, sobre a obra homônima do laureado escritor sul-africano J.M Coetzee, considerado um dos principais escritores de língua inglesa. Com o trabalho em andamento desde o início de 2018, a peça fica em cartaz até o dia 16 de fevereiro no TUSP – Teatro da USP.

Uma velha escritora vive entre gatos em uma aldeia do interior. Enquanto faz uma profunda reflexão diante de um gravador, cria uma narrativa de ficção onde a personagem Elizabeth Costello, deve fazer declarações de crença diante de uma banca de juízes para passar por um misterioso portão. Diante das questões “No que creio? Por quê creio?”, Elizabeth Costello recorre à sua luta mais cara, a dos direitos dos animais para respondê-las. No entanto, sente-se inadequada com a recepção de suas ideias por parte da banca de seus ávidos juízes. Para encontrar uma maneira de falar que traga iluminação e não divisão, Elizabeth recorre à outros temas como: a filosofia e os animais; a poesia e os animais; o mal sob a ótica de  um estupro que sofre ainda jovem; a análise crítica da lógica cristã em um potente embate com sua irmã na África; a empatia gestada pela sua perspectiva humanista, entre outros. Estes temas, ainda que não revertam sua condição inadequada, acabam por levar a escritora a um culminante contato com forças míticas ontológicas e primordiais de existência, revelando suas crenças sobretudo no que é real no âmbito da natureza.

"Elizabeth Costello" é um espetáculo que apresenta três planos temporais, resultantes do hibridismo narrativo presente na obra original e pautado, sobretudo, pelo trabalho da atriz na construção das diferentes narrativas e facetas da personagem.

30 de janeiro de 2020

Achados & Perdidos (o Musical)

Foto: Carlos Izidoro

"Achados & Perdidos (o Musical)" estreia no dia 9 de fevereiro no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, onde segue em cartaz até 29 de março. O espetáculo tem texto de Simone Beghinni, direção de Cininha de Paula e Gustavo Klein e um time de 30 atores mirins, entre 6 e 18 anos, que se revezam em dois elencos. A direção de ator é assinada pela atriz Cynthia Falabella.
Com uma mistura de drama e comédia, a montagem transita entre o realismo e a fantasia para acompanhar a comovente jornada de crianças e adolescentes que vivem sozinhos em um casarão em uma cidadezinha qualquer, onde todos os adultos sumiram misteriosamente em uma manhã de céu azul. 
Esses jovens não sabem como ou por que foram parar ali e precisam aprender a sobreviver sem ajuda das tecnologias e ferramentas da sociedade contemporânea. São eles: a Menina do Casarão, o Garoto Puxa-Saco, a Menina-Órfã, a Menina do Computador e o Menino das Cartas, a Menina do Coelho e a Menina-Maluquinha, a Menina-Bailarina e sua irmã mais velha – Cleo (a única a ter nome) –, a Menina-Fútil, a Menina do Riso, a Menina Novata, a Menina do Pijama, a Menina da Praia e a Menina do Calendário.
“O passado com os adultos determina as atitudes e o comportamento assumidos por cada um no presente. Que padrões vigoram quando o pai, a mãe, os avós, professores e responsáveis não estão mais por perto? Em que se transformarão sem a censura, sem os limites? Obrigados a crescer antes do tempo, contra a Natureza, que projeto de ser humano surgirá em cada personagem? "Achados & Perdidos" fala dessas crianças perdidas, mas também fala dos adultos que as criaram. É uma obra de ficção, mas que contém uma verdade universal: o ato de crescer se desenvolve por dores e glórias. Por perdas e ganhos. Por repetições e rupturas. Por dezenas de fins e de recomeços”, comenta a autora Simone Beghinni.

29 de janeiro de 2020

Maria Madalena/s

Foto: Arnaldo Torres

Nos dias 30 e 31 de janeiro às 21h, acontece o espetáculo "Maria Madalena/s" de Dinah Perry no Espaço Capital 35. No elenco, Ana Carolina Barreto, Atila Freire e Josefina Padilla. O roteiro musical é de Rodolfo Schwenger que estará ao vivo ao piano. 

A trama baseia-se no mito religioso de Maria Madalena onde há tirania, centralização de poder, coação de pessoas, tentativa de extermínio, provocando o desmanche social. Os sentimentos são ódio, inveja, descaso e raiva.

Na data será gravado um clipe dirigido por William Mazzar. O trabalho resultará também em um livro que será lançado em março pela internet.

28 de janeiro de 2020

Vagaluz

Foto: Giorgio D´Onofrio

Em tempos tão imediatistas, que valorizam o descartável e o instantâneo, "Vagaluz" propõe um mergulho no universo da memória. Com estreia marcada para o dia 6 de fevereiro, às 21h30, no Espaço Cênico do Sesc Pompeia, a peça segue em temporada até 1º de março, com sessões às quintas, às sextas e aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 18h30.  

Na montagem, um casal de atores relembra fragmentos de vida que ora parecem ter sido vividos, ora ouvidos de quem viveu ou até mesmo uma memória inventada. Essas memórias ganham a cena, assemelhando-se aos nossos atos de pensar e sentir, que surgem de forma aleatória, muitas vezes por meio de conexões não-lineares de espaço-tempo, como reverberações do que acontece dentro e fora de nós. 
“São pequenos pedaços de memórias que, talvez... nem fossem narradas, mas... que, por algum motivo, estavam guardadas. Essa lembrança comum faz as pessoas (que assistem) invocarem e passearem por suas próprias recordações”, conta Lídia. Assim, o espectador complementa a dramaturgia criada em parceria pelos atores e o diretor. “A história contada... ou... as histórias contadas só fazem sentido com as histórias de quem assiste” emenda Edgar.
O diretor Antônio Januzelli (Janô), em mais um delicado e minucioso trabalho de direção, privilegia a atuação: um ator e uma atriz no jogo da cena, em busca de uma memória original. É o homem-ator/mulher-atriz desfazendo-se daquilo que não é necessário, para chegar à sua essência cênica – a memória original de si. 

27 de janeiro de 2020

Fóssil

Foto: Ronaldo Gutierrez

O espetáculo “Fóssil” de Marina Corazza com direção de Sandra Coverloni faz temporada no Sesc Pompeia de 09 de janeiro a 02 de fevereiro.
A peça se passa dentro da sala de Luiz Henrique (Nelson Baskeville), diretor da maior empresa de gás liquefeito de petróleo. Anna (Natalia Gonsales), uma jovem cineasta, vai ao seu encontro em busca de recursos para a realização de um filme sobre a Revolução de Rojava, no norte da Síria.
A cineasta narra o roteiro de seu filme e a importância político-social deste, cruzando histórias de mulheres curdas torturadas da Síria com memórias de mulheres na ditadura brasileira de 64. “Ao olhar para nós à luz dessa revolução, vemos as mulheres que nos geraram, e antes delas, as que geraram nossas mães, e antes delas, as outras, e as outras, e as outras e todas nós. Ao olhar para nós à luz da Revolução de Rojava, sabemos que queremos e que podemos acreditar em utopias por meio de um trabalho diário que deixe nascer outras formas mais justas e libertárias de se pensar e viver. ” Complementa a dramaturga Marina Corazza.  

24 de janeiro de 2020

Amar, Verbo Intransitivo

Foto: João Caldas Filho


"Amar, Verbo Intransitivo" ganha uma adaptação teatral com dramaturgia de Luciana Carnieli e direção de Dagoberto Feliz. O espetáculo volta em cartaz no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, para uma temporada às sextas-feiras, às 20h, de 31 de janeiro a 27 de março de 2020.

A trama narra a história da governanta Fräulein Elza que é contratada por uma família tradicional paulista nos anos de 1920 para fazer a iniciação amorosa e sexual de Carlos, o primogênito herdeiro. A partir desse encontro, os personagens vivem uma relação amorosa, revelando críticas sociais e comportamentais.

Leitor da alma feminina, Mário de Andrade constrói uma protagonista que se destaca por sua multiplicidade. A governanta, professora de línguas, de piano e de amor deixa a terra onde nasceu, a Alemanha, e torna-se sujeito de seu próprio destino em território brasileiro. Uma prostituta alemã inserida na sociedade aristocrática de disfarces. A protagonista, apesar de estar colocada no contexto histórico do início do século XX, é ideal para discutir o constante papel de subordinação da mulher na sociedade burguesa e patriarcal.

“Escolhi esse romance porque gosto muito da literatura de Mário de Andrade. Ele construiu uma personagem muito complexa, fascinante, redonda e vertical e eu tive muita curiosidade de me lançar nesse trabalho. Apesar de se passar nos anos de 1920, o romance espelha muito a nossa sociedade atual, na qual a mulher é subordinada ao homem o tempo todo. Por mais que Fräulein tenha sua dignidade e seja intelectualmente e culturalmente superior àquela família, é tratada como um ser inferior – não só pelo fato de ela ser prostituta, mas por ser mulher. Na história, vemos claramente que a sociedade paulistana, a aristocracia e a burguesia não mudaram nada”, revela a atriz Luciana Carnieli, que idealizou a montagem.

23 de janeiro de 2020

Maria e os Insetos

Foto: Ligia Jardim

Com direção geral de Thaís Medeiros (diretora revelação do ano de 2019 no Prêmio APCA de Teatro Infantil e Jovem) e com Fernanda Castello Branco, Julia Ianina e Paula Weinfeld no elenco, “Maria e os Insetos” é o segundo espetáculo da trilogia Mulheres e Ciência, na qual a companhia conta para crianças e adultos histórias de vida de mulheres que mudaram o curso da ciência. O espetáculo estreia dia 1 de fevereiro no Sesc Consolação, às 11h.
Seguindo o mesmo princípio que inspirou o espetáculo “Mary e os Monstros Marinhos”, a vida de Maria Sybilla Merian e seu material de estudo serviram como base para a criação de um espetáculo lúdico, que une uma linda história de vida ao magnetismo da ciência e seus desafios. 
Na sinopse: No início do século XVII uma mulher decide explorar sozinha as enigmáticas florestas tropicais do Suriname. Lá ela encontra calor, umidade, plantas exóticas e... insetos! O que para alguns era motivo de repulsa, para ela era material de pesquisa. Seu olhar e paciência em acompanhar o processo de metamorfose das borboletas revolucionou a maneira como esses animais foram compreendidos. A vida de Maria nos fala sobre determinação, coragem e persistência.

22 de janeiro de 2020

Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante

Foto: João Caldas Filho

"Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante", o novo texto da conceituada dramaturga Silvia Gomez, indicada ao Prêmio Shell pelo mesmo, tem direção de Gabriel Fontes Paiva e no palco Débora Falabella e Yara de Novaes. A peça realizará uma curta temporada no Teatro Vivo de 29 de janeiro a 13 de fevereiro, às quartas e quintas, às 20h.

Na trama, enquanto aviões de várias partes do mundo decolam e aterrissam, a vigia do KM 23 de uma rodovia abandonada encontra jogada no asfalto uma garota que delira após ser violentada naquela noite estrelada. 
A cada dez minutos uma mulher é vítima de estupro no Brasil. “Terminei este texto no final do ano passado, mas ele começou a se materializar mesmo em 2015, dia após dia, diante do aumento dos casos de estupro e violência contra a mulher no Brasil, histórias que temos visto tomar as notícias. Acho que a peça é um desabafo, alegoria, uma resposta artística a essa realidade, buscando falar dela em outra camada: escrevo sobre um encontro entre duas mulheres num KM abandonado do Brasil. Uma delas acaba de ser violentada e, no delírio da violência, fala. Busco no delírio um diálogo com a realidade impossível de alcançar. De que sintoma complexo do nosso tempo e do nosso país as estatísticas falam? Não tenho respostas exatas, mas muita perplexidade e perguntas que procuro elaborar na cena absurda. Escrevi pensando no Grupo 3, pois há muito tempo queria criar algo só para eles, que são minha turma de Belo Horizonte, MG, com a qual comecei e troco há mais de 20 anos”, revela a autora Silvia Gomez. 

21 de janeiro de 2020

Corpo

Foto: Lucas Mayor

Cinco jovens dramaturgos que têm se destacado nos últimos anos na cena teatral paulistana – Carla Kinzo, Fernanda Rocha, Lucas Mayor, Marcos Gomes e Silvia Gomez – escreveram peças curtas para compor o espetáculo "Corpo", que estreia no dia 25 de janeiro no Teatro Cemitério de Automóveis. O elenco é formado pelos atores Andrea Tedesco, Antoniela Canto, Daniela Schitini, Ester Laccava, Monalisa Vasconcelos, Nelson Peres, Pablo Perosa, Rebecca Leão e Ricardo Gelli.
“Temos investigado há algum tempo a questão das formas breves nas narrativas. E nossos trabalhos nesse tempo, por vezes, tem sido convidar outros dramaturgos para escrever conosco cenas ligadas por algum tipo de temática. Na nossa oficina de dramaturgia, pensamos a estrutura do conto para a concepção de uma peça”, revela Lucas Mayor, que assina a direção do espetáculo junto com Marcos Gomes.
A ideia de criar a montagem surgiu do dramaturgo Marcos Gomes em 2018 e partiu do artigo “O Inquietante” (sob o título original de “Das Unheimliche”, que também pode ser traduzido como o “estranho-familiar”), escrito por Sigmund Freud (1856-1939). Na obra, o fundador da psicanálise comenta exemplos da literatura que provocam no leitor um efeito de estranhamento do cotidiano.
No espetáculo as cenas investigam de diferentes maneiras as noções de corpo e do efeito de estranhamento do cotidiano. Entre as situações retratadas nas peças curtas, estão um casal que discute as mudanças em suas vidas trazidas pela chegada do filho; uma consulta indiscreta de uma mulher que tem uma mancha na visão com sua oftalmologista; a relação inusitada entre dois vizinhos; uma mulher e um homem que se confrontam com o aparecimento de algo estranho no corpo de um deles; e os comentários de duas irmãs sobre a gravidez de uma terceira.

20 de janeiro de 2020

Maryákoré

Foto: Divulgação

No dia 24 de Janeiro o Sesc Belenzinho recebe Consuelo de Paula em show de lançamento do CD Maryákoré, às 21 horas. Este é o sétimo disco da carreira da cantora e compositora mineira, uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos.

No show, Consuelo (voz, violão e percussão) apresenta-se acompanhada por Carlinhos Ferreira (percussão) e Ana Rodrigues (piano). O roteiro da apresentação traz algumas surpresas. “Farei um tema popular dos canoeiros do Vale do Jequitinhonha e cantarei uma música de César Isella e Armando Tejada Gómez, que já foi interpretada por Mercedes Sosa”, revela a artista, que também vai interpretar canções essenciais de seus CDs anteriores. “São composições que conversam com Maryákoré”, conta a artista.

O título do CD pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano).

Além de assinar letras e músicas - tendo apenas duas parcerias, uma com Déa Trancoso e outra com Rafael Altério -, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos, por todos os violões e por algumas percussões de Maryákoré (caixa do divino, cincerro, unhas de lhama, entre outros). A harmonia entre Consuelo e sua música, sua poesia, sua expressão e a estética apresentada é nítida neste disco. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, notamos a artista imersa em sua história: ela traz a vida e a arte integrada às canções.

Segundo Consuelo, desde o nome, o trabalho “traduz uma arte guerreira e amorosa, que se alimenta da força dos ventos, das brisas e das tempestades; nasceu entre o dia e a noite, entre a cidade e as matas, entre raios e trovões”. Essas energias, movimentos e gestos de amor e de luta, estão condensados nas músicas, nos arranjos e na voz da cantora e compositora, de modo a reafirmar a fisionomia vigorosa de uma artista inquieta, de expressividade singular e força criativa que se renova a cada trabalho. E as fotografias que compõem a arte gráfica, cujos créditos são para f.cabral, traduzem em imagens o conceito do CD.

17 de janeiro de 2020

O que mantém um homem vivo?

Foto: Luísa Bonin

"O que mantém um homem vivo?"  leva ao público as contundentes reflexões de Brecht sobre a natureza do homem e suas contradições sociais. A peça estreou mais uma temporada no TUSP.

Dirigida por Borghi, que agora divide a cena com Elcio Nogueira Seixas e Georgette Fadel, a peça se impõe como voz crítica e ato de resistência lúcida e criativa diante de um quadro preocupante de ataques aos valores democráticos, ameaça de retrocessos no campo dos direitos humanos e das liberdades civis. O roteiro original da peça foi datilografado em uma antiga Olivetti por Renato Borghi e Esther Góes durante o período mais sombrio dos anos de chumbo. 

Permeado pelo humor mordaz do dramaturgo alemão e pelas músicas de Kurt Weill, Hanns Eisler, Paul Dessau e Jards Macalé, os três atores se alternam em mais de vinte personagens sem sair do tablado. O roteiro se divide em quatro unidades que tratam de valores fundamentais da humanidade: Bondade, Ciência, Justiça e Amor. A peça conta ainda com um prólogo, um entreato musical e um epílogo, todos abordando temas de discussão emergencial nos dias de hoje: igualdade, liberdade, identidade, solidariedade, educação, entre outros. Como sobreviver e manter sua humanidade em tempos de miséria, desalento, intolerância, censura, repressão e violência? O que mantém um homem vivo? A pergunta-título da peça é o desafio que Bertolt Brecht propõe ao público através deste espetáculo.

A peça segue em cartaz até o dia 16/02, de quinta a sábado às 20h30 e domingos às 18h30 no TUSP ( Teatro da USP - Rua Maria Antônia 294).

16 de janeiro de 2020

Processo seletivo - Escola de Atores Wolf Maya

Foto: Divulgação

Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo do Curso Profissionalizante da Escola de Atores Wolf Maya. Os interessados podem se inscrever pelo site da escola ou presencialmente nas unidades São Paulo e Rio de Janeiro. Os processos seletivos acontecem nos dias 21 e 22 de janeiro, no Rio de Janeiro, e dias 3, 4 e 5 de fevereiro, em São Paulo.

Para se matricular no Curso Profissionalizante da Escola de Atores Wolf Maya é necessário passar pelo Processo Seletivo, que consiste em entrevista, dinâmica em grupo e teste de improviso perante câmeras. Não é necessária experiência anterior em atuação.

Com duração de três anos, o Curso Profissionalizante oferece ensino completo de técnicas de atuação para teatro, televisão e cinema, por meio do método exclusivo criado por Wolf Maya. Durante as aulas teóricas, são estudados os clássicos da dramaturgia nacional e estrangeira, como Shakespeare, Moliére, Anton Tchekhov, Bertolt Brecht, Nelson Rodrigues, Martins Pena e Ariano Suassuna, entre outros.

As aulas práticas são aplicadas em espaços que fazem parte da rotina do ator profissional como as salas do Teatro Nathalia Timberg (na unidade do Rio de Janeiro) e do Teatro Nair Bello (em São Paulo) e em estúdios de gravação profissionais, equipados com tecnologia de ponta e profissionais treinados, para que o aluno desenvolva suas habilidades, vivenciando a prática de filmagem como a de uma emissora ou produtora. Ao longo do processo de formação, os alunos são acompanhados por profissionais premiados, atuantes no meio artístico e de destaque na TV e no teatro brasileiro.

O Curso é dividido em seis módulos que incluem aulas de Improvisação, Análise Dramatúrgica, História do Teatro, Expressão Corporal e Vocal, Interpretação Teatral, Interpretação para TV, Montagem Teatral, Projeto de Cinema e outras. Após a conclusão do curso, o aluno estará apto a solicitar o DRT pelo SATED.

15 de janeiro de 2020

As palavras da nossa casa

Foto: Hernani Rocha

Estreia a peça imersiva e itinerante “As Palavras da Nossa Casa”, livremente inspirada em obras do cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007), no dia 17 de janeiro na Casa das Rosas. Sem separação entre palco e plateia, a ideia é que o público seja conduzido por diferentes cômodos dessa mansão histórica na Avenida Paulista para acompanhar a história. A temporada segue até 27 de março com sessões duplas às sextas-feiras, às 18h30 e às 20h.
A dramaturgia da peça foi escrita por Adriana Câmara, que também assina a direção, e Glau Gurgel a partir de vários filmes de Bergman. “A principal referência é o ‘Sonata de Outono’ (1978), que tem uma personagem a mais. Fomos reduzindo os personagens, situações e a quantidade de espaços para poder fazer na Casa das Rosas. Mas também fazemos referências a ‘Morangos Silvestres’ (1957), ‘Através do Espelho’ (1961) e ‘Gritos e Sussurros’ (1972). O espetáculo tem elementos de vários longas dele”, revela a diretora.
Situada nos anos de 1960, a trama narra a visita da famosa cantora lírica Charlote (Gizelle Menon) ao casarão que sua filha única, Eva (Adriana Câmara), divide com o marido Victor (Glau Gurgel), que é um pastor presbiteriano. As duas, que não se vêm há bastante tempo, tentam se reaproximar e resolver questões dolorosas do passado, como o fato de que a filha precisou lidar com a perda de seu único filho, enquanto a mãe tentava administrar as demandas de sua carreira internacional.
Para resgatar os sentimentos nobres que ainda existem entre elas, mãe e filha precisam encarar todas as mágoas, e, nesse processo, acabam proferindo palavras muito duras, de que, possivelmente, se arrependerão. A montagem sensível busca a identificação imediata com o espectador, ao tratar de temas como o amor, as cobranças e expectativas na criação dos filhos, as diferenças de geração, a falta de comunicação em relacionamentos, a esperança e os recomeços após dores profundas, em uma abordagem que parte de situações e conflitos parecidos com os que todos já vivenciaram ou testemunharam. 

14 de janeiro de 2020

1º FestFérias

Foto: Divulgação

A primeira edição do FestFéria conta com seis espetáculos teatrais e uma oficina para as crianças. A mostra acontece no Teatro Commune (na rua da Consolação, 1218) até o dia 2 de fevereiro, com atrações de terça a domingo.
Inspirado na obra-prima de Ariano Suassuna, “O Autinho da Compadecida” abriu a programação da mostra e será apresentado sempre aos domingos, às 15h. Outra atração da mostra é a contação de histórias “The Cat in The Hat” (foto), de Luccas Garcia, apresentada completamente em inglês às quartas-feiras. Confira abaixo a programação completa:
O Autinho da Compadecida, com direção de Ronaldo Saad
Quando: domingos - 19 e 26/1, e, 2/2, às 15h
Sinopse: Inspirada na obra "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, essa adaptação foi feita especialmente para crianças e adolescentes!  Uma obra pra lá de arretada que mostra tanto um retrato do sertão nordestino desse nosso Brasil quanto as peripécias da dupla João Grilo e Chicó na cidade de Taperoá! Venham que as risadas estão garantidas.

Sukata, o Musical, com direção de Alexia Annes
Quando: terças-feiras – 14, 21 e 28/1, às 15h
Sinopse: Suzana, Katarina e Tânia estão unidas por um sonho, em busca de um mundo melhor! Elas iniciam um trabalho de reciclagem e uma aventura repleta de desafios. O espetáculo mescla música, dança e muito conhecimento.

The Cat in The Hat, de Luccas Garcia (contação de histórias em inglês)
Quando: quartas-feiras – 15, 22 e 29/1, às 15h
Sinopse: Com uma cartola vermelha e branca, o Gato com seu jeito engraçado irá contar uma história hilária em inglês de dois irmãos muito diferentes que vão enfrentar a volta às aulas. Com muita música, cor e alto astral, o Gato irá mostrar a todos que estar na escola é fundamental e fará disso a melhor parte do dia. Inspirado no livro “The Cat in the Hat”, de Dr.Seuss, o espetáculo é um jogo musicado, destacando a responsabilidade infantil diante do mundo, sem nunca deixar a brincadeira de lado.

Panos e Lendas, com a Cia. Pic Nic
Quando: às quintas-feiras – 16, 23 e 30/1, às 15h
Sinopse: “Panos e Lendas” narra a criação do mundo falando do homem, sob o olhar de dois índios, as suas raízes, seus costumes, mostrando o ciclo da vida com ternura e simplicidade. Recheado de lendas brasileiras, como a Cana de Açúcar, de Helena Pereira; parlendas, como a do macaco e do grão de milho; e cantigas de roda e de ninar, como “Terezinha de Jesus”, “O Cravo brigou com a Rosa”, “Tutu Marambá” e outras, cantadas e tocadas ao vivo pelos atores. O espetáculo tem 20 anos de sucesso e já fez mais de 1400 apresentações! Uma Festa cantada e dançada para todo mundo ver!

“Pela Estrada Afora... com Chapeuzinho Vermelho”, com a Cia Gogô de Teatro
Quando: às sextas-feiras, 17, 24 e 31/1, às 15h
Sinopse: Chapeuzinho Vermelho é uma garota pré-adolescente que vive com sua
mãe em uma cidadezinha no interior. Certo dia, indo visitar sua avó e levando dinheiro para ela, encontra pelo caminho um caçador com “boa aparência”. Mal-intencionado, ele a convence a contar a sua história e pede para acompanhá-la. No caminho, Chapeuzinho encontra um lobo meio esquisitão que descobre os planos do caçador e tenta avisá-la sobre o perigo. O lobo salva Chapeuzinho e sua avó e ensina a criançada que não se deve julgar as pessoas pela aparência.

“Em Busca da Boneca Azul”, com a Cia. Lúdica
Quando: sábados – 18 e 25/1 e 1/2, às 15h
Sinopse: Tulipa e Tabefe são dois palhaços que recebem uma mensagem revelando o desaparecimento da boneca Azul, uma bailarina. Eles transformam-se em detetives para encontrá-la, porém são surpreendidos pelas armadilhas e magias de Líria, uma habilidosa feiticeira, e seu assistente, o desastrado Panklata, que vão criando obstáculos para que o mistério da Azul não seja desvendado.

Oficina: “Quem Quer Faz”, com Carlos Meceni e Renan Pessoa
Quando: 18 e 25/1 e 1/2, às 16h30
Descrição: Um jogo no qual os atores do espetáculo são o próprio público. As crianças são surpreendidas com a seguinte fala: “Vocês vieram assistir né? Engano, nós vamos assistir. Vocês é que vão fazer o espetáculo. A partir deste momento, os atores começam a fazer um boneco com folhas de jornal exemplificando ludicamente como os bonecos podem ser feitos. Logo após a demonstração, as crianças são divididas em grupos e os atores condutores começam a distribuir o material – jornal, fita crepe, cola, lã etc. – Tudo é conduzido para que ao final se formem lindos bonecos que ganham vida ao serem manipulados por cada um dos presentes. Os adultos presentes acabam envolvendo-se no jogo que ao final torna-se em pequenas dramatizações em que todos atuam, cada um com seu boneco. O objetivo da atividade é estabelecer um jogo dramático, no qual todos os presentes acabam se envolvendo numa experiência criativa, lúdica, libertária, organizacional de liderança e trabalho em grupo.
Inscrições: no local, por ordem de chegada.

13 de janeiro de 2020

Fale mais sobre isso

Foto: Lila Batista

A nova temporada de "Fale mais sobre isso" acontece no Teatro Renaissance, de 18 de janeiro a 28 de março de 2020, todos os sábados, às 18h30
A peça é a realização de um desejo de levar para o palco a junção das duas formações de Flávia Garrafa: psicóloga e atriz. “O texto busca mostrar o lado da terapeuta. As falas das outras personagens acabam por decifrar quem é a psicóloga, seus medos e questões”. Com 25 anos de carreira na TV, no teatro e no cinema, Flávia Garrafa assina como uma das colaboradoras do roteiro da nova série do canal GNT, que será lançada no segundo semestre de 2020, Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, e, em março, ela participa como atriz da série policial Os Ausentes, no canal TNT. 
Na trama de "Fale mais sobre isso", a terapeuta Laura está na faixa dos quarenta anos e, como a maioria das mulheres, divide seu tempo entre cuidar da família e da carreira. Em seu consultório, ela atende Sr. B, um jovem de cerca de 30 anos que tem a organização e a metodologia como lemas de vida; da Sr. C, que foi trocada por uma mulher mais jovem e, ao invés de sentir tristeza, fica feliz e sente-se culpada por isso; do Sr. D, que acredita ser Deus; e de Alice, uma senhorinha doce de 78 anos que nunca conseguiu falar o que realmente sente.
“Os pacientes são inspirados na vida real, mas não em uma experiência minha como psicóloga ou de qualquer outra pessoa. Eu pensei em como seriam essas pessoas no psicólogo. Acho que são tipos muito comuns que se comportariam de maneira muito peculiar em um consultório e dariam muito material para o terapeuta. É muito importante que os casos não se resolvam todos, porque a psicologia não é magia, não é conto de fadas. É a vida real, e, como em qualquer outra profissão da saúde, às vezes os problemas não têm solução”, explica Flávia.

10 de janeiro de 2020

O Vendedor de Sonhos

Foto: Vinicius Angeli

Peça baseada no romance mais vendido do escritor Augusto Cury, "O Vendedor de Sonhos" faz nova temporada em São Paulo, no Teatro Fernando Torres, de 17 de janeiro a 29 de março de 2020. A adaptação do best-seller para o palco é de Augusto Cury, Erikah Barbin e Cristiane Natale, a direção é de Cristiane Natale e o elenco é formado pelos atores Luiz Amorim, Mateus Carrieri, Marcus Veríssimo, Maurício Colatoni, Adriano Merlini, Guilherme Carrasco e Fernanda Mariano.

A trama conta a história do personagem Júlio César (Mateus Carrieri), que tenta o suicídio e é impedido de cometer o ato por intermédio de um mendigo, o Mestre (Luiz Amorim), que lhe vende uma vírgula, para que continue a escrever a sua história. Juntos encontram Bartolomeu, um bêbado boa-praça que decide unir-se a eles na missão de vender sonhos e de despertar a sociedade doente. Mas a revelação de um passado conflituoso do Mestre pode destroçar a grande missão do Vendedor de Sonhos.

O livro "O Vendedor de Sonhos" já foi traduzido para mais de 60 idiomas e também virou filme - e é a primeira obra de Augusto Cury receber uma adaptação para o teatro. "Ver os atores interpretando no palco os personagens que eu construí nas mais diversas situações estressantes em que eles passaram, levando o espectador a fazer uma viagem para dentro de si mesmo para encontrar o mais importante endereço que poucos encontram, o endereço em sua própria mente, é de fato um grande prazer”, conta Cury.