19 de dezembro de 2019

Férias


Vamos dar uma paradinha para recarregar nossas energias e a partir do dia 06/01/2020 voltaremos com energia de sobra. Desejamos a todos um Feliz Natal e um Ano Novo próspero!! 🥳🥳🥳

18 de dezembro de 2019

Turista Espacial


O filme francês "La Belle Verte" ou "Turista Espacial" (1996) é uma comédia bem simples. O roteiro não traz grandes surpresas, mas nas entrelinhas nos oferece muitas informações e aprendizados. Na trama, existe um planeta em que seus habitantes evoluíram a tal ponto que vivem em perfeita harmonia com a natureza. De tempos em tempos, alguns deles fazem excursões a outros planetas, seja para observá-los ou mesmo ajudá-los em seu processo evolutivo.

Curiosamente, há 200 anos que ninguém quer vir para o planeta Terra. Até que um dia, por razões pessoais, uma mulher decide se voluntariar. Ela aterrissa em Paris. O filme aborda de maneira humorada temas variados como a fábula filosófica, a espiritualidade ativista, a sustentabilidade, o anti-conformismo, a ecologia, o feminismo, o humanismo, o pacifismo entre outros. O filme é simples, mas é muito inspirador e divertido.

Assista ao trailer!

17 de dezembro de 2019

Terçando no Choro

Foto: Divulgação

Hoje é dia de "Terçando no Choro" com Fernando Dalcin. O Bar do Alemão recebe jovens músicos para uma roda de choro aberta, cuja segunda entrada é aberta às canjas. Quem comanda a noite do Choro Negro é Fernando Dalcin (bandolim), acompanhado Victor Guedes (cavaquinho), Ribeka Suzuki (pandeiro) e Natan Drubi (violão 7 cordas). Fernando Dalcin é um jovem instrumentista autodidata que começou a se interessar pelo bandolim ainda criança, após uma breve passagem pelo cavaquinho, que descobriu ao ouvir “Pedacinho do Céu” de Waldir Azevedo. O incentivo veio de seu avô, que o levou pela primeira vez a uma roda de choro, passando a se dedicar ao estilo e ao bandolin. Atualmente, o músico vem se destacando com show que celebra os 50 anos sem Jacob do Bandolim. Para Fernando, “muito mais do que um espaço para o encontro entre amigos, a roda de choro é uma escola para aqueles que optam pelo caminho da música, em geral, e do choro, em particular”.

Confira a programação das próximas apresentações:
18/12 – Quarta, às 20h30 - Show / #OcupAlemão: Tuco Pellegrino (foto).
19/12 – Quinta, às 20h30 - Show: Mauro Amorim & Roque da Vila – em Breque Sincopado.

16 de dezembro de 2019

Concerto de Natal

Foto: Divulgação

Dia 19 de dezembro às 19h30, acontece o Concerto de Natal das Quintas Culturais no Divino na Igreja do Divino Espírito Santo na Bela Vista. A série tem como objetivo o restauro da igreja inaugurada em 1908. Primeiro apresentam-se Adélia Issa (canto) e Edelton Gloeden (violão), depois o Coral do Museu de Arte Sacra de São Paulo (foto), sob regência de André Rodrigo. A série é dirigida pelo tenor Miguel Geraldi. 

Ao final, serão sorteados para o público, exemplares do CD 12 Valsas Brasileiras com obras de Francisco Mignone e Edelton Gloeden como intérprete.

Dois grandes intérpretes da música de concerto, Adélia Issa e Edelton Gloeden, vão apresentar um repertório fascinante, com canções e obras instrumentais relacionadas ao Natal e à religiosidade, assim como cantigas de ninar tradicionais de vários países, de épocas e estilos diversos. Entre os compositores estão o espanhol Joaquín Rodrigo (o autor do famoso Concierto de Aranjuez), o irlandes Denis ApIvor, o paraguaio Agustín Barrios e o brasileiro Francisco Mignone, entre outros. Algumas das canções trazem poemas de grandes nomes da literatura, como Lope de Vega, Juana de Ibarbourou e Vinicius de Moraes. Serão também apresentadas antigas canções tradicionais natalinas, com seus textos originais.

Fundado em 2017, o Coral do Museu de Arte Sacra de São Paulo, regido por André Rodrigo, irá interpretar obras sacras e natalinas, como a clássica Noite Feliz de Franz Gruber. O objetivo do coral é enriquecer e integrar culturalmente os cantores. As apresentações são em vários espaços culturais da cidade.

A Officina da Memória é responsável pelo restauro da Igreja do Divino Espírito Santo. O Museu de Arte Sacra de São Paulo apoia o restauro, através da artista plástica Titina Corso, que promove oficinas de capacitação de alunos.

13 de dezembro de 2019

Noel Andrade

Foto: Flávio e Van Royo

No dia 15 de dezembro às 18h, o Sesc Belenzinho recebe o violeiro paulista Noel Andrade com participação do grupo de folk e bluegrass Mustache e os Apaches para show no Teatro da unidade. Sem limites nem amarras, mas sempre ancorado na tradição da cultura popular, o cantor, compositor e violeiro está construindo uma bela reputação como um dos grandes nomes da nova geração desse instrumento musical tão ligado à nossa música rural.

Com dois álbuns solo já lançados e parcerias com gente do alto calibre de Renato Teixeira, Dércio e Doroty Marques e o grupo carioca Blues Etílicos, este inquieto e criativo artista se apresenta em show que marca o lançamento do clipe de “No Seu Rastro”, primeira amostra do que será o terceiro álbum de Noel, programado para ser lançado em 2020 e totalmente autoral, fato inédito em sua carreira.

Durante a apresentação, o artista terá a seu lado uma banda composta por Felipe Câmara (violão, guitarra e banjo, do grupo Folk na Kombi), Adriano Grineberg (piano, músico de blues), Edu Malta (baixo) e Jota Erre (bateria). Ele se incumbirá de vocais e de três violas com afinações abertas, uma de suas preferências.

O repertório trará músicas de seus dois álbuns, Charrua (2012) e Canoeiro (2017), este último com releituras de canções do repertório do lendário violeiro Tião Carreiro e gravado em parceria com o consagrado grupo carioca Blues Etílicos. 
Também haverá quatro músicas do novo álbum. Na parte final do show, o quinteto Mustache e Os Apaches entrará em cena para tocar cinco músicas com Noel, entre elas No Seu Rastro, canção de pegada country com ecos de Johnny Cash e da música rural brasileira.

“O blues é muito mais próximo da nossa música rural do que eu imaginava em termos de estrutura musical, temática. Tem o mesmo DNA da terra, especialmente o do interior dos EUA; são músicas que lutam contra o preconceito, tem a matriz africana”, diz Noel.

12 de dezembro de 2019

Rebelião – O Coro de Todos os Santos

Foto: Ítalo Lago

Nos dias 14 e 15 de dezembro (sábado, às 20h, e domingo, às 19h), o espetáculo "Rebelião – O Coro de Todos os Santos" finaliza o projeto Levante Teatro do Incêndio - Pra Vida e Revida, iniciado em agosto, que reuniu cinco montagens da companhia, entre outras atividades. Marcelo Marcus Fonseca, que fundou o grupo há mais de 23 anos, assina o texto e a direção de todas as montagens.

No enredo, Artura (Gabriela Morato), Cacimba (Elena Vago) e Jí (Paula Almeida) saem do interior do país com o intuito de salvar o Brasil, devolvendo para Portugal símbolos da colonização. Para cumprirem a missão eles enfrentam os terríveis Arranca-línguas, figuras míticas que encontram durante a viagem.

"Rebelião - O Coro de Todos os Santos" é a segunda peça do projeto A Gente Submersa, um trabalho de pesquisa do grupo sobre heranças e descaracterização da cultura e da sabedoria popular pelo esquecimento das raízes que moldaram o brasileiro. Trata da manifestação popular como revide contra seu apagamento, como arma de guerra no combate à intolerância religiosa, à infantilização da cultura produzida atualmente e às ingenuidades que aceitam lutas separadas e compartimentadas na sociedade moderna.

O diretor desabafa: “Esse é o espetáculo ‘de saco cheio’. Saco cheio de insensibilidade, de em cima do muro, de engolir a pobreza de manifestações sociais, políticas e culturais no país de Jorge Amado, Vinícius de Moraes, Nelson Sargento. Saco cheio de dizer que gostamos do que não gostamos, de dar ibope para o que não queremos, de desprezar a cultura do nosso país em prol de uma manifestação rasa. A indústria do entretenimento cria um mundo falso, de barulho ensurdecedor para destruir nossa identidade. Teatro não é entretenimento”.

11 de dezembro de 2019

Quem Prospera Sempre Alcança

Foto: João Caldas Filho

A determinação dos brasileiros em encontrar novas opções de trabalho por conta própria, pequenas noções de educação financeira, como a importância do planejamento e da organização para a realização dos nossos sonhos, são temas do espetáculo musical de rua "Quem Prospera Sempre Alcança". A peça com texto e direção de Leonardo Cortez se apresenta nos dias 12 e 13 de dezembro, a partir das 12h30, e no 14 às 16h na loja da Livraria Cultura Paulista – Espaço Cine Astor, encerrando o primeiro ano do projeto. Jonatan Harold assina a direção musical e as composições originais, já os figurinos e cenário são de Márcio Araújo
O espetáculo começa com a entrada de dois técnicos de uma companhia teatral encarregados de montar o palco para a apresentação que será feita no local. Eles fazem às vezes de operários e mestres de cerimônia e evocam situações sobre empreendedorismo a partir de três outras histórias. 
Na primeira delas, duas fãs de uma dupla sertaneja decidem, na fila para entrar no show, como vão gastar o dinheiro que juntaram com muito sacrifício. Na segunda, dois vendedores ambulantes resolvem fazer uma atrapalhada sociedade e na terceira, um falido dono de boteco recebe a visita de uma inusitada fada-madrinha.
“Falar sobre empreendedorismo no Brasil atual é falar sobre o caminho pelo qual cada vez mais brasileiros estão optando por seguir em função da crise econômica. Ao mesmo tempo, ter acesso aos mecanismos de desenvolvimento de novos negócios é a possibilidade real de concretização dos sonhos profissionais. "Quem Prospera Sempre Alcança" é um espetáculo que inclui dicas de educação financeira, principalmente ligadas ao empreendedorismo, sem a pretensão de ser didático, que apresenta, com muito humor, situações e ciladas que qualquer um pode se meter por conta da inexperiência nos negócios e na vida pessoal”, conta o autor e diretor Leonardo Cortez.

10 de dezembro de 2019

Um circo de rins e fígados: o teatro de Gerald Thomas

Foto: Divulgação

Na noite de 11 de dezembro, um evento no Sesc Avenida Paulista marcará o lançamento pelas Edições Sesc São Paulo do livro "Um circo de rins e fígados: o teatro de Gerald Thomas", uma reunião das peças escritas e montadas por Thomas no Brasil e no exterior. Na ocasião, além da tradicional sessão de autógrafos com o autor-diretor, haverá bate-papo de Thomas com o jornalista Dirceu Alves Jr., seguido de leitura de trechos das peças por alguns dos atores e atrizes que atuaram em suas criações: Fabiana Gugli, Bete Coelho, Ney Latorraca e Edi Botelho, com direção de Gerald Thomas.

No Rio de Janeiro o livro será lançado na noite de 12 de dezembro, no Arte Sesc Flamengo, com bate-papo de Thomas e Luiz Felipe Reis, jornalista, curador e dramaturgo, seguido de autógrafos.

A obra apresenta os textos integrais de 24 peças acompanhadas de suas respectivas críticas de época, e traz ainda ensaios da organizadora Adriana Maciel, do jornalista Dirceu Alves Jr. e da professora de teoria do teatro Flora Süssekind. O livro configura-se como o mais completo em língua portuguesa sobre a profícua produção autoral desse dramaturgo brasileiro, abrangendo até mesmo o texto de sua peça mais recente, Dilúvio, encenada no Teatro Sesc Anchieta no final de 2017.

Os textos teatrais escritos por Gerald Thomas são vivos: emolduram-se à vivacidade dos atores em cena. Organizá-los em um único volume é um registro importante da força da palavra no palco, sem que seja somente ela a motriz de um diretor inquieto, provocador e tão importante para a história do teatro brasileiro.

Criado pela Tuut design, o projeto gráfico do livro tomou como ponto de partida uma declaração de Gerald Thomas, que define uma peça de teatro como um organismo vivo. Segundo ele: "Quando o ator respira, o publico está respirando junto, então o nosso pulmão atinge o pulmão do público. Logo, o teatro funciona como um órgão enorme, um coração, por exemplo, que inspira e expira, e o público inspira e expira junto com o ator. Isso faz com que o teatro se transforme em um pequeno universo.” O conceito adotou uma estética que transmite ousadia e experimentação. A lombada do livro fica exposta quando a capa é aberta, revelando que a marca desse projeto é sua estética visceral na exploração das partes para formar um todo que traduza a sua essência.

Atualmente Gerald Thomas está preparando “Gastrointestinal Prayer”, um solo com a atriz Lotte Andersen que estreia em Copenhagen, em março de 2020. Para o Brasil, ele está escrevendo uma nova peça inspirada em Rembrandt, prevista para estrear em São Paulo no segundo semestre de 2020.

9 de dezembro de 2019

Migraaantes

Foto: Rombolli Torres

Um estudo sobre a obra de Matéi Visniec, "Migraaaantes", entra em cena no Teatro Nair Bello, no dia 9 de dezembro, com direção de Kiko Marques. A montagem fica em cartaz somente até o dia 11 de dezembro com sessões sempre às 21 horas.

O texto irônico expõe o discurso vazio e cínico de um presente de quem quer apenas se manter no poder. "Migraaaantes" baseia-se em notícias verídicas sobre migrantes que tentam chegar à Europa, onde o absurdo da ficção é menor que a brutalidade do mundo real. A situação dos refugiados é tratada pela política com frieza e a relação das pessoas com os mesmos revela que talvez sejamos todos estrangeiros em um mundo globalizado.

O diretor Kiko Marques destaca o prefácio à edição brasileira que abre com a frase: "Essa é uma peça urgente, marcada pela atualidade incontornável do tema." Seguida pela fala do autor: "Essas centenas de milhares de pessoas (migrantes) lembram ao ocidente que seu modelo econômico, político e cultural se globaliza mal. É um modelo que funciona somente num perímetro restrito de terra habitável enquanto o resto do planeta assiste ao ‘banquete dos privilegiados’ na televisão... É, sem dúvida uma injustiça pela qual os inspiradores desse modelo, os ocidentais, devem pagar a conta”.

E o diretor conclui: “Sim, eis um tema e uma peça devastadoramente urgentes. Foi o que ressoou em todos nós desde o primeiro contato com as 27 cenas que compõe os 90 minutos do espetáculo”.

5 de dezembro de 2019

Nas Águas do Imaginar

Foto: Divulgação

No dia 15 de dezembro estreia o espetáculo infantil “Nas Águas do Imaginar”, de Ton Carbones e elenco, no Sesc Osasco, às 16 horas. Com direção geral de Ana Bottosso, a montagem apresenta uma viagem lúdica pela imaginação.

O enredo traz uma criança que, ao se deitar para dormir, é surpreendida por seres fantásticos que surgem em seu quarto, instigando sua imaginação. Ávida pela diversão, a criança veste-se de coragem e muita criatividade para embarcar em uma viagem ao mundo do imaginar.

Segundo Ton Carbones, criar um espetáculo de dança para o público infantil é sempre um grande desafio. “Como transpor história, aventura e diversão por meio de uma linguagem, por vezes tão abstrata como a dança?”, reflete o bailarino e coreógrafo. Assumindo esse desafio, os bailarinos da Companhia de Danças de Diadema embarcaram numa pesquisa que envolve brincadeiras, gestos, histórias, jogos teatrais, música e dança. Voltaram à infância, viajaram pelo mundo de imaginação e trouxeram experiências lúdicas para o espetáculo.

O cenário em branco vai ganhando cores e vida, à medida que se desenrola a divertida viagem com seus surpreendentes e incríveis personagens. Almofadas transformam-se em estrelas e voam. A cama se desdobra em vários objetos: carrinho de mão, bancos, coral no fundo do mar e skates. O lençol ganha vida e traz a noite, vira mar, barco e qualquer outro lugar. O Figurino têm cores vibrantes e combinações divertidas como se as personagens tivessem saído de um desenho animado, explorando as possibilidades de imaginação dos pequenos.

Nas Águas do Imaginar desafia o espectador a desbravar, junto com essa criança, um mundo repleto de surpresas e fantasias, numa lúdica brincadeira que reflete sobre a busca do que está do lado de fora ou desbravar o universo interior. E a passagem para essa aventura custa apenas o uso da imaginação.

4 de dezembro de 2019

Casa Rosa dos Ventos

Foto: Fabiana Tolentino

Inspiradas pela cultura xamânica, as atrizes Fabiana Tolentino e Luciana Bollina idealizaram uma peça itinerante, sem dramaturgia linear, um jogo de direções, onde o tema central é relação com o Tempo. No espetáculo, a plateia é convidada a seguir qualquer direção e assistir o que quiser nos diversos cômodos da casa que recebe a encenação. 
É uma experiência-instalação na qual a plateia precisa escolher o que assistir ou não, além de decidir se vai obedecer as ordens que vem de duas personagens provocadoras, que são uma espécie de mestres de cerimônia. 
A dramaturgia foi escrita a partir dos Escudos Xamânicos (representados por animais que protegem cada direção da Rosa dos Ventos: Águia do Leste, Coiote do Sul, Urso do Oeste e Búfalo do Norte). As cenas criadas abordam questões feministas associadas ao significado de cada animal, abrangendo temas como: a criança interior, repetição de padrões familiares, sexo e masculinidade tóxica. “A gente trabalha esses temas todos respeitando a sacralidade que existe neles, mas sempre com uma pitada de irreverência. Mostrando que o sagrado e o profano podem (e devem) conviver juntos em harmonia” comenta Fabiana Tolentino.

A peça tem direção musical de Pamella Machado e Pedro Arrais. Todas as músicas são originais e foram compostas pelo elenco para o projeto, principalmente por Pamella Machado, Luciana Bollina, André Torquato e Pedro Arrais, mas todos da equipe participaram no processo de criação das músicas e arranjos. Ainda sobre a parte musical, Fabiana completa: “Seguindo na linha de misturar sagrado e profano, misturamos bases de música eletrônica com tambores veganos (com couro não-animal), instrumentos musicais e a voz. Tirando a base eletrônica, tudo é executado ao vivo”. Estreia no dia 6 de dezembro no Nosso Espaço (Rua Cajaíba, 531 - Perdizes), de sexta a segunda às 20h30.

3 de dezembro de 2019

Terçando no Choro

Foto: Divulgação

A cada 15 dias, às terças-feiras, o Bar do Alemão recebe jovens músicos para uma roda de choro aberta, cuja segunda entrada é aberta às canjas. Quem comanda a noite do Choro Negro é Fernando Dalcin (bandolim), acompanhado Victor Guedes (cavaquinho), Ribeka Suzuki (pandeiro) e Natan Drubi (violão 7 cordas). Fernando Dalcin é um jovem instrumentista autodidata que começou a se interessar pelo bandolim ainda criança, após uma breve passagem pelo cavaquinho, que descobriu ao ouvir “Pedacinho do Céu” de Waldir Azevedo. O incentivo veio de seu avô, que o levou pela primeira vez a uma roda de choro, passando a se dedicar ao estilo e ao bandolin. Atualmente, o músico vem se destacando com show que celebra os 50 anos sem Jacob do Bandolim. Para Fernando, “muito mais do que um espaço para o encontro entre amigos, a roda de choro é uma escola para aqueles que optam pelo caminho da música, em geral, e do choro, em particular”.

2 de dezembro de 2019

O Despertar da Primavera

Foto: Rombolli Torres

Nos dias 2, 3 e 4 de dezembro às 21h acontece o espetáculo "O Despertar da Primavera", um estudo sobre a obra de Frank Wedekind com direção de Dan Rosseto. As sessões acontecem no Teatro Nair Bello.

Com fortes críticas à sociedade alemã do fim do século XIX, que culturalmente reprimia a sexualidade, a obra é uma dramatização viva de fantasias eróticas, além de tocar em assuntos como morte, aborto, abuso e religião. Pela ousadia da abordagem, a peça foi censurada à época.

Escrita entre o outono de 1890 e a primavera de 1891, "O Despertar da Primavera" teve sua primeira montagem autorizada somente em novembro de 1906, em Berlim, com direção de Max Reinhardt. Em 1917, a obra atravessou o continente e estreou na cidade de Nova Iorque - primeira encenação em inglês -, onde também sofreu censura. Em 2006 a versão musical estreou na Broadway, arrebatando prêmios (foram oito Tony Awards, incluindo melhor musical) e atraindo os jovens para o teatro. No Brasil, diversas montagens do texto ganharam os palcos pelas mãos de importantes diretores, revelando novos talentos para as artes cênicas.

Nesta versão inédita, o dramaturgo Dan Rosseto traz ao público uma história que atravessa o tempo, situando os conflitos dos adolescentes em 1890, nos anos 60 e nos dias atuais. Sem uma linha narrativa cronológica, o espectador acompanha os dramas vividos pelos jovens em cada época, embalados por músicas e acontecimentos marcantes. “As personagens vivem, em cada período, os conflitos escritos por Wedekind com seus desdobramentos sociais, morais, sexuais, éticos e religiosos”, comenta o diretor Dan Rosseto, que completa: “Será espantoso e surpreendente acompanhar Moritz, Melchiors, Wendlas, Marthas, Ilses, em diferentes períodos, e perceber que o ser humano continua em busca de algo que está longe de encontrar”.