28 de junho de 2019

Conectados o Musical

Foto: Kelson Spalato

Estreia no dia 6 de julho, o espetáculo "Conectados o Musical no Teatro das Artes, às 18 horas. Sete jovens atores – Luckas Moura, Gabriel Moura, Vicky Valentim, Giulia Ayumi, Carol Amaral, Dorgival Júnior e Madu Araújo – protagonizam uma eletrizante, divertida e também dramática aventura musical em busca do sucesso, na qual a conexão entre eles precisa ir bem além da tecnologia.

A dramaturgia foi criada por Alexandra Garnier, Hudson Glauber assina a direção geral e Thiago Gimenes é responsável pela direção musical, assinando também as canções do espetáculo, que são interpretadas ao vivo nessa ‘pop broadway’. Na ficha técnica tem ainda André Capuano na direção de movimento e Chico Spinoza na cenografia. A idealização é do próprio elenco que resolveu levar à diante um projeto de gente grande, que os artistas tinham em comum.

No enredo, sete jovens apaixonados pela música participam das audições de um grande concurso de talentos. Eles são Bia, July Mie, Angel, Tuco, Duda, Helena e JP, adolescentes de realidades e características muito diferentes, que se veem conectados pela música, em busca de um mesmo sonho.

Os ingredientes dessa trajetória passam pelo cotidiano das personagens e suas particularidades: diferenças sócio-culturais, relações familiares, romances, intrigas, amizade e dúvidas sobre o futuro. No decorrer da trama, os artistas descobrem que precisam transpor os obstáculos, enfrentar os percalços, tirar as máscaras e efetivar uma conexão real humana, fora do aplicativo do celular, para potencializar a possibilidade de sucesso pessoal e profissional.

O diretor Hudson Glauber comenta que há uma boa carga dramática na encenação que, somada à irreverência juvenil, explora também a intensidade das questões familiares, o distanciamento dos pais, a carência, a busca desses jovens por um lugar no mundo. “Conectados o Musical reflete sobre as consequências da falta de tempo na sociedade contemporânea para cultivar os laços. A encenação passa pelas fragilidades de cada personagem com suas diferentes atitudes, personalidades e individualidades”, afirma o diretor.

A música assume também um papel dramatúrgico no espetáculo. “A trilha sonora acompanha a identidade de cada personagem e conta cada história em linguagem ‘broadway’, misturando ritmos como pop, rock, rap, reaggae e balada”, revela Gimenes .

27 de junho de 2019

O Nome das Coisas

Foto: Beto Amorim

Para marcar as comemorações ao centenário de nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), considerada a maior poeta portuguesa, a Cia. dos Infames e a Cia. Dramática em Exercício apresentam o solo "O Nome das Coisas", escrito e dirigido por Henrique Zanoni, que estreia na SP Escola de Teatro, no dia 5 de julho, às sextas, aos sábados e às segundas, às 21h; e aos domingos, às 19h. O projeto conta com o ciclo de debates “Sophia e a Poética em Cena”, composto por quatro encontros que acontecem logo após as sessões de domingo.
As duas atividades integram a programação oficial de homenagens à poeta, que acontecem ao longo do ano em Lisboa (Portugal), Porto (Portugal), Roma (Itália), Rio de Janeiro (RJ, Brasil), Lagos (Portugal), Macau (China) e em São Paulo (SP, Brasil). O projeto paulistano foi contemplado no 1º Prêmio Cleyde Yáconis da Secretaria Municipal de Cultura.
Protagonizado pela atriz Suia Legaspe, o solo é inspirado em contos, poemas e reflexões de Sophia de Mello Breyner Andresen, a primeira mulher a receber o Prêmio Camões de Literatura. Seus questionamentos e angústias são colocados em cena, em uma inquietante e incansável pesquisa sobre a condição ontológica do humano.
A encenação, de caráter intimista, dá continuidade à pesquisa da Cia dos Infames de mesclar elementos cinematográficos ao fazer teatral. Além disso, a Cia Dramática em Exercício contribui para a montagem com o seu hábil trabalho com textos literários e poéticos.

26 de junho de 2019

Piso Molhado

Foto: Priscila Prade

Com a proposta de criar uma reflexão sobre o lugar do outro e fazer um resgate de um sentimento de brasilidade, o espetáculo "Piso Molhado", com texto de Ed Anderson e direção de Mauro Baptista Vedia, estreia no Teatro Cacilda Becker para uma temporada gratuita entre 5 e 28 de julho, a montagem foi contemplado pela 8ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura. O elenco conta com a participação de Patrícia Gasppar, Helio Cicero, Carlos Palma e Valéria Pedrassoli.
A trama apresenta encontro entre três personagens singulares: Uma cantora, um pianista e um encanador.  
Essas personagens não conseguem escapar do caos urbano e das próprias neuroses, mas apresentam doses ácidas de autocrítica. São elas: a cantora decadente Selma, que guarda uma coleção de aranhas em uma caixa de papelão; o velho pianista Tony, que vive desencantado com a realidade presente e tem saudade do passado; e o sarcástico encanador Osvaldo, que não tem um emprego fixo e, por isso, precisa enfrentar todos os obstáculos impostos pela cidade para conseguir sobreviver em seus bicos diversos.
“Tentei transpor ao papel a urgência que sentia em abordar sentimentos de algumas minorias e friccionar as suas vozes com o momento atual que vivemos, proporcionando uma reflexão sobre o lugar do outro e de como a arte pode ser uma vitamina para fortalecer o cotidiano. Estão presentes nos diálogos as relações de sobrevivência; questões da memória afetiva e o humor ácido e melancólico dos personagens que transitam anonimamente pelo asfalto, com as suas mazelas e encantamentos tendo cuidado com os pisos molhados ao recordar as várias quedas sofridas”, comenta o autor Ed Anderson sobre o processo de escrita do texto.

25 de junho de 2019

Encontro Paulista de Teatro de Grupo

Foto: Cacá Bernardes

A Refinaria Teatral promove o Encontro Paulista de Teatro de Grupo em sua sede. A partir do dia 29 de Junho, aos sábados às 20h e domingos às 18h, a Zona Norte da cidade receberá 10 espetáculos diferentes de importantes grupos paulistanos de teatro. Trata-se do Encontro Paulista de Teatro de Grupo, uma iniciativa do grupo Refinaria Teatral que faz parte do projeto “Teatro: uma Pátria Habitável”, contemplado pela 32ª Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. As apresentações vão até o dia 28 de julho, e cada dia se apresenta um espetáculo diferente. Os ingressos são oferecidos no sistema “pague quanto puder”, como forma de incentivar e democratizar o acesso aos trabalhos.
Participam com espetáculos os grupos: A Próxima Cia, Cia Antropofágica, Cia Paideia de Teatro, Cia Sabre de Luz Teatro, Cia Teatro da Investigação, Cia Teatro Documentário, Companhia do Feijão, Grupo Folias , Grupo Redimunho e República Ativa de Teatro.
Na programação na sede do grupo Refinaria Teatral:
Dia 29/06, Sábado, às 20H – Cia Teatro Documentário – Espetáculo: “O Tempo e o Cão”
Dia 30/06, Domingo, às 18H – Companhia do Feijão – Espetáculo “DATCHAU” (foto)
Dia 06/07, Sábado, às 20H – Cia Antropofágica – Espetáculo “Kabaré Antropofágico”
Dia 07/07, Domingo, às 18H – Grupo Redimunho – Espetáculo “Nome Sujo”
Dia 13/07, Sábado, às 20H – República Ativa de Teatro – Espetáculo “O Inimigo”
Dia 14/07, Domingo, às 18H – Grupo Folias – Espetáculo “Babilônia 2”
Dia 20/07, Sábado, às 20H – Cia Sabre de Luz Teatro – Espetáculo “5 Semanas em um Balão”
Dia 21/07, Domingo, às 18H – A Próxima Cia – Espetáculo “Quarança”
Dia 27/08, Sábado, às 20H – Cia Teatro da Investigação – Espetáculo “A Casa de Farinha de Gonzagão”
Dia 28/07, Domingo, às 18H – Cia Paideia de Teatro – “O Coração de um Boxeador”
Além da apresentação de um espetáculo de seu repertório, cada grupo também participará de um bate-papo aberto com os integrantes da Refinaria Teatral.

24 de junho de 2019

Des.Esperados

Foto: Divulgação

Com direção de Marco Antônio Pâmio, a comédia "Des.Esperados" estreia no dia 24 de junho no Teatro Nair Bello, onde realiza apenas mais duas sessões nos dias 25 e 26, sempre às 21 horas.

O espetáculo é um estudo sobre duas peças do inglês Alan Ayckbourn: Faz de Conta e Entre Amigos que, além de integrarem o rol de suas melhores comédias, possuem um traço temático comum: a espera, pessoas à espera de outras.

Nascido em 1939, Alan Ayckbourn é um dos expoentes do teatro contemporâneo inglês, tendo escrito mais de 70 peças teatrais. Seus textos transitam por diversos gêneros - a comédia de costumes, o suspense e até mesmo o terror psicológico -, tendo em comum uma primorosa carpintaria dramatúrgica, além de diálogos fluentes e personagens muito bem construídos. "Des.Esperados" é a reunião de dois deles e, partindo de Faz de Conta (Role Play) e Entre Amigos (Absent Friends), busca explorar ao máximo o universo ímpar da dramaturgia de Ayckbourn.

Segundo o diretor Marco Antônio Pâmio, “ao brindar a plateia com situações ao mesmo tempo engraçadas, patéticas e muitas vezes absurdas, Alan Ayckbourn brinda também os intérpretes com personagens de traços marcantes e tintas fortes”. Ele explica que estes são os ingredientes perfeitos para o exercício cênico em "Des.Esperados", cujo objetivo primeiro é o processo de estudo e de construção de personagens. E Pâmio manda um recado para o público: “Que vocês possam se divertir na plateia tanto quanto nós nos divertimos na sala de ensaio. Com o perdão do trocadilho, vocês não perdem por esperar...”.

20 de junho de 2019

Uma Fina Camada

Foto: Divulgação

A exposição ‘Uma Fina Camada’, uma experiência imersiva sobre a atmosfera terrestre, chega ao Museu Catavento de 29 de junho a 28 de julho, de terça a domingo, das 9h às 17h - 20 sessões por dia. Com duas tendas interligadas, a mostra exibe, na primeira delas, oito telas com fotografias em movimento com a temática da preservação ambiental, produzidas por Mário Águas. No outro espaço, por sua vez, será exibido um curta-metragem com efeitos especiais de projeção espelhada panorâmica que envolve o espectador, simulando a atmosfera.

A vida na Terra só é possível graças à atmosfera, uma fina camada que envolve o planeta – composta por diferentes gases – e que controla a entrada de radiações nocivas, regula o clima e permite a fotossíntese e a respiração dos seres vivos. Apesar de tamanha importância, ela é, contudo, muito fina: possui cerca de 1 milésimo do diâmetro da Terra. Ou seja, se a Terra tivesse 1 m de diâmetro, essa camada teria apenas 1 mm de espessura. Assim, pode-se imaginar a fragilidade desta parte do planeta que a humanidade vem, pouco a pouco, provocando mudanças profundas.

Uma nova instalação traz duas tendas em formato geodésico, interligadas. Na primeira, será apresentada ao visitante uma exposição de oito telas com fotografias em movimento, produzidas por Mário Águas, que se relacionam com a temática da preservação ambiental. Na segunda tenda, de 15m de diâmetro, será exibido um curta-metragem, com efeitos especiais de projeção espelhada panorâmica que envolve o espectador, simulando a atmosfera. As duas estruturas estão maiores: o auditório agora comporta até 60 pessoas sentadas e as telas de fotografias são de 50 polegadas.

Ao lado das tendas que serão montadas na área externa do Museu Catavento, está instalada há vários anos uma cabine de medição de qualidade do ar e de condições meteorológicas, estrutura da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que poderá ser visitada e os monitores disponibilizarão informações no atendimento ao público.

O catálogo da exposição, inspirado nas dinâmicas do Museu Catavento, tem cunho educativo com objetivo provocar o visitante, trazendo sugestões de atividades e curiosidades para que as pessoas saiam do universo da exposição e pesquisem para além dela.

“Com algumas reformulações e novidades, conseguimos qualificar a exposição para que ela atinja um público maior e de maneira mais democrática. A parceria com os Pontos MIS, por exemplo, vai permitir que o documentário seja exibido em formato de cinema para muito mais pessoas. A experiência de 2015 teve um êxito muito grande e, agora, estamos muito felizes em apresentar Uma Fina Camada num formato mais legal”, afirma Gabriel Mayor, diretor executivo.

19 de junho de 2019

Chet Baker, Apenas um Sopro

Foto: Victor Iemini

Livremente inspirada na vida do lendário trompetista norte-americano Chet Henry Baker Jr. (1929-1988), o espetáculo "Chet Baker, Apenas Um Sopro", protagonizado pelo músico e ator Paulo Miklos, circula pelas capitais Salvador (28 a 30/6), Vitória (5 e 6/7), Curitiba (12 a 14/7), Goiânia (19 e 20/7), (Porto Alegre (3 e 4/8) e São Paulo (em agosto, datas a confirmar), entre os meses de junho e agosto. Com direção de José Roberto Jardim e dramaturgia de Sérgio Roveri, a peça ainda traz no elenco Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos.
O ponto de partida para a trama é um episódio real ocorrido na vida do músico. No fim da década de 60, ele foi violentamente espancado em uma rua de São Francisco. A agressão, que teria sido motivada por dívidas com traficantes, produziu no trompetista um efeito devastador: ele teve os lábios rachados e perdeu alguns dentes superiores, sendo obrigado a interromper a carreira até se recuperar dos ferimentos.
A peça sobre Chet Baker mostra a primeira sessão de gravação do músico após o acidente. Ele está inseguro e arredio – e seus quatro companheiros de estúdio parecem estar ainda mais. Todos foram reunidos por um produtor que, por ser amigo e admirador de Chet, acredita que ele está pronto para voltar à ativa.
“Um espetáculo que contém muita música e drama, exatamente como a vida do nosso retratado: Chet Baker. Um artista brilhante, um talento natural, aprisionado pela droga e pela auto-complacência. Chet é um dos meus ídolos, muitos deles morreram ainda mais jovens. Respiraram música acima da vida. ‘Chet Baker, Apenas um Sopro’, é um grande presente que eu recebi.”, comenta o músico e ator Paulo Miklos.

18 de junho de 2019

Quando Tudo Estiver Pronto

Foto: Heloísa Bortz

A dupla Isser Korik e Otávio Martins volta ao palco do Teatro Folha com a peça "Quando Tudo Estiver Pronto", do renomado dramaturgo norte-americano Donald Margulies. Primeira montagem deste texto no Brasil estreia no Teatro Folha dia 21 de junho e segue em cartaz até 15 de setembro.
Na trama, uma família judia acabou de enterrar sua jovem mãe, que morreu de forma inesperada. No entanto, uma semana depois das cerimônias fúnebres, ela volta recém-levantada de sua cova, com o objetivo de arrumar sua casa e sua família.
O reencontro com o marido, com o filho, com a sogra, sogro e cunhada teatraliza um fato impossível fazendo o público refletir sobre possibilidades nunca pensadas: O que eu faria se isso acontecesse comigo? “A partir disso, muitos conceitos emocionais são postos em xeque.”, comenta Isser Korik.
A encenação priorizará a força do texto e do elenco, trabalhando para iluminar essas duas potências do projeto. “Quando um diretor tem diante de si um texto inteligente e um elenco ‘dos sonhos’, a melhor encenação possível é a que deixa na mão dos atores a condução da história e a fluência das emoções. Qualquer proposta mais voltada para aspectos estéticos só atrapalha o natural contato do público com os sentimentos dos personagens”, completa o diretor.
Este é o quarto trabalho que Isser e Otávio realizam juntos. Em “O Mala” (2008) e “Que Tal Nós Dois?” (2018), Isser dirigiu e Otávio atuou. Em “Divórcio” (2019) inverteram as posições. “Nós criamos um grau de intimidade na cena que espelha a nossa amizade fora do palco“ conta Otávio Martins. “Quando um ator também é diretor, fica mais difícil se entregar, sem críticas e defesas, na mão de outro diretor. Nós conquistamos essa confiança baseada na nossa afinidade teatral e no respeito e admiração mútuas”, completa Isser Korik.

17 de junho de 2019

Elza

Foto: Karen Eppinghaus

premiado musical Elza reestreia em São Paulo no Teatro Sérgio Cardoso para curtíssima temporada, de 20 de junho 14 de julhoA trajetória de Elza Soares é sinônimo de resistência e reinvenção. As múltiplas facetas apresentadas ao longo de sua majestosa carreira foram o ponto de partida para o musical “Elza”, que estreou em julho no Rio de Janeiro, passou por outras cidades fará nova temporada capital paulista, no Teatro Sérgio Cardoso, após imenso sucesso popular e a aprovação irrestrita da homenageada. A partir de 20 de junho, Larissa Luz, convidada para a montagem, e outras seis atrizes selecionadas em uma bateria de testes (Janamô, Júlia Tizumba, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacorte e Verônica Bonfim) sobem ao palco para celebrar o trabalho, o recém conquistado Prêmio Shell de Melhor Música, os dois prêmios CESGRANRIO (Melhor Direção – Duda Maia e Categoria Especial pelo Elenco), quatro troféus do Prêmio Reverência (Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Autor e Categoria Especial) e o Prêmio da APCA de Melhor Dramaturgia.
Em cena, as atrizes se dividem ao viver Elza Soares em suas mais diversas fases e interpretam outros personagens, como os familiares e amigos da cantora, além de personalidades marcantes, como Ary Barroso (1903-1964), apresentador do programa onde se apresentou pela primeira vez, e Garrincha (1933-1983), que protagonizou com ela um notório relacionamento.
Com texto inédito de Vinícius Calderoni e direção de Duda Maia, o espetáculo tem a direção musical de Pedro Luís, Larissa Luz e Antônia Adnet. Além disso, o maestro Letieres Leite, da Orquestra Rumpilezz, foi o responsável pelos novos arranjos para clássicos do repertório da cantora, tais como Lama, O Meu Guri, A Carne e Se Acaso Você Chegasse. O projeto foi idealizado por Andrea Alves, da Sarau Agência, a partir de um convite da própria Elza e de seus produtores Juliano Almeida e Pedro Loureiro.

14 de junho de 2019

O PORTO – Experimento Público Nº 2

Foto: Leekyung Kim

Nesta performance/instalação, o artista Laerte Késsimos compartilha com o público o processo criativo de seu novo espetáculo – inspirado na vida e obra do artista plástico cearense José Leonilson (1957-1993) – em um ateliê-vitrine localizado no centro da cidade de São Paulo. "O PORTO, Experimento Público Nº 2", tem direção de Aura Cunha e dramaturgia de Leonardo Moreira, e faz parte do processo criativo do espetáculo SER JOSÉ LEONILSON, com previsão de estreia para outubro de 2019.
A ocupação artística acontece em um local de passagem no centro da cidade, a Galeria Zarvos, Avenida São Luiz, nº 258 – loja 14, que fica até o dia 10 de agosto. A ação acontece por seis horas diárias (das 11h às 17h), de segunda a sexta. Nesse ateliê aberto, Laerte dividirá com o público um diário de criação de obras (pinturas, desenhos, bordados, e outros trabalhos têxteis) e ensaios do espetáculo, com ações como conversas com o público, experimentos perfomativos e uma exposição das obras criadas.
Idealizado por Laerte Késsimos, o projeto Ser José Leonilson é uma aproximação poética da obra e vida do artista plástico José Leonilson Bezerra Dias, vinte e seis anos após sua morte. Vítima da Aids, sua obra continua atual, candente e relevante, demandando multiplicações, contestações e disseminações. O projeto é divido em três frentes criativas: um espetáculo teatral, uma exposição com os trabalhos criados durante o processo de ensaios e uma instalação performática, um “ateliê vitrine”, a performance O PORTO.  

13 de junho de 2019

Giácomo Bartoloni e Eduardo Monteiro com Tânia Guarnieri e Araceli Chacon

Foto: Divulgação

No dia 15 de junho, às 20h, o Centro de Música Brasileira traz dois duos, violão e flauta, violino e piano. Giácomo Bartoloni (violão) e Eduardo Monteiro (flauta), e, Tânia Guarnieri (violino) e Araceli Chacon (piano). O evento é gratuito.

O duo formado por Giácomo Bartoloni (violão) e Eduardo Monteiro (flauta) já trabalhou junto no quinteto Five Around nos anos de 1990 e se reencontraram em 2017 em um Festival de Música no Instituto de Artes da Unesp. O principal objetivo do duo é divulgar a produção nacional. Na apresentação vão tocar Achille Picchi, Breno Blauth, Osvaldo Lacerda, Sérgio Vasconcelos Corrêa, Souza Lima e Villani-Côrtes.

Tânia Guarnieri (violino) e Araceli Chacon (piano) conheceram-se ainda crianças, ambas estudantes de música. O primeiro recital oficial do duo foi em 2010, e a partir dessa data as apresentações se multiplicaram, tanto no Brasil quanto no exterior. O CD Oblatum é o primeiro registro sonoro do duo. As duas vão interpretar Alexandre Schubert, Camargo Guarnieri, Liduino Pitumbeira, Osvaldo Lacerda e Ronaldo Miranda.

12 de junho de 2019

Mãe Coragem

Foto: Jennifer Glass

O espetáculo "Mãe Coragem" fica em cartaz no ginásio do Sesc Pompeia até 21 de julho. Escrita em 1941, a peça se passa durante doze anos dentro da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), uma série de batalhas devastadoras na Europa central, sobretudo na Alemanha, que deixaram mais de oito milhões de mortos. Nesse contexto, o texto narra a trajetória de Anna Fierling, a dita Mãe Coragem, uma comerciante que acompanha as tropas com sua carroça, vendendo suprimentos para os soldados agonizantes. Ela comemora a chegada da guerra e lucra com seus horrores, mas não quer que nenhum de seus três filhos – Eilif, Queijinho e Kattrin – sejam convocados para a luta.
“Acho que a Mãe Coragem é uma espécie de Hamlet das mulheres, ou melhor, seu oposto complementar. Em Hamlet você tem que ser um ator maduro e jovem, e em Mãe Coragem você tem que ser uma atriz madura e velha. Então, geralmente você tem disposição para fazer quando é jovem, mas tem que esperar ficar mais velha. E Hamlet você quer fazer e não tem maturidade quando você é jovem, né? Mas eu sempre achei muito difícil, li várias vezes, mantive esse desejo remoto, e sempre guardei na estante, como uma perolazinha”, diz a idealizadora da montagem Bete Coelho.
A encenação de Daniela Thomas destaca o caráter dialético no texto de Brecht. “Quando recebi o convite de Bete para dirigir o Mãe Coragem, logo imaginei uma trupe de atores chafurdando na lama, num espetáculo que não se dirigisse ao público, mas que fosse testemunhado por ele. Ou ainda: que além de assistir os atores, o público, organizado em torno da arena, assistisse o clássico de Bertolt Brecht sendo visto por uma outra plateia, em mais um testemunho da alienação pretendida pelo diretor/filósofo. Enquanto discutíamos sobre a montagem, nesses anos, assombraram-nos os rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho: a lama inerte, implacável, que assassinou famílias, florestas e rios. Assombrou-nos também a luta diária dos pobres, pardos e negros do Brasil frente ao genocídio de seus jovens: nossa guerra particular. Assombraram-nos ainda os slogans intolerantes e cada vez mais vocais dos que falam em nome de Deus. Mãe Coragem é uma peça escrita nos anos de 1930 e 1940 do século XX, no norte da Europa, sobre a guerra religiosa que os assolou nos anos 1600 e ressoa atual e pertinente nos nossos tristes trópicos”, revela a diretora.

11 de junho de 2019

Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã

Foto: João Caldas Filho

Com direção de André Garolli, o espetáculo "Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã" narra a história de duas mulheres, Heloneida e Geni, que foram condenadas à prisão perpétua. De origens e crimes diferentes, se conheceram atrás das grades e tornaram-se amigas para sobreviverem. A desorientação delas em relação ao tempo e espaço é evidente. Reveem suas vidas interrompidas transitando entre a loucura e a razão. Estão presas numa cela de prisão, num manicômio, purgatório, inferno ou na mente delas?
Com humor e sensibilidade, o autor Antônio Bivar expõe o espírito do Brasil e os valores dos anos 60, inspirado pela linguagem do teatro do absurdo, pelo existencialismo e pela metateatralidade. Elenco desta montagem é formado por Angela Figueiredo, Fernanda Cunha e Fernando Fecchio.
    
"Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã" ganha uma nova temporada na SP Escola de Teatro, entre 14 de junho e 1º de julho, com apresentações às sextas, aos sábados e às segunda, às 21h, e aos domingos, às 19h.

10 de junho de 2019

57 minutos – o tempo que dura esta peça

Foto: Pedro Mendes

O premiado artista mineiro Anderson Moreira Sales desembarca em São Paulo para estrear o segundo texto escrito, dirigido e atuado por ele: "57 minutos – o tempo que dura esta peça". O monólogo tem uma curta temporada no Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt, até o dia 10 de julho, com sessões às terças e quartas-feiras, às 21h.
Inspirada pelo livro “Ulisses”, do escritor irlandês James Joyce (1882-1941), a dramaturgia se arquiteta a partir de uma premissa simples: um morador do subúrbio de uma cidade grande sai de casa em busca de cumprir seus compromissos e retornar ao lar. A aparente banalidade da narrativa problematiza a realidade contemporânea brasileira em sua cruel complexidade ao reconhecer a grandeza escondida nas pequenas coisas para denunciar a pequenez escondida nas coisas grandes.
Em meio a um cotidiano muitas vezes cruel e violento, o personagem central da história precisa encarar a construção da sua identidade. “Ele se oprime ao lidar direta ou indiretamente com as figuras masculinas que cruzam seu caminho e não se reconhece enquanto um ser que está no meio do caminho, rejeitando o estereótipo masculino e toda a sua construção cultural de opressão e ainda sem saber caminhar rumo a uma personalidade frágil e delicada. Reconhecer isso foi determinante para algumas escolhas da encenação”, comenta Anderson Moreira Sales.
Para o dramaturgo e ator, os últimos anos no Brasil foram muito violentos de uma forma geral. “Muito ódio foi sendo plantado, regado e agora o país está colhendo uma crueldade absurda. Isso tudo fomentou em mim uma revolta interna que foi expurgada da maneira mais inteligente e sensível que eu sei fazer que é transformar essa energia em texto e corpo em cena. É o lugar onde consigo me sentir mais forte para me vingar da maldade que me ronda”, acrescenta.

7 de junho de 2019

Mar Morto


Pense numa história de amor recheada de grande força lírica, um poema em prosa. Dizem que este é o romance preferido do autor, Jorge Amado (1912-2001), entre todos quantos escreveu. A narrativa é densa, contudo, repleta de detalhes. Publicado em 1936, “Mar Morto” leva o leitor para a beira do cais soteropolitano. São personagens que enfrentam o mar em lutas diárias pela sobrevivência. O misticismo baiano se funde aos dramas reais onde as mulheres perdem seus homens que são levados para sempre por Iemanjá, a rainha do mar . Misticismo a perder de vista. O protagonista é o jovem Guma, cuja amada Lívia quer libertar do “chamado do mar”. O cenário é o mar,  local de trabalho dos pescadores, canoeiros e mestres de saveiro. É o espaço das paixões e sensualidade, dos temores e conflitos, e, claro, como toda boa obra de Jorge Amado, do erotismo. Uma leitura valiosa!

6 de junho de 2019

Hedda Gabler

Foto: Hudson Senna

Escrita em 1891, "Hedda Gabler", do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), cria uma reflexão atemporal sobre o papel da mulher na sociedade. A peça ganha uma nova montagem traduzida por Leonardo Pinto Silva com direção de Márcio Macena que estreia no dia 14 de junho no Espaço Parlapatões. O elenco conta com Mel Lisboa, Samuel de Assis, Dudu Pelizzari, Rafael Maia, Carol Carreiro e Yael Pecarovich.
A encenação proposta pelo diretor Márcio Macena é pautada pela simplicidade e atemporalidade. “Minha escolha parte para uma encenação atemporal, com uma simplicidade exigida ao trabalharmos com a grandeza do texto de Ibsen e a qualidade do elenco que temos. Acredito que esses dois elementos já são suficientes para se fazer um bom espetáculo. Esse é o maior trunfo para falar desse feminismo, palavra que nem existia na época que o texto foi escrito, e que a figura da Hedda traz com tanta força. Quem diria que um texto escrito em 1890 seria tão atual”, revela.
“Hedda é uma das mais complexas e mais bem escritas personagens femininas da História do Teatro. Sua insatisfação com a vida que leva nos aponta para o questionamento do papel da mulher na sociedade hoje e sempre. Hedda Gabler é um texto engenhoso e que merece ser dito e ouvido”, diz Mel Lisboa, que interpreta a protagonista.
Na sinopse, Hedda (Mel Lisboa) é filha do falecido general Gabler, que morreu sem lhe deixar herança. Perto dos trinta anos, acabou se casando com Jorgen Tesman (Dudu Pelizzari), que está esperando por uma próspera cadeira na Universidade. Hedda está grávida, fato que ela esconde de todos; logo que chegam de viagem, Jorgen descobre que precisará competir pela cadeira na Universidade, justamente com um dos antigos admiradores de Hedda, Eilert Lovborg (Rafael Maia), conhecido por ser um boêmio, talentoso, mas propenso a beber demais. Apesar disso, ele tem vivido sobriamente, e está escrevendo duas teses em colaboração com Thea Elvsted (Carol Carreiro), que está apaixonada por ele, tendo inclusive deixado o marido para segui-lo.

5 de junho de 2019

Ator Mente

Foto: Heloisa Bortz

Considerado um dos ícones do teatro britânico atual, o autor Steven Berkoff tem três de suas peças curtas montadas pelo encenador brasileiro Marco Antônio Pâmio e agrupadas na comédia "Ator Mente", que estreia no dia 14 de junho no Teatro Nair Bello.
Os textos que inspiraram a montagem estão presentes na coletânea “One Act Plays” (Peças de Um Ato), composta por 19 peças curtas, divididas em vários blocos temáticos. A montagem relaciona as obras “I Wanna Agent” (“Quero um Agente”, em português) e “This is an Emergency” (“Isto é uma Emergência”), ambas da seção “Actors” (“Atores”), e “Roast” (“Assado”), presente no bloco “Rejection” (“Rejeição”).
O resultado é uma comédia que lança um olhar ao mesmo tempo sarcástico, melancólico e bem-humorado sobre o que é ser ator e toda a carga que a profissão carrega: as expectativas, as frustrações, as cobranças, o desemprego etc. São peças nas quais os personagens mostram o “outro lado da moeda” da profissão, revelando-se frágeis, patéticos, falhos e, por conta de tudo isso, profundamente humanos. Os três textos se comunicam em cena a partir da figura de um ator desiludido com a profissão, Brian Philips, interpretado por Norival Rizzo.

4 de junho de 2019

Os Lavadores de Histórias

Foto: Giuliana Cerchiari

O Auditório do Sesc Vila Mariana recebe a nova temporada do espetáculo infantil "Os Lavadores de Histórias", da Cia. de Achadouros, em temporada que vai de 9 a 30 de junho, com sessões aos domingos, às 15 horas. A montagem, dirigida por Tereza Gontijo, foi inspirada na poesia de Manoel de Barros. A dramaturgia de Silvia Camossa, foi concebida em processo colaborativo com o grupo, a partir das cenas improvisadas na sala de ensaio.

"Os Lavadores de Histórias" são três personagens - Urucum, Tom Tom e Jatobá -, interpretados pelos atores palhaços Emiliano Favacho, Mariá Guedes e Felipe Michelini, respectivamente. À noite, eles visitam quintais abandonados para lavar objetos esquecidos como brinquedos e roupas, e reviver momentos especiais da infância. Eles carregam consigo o “rio da memória”, no qual vão lavando as coisas que encontram e revelando histórias, fantasias, personagens e brincadeiras. Por meio de cenas cômicas, circenses, teatro de sombras e objetos, o espetáculo faz uma sensível reflexão sobre a relação da criança com o mundo real e da imaginação, e lança sobre a infância o olhar lúdico e poético.

Tendo como ponto de partida a potente e delicada poesia de Manoel de Barros, a concepção valoriza a intimidade com as pequenas coisas, a beleza contida em sutilezas, a graça da imaginação, as brincadeiras espontâneas e colaborativas e o contato com a natureza. A partir de uma imersão na obra do poeta, os atores foram para as ruas do bairro São Mateus em busca de histórias reais da memória afetiva de pessoas comuns (moradores antigos e crianças) que foram usadas em cenas da peça. 

A diretora Tereza Gontijo enfatiza que "Os Lavadores de História" foi concebido como um espetáculo para a família. “Enquanto a palhaçaria é diversão garantida para as crianças, o tom lírico e poético da peça toca os adultos ao acionar o dispositivo de suas lembranças da infância”. Ela ainda comenta que o processo junto à Cia. de Achadouros teve como estímulo o prazer do jogo de palhaços no trabalho de criar para o público infantil.

3 de junho de 2019

NÓS

Foto: Henk Nielman


Inspirado em obra homônima de Eva Furnari, com dramaturgia de Sérgio Pires e direção de Cris Lozano, a Cia. Barracão Cultural estreia o espetáculo "NÓS", no dia 8 de junho no Parque da Aclimação. As apresentações ocorrem na Área de Eventos em dois horários: às 11h e às 15h.

"NÓS" conta a história de Mel, uma garota que nasceu em um repolho mofado, na pequena Pamongas, onde vivia feliz e rodeada por borboletas, motivo de brincadeiras e zombarias por parte dos habitantes 'normais' da cidade. Um dia, de tanto segurar as mágoas e o choro, que não caia nem mesmo descascando cebolas, Mel acabou com o corpo cheio de nós, cada um mais apertado que o outro. Diante disso, ela convenceu seus pés de ir embora para um lugar distante, e saiu de Pamongas disfarçada de geladeira. Mel não sabia que havia tantas coisas para conhecer. Cinco nós foram necessários para que ela se aventurasse. Andou, cruzou montanhas e rios, encontrou animais, carroças e bicicletas pelo caminho. À medida que se permitiu vivenciar cada coisa diferente na jornada, seus nós foram se desfazendo e ela encontrou alguém que ganhou sua confiança. E Mel conheceu uma cidade onde cada um tinha seu próprio nó e ninguém ligava para isso.