Pierre-Auguste Renoir, A banhista e o cão Grifon - Lise
à beira do Sena, 1870.
A
partir do dia 17 de julho até 25 de outubro, acontecerá no MASP a mostra Arte da França:de Delacroix a Cézanne. Com curadoria de Adriano Pedrosa, Eugênia Gorini Esmeraldo e
Fernando Oliva, a exposição apresenta cerca de 80 trabalhos, incluindo Renoir, Manet,
Toulouse-Lautrec, Degas, Monet e Picasso, ao lado de documentos de seu arquivo
histórico e fotográfico. A expografia retoma projeto de Lina Bo Bardi da década
de 1940. São
obras de artistas franceses e estrangeiros, que migraram para a capital
francesa, participando da chamada Escola de Paris. Um luxo!
Paul Cézanne, O negro Cipião, 1866-68.
A mostra atravessa quase 200 anos de produção artística na
França, dos séculos 18 ao 20, exibindo retratos, paisagens, naturezas-mortas e
cenas históricas e do cotidiano de
24 importantes artistas do período. Estão
representados pintores de herança neoclássica, como Jean-Auguste-Dominique
Ingres (1780-1867), e romântica, como Eugène Delacroix (1798-1863); além
de nomes ligados aos movimentos precursores do Modernismo, como o Realismo, de
Gustave Courbet (1819-1877); o Impressionismo, de Claude Monet (1840-1927) e
Edgar Degas (1834-1917); o Pós-Impressionismo, de Paul Cézanne (1839-1906),
Vincent Van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903); o grupo dos
Nabis, de Edouard Vuillard (1868-1940); e o Cubismo, de Pablo Picasso
(1881-1973).
Pierre-Auguste Renoir, Rosa e azul (As
meninas Cahen d´Anvers), 1881.
Como
curiosidade um episódio trágico sobre uma das personagens da pintura Rosa
e azul (As Meninas Cahen d´Anvers) (1881), de Renoir. Ao visitar uma
exposição na Fundação Pierre Gianadda, da qual a obra participava, Jean de
Monbrison reconheceu sua tia Elisabeth Cahen d’Anvers, a menina loira, à
direita na tela. O visitante emocionou-se com a imagem e escreveu ao diretor da
fundação dizendo que era o último membro da família a ter visto ainda em vida
Elisabeth Cahen-d’Anvers, filha de avô dele e que ela tinha sido enviada ao
campo de concentração Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial em 1944.
Apesar de convertida ao catolicismo, Elisabeth tinha mais de 50 anos e morreu no
trem, a caminho do campo de concentração. Obras que retratam a história do
mundo e que devem ser vistas com muito primor e sensibilidade. O
MASP tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo, e às
quintas-feiras, a partir das 17h. Vale à pena conferir a exposição!