Foto: Mariana Ser
O espetáculo musical “É Samba na Veia, é Candeia” conta a trajetória de Antônio Candeia Filho (1935/1978), mais conhecido como Candeia, um popular sambista portelense. A peça retorna para segunda temporada no Teatro Oficina entre 17 de fevereiro e 18 de março. Encenado no entorno de uma roda de samba ambientada na trajetória do artista entre as décadas de 60 e 70, o musical destaca a contemporaneidade das letras e do pensamento do compositor carioca.
Para a atriz e produtora executiva do espetáculo, Rita Teles, além da questão do tema e dos cuidados com a montagem, a peça se fortaleceu muito por evidenciar o protagonismo da cena cultural independente, bem como pela representatividade de um elenco e de músicos majoritariamente oriundos do samba, das artes e de movimentos sociais afirmativos, principalmente o feminista e o movimento negro.
A direção musical é de Edinho Carvalho, compositor, pesquisador e responsável pela direção harmônica e melódica do Projeto Samba de Terreiro de Mauá, que faz todo o acompanhamento musical do espetáculo. A trilha sonora tem arranjos e também direção do músico Abel Luiz.
“Pintura sem arte”, “Testamento de Partideiro” e de “De Qualquer Maneira” são alguns dos sambas que compõem a vasta discografia de Candeia e integram o espetáculo. A trilha também conta com canções que, exaltadas na voz de outros célebres sambistas, como “Preciso me Encontrar”, consagrada por Cartola, ícone da Estação Primeira de Mangueira; “O Mar Serenou”, eternizada pela cantora e madrinha da Velha Guarda Musical da Portela, Clara Nunes, interpretada na peça por Suelen Ribeiro; e “Dia de Graça”, defendida pela voz de Elza Soares, interpretada por Josi Souza.
"É Samba na Veia, é Candeia" será apresentado no Teatro Oficina Uzyna Uzona que fica na Rua Jaceguai, 520 - Bixiga - SP. O espetáculo acontece aos sábados, às 20h e domingos, às 19h.