O drama brasileiro "Entre irmãs" (2017) tem uma história forte com personagens encantadores. Cenas lindíssimas de cumplicidade embargam a garganta e emocionam. A narrativa é construida por cenas curtas com ritmo e diálogos bem trabalhados. A direção criativa é, também, sensível. A bela fotografia é recheada de cenários magníficos. E, claro, não podemos deixar de ressaltar as primorosas interpretações de Nanda Costa, Marjorie Estiano e Cyria Coentro. Além de tudo isso, tem um excelente figurino e uma precisa trilha sonora. Na narrativa, Pernambuco, década de 1930. Luzia (Nanda Costa) e Emília (Marjorie Estiano) são irmãs que vivem na pequena Taguaritinga do Norte, ao lado da tia Sofia (Cyria Coentro), que lhes ensinou o ofício de costureira. Enquanto Emília sonha em se mudar para a cidade grande, Luzia se conforma com a realidade ao mesmo tempo em que lida com as dificuldades de ter um braço atrofiado, por ter caído de uma árvore quando criança. A vida destas três mulheres muda por completo quando o cangaceiro Carcará (Júlio Machado) cruza seu caminho, obrigando-as a costurar para o bando que lidera. É bom lembrar que a obra é baseada no livro "A Costureira e o Cangaceiro", de Frances de Pontes Peebles. Um belíssimo filme que vale à pena ver e rever.