O título do livro, por si só, já é uma delícia, além, é claro, de instigar o leitor: Filho é bom, mas dura muito. O humor de Mario Prata é sutilmente ácido. Vem com um riso fácil, por vezes, requintado. Irônico e, ao mesmo tempo, polido em suas entrelinhas, o autor grafa cronicas escritas entre 1993 e 1994. Nelas, um bom exemplo daquilo que a família é capaz de produzir no gênero. O autor faz comparações entre passado e presente (no caso, um presente que já é passado há mais de 20 anos). Além disso, neste livro, o cronista também gosta de fazer suposições absurdas do futuro, tendo em vista as tendências que observava no presente da escrita. É interessante a organização das crônicas, há de se notar que elas estão em ordem alfabética e muitas terminam com um mote para a seguinte. O texto é rápido e divertido, como de costume, em se tratando de Mario Prata. Vale muito à pena ser lido!