A animação americana Rise of the Guardians ou A origem dos guardiões (2012) traz a magia e aventura já nos primeiros segundos da película. O design é detalhoso, repleto de particularidades, bem feito e inventivo. O roteiro tem bons dilemas e conflitos, é bem estruturado e a história é encantadora. Aliás, diga-se bem conceitual e com uma simbologia singular. Não podemos deixar de notar a bela direção. Na trama, as crianças do mundo inteiro são protegidas por um seleto grupo de guardiões: Papai Noel, Fada do Dente, Coelho da Páscoa e Sandman. São eles que garantem a inocência e as lendas infantis. Mas um espírito maligno, o Breu, pretende transformar todos os sonhos em pesadelo, despertando medo em todas as crianças. Para combater este adversário poderoso, a Lua designa um novo guardião para ajudar o grupo: Jack Frost, um garotinho invisível que controla o inverno. Sem conhecer sua própria vocação de guardião, ele embarca em uma aventura na qual vai descobrir tanto sobre as crianças quanto sobre seu próprio passado. Atentem-se a um detalhe do filme: em dois momentos o Coelho da Páscoa faz citações a clássicos dos contos de fadas. Quando ele comenta que não se deve disputar uma corrida com um coelho, trata-se de uma citação à história A Tartaruga e a Lebre, onde a tartaruga ganha a corrida. Já quando ele abre um buraco de coelho e pula dentro dele, a cena lembra Alice no País das Maravilhas. Um luxo! Confira o trailer.