Celso Luiz Prudente, organizador da obra Cinema negro, propõe ao leitor algumas reflexões para a compreensão da questão do afrodescendente na dinâmica sociocultural da imagem. E, mais que isso, nessa obra, levanta pontos fundamentais sobre o significado da questão étnica-racial como elemento fundamental em nossa cultura e sociedade. Fala sobre o posicionamento dos cinema-novistas e o seu encontro com a africanidade em suas correntes estéticas. E como o grande homenageado da 7ª Mostra internacional do Cinema Negro é Zé Kety, existe uma abordagem dessa personalidade como o menino quieto que com o passar do tempo tornou-se o maior interlocutor da favela junto à intelectualidade elitista do Rio de Janeiro. Um livro rico em história e análises interpretativas sobre o movimento negro nos cinemas e seus significados para o cinema contemporâneo. Uma excelente leitura, diríamos!