22 de setembro de 2020

A Vida das Bonecas Vivas

 


A segunda live relacionada ao processo de criação de "A Vida das Bonecas Vivas" acontece no dia 28 de setembro, às 19 horas, com participação do coreógrafo Anderson Gouvea, tendo a atriz Carla Passos na mediação. O bate-papo acontece pelo Instagram - @avidadasbonecasvivas e @andersongouvea_der -, partindo do tema: Desafios de um Bailarino em Tempos de Pandemia. O espetáculo de dança-teatro, concebido e dirigido por Dan Nakagawa, tem estreia online marcada para o mês de novembro. Já a temporada presencial está prevista para março de 2021.

 

“Nosso coreografo veio nos ajudar a borrar as fronteiras entre a dança, o teatro e a música nesse espetáculo”, comenta o diretor Nakagawa. Partindo do tema proposto, Der (como é conhecido) promete falar sobre como é coreografar, fazer preparação corporal, dançar e atuar em um mesmo espetáculo, com o detalhe de realizar à distância parte desse trabalho de corpo, no isolamento. A live aborda também o desafio para estabelecer uma linguagem cênica que borre as fronteiras entre o teatro e a dança, a partir do corpo, dos movimentos e da dança.

 

O espetáculo é inspirado nas Living Dolls, uma comunidade global de homens que se vestem com máscaras, roupas de silicone e seios protéticos a fim de se transformarem em bonecas vivas. Surgido nos anos 80, atualmente o movimento tem mais adeptos na Alemanha, Reino Unido e EUA. A montagem investiga questões existenciais, de identidade, filosóficas e artísticas na construção psíquica da personalidade em busca de um duplo, como forma de transcender a própria existência. E, pelas sutilezas, tensões cênicas e subjetivas, revela a maneira como a instauração dessa nova persona afeta a identidade e, por consequência, a dança do corpo transformado.

 

Na sinopse, um homem de meia idade, em uma crise profunda de existência, decide viver uma nova experiência e contrata os serviços de uma inusitada agência japonesa, chamada La Buena Vista, que proporciona ao homem uma nova realidade: uma nova família, novos amigos, um novo amor e um novo nome: Margareth. Ele, então, decide renascer no corpo de uma boneca viva, em um outro planeta chamado A Outra Terra, inspirado numa Tóquio futurista. Nesse planeta, ela vive toda a felicidade que esse simulacro de vida pode oferecer. A fantasia vivida é plástica, assume a poesia da dança e do musical até que a realidade esquecida venha encontrar Margareth na forma de seu duplo. Frente a frente com sua parte mais sombria, Margareth deve fazer a sua escolha.