Baseado no livro de Fernando Morais de mesmo codinome, Olga (2004) tem uma fotografia assertiva. A película, bem como a apresentação dos personagens é longa por demais. Os diálogos, às vezes, são didáticos. A direção é boa, mas sem grandes surpresas. A trilha sonora é uma delícia. A produção espetacular em seus mínimos detalhes. Algumas cenas são arrebatadoras, nos conquistam pela emoção. Não posso deixar de falar da respeitável interpretação e caracterização de Camila Morgado. Na narrativa, Olga Benário (Camila Morgado) é uma jovem judia alemã. Militante comunista, é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde recebe treinamento militar e é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) de volta ao Brasil. Na viagem, enquanto planejam a Intentona Comunista contra o presidente Getúlio Vargas, os dois acabam apaixonando-se. Parceiros na vida e na política, Olga e Prestes terão de lutar pelo amor, pelo comunismo e, principalmente, pela sobrevivência. Como curiosidade, a produção do filme recriou a fria Alemanha em Bangu, bairro mais quente da cidade do Rio de Janeiro. A antiga fábrica de tecidos de Bangu virou o campo de concentração de Ravensbrück. O diretor Jayme Monjardim realizou mais de quarenta testes para a escolha do intérprete ideal de Luís Carlos Prestes. A dificuldade era encontrar alguém que, além de bom ator, tivesse também os traços físicos do personagem. O filme foi selecionado como Hors Concours no 32º Festival de Gramado, em 2004 e ganhou diversos prêmios. Confira o trailer!