O drama francês/ alemão/ suéco Höstsonaten ou Sonata de outono (1978) tem excelentes atuações. Na atuação de Ingrid Bergman reconhecemos claramente a decadência de um belo personagem. Já na atuação de Liv Ullmann, a atriz cresce, fica gigante em seu papel e, claro, é visível a mudança do arco do personagem. Além disso, a película conta com uma bela direção de arte. O roteiro tem conflitos estruturados, profundos e com grande teor psico-comportamental. Os diálogos são inteligentes e as cenas tem clímax perfeitos em cada uma delas. Na narrativa, após ter sido uma mãe ausente por anos, Charlotte (Ingrid Bergman), uma renomada pianista, vai até a casa de sua filha Eva (Liv Ullmann) para lhe fazer uma visita. Ela se surpreende ao encontrar sua outra filha, Helena (Lena Nyman), que tem problemas mentais. Eva tirou Helena da instituição que Charlotte a havia internado para cuidar dela em casa. A tensão entre mãe e filha começa a crescer devagar até elas colocarem tudo em panos limpos, dizendo tudo que sempre gostariam de dizer. O filme foi filmado na Noruega, durante o exílio de Ingmar Bergman da Suécia. O diretor estava sendo acusado de sonegar impostos em seu país natal. Além disso, esta foi a última aparição da atriz Ingrid Bergman num filme exibido nos cinemas. Ela ainda viria a atuar em mais um longa, Golda, de 1982, feito exclusivamente para a TV. O filme é simplesmente imperdível, vale muito à pena assisti-lo. Confira o trailer!